Achado arqueológico pode mudar construção do 3º Templo

 

Debate sobre peças dura séculos

por Jarbas Aragão-gospelprime-

Achado arqueológico pode mudar construção do 3º Templo
Um pedaço de argila com mais de mil anos de idade pode mudar os preparativos para a construção do 3º Templo. Trata-se do fragmento de um jarro encontrado em escavações no Monte do Templo que apresenta uma menorá pode encerrar séculos de debate sobre o desenho original do candelabro principal do Templo.

Coincidindo com a celebração do Hanukkah, quando judeus do mundo todo lembram a reconquista de seu templo, a descoberta está sendo comemorada. Segundo os arqueólogos, analisando o tipo de argila e textura do caco, conclui-se que é do período de domínio bizantino sobre Jerusalém (324-640 dC).

Embora o desenho da menorá esteja incompleto, pois é apenas um fragmento do original, os especialistas acreditam que era uma representação do Templo.

Esse simples caco pode “lançar luz sobre um antigo debate sobre a aparência da menorá que ficava no Heikal (salão) do Primeiro e do Segundo Templos”, comemora Zachi Dvira, co-fundador e diretor do Sifting Project [Projeto Peneira].

Esse projeto é coordenado pela Universidade Bar-Ilan e a Fundação Cidade de Davi. Desde 1999, analisa todo o material dos mais de 400 caminhões de terra retirados do Monte do Templo e despejados em um vale, perto da Cidade Velha de Jerusalém.

Os muçulmanos – que desde 1967 têm a posse do Monte do Templo – cavaram o local para construções e não permitiram que os judeus tivessem acesso. Obviamente, sua intenção era evitar que achados arqueológicos eliminassem toda a dúvida que naquele local Salomão e Herodes construíram os templos sagrados do judaísmo. Mas os arqueólogos descobriram onde a terra foi jogada e nos últimos 15 anos, cerca de 50% da terra retirada do local sagrado já foi analisada.
Por que a forma é importante?

A descrição da menorá pode ser encontrada no livro do Êxodo (25: 32-40). Embora a Bíblia instrua que os materiais deveriam ser usados, a forma da menorá não é especificada. A versão mais comum de representação é com os ramos curvos. Este, inclusive, é o brasão nacional do Israel moderno.

O fragmento mostra claramente um menorá com os ramos em linha reta. Sua base só pode ser vista parcialmente, mas os arqueólogos acreditam que ela possuía três pernas (duas angulares e uma linha reta).

O Instituto do Templo, instituição religiosa que se dedica a preparar a construção do Terceiro Templo já produziu mais de 70 objetos sagrados, incluindo as peças usados no culto e as vestes do sumo-sacerdote. Tudo segue rigorosamente os relatos da Torá (Antigo Testamento) e a tradição dos rabinos.

Menorá para o Terceiro Templo
Menorá para o Terceiro Templo

Candelabro para o Terceiro Templo

O candelabro feito com quase 50 kg de ouro está exibido ao público perto do Muro das Lamentações. Seu custo aproximado foi 3,2 milhões de dólares. Porém, as hastes são curvas. Como para os rabinos para que os sacrifícios feitos no Terceiro Templo tenham valor, precisam reproduzir rigorosamente os utensílios do Templo de Salomão. Até o momento, ninguém do Instituto do Templo se manifestou sobre o achado desta semana. Com informações de Breaking Israel News

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Selo do rei Ezequias é encontrado em Jerusalém

Arqueólogos israelenses descobriram peça perto do Monte do Templo

por Jarbas Aragão – gospelprime –

 

Selo do rei Ezequias é encontrado em Jerusalém
Selo do rei Ezequias é encontrado em Jerusalém

Descobertas arqueológicas em Jerusalém não são novidades, afinal de contas a cidade tem mais de 3 mil anos e foi palco de muitos conflitos e conquistas. Contudo, arqueólogos israelenses divulgaram hoje (2) um selo do rei bíblico Ezequias.

Ele governou o reino do Sul (Judá) por volta do ano 700 a.C. As Escrituras o descrevem como um monarca diferenciado, que se dedicou a eliminar a idolatria em seu reino (2 Reis, 18:5).

Chamada de ‘bula’ esse tipo de impressão numa peça de argila mede cerca de um centímetro de diâmetro. As inscrições podem ter sido feitas pelo próprio rei, afirma Eilat Mazar, da Universidade Hebraica de Jerusalém.

“Essa é a primeira vez que a impressão de um selo de um rei israelita ou da Judéia é revelada em uma escavação arqueológica científica”, comemora Mazar, que dirigiu a escavação onde a peça foi encontrada.

Outro aspecto que chama atenção é que ela foi achada na parte sul de um muro que cerca a Cidade Velha de Jerusalém. O local era uma área de descarte de dejetos nos tempos de Ezequias. Os especialistas acreditam que pode ter sido atirada de um edifício real adjacente.

Além de escritos em hebraico antigo, possui o desenho de um sol com duas asas. Esse símbolo representava antigamente a proteção divina sobre seu povo, já que era proibido para os judeus fazerem imagens de Deus, a simbologia da época era bem diversa.

Quando foi escavada, juntamente com 33 outras, não foi possível detectar-se do que realmente se tratava. Demorou cerca de cinco anos para que um membro da equipe a examinasse com mais cuidado. Utilizando uma lupa, discerniu pontos entre algumas letras, então seu significado ficou bastante claro. Esses pontos servem para a separar as palavras na escrita antiga. O texto diz: “Pertencente a Ezequias (filho de) Acaz, rei de Judá”. Com informações Jerusalém Post

Menino descobre estatueta de deusa citada na Bíblia

Achado de 3 mil anos tem relação com várias passagens bíblicas.

por Jarbas Aragão-gospelprime-

 

Menino descobre estatueta de deusa citada na Bíblia
Menino descobre estatueta de deusa citada na Bíblia

Foi destaque semana passa uma descoberta arqueológica na cidade de Beit Shemesh (ou Bete-Semes em português). Citada pela primeira vez no livro de Josué, o lugar ficou mais conhecido por ser parte do Vale de Soreque, onde viveu Sansão.

Um menino de oito anos, chamado Itai Halpern, fazia uma caminhada com sua família no sítio arqueológico (Tel) quando encontrou a cabeça de uma estatueta de Astarote (ou Asserá), divindade pagã dos cananeus.

Neste mesmo Tel, em 2012, foi descoberto o chamado “selo de Sansão”. Com menos de uma polegada de diâmetro, retrata um homem com cabelo comprido lutando contra uma figura felina. Especialistas acreditam que é uma representação da história bíblica de Juízes 14.

A confirmação que o achado do jovem Itai realmente é a cabeça da ‘deusa’ foi feita pela Autoridade de Antiguidades de Israel. Embora não seja a primeira do tipo, mostra que essas pequenas figuras de mulher eram muito comuns nas casas dos moradores do reino de Judá durante a época do Primeiro Templo.

Curiosamente, esta não é a primeira descoberta arqueológica importante feita por uma criança este ano. Dois meses atrás, o russo Matvei Tcepliaev, de 10 anos, achou um raro sinete de 3 mil anos de idade, em Jerusalém.

Deusa dos Sidônios

O culto a Asserá, conhecida por ser filha de Baal, foi condenado pelos profetas bíblicos repetidas vezes. Ela é chamada de “deusa dos Sidônios” (1 Reis 11:5) e geralmente era representada com seios grandes ou múltiplos, o que a associava à ideia de fertilidade.

No livro de 1 Samuel, Bete-Semes é mencionada como a cidade para onde os filisteus levaram a “arca da aliança”, capturada por eles após uma batalha. O achado arqueológico do menino apenas confirma outras descobertas sobre a vida no território do antigo reino de Judá na época imediatamente anterior ao período do Primeiro Templo, chamada de “Idade do Ferro” pelos estudiosos.

Alon De Groot, um especialista, afirmou ao Jerusalém Post que “figuras como esta, com forma de mulheres nuas que representam a fertilidade, eram comuns nas casas dos moradores da Judéia no século 8 a.C. Possivelmente até a destruição do reino pelos babilônios nos dias de Zedequias (em 586 a.C.)”.

Segundo a história, o rei assírio Senaqueribe invadiu e saqueou Bete-Semes no ano 701 a.C, e sua destruição foi concluída em 86 a.C pelo rei babilônico Nabucodonosor.