Grécia abre 75 sítios arqueológicos para celebrar a lua cheia

 

 

DA EFE

A Grécia, seguindo uma tradição, abriu mais de 75 sítios arqueológicos ao público em diversas partes do país para celebrar a lua cheia de agosto, tudo acompanhado de vários eventos musicais e espetáculos artísticos.

Com a autorização do Conselho Central de Arqueologia, vários pontos turísticos e museus do país permaneceriam abertos para a entrada, na noite de sábado, dos visitantes –a programação incluiu espetáculos culturais.

Neste ano foram excluídas do programa noturno a Acrópole de Atenas e o templo de Poseidon em Sounion. O conselho justificou a medida pelos problemas registrados em 2010, causados pelos mais de 15 mil visitantes na Acrópole, uma das principais atrações.

Entre os demais locais abertos por causa da lua cheia, o destaque ficou para Olímpia e Pilos, os castelos bizantinos de Mistra e Corinto no Peloponeso.

Simela Pantzartzi/Efe

Ruínas do templo de Poseidon, aberto para o público no sábado; local se encontra a 75 km ao sul de Atenas

Ruínas do templo de Poseidon, aberto para o público no sábado; local se encontra a 75 km ao sul de Atenas

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Jordânia e Israel disputam local de batismo de Jesus

RIO JORDÃO

 

A Jordânia quer acabar de uma vez por todas com o velho debate sobre o local onde Jesus foi batizado, e para isso não poupa esforços na defesa de que foi em um lugar a 40 quilômetros de Amã, na margem oriental do Rio Jordão. A campanha da Jordânia começou como reação aos “novos movimentos” que foram notados por parte de Israel para reivindicar que o batismo de Jesus ocorreu na margem ocidental do Jordão, isto é, na Cisjordânia ocupada.

“Falamos de um lugar sagrado que foi estabelecido e já é reconhecido pelo mundo cristão”, disse à Agência Efe o diretor do chamado “Local do Batismo na Jordânia”, Diaa Madani.

“A religião não deveria se misturar com a política e a geografia, nem desembocar em uma competição secular”, acrescentou.

O governo israelense abriu em 12 de julho o local onde considera que Jesus foi batizado, situado no território palestino da Cisjordânia, sob controle militar das tropas israelenses.

Esse ponto, denominado originalmente Igreja de Judith, foi renomeado por Israel como Igreja do Batismo, uma alteração que irritou as autoridades jordanianas e os líderes das igrejas no país árabe.

Madani disse que este movimento israelense esconde “conotações políticas” e vai contra as visitas que os papas João Paulo II, em 2000, e Bento XVI, em 2009, fizeram à Jordânia, como parte de suas excursões pela Terra Santa.

Além disso, o diretor acrescentou que seu país desenvolveu o Lugar do Batismo em 1997, após o acordo de paz com Israel, em 1994, firmado depois de 50 anos de hostilidades.

“Antes disso, era impossível que a Jordânia desse importância a este lugar histórico, porque estava situado em uma área militar fechada”, disse Madani.

Segundo alguns estudiosos, o ponto onde Jesus foi batizado é o terceiro santuário para o mundo cristão, ao lado da Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, e da Basílica da Natividade, em Belém.

Entre as igrejas que já reconheceram o local na Jordânia estão a Anglicana, a Luterana, a Ortodoxa Copta do Egito e a Ortodoxa de Jerusalém.

“Na atualidade estão sendo construídas 13 igrejas e mosteiros, pertencentes a diferentes ramos do cristianismo, em uma área de 10 quilômetros quadrados no Lugar do Batismo”, disse Madani.

Além disso, explicou que Bento XVI, na sua visita realizada em 2009, colocou a primeira pedra para duas igrejas no local, uma da Igreja Católica Grega e outra da Igreja Católica Romana.

Os líderes eclesiásticos da Jordânia se somaram à campanha das autoridades e defendem com o mesmo fervor a autenticidade do Lugar do Batismo na margem oriental do Jordão, utilizando passagens bíblicas e depoimentos de historiadores.

“Estamos acostumados às provocações israelenses, seja na política ou no turismo”, disse à Efe Rifaat Bared, porta-voz da Igreja Católica em Amã.

O padre considerou que a argumentação israelense opõe-se a “fatos históricos definidos, textos bíblicos e escritos de viajantes peregrinos, como a espanhola Egeria”, do século IV.

“Além disso, foram descobertas várias igrejas em escavações nesta área”, acrescentou.

Este ponto de vista é compartilhado pelo padre Nabil Haddad, presidente do Centro de Pesquisa da Coexistência Interreligiosa, para quem o Lugar do Batismo é “o ponto real no qual Jesus foi batizado”.

“A Bíblia diz claramente que aconteceu em Betânia do Além Jordão, onde João Batista realizava seus batizados”, disse, enquanto reconheceu que não espera que o Vaticano divulgue algum comunicado a respeito para solucionar a polêmica.

De qualquer forma, afirmou confiar que a hierarquia católica continuará estimulando seus fiéis na Europa a visitar este lugar como um dos mais sagrados.

Bared também fez um apelo às autoridades jordanianas para reforçarem seus laços com organizações cristãs para tentar explicar “a falácia das alegações israelenses” e promover as viagens ao Lugar do Batismo.

Apesar dos esforços dos dois lados, tudo indica que o conflito sobre qual país presenciou o batismo de Jesus continuará sendo motivo de divergência durante muito tempo.

Fonte: EFE

Israelenses encontram espada romana em Jerusalém

 

 

DA FRANCE PRESSE

Uma espada romana da época do Segundo Templo judaico foi encontrada recentemente em Jerusalém, informaram arqueólogos israelenses.

De acordo com um comunicado do Departamento de Antiguidades do país, emitido na segunda-feira, a espada de 60 centímetros estava junto a um estojo de couro –ambos considerados em bom estado de conservação.

Israel Antiquities Authority/France Presse

A espada encontrada em sítio arqueológico israelense mede 60 centímetros

A espada encontrada em sítio arqueológico israelense mede 60 centímetros

"Aparentemente a espada pertencia a um soldado da guarnição romana mobilizada em Israel antes do início da Grande Revolta dos judeus contra os romanos no ano 66 da era cristã", diz o comunicado.

As peças se encontravam em um antigo canal de 2.000 anos situado na cidade de David, no bairro árabe de Silwan, ao sul das muralhas da Cidade Santa, em Jerusalém.

A mesma fonte disse que o canal permitia abastecer com água da chuva a piscina bíblica de Siloé. "[Esse local] servia de refúgio aos habitantes de Jerusalém que fugiam dos romanos durante a destruição do Segundo Templo."