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Minas do rei Salomão se encontram em ruínas

 

Revista Defesa da Fé

Muitas histórias românticas têm dramatizado as minas de Salomão. Presume-se que Salomão tinha minas tão distantes quanto a cadeia do Himalaia, as profundezas da floresta equatorial da África e até mesmo a região inca, no moderno Peru, nos Andes. Especula-se a procedência de parte da madeira usada no Templo.
Qualquer mapa moderno de Israel instruirá até o espetacular vale de Timna. Era ali, naquele território de terras estéreis e ressecadas, entre picos denteados, que os antigos mineiros hebreus extraíam toneladas de cobre. No dizer de Deuteronômio 8.9, Israel foi enviado a uma terra … de cujos montes cavarás o cobre. A habilidade de Salomão, trouxe grandes riquezas ao povo de Israel, em uma época que foi o período áureo da nação.
O livro de Primeiro Reis, capítulo 10.14, dá-nos uma informação de que o peso em ouro que chegava às mãos de Salomão, em um ano, era de 666 talentos de ouro. Isso significava um total aproximado de 114 milhões de reais. Naturalmente importava também especiarias raras e outros artigos de luxo. Vale lembrar que a correlação de valores era bem diferente dos nossos dias. Por exemplo, o quilo de linho fino era comprado por dois quilos de ouro fino.
Portanto, sua reputação de homem rico está bem fundamentada. Famosas são as minas de cobre de Salomão, na Arabá, bem como a refinaria real de cobre, descoberta em Ezion-Geber, moderno Tellel-Kheleifeh. O vale do Timna, não muito distante do extremo norte do mar Vermelho, era um lugar rico em cobre, explorado por Salomão.
O rabino Nelson Glueck, explica Russell Champlin em sua Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia, era um israelita aventureiro que amava o deserto. Explorando o remoto vale do Timna, ele descobriu vários antigos locais de fundição, tendo reunido nódulos de cobre e peças quebradas de cerâmica. Essas peças de cerâmica levaram-no à sua maior descoberta – pertenciam à época de Salomão.

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Arqueologia desvenda mistérios da Bíblia

 

As descobertas que mais causaram benefícios para os estudantes da Bíblia foram, sem dúvida, as dos rolos do Mar Morto. Esse achado confirmou a crença de que os escritos da Bíblia são exatos, conforme foram copiados através dos séculos, a partir de uma época anterior ao nascimento de Cristo. Outras descobertas nos ensinam a respeito de costumes nos tempos bíblicos. Alguns nomes específicos e doutrinas mencionados na Bíblia, também foram identificados por meio dessas pesquisas.
Os rolos do Mar Morto que estão completos já foram publicados, como os dois com os manuscritos do profeta Isaías e parte de todos os livros do Antigo Testamento, excetuando-se o de Ester. A única porção ainda não publicada é composta de fragmentos de textos, que são difíceis de serem interpretados. Os eruditos estão idosos e muitas pessoas ficam aborrecidas porque o trabalho de interpretação tem sido vagaroso. Porém, esses fragmentos estão sendo transferidos para profissionais mais jovens, e esperamos que nos próximos anos todos eles sejam publicados. Existe a expectativa de que os resultados trarão novidades animadoras.
Os mais antigos manuscritos, os do Antigo Testamento, são do III século a.C. Os do Novo Testamento datam do II século d.C. Não há diferenças teológicas ou históricas entre os antigos textos e a Bíblia atual. Eles se correspondem exatamente.
Descanso do coração
Possivelmente, o início da civilização ocorreu cinco mil anos atrás, quando começou a urbanização, a especialização de certos trabalhos e a invenção da escrita. Nos escritos dos sumérios, povo que viveu há cinco mil anos, a palavra "sábado" se relaciona com o "sábado de descanso". No caso deles, isso se refere a um dia de descanso semanal. Na língua do sumérios, sábado significa "o descanso do coração". A cada sete dias eles tinham um dia do mal, que não chamavam de sábado.
Os eruditos dizem que o sábado foi trazido pelos israelitas do cativeiro na Babilônia, mas há evidências arqueológicas de que os judeus guardavam o sábado na Palestina antes desse cativeiro. Conforme já disse, na Mesopotâmia, em tempos primitivos, a palavra sábado existia e havia certos dias em seqüência de sete, relacionados com o mês e não com semanas. Isso sugere que existiam sábados de uma forma parecida com o sábado hebreu, mas não exatamente iguais.
O número sete era muito popular nos países do Oriente Médio, mas os judeus foram os únicos que o mantiveram como um dia sagrado. Existem também evidências de que os cristãos continuaram observando o sábado até o terceiro e quarto séculos da Era Cristã. Hoje, embora existam diferenças nos calendários referentes aos anos ou meses, não há desentendimento em relação aos dias da semana.
Dilúvio e Babel
Não temos os ossos para submeter a idade dos antediluvianos a qualquer tipo de análise. Acredito que realmente a idade dos patriarcas chegou a ser em torno de mil anos. É evidente que foi uma era de ouro. As pessoas tinham uma vida muito saudável e feliz. Porém, depois do dilúvio, tornou-se mais difícil viver na face da Terra, e a média de duração da vida dos patriarcas caiu para cem anos.
Há exploradores que vão ao Monte Ararate e tiram fotografias de objetos que atiçam a curiosidade. Também existem muitas histórias e rumores sobre a descoberta da Arca de Noé. Acho que nada disso tem procedência séria e não merece credibilidade. Através de métodos de datação, a ciência indica que restos de uma suposta embarcação encontrada no Ararate remontam ao período bizantino, século VI d.C. Uma era nada antiga em relação ao tempo de Noé.
Só existem as bases da fundação da Torre de Babel. Aparentemente, uma parte da torre resistiu até a época de Alexandre Magno. Quando ele chegou ao local, decidiu reconstruir a torre. Os seus homens cavaram e retiraram as ruínas, começando a preparação de um novo edifício. No entanto, Alexandre morreu nesse intervalo. Se agora visitarmos a região de Babilônia, no Iraque, encontraremos o buraco no qual a torre existiu.
Egito e Arca do Concerto
Na minha opinião, o faraó do Êxodo foi Tutmés III, que morreu em 1450 a.C. A data de sua morte confere com a cronologia bíblica. Apesar da existência da múmia de Tutmés III, no Museu do Cairo, comprovou-se que ela não é a múmia desse faraó. Talvez seja de seu pai ou de seu filho. Pode ser uma múmia substituta que colocaram no lugar do seu túmulo, pois o faraó Tutmés morreu no Mar Vermelho. Chega-se a essa conclusão através de exames de raios X nos ossos da múmia.
Os arqueólogos não encontraram as ruínas dos muros de Jericó porque depois da destruição destes por Josué, a cidade ficou ao relento, sujeita às intempéries da natureza por cerca de 500 anos. A camada mais elevada daquela civilização foi totalmente destruída por erosões, por isso não é possível encontrar remanescentes daquela época. Os arqueólogos encontraram apenas ruínas de túmulos.
O único texto antigo tratando sobre a Arca do Concerto se encontra no segundo livro de Macabeus. O primeiro livro de Macabeus é considerado uma boa fonte histórica, mas o segundo é pouco confiável e, infelizmente, é ele que afirma que Jeremias e seus homens enterraram a Arca no Monte Nebo.
Alguns eruditos dizem que eles não tiveram tempo para transpor o Rio Jordão, e acham que a Arca poderia ter sido escondida no monte em que estava o templo de Salomão. Nesse lugar havia várias cavernas. A verdade é que ela desapareceu durante a destruição de Jerusalém e não sabemos onde ficou. Seria um fato maravilhoso se pudéssemos localizá-la.
Lawrence Geraty, doutor em Arqueologia pela Universidade Harvard, é presidente da Universidade Adventista de La Sierra, na Califórnia, Estados Unidos (texto Baseado em entrevista concedida a Paulo Pinheiro, da Casa Publicadora Brasileira).

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Descoberta pode ajudar a reescrever história cristã

 

Uma antiga coleção de 70 livros pequenos, cada um com 5 a 15 páginas de chumbo, pode desvendar alguns segredos dos primórdios do cristianismo. Para os estudiosos de religião e de história, trata-se de um tesouro sem preço. Ziad Al-Saad, diretor do Departamento de Antiguidades da Jordânia chegou a dizer que pode ser a “descoberta mais importante da história da arqueologia”. Embora ainda estejam divididos quanto à sua autenticidade, especialistas acreditam que se trata da maior descoberta da arqueologia bíblica desde que foram encontrados os Rolos do Mar Morto, em 1947. Os livros foram descobertos há cinco anos em uma caverna (foto) em uma região remota da atual Jordânia. Acredita-se que pertenciam a cristãos que fugiram após a queda de Jerusalém no ano 70 d.C. Documentos importantes do mesmo período já foram encontrados no mesmo local.
Testes iniciais indicam que alguns desses livros de metal datam do primeiro século. A estimativa é baseada na forma de corrosão que atingiu o material, algo que especialistas acreditam ser impossível reproduzir artificialmente. Quando os estudos forem concluídos, esses livros podem entrar para a história como alguns dos primeiros documentos cristãos, antecedendo até mesmo os escritos atribuídos ao apóstolo Paulo.

A maioria das páginas desses livros metálicos é do tamanho de um cartão de crédito. Os textos estão escritos em hebraico antigo, sendo a maior parte em um tipo de código. O britânico David Elkington, acadêmico de arqueologia e de história religiosa antiga, foi um dos poucos a ter examinado os livros. Ele acredita que essa pode ser “a maior descoberta da história cristã”. “É algo de tirar o fôlego pensar que temos acesso a objetos que podem ter pertencido aos santos dos primórdios da Igreja”, disse ele.
Após ter sido descoberto por um beduíno da Jordânia, o tesouro foi adquirido por um beduíno israelense, que está sendo acusado de contrabandeá-lo para Israel, onde está hoje. O governo jordaniano está tentando repatriar as relíquias, mas sem sucesso.
Philip Davies, professor emérito de estudos bíblicos da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, disse haver fortes evidências de que os livros têm uma origem cristã e mostram mapas da Jerusalém do primeiro século. “Há obviamente imagens cristãs. Há uma cruz em primeiro plano, e por trás dela o que tem pode ser o túmulo [de Jesus], uma pequena construção com uma abertura, e atrás disso os muros da cidade… É uma crucificação cristã que ocorreu fora dos muros da cidade.”
A doutora Margaret Barker, ex-presidente da Sociedade de Estudos do Antigo Testamento, explica: “O livro do Apocalipse fala de um livro selado que seria aberto somente pelo Messias. Outros textos da época falam sobre livros de sabedoria selados e de uma tradição secreta transmitida por Jesus aos seus discípulos mais próximos. Esse é o contexto dessa descoberta. Sabe-se que, pelo menos em duas ocasiões, grupos de refugiados da perseguição em Jerusalém rumaram para o leste, atravessaram a Jordânia, perto de Jericó e foram para a região onde esses livros agora foram achados.”
Para ela, outra prova de que o material é cristão e não judaico é o fato de os escritos estarem em formato de livros, não de pergaminhos. “Os cristãos estão particularmente associados com a escrita na forma de livros. Eles guardavam livros como parte de uma tradição secreta do início do cristianismo… Caso se confirmem as análises iniciais, esses livros poderão trazer uma luz nova e dramática para a nossa compreensão de um período muito significativo da história, mas até agora pouco conhecido.”
Ela se refere ao período entre a morte de Jesus e as primeiras cartas do Apóstolo Paulo. Há referências históricas a alguns desses acontecimentos, mas quase nenhum material deixado por quem realmente vivenciou o surgimento da igreja cristã. Essa descoberta sanaria muitas das dúvidas levantadas por outros estudiosos sobre a veracidade dos relatos da existência do que comumente é chamado de “o Jesus histórico”.
(Pavanews, com informações de BBC e Daily Mail)
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