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Jericó na Cisjordânia – Especial

 

Há 10 mil anos

Por Michel Gawendo, de Jericó folha universal
jericoJericó, na Cisjordânia, tem diversos títulos. É conhecida como “a cidade das tâmaras”, graças à fruta típica, e também como “a cidade mais baixa do planeta”, pois fica em um vale a mais de 250 metros abaixo do nível do mar. Mas a maior credencial de Jericó é a de “cidade mais antiga do mundo”, fundada há 10 mil anos. Com tanto tempo de existência, ela guarda sinais da história desde a época em que o homem morava em cavernas, passando por períodos descritos na Bíblia e pelo Império Romano.

“Foi ali que o ser humano deixou de morar em cavernas e começou a viver em cidades”, diz o arqueólogo Hamdam Tahah. “Mais de 10 povos já dominaram Jericó, e ainda há a importância religiosa daqui”, ressalta.

As pistas de como os seres humanos viviam 8 mil anos atrás estão em todas as partes. Escavações revelaram que as primeiras famílias da humanidade já tinham plantas e animais dentro de casa, como carneiros, que forneciam leite e carne. Os primeiros humanos a fundar uma cidade também usavam cevada e trigo, provavelmente para fazer farinha e pão.

Mas por que os homens de 10 mil anos atrás escolheram justamente Jericó, que fica em uma região com temperaturas de até 48º C no verão, para construir a primeira cidade do mundo? “A resposta é simples: por causa da água. Jericó é uma espécie de oásis. A cidade recebe água das chuvas que escorrem das montanhas”, conta o arqueólogo Tanah.

Religião
A cidade também aparece diversas vezes na Bíblia. Uma das passagens mais conhecidas é a da entrada dos hebreus na Terra Prometida, depois que deixaram o Egito, sob a liderança de Josué. Jericó também é o ponto onde, segundo a religião cristã, Jesus curou cegos, subiu ao deserto para meditar e foi tentado pelo diabo. Há um mosteiro encravado no Monte da Tentação para marcar o episódio, e turistas e peregrinos sobem de teleférico até o local. Outra atração religiosa nos arredores de Jericó é o Rio Jordão, onde Jesus foi batizado.

Ao longo da história, Jericó foi palco de invasões e guerras. Por ali passaram ainda outras fi guras históricas, como Herodes e Alexandre, o Grande. A cidade era considerada tão bonita que o líder romano Marco Antônio a ofereceu como presente para Cleópatra, a fim de cortejar a bela rainha egípcia. Outra atração da cidade é o palácio Hisham, construído há 1,2 mil anos e destruído por um terremoto. Os mosaicos que enfeitavam os salões de recepção, as piscinas e as saunas estão conservados e são considerados os maiores do Oriente Médio.

Hoje em dia Jericó é a cidade mais tranquila dos territórios palestinos. É administrada desde 1994 pela Autoridade Palestina, que pretende investir US$ 2 bilhões (R$ 3,4 bilhões) nas festividadesdos 10 mil anos. A instituição deve reformar hotéis, atrações turísticas, ruas e jardins. “Vamos fazer de Jericó a porta de entrada para o turismo na nossa região”, disse a ministra do turismo palestino, Khouloud Daibes.

06-06-16 013

Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.

Israelenses e palestinos se unem para exploração do mar Morto

 

DA ASSOCIATED PRESS

A lama e o sedimento do mar Morto podem estar escondendo objetos com 500 mil anos de idade e de grande valor arqueológico e geológico –alguns dos quais forneceriam novas abordagens sobre a mudança climática contemporânea.

O projeto de investigação, conduzido pelos cientistas israelenses Zvi Ben-Avraham e Mordechai Stein, recebeu aprovação para ser levado adiante somente neste ano.

Apresentado uma década atrás, o projeto foi adiado vários vezes devido ao conflito político entre Israel e a Palestina, que agora formam parceria com outros quatro países –incluindo a Jordânia– para tornar o estudo científico viável.

Oded Balilty/AP

Exploração do mar Morto envolve seis países; lama e sedimentos serão analisados por universidade alemã

Exploração do mar Morto envolve seis países; lama e sedimentos serão analisados por universidade alemã

A maior parte dos sedimentos do mar Morto permanece intacta. Isso ocorre porque o rio Jordão é o único a despejar suas águas e nenhum outro desemboca no local. Essas características permitem aos cientistas analisar e determinar a época e o tipo de clima predominante em certos períodos da história.

As camadas também podem mostrar possíveis ocorrências de terremotos descritos em textos bíblicos e elucidar os fluxos migratórios humanos.

Com custo estimado em US$ 2,5 milhões, o projeto deve se estender por 40 dias. Os trabalhadores vão participar das escavações, revezando-se em escalas de 12 horas contínuas.

Posteriormente, camadas do solo serão retiradas e enviadas para a Universidade de Bremen, na Alemanha, para serem refrigeradas e preparadas para estudos posteriores.

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Seca no Amazonas revela gravuras com "caretinhas" de 5.000 anos de idade

17/11/2010 – 08h44

KÁTIA BRASIL
DE MANAUS

A seca recorde na bacia central do Amazonas permitiu a descoberta de gravuras rupestres de rostos, feitas em baixo relevo, em rochas que estavam submersas.

O conjunto de rochas fica na margem esquerda do encontro das águas dos rios Negro e Solimões, em Manaus.

Arqueólogos e geólogos dizem que as gravuras podem ter sido feitas há 5.000 anos por populações indígenas que habitavam a região.

Seis pescadores descobriram as gravuras em 25 de outubro, segundo o engenheiro florestal Akira Tanaka, subgerente do Cepeam (Centro de Projetos e Estudos Ambientais do Amazonas).

Editoria de Arte/Folhapress

Um dia antes, o Negro havia atingido o nível de 13,63 m, o mais baixo desde 1902.

"São mais de dez carinhas desenhadas nas pedras", disse o engenheiro, que fotografou as gravuras.

Eduardo Góes Neves, arqueólogo da USP que desde os anos 1990 faz pesquisas na Amazônia, analisou as fotos. "Não sabemos o significado das "caretas". Mas suspeitamos que tenham sido feitas numa época em que chovia menos na Amazônia", disse Neves.

Já existe um sítio arqueológico na área. Em 2001, Neves retirou de lá uma urna funerária de 1.200 anos -até então, o artefato mais antigo no encontro das águas.

A comprovação de que as gravuras são mais antigas do que a urna funerária atestaria que existiu uma ocupação contínua naquela região.

De acordo com Neves, gravuras de "caretas" também foram achadas em rochas que ficam submersas nas margens dos rios Urubu (AM) e Trombetas (PA), mas os desenhos têm padrão diferente dos encontrados em Manaus.

O arqueólogo defende que seja feito um estudo subaquático sobre as obras.