Um túmulo, que se crê ser de São Filipe, um dos 12 apóstolos, foi descoberto na cidade de Hierapolis, na Turquia. Segundo a agência turca Anadolu, o professor italiano Francesco D’Andria, em comando da exploração, disse que arqueólogos encontraram o túmulo da figura bíblica, um dos 12 discípulos de Jesus, enquanto trabalhavam nas ruínas de uma Igreja recém-descoberta. “Há anos que procuramos o túmulo do apóstolo Filipe”, disse o professor à agência. “Finalmente encontramo-lo nas ruínas de uma igreja, que começamos a explorar há um mês.” A estrutura do túmulo e os dizeres escritos nas paredes provam que ele pertence a São Filipe. O professor disse ainda que os arqueólogos trabalhavam havia anos com a esperança de encontrar o túmulo, e que esperam que este tenha um destino privilegiado para exposição.
São Filipe, reconhecido como um dos mártires do cristianismo, deve ter morrido em Hierapolis, segundo cientistas, por volta de 80 d.C. Acredita-se que tenha sido crucificado de cabeça para baixo, ou decapitado. O nome Hierapolis significa “cidade sagrada”.
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A vida na Terra deve ter sido muito difícil para Adão e seus pimeiros descendentes. Ela estava cheia de iniquidade, morte e tentação. Então Deus falou a Noé que ele deveria construir uma arca para salvar ele e sua família da destruição do dilúvio.
Esta fantástica história tem raízes em todo lugar, mas principalmente na Mesopotâmia, já que a Bíblia fala que o Éden ficava por ali, pois Gênesis 2:14 (clique para ler o versículo) faz menção da localização do Éden e diz que saía um rio do mesmo e este se dividia em quatro braços: Pisom, Giom (ambos ainda não encontrados até hoje), Tigre e Eufates, que hoje se localizam no Iraque, e que antigamente era a Mesopotâmia, tanto que o nome Mesopotâmia, a junção de meso+potamos, significa “entre rios”, entre os rios Tigre e Eufrates.
Em vários tabletes da Mesopotâmia, se encontram diferentes histórias, do mesmo tema, o dilúvio. Segundo o Doutor e Pastor Rodrigo Silva, em seu livro Escavando a verdade, ele diz que é uma “mesma lógica usada em relação à historicidade de Adão, ou seja, que esses documentos refletem um episódio que realmente ocorreu no passado da humanidade.” Werner Keller tem certeza e fala em seu livro “E a Bíblia Tinha Razão” que não é só na Mesopotâmia que encontramos relatos do dilúvio, na Grécia, Austrália, Índia, Polinésia, Tibete, Caxemira, e em muitas outras civilizações. Serão todas mitos, lendas, produtos da imaginação? É bem provável que elas reflitam a mesma catástrofe universal.
Uma das descobertas arqueológicas que podem comprovar o dilúvio, foi descoberta por um arqueólogo britânico chamado Leonard Woolley, em um sítio de Ur. Ele estava à procura de túmulos reais, quando resolveu cavar cinco metros a mais, abaixo de um pavimento de tijolos e encontraram uma camada de limo do dilúvio (limo é uma espécie de lodo/lama). Cavaram e descobriram restos de uma antiga Ur que existiu antes do dilúvio. Retiraram do solo cacos de jarros de barro que eles podiam datar com segurança, 2700 anos a.C.
Por meios de sondagens pode-se estabelecer a extensão total da enorme inundação. Ela cobriu, ao nordeste do golfo pérsico, uma extensão total de 630 km de comprimento por 165 km de largura. Visto nos mapas atuais, foi apenas um acontecimento local, mas para a época, aquele era todo o seu mundo. E, pela idade das camadas pode se calcular uma estimativa para esse acontecimento. Ocorreu por volta de 4000 a.C! [Werner Keller]
Em um dos seus artigos, Luiz Gustavo de Assis diz que “a semelhança dos muitos relatos sobre o dilúvio ao redor do mundo com a versão bíblica é impressionante. Em ambos os relatos os personagens principais são avisados por uma divindade que uma grande destruição estava prestes a vir e que um barco deveria ser construído para sua proteção. Esse fato revela que os judeus não inventaram tais histórias. Embora os tabletes da biblioteca real sejam do sétimo século a.C., o texto é muito antigo. Alguns sugerem que os escritores hebreus simplesmente copiaram estas histórias e as batizaram com uma roupagem monoteísta. Todavia, a presença de narrativas semelhantes a estas em culturas tão diversas ao redor do mundo, nos sugerem que o mesmo evento foi a fonte para tais relatos (veja mais no artigo “Escavando a Verdade“).” Ele também cita que “por vários anos, acreditou-se que as histórias da criação e do dilúvio universal eram lendas apenas dos judeus. Porém, escavações nas ruínas de Nínive, antiga capital do Império Assírio, apresentaram ao mundo os documentos da biblioteca real de Assurbanipal II, que viveu no sétimo século a.C. Duas epopéias importantes na literatura do Antigo Oriente Médio foram encontradas em seus registros. São elas: Enuma Elish, um relato sobre a criação, e Gilgamesh, uma versão do dilúvio.”
É interessante notar, como as pesquisas tem comprovado o dilúvio. No livro História da Vida, nas páginas 144, 145 e 146, o jornalista Michelson Borges faz menção do avistamento do que sobrou da arca no monte Ararat (Turquia) por aviadores russos em 1917. Essa notícia foi publicada pelos principais jornais do mundo em 1923. As descobertas foram entregues ao Czar. Mas dias depois do czar ter recebido os relatórios e as fotos, o governo russo foi derrubado pela Revolução Bolchevista. Em 1883, o governoturco enviou uma expedição ao monte para vistoriar os danos causados por um terremoto. O grupo relatou a descoberta da parte frontal de uma barca antiga a 4.200 metros, na montanha. Tiraram medidas, entraram na arca e relataram ter visto estábulos e jaulas na embarcação, mas não houve muita repercussão na época devido ao sucesso da teoria evolucionista de Darwin.
Finalizo este texto com a declaração de um geólogo adventista, relatada no livro História da Vida, de Michelson Borges: “Provavelmente, a maior descoberta arqueológica de todos os tempos – a arca de Noé – esteja sendo preservado providencialmente para, no momento certo, ser revelada ao mundo, como um monumento, prestando silenciosamente sua homenagem ao Criador e Mantenedor da vida, o mesmo Deus que amorosamente deseja implatar em nosso ser a Sua própria imagem, para que possamos habitar eternamente em Sua companhia, no Novo Céu e na Nova Terra, finalmente restaurados.” [Dr. Nahor Neves Souza]
Wesley Alfredo G. de Arruda é estudante da 7ª série do Ensino Fundamental II e se interessa por arqueologia desde os seus quatro anos.
Fontes:
Escavando a verdade, do Doutor e Pastor Rodrigo P. Silva, capítulo 7, Testemunhos do Dilúvio.
O artigo Escavando a verdade, do Teólogo Luiz Gustavo de Assis.
E a Bíblia tinha razão, de Werner Keller, com citações das descobertas de Leonard Wooley.
A História da Vida, do jornalista Michelson Borges, capítulo 6, pags. 144 a 146.
Marcas do Dilúvio – II
Para continuar o artigo anterior Marcas do Dilúvio – I gostaria de, nesse artigo tirar as dúvidas de muitos que acreditam que o dilúvio foi um acontecimento local como até eu mesmo sugeri no primeiro artigo da série “Marcas do Dilúvio”, e também deduzir: Existem relatos não Bíblicos do Dilúvio? E se existe não seria o relato diluviano do Gênesis apenas um plágio do que outros escreveram? Tentarei explicar de forma mais clara e precisa tudo isso e muito mais nesse segundo artigo.
Dilúvio: Acontecimento Local?
Estava lendo um livro cujo nome é “Origins”, de Ariel A. Roth, e no livro existia um trecho falando sobre o dilúvio que me deixou simplesmente boquiaberto. O texto falava sobre a possiblidade do dilúvio ter sido um fato local, como até eu mesmo havia sugerido no primeiro artigo da série Marcas do Dilúvio. Mas como eu não esperva ele deu um estalo na minha mente, o texto dizia que “se o dilúvio fosse realmente um fato local, eu poderia com certeza dizer que Deus não existe, pois dilúvios locais são realmente comuns em diversas partes do mundo, então se ele disse que não mandaria outro dilúvio, ele seria um grande mentiroso.”
Relatos não Bíblicos sobre o Dilúvio?
A mais antiga versão do Dilúvio que conhecemos vem de um tablete bastante danificado que conta a história de um certo herói chamado Ziusudra. Infelizmente mais de 80% do texto encontra-se perdido e, como resultado, a maior parte da história é obscura e difícil de ser resgatada. Apenas umas poucas passagens podem ser lidas com certo grau de certeza e, pelo que sabemos, trata-se do relato de uma imensa inundação que há tempos abateu sobre o planeta Terra, mais Ziusudra conseguiu sobreviver a ela.
Outras versões, no entanto, estão bem mais preservadas que esse épico e seu achado ajudou bastante na reconstrução dos antigos relatos sumerianos acerca doDilúvio. O mais completo e bem conhecido é o “épico de Gilgamesh”. Ele foi encontrado por Hormuzd Rassam que substituiu o pioneiro Henry Layard nas escavações de Nínive, em 1852.
Após dois anos de árduo trabalho desenterrando os alicerces do palácio de Assurbanipal, Rassam foi recompensado com o achado da biblioteca real, a qual continha mais de 30 mil tabletes de argila reunindo o conhecimento milenar de povos do Tigre e Eufrates. Embora os documentos fossem datados do 7º século a.C. ficou claro que muitos deles (inclusive o épico de Gilgamesh) eram cópias de materiais muito mais antigos que remontavam a uma tradição do segundo milênio antes de Cristo.
Mas como saber que o Dilúvio não é uma cópia destes e muitos outros relatos de um dilúvio universal não Bíblicos?
A história é longa e o que nos interessa está no tablete n.º 11 da coleção. Ela diz que Gilgamesh tinha um amigo chamado Utnapishtim que ganhara a imortalidade e, semelhante ao Noé bíblico, conseguiu sobreviver às águas do Dilúvio. Ele havia sido previamente avisado pelo deus Ea (7) (senhor das águas e criador da humanidade) que uma imensa inundação se abateria sobre os homens. Assim, caso quisesse se salvar, Utnapishtim deveria construir uma embarcação de madeira e piche, capaz de carregar a semente da vida de cada espécie.
Finalmente, o barco ficou pronto e Utnapishtim, munido de todos os seus tesouros, entrou a bordo do barco com sua família, seus artesãos e os animais que havia recolhido. Então fechou a porta e aguardou. Finalmente, uma torrencial tempestade caiu sobre a Terra durando seis dias sem parar. O desastre foi tão imenso que até os deuses ficaram assustados e fugiram para os lugares mais altos dos céus que ficavam na montanha celeste de Anu. Eles se encolhiam como cães assustados.
No sétimo dia após o início da tempestade, o barco encalhou no topo do monte Nissir (no Curdistão) e ali permaneceu por mais seis dias. No sétimo dia, Utnapishtim solta uma pomba para ver se as águas haviam baixado, mas ela retornou, pois não havia encontrado terra firme.
Seguro de que as águas haviam baixado, Utnapishtim saiu da arca com os animais e seus companheiros e, imediatamente, ofereceu um cordeiro aos deuses que respiraram a fumaça do sacrifício e se mostraram satisfeitos.
Como podemos perceber, existe um fato que passa despercebido: O épico é puramente politeísta enquanto o relato Bíblico é totalmente monoteísta, portanto o que podemos supor é que o relato Bíblico do Dilúvio não é uma cópia, e sim uma correção destes muitos relatos fora da Bíblia que falam de um dilúvio universal.
Wesley Alfredo G. de Arruda é estudante da 7ª série do Ensino Fundamental II e se interessa por arqueologia desde os seus quatro anos.
Referências:
Origins, Ariel A. Roth
A Arqueologia e os Enigmas da Bíblia, Louis Frederic
Escavando a verdade, do Doutor e Pastor Rodrigo P. Silva, capítulo 7, Testemunhos do Dilúvio.
O artigo Escavando a verdade, do Teólogo Luiz Gustavo de Assis.
E a Bíblia tinha razão, de Werner Keller, com citações das descobertas de Leonard Wooley.
A História da Vida, do jornalista Michelson Borges, capítulo 6, pags. 144 a 146.
Marcas do Dilúvio – III
Dando continuidade em nosso estudo sobre a veracidade ou não de um Dilúvio Universal conforme é relatado na Bíblia.
COMPARANDO OS NOMES
Mais interessante que a comparação dos números é a equiparação fonética entre os patriarcas bíblicos e os nomes que aparecem nas listagens mesopotâmicas. No capítulo anterior já fizemos uma breve referência ao nome de Adão que também aparece modificado nesses documentos. Aqui vamos nos deter em apenas duas listas (uma cuneiforme e outra de Beroso) e compará-las com o texto Bíblico. A correspondência genealógica entre elas não será, é claro, absolutamente exata. Não obstante, a semelhança entre alguns nomes é incrível!
Antes, porém, é importante mencionar que os nomes próprios geralmente provêem de raízes etimológicas que são adaptadas a um idioma derivado ou a um acento regional que os modifica. O nome Jesus que na região sul é pronunciado com um “e” mais fechado torna-se, no nordeste, Jésus (com ênfase no “e” bem mais aberto). Os americanos já pronunciam de maneira ainda mais diferenciada. Eles dizem algo como Jzeezâz com um alongamento do “e” e uma típica marcação da última vogal “u” pronunciada como se fosse um “a”. Mas, em qualquer um desses três casos, a grafia pemaneceu inalterada. Todos escrevem “Jesus”.
Noutros casos, a adaptação do nome pode demandar uma variação maior de letras ou de formato. Temos como exemplo o nome brasileiro “Vagner” que é uma pequena alteração – apenas na letra “V” – do alemão “Wagner” que quer dizer “construtor de vagões”. Para os ingleses a alteração foi um pouco maior, “Waggoner”, embora a base fonética tenha permanecido a mesma.
Nas línguas antigas o fenômeno lingüístico era o mesmo. O deus-sol, por exemplo, recebia no antigo tronco semita o nome de Shamash. Mas o acentuado sotaque hebraico fez com que o Antigo Testamento o vertesse para Shemesh como podemos encontrar em Jeremias 43:13 (5). No idioma ugarítico a mudança foi ainda maior, que sua vocalização passou a ser Shapsh. Isso esclarece a afirmação de queAdam e Adapa podem ser variações do nome de Adão.
Munidos destas informações vejamos o paralelismo lingüístico entre as listagens sumeriana, de Beroso e da Bíblia:
É claro que, como já foi dito, nem todos os nomes de patriarcas bíblicos possuem uma correspondência clara para longe de qualquer questionamento. Mesmo os especialistas mais renomados debatem entre si quanto à grafia e a correlação exata entre alguns nomes. Para alguns, Alarapus teria se corrompido e se transformado em Abel. Para outros, seria um correspondente de Sete ou até mesmo Adão.
Porém a despeito de algumas divergências, é reconhecido no mundo acadêmico que alguns pares de nomes possuem uma correspondência muito interessante que não pode ser ignorada, vejamos alguns casos:
1. AMELON, o terceiro nome que da lista de Beroso, é claramente derivado de Enmenluanna – coincidentemente, o terceiro também da lista cuneiforme. Ambas as formas parecem vir da raiz amelu, que significa “homem” em acadiano. Ora, na lista genealógica de Adão (Gen 5:6) o terceiro nome que aparece é o de Enos (no hebraico enosh), que também significa “homem”.
2. AMMENON, que não parece possuir correspondente na lista cuneiforme, vem provavelmente do acadiano ummanu que quer dizer “artífice”. Cainan (cuja abreviatura seria Caim) também significa “artífice” ou “aquele que trabalha com metais” – uma óbvia relação temática com o acadiano. Quanto à falta de correspondente entre esse termo e lista cuneiforme, devemos nos lembrar que a genealogia de Cristo apresentada por Lucas também acrescenta nomes que não aparecem em Gênesis 5 ou I Crônicas 1:1-4. Abreviações e omissões voluntárias de alguns nomes não são impossíveis de ocorrer no trabalho do escriba.
Onde ela está?
“Faze para ti uma arca de madeira de gôfer: farás compartimentos na arca, e a revestirás de betume por dentro e por fora.
Desta maneira a farás: o comprimento da arca será de trezentos côvados [133 ou 155 metros], a sua largura de cinqüenta [22 ou 26 metros] e a sua altura de trinta [13 ou 15 metros].
Farás na arca uma janela e lhe darás um côvado [cerca de 50 centímetros] de altura; e a porta da arca porás no seu lado; fá-la-ás com andares, baixo, segundo e terceiro.” Gênesis 6.14-16
A variação dos tamanhos se deve ao fato de não se saber se a medida era em côvado mesopotâmico ou egípcio (da época de Moisés). De qualquer modo, 1 côvado corresponde a distância entre o cotovelo e a ponta do dedo médio.
“No sétimo mês, no dia dezessete do mês, repousou a arca sobre os montes de Ararate.
E as águas foram minguando até o décimo mês; no décimo mês, no primeiro dia do mês, apareceram os cumes dos montes.” Gênesis 8.4-5
O relato bíblico original descreve que a arca repousou sobre as “montanhas deRRT“, que em hebraico é o antigo reino de Urartu (leste da atual Turquia e norte do Irã), região da antiga Armênia, mais tarde traduzido para Ararate como é conhecido até hoje. Como este nome foi herdado do antigo reino, não se pode afirmar com certeza que “montanhas de RRT” sejam a cadeia formada pelos dois montes que formam o Ararate, pois a região é recheada de montanhas altas. Aliás, o nome Ararate foi atribuído no ano de 1105.
Muitos têm ido ao famoso monte mas nada encontram além de uma grande rocha coberta pela neve que acreditam ser a arca fossilizada. Arqueólogos e aventureiros fazem excursões ao Ararate nos meses de Agosto e Setembro (época de verão na Turquia), quando a neve derrete, na esperança de colherem dados sobre o objeto com fotos e filmagens.
Uma outra história surgiu a partir de uma foto aérea em 1959, onde mostra uma formação rochosa em formato de navio, levando o governo da Turquia a aceitá-la como a verdadeira Arca estabelecendo em 20/6/1987 o Parque Nacional da Arca de Noé.
Documentário sobre a descoberta: clique.
Recentemente o canal National Geographic fez um documentário sobre o assunto:
Wesley Alfredo G. de Arruda é estudante da 7ª série do Ensino Fundamental II e se interessa por arqueologia desde os seus quatro anos.
Referências:
Origins, Ariel A. Roth
A Arqueologia e os Enigmas da Bíblia, Louis Frederic
Escavando a verdade, do Doutor e Pastor Rodrigo P. Silva, capítulo 7, Testemunhos do Dilúvio.
O artigo Escavando a verdade, do Teólogo Luiz Gustavo de Assis.
E a Bíblia tinha razão, de Werner Keller, com citações das descobertas de Leonard Wooley.
A História da Vida, do jornalista Michelson Borges, capítulo 6, pags. 144 a 146.
Ciência da Criação – Hugo Hoffmann
Arqueologia e Escatologia Bíblica – A Arca de Noé
Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria,A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.
RIO JORDÃO
A Jordânia quer acabar de uma vez por todas com o velho debate sobre o local onde Jesus foi batizado, e para isso não poupa esforços na defesa de que foi em um lugar a 40 quilômetros de Amã, na margem oriental do Rio Jordão. A campanha da Jordânia começou como reação aos “novos movimentos” que foram notados por parte de Israel para reivindicar que o batismo de Jesus ocorreu na margem ocidental do Jordão, isto é, na Cisjordânia ocupada.
“Falamos de um lugar sagrado que foi estabelecido e já é reconhecido pelo mundo cristão”, disse à Agência Efe o diretor do chamado “Local do Batismo na Jordânia”, Diaa Madani.
“A religião não deveria se misturar com a política e a geografia, nem desembocar em uma competição secular”, acrescentou.
O governo israelense abriu em 12 de julho o local onde considera que Jesus foi batizado, situado no território palestino da Cisjordânia, sob controle militar das tropas israelenses.
Esse ponto, denominado originalmente Igreja de Judith, foi renomeado por Israel como Igreja do Batismo, uma alteração que irritou as autoridades jordanianas e os líderes das igrejas no país árabe.
Madani disse que este movimento israelense esconde “conotações políticas” e vai contra as visitas que os papas João Paulo II, em 2000, e Bento XVI, em 2009, fizeram à Jordânia, como parte de suas excursões pela Terra Santa.
Além disso, o diretor acrescentou que seu país desenvolveu o Lugar do Batismo em 1997, após o acordo de paz com Israel, em 1994, firmado depois de 50 anos de hostilidades.
“Antes disso, era impossível que a Jordânia desse importância a este lugar histórico, porque estava situado em uma área militar fechada”, disse Madani.
Segundo alguns estudiosos, o ponto onde Jesus foi batizado é o terceiro santuário para o mundo cristão, ao lado da Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, e da Basílica da Natividade, em Belém.
Entre as igrejas que já reconheceram o local na Jordânia estão a Anglicana, a Luterana, a Ortodoxa Copta do Egito e a Ortodoxa de Jerusalém.
“Na atualidade estão sendo construídas 13 igrejas e mosteiros, pertencentes a diferentes ramos do cristianismo, em uma área de 10 quilômetros quadrados no Lugar do Batismo”, disse Madani.
Além disso, explicou que Bento XVI, na sua visita realizada em 2009, colocou a primeira pedra para duas igrejas no local, uma da Igreja Católica Grega e outra da Igreja Católica Romana.
Os líderes eclesiásticos da Jordânia se somaram à campanha das autoridades e defendem com o mesmo fervor a autenticidade do Lugar do Batismo na margem oriental do Jordão, utilizando passagens bíblicas e depoimentos de historiadores.
“Estamos acostumados às provocações israelenses, seja na política ou no turismo”, disse à Efe Rifaat Bared, porta-voz da Igreja Católica em Amã.
O padre considerou que a argumentação israelense opõe-se a “fatos históricos definidos, textos bíblicos e escritos de viajantes peregrinos, como a espanhola Egeria”, do século IV.
“Além disso, foram descobertas várias igrejas em escavações nesta área”, acrescentou.
Este ponto de vista é compartilhado pelo padre Nabil Haddad, presidente do Centro de Pesquisa da Coexistência Interreligiosa, para quem o Lugar do Batismo é “o ponto real no qual Jesus foi batizado”.
“A Bíblia diz claramente que aconteceu em Betânia do Além Jordão, onde João Batista realizava seus batizados”, disse, enquanto reconheceu que não espera que o Vaticano divulgue algum comunicado a respeito para solucionar a polêmica.
De qualquer forma, afirmou confiar que a hierarquia católica continuará estimulando seus fiéis na Europa a visitar este lugar como um dos mais sagrados.
Bared também fez um apelo às autoridades jordanianas para reforçarem seus laços com organizações cristãs para tentar explicar “a falácia das alegações israelenses” e promover as viagens ao Lugar do Batismo.
Apesar dos esforços dos dois lados, tudo indica que o conflito sobre qual país presenciou o batismo de Jesus continuará sendo motivo de divergência durante muito tempo.
Fonte: EFE