Importante descoberta arqueológica achada em Jerusalém

Inscrição em latim é a mais importante das últimas décadas

por Jarbas Aragão

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Importante descoberta arqueológica achada em Jerusalém
Importante descoberta arqueológica achada em Jerusalém

A história de Israel é um verdadeiro quebra-cabeças. De tempos em tempos descobertas arqueológicas confirmam relatos que antes faziam parte apenas dos relatos tradicionais judaicos e careciam de uma comprovação material.

Esta semana, uma grande pedra de mármore em forma de arco, com um texto em latim foi revelada ao mundo. A gravação traz o nome do imperador Adriano e tem quase dois mil anos. Descoberta meses atrás, foi apresentada hoje no Museu Arqueológico Rockfeller e segundo a Autoridade de Antiguidades de Israel é uma das mais importantes inscrições encontradas em Jerusalém.

Cerca de dois milênios depois, a peça foi achada durante escavações ao norte do Portão de Damasco. Riva Avner e Roie Greenwald, que comandaram a expedição, contam que ela fazia parte da cobertura de uma cisterna profunda. A doutora Avner explica que: “Na antiguidade, assim como hoje acontece, era costume reciclarem-se materiais de construção. Essa pedra com uma inscrição oficial evidentemente foi removida do seu lugar original e usada com o propósito de construir a cisterna. Além disso, para ligar a pedra à tampa, uma parte do fundo foi serrada em forma de círculo.”

O fragmento faz parte de uma peça de dimensões maiores, cujo lado esquerdo foi descoberto no século XIX e se encontra no Museu de Estudo Bíblico Franciscano. As inscrições foram lidas e traduzidas por Avner Hecker e Hannah Cotton, da Universidade Hebraica de Jerusalém. Para Hecker, “apenas um pequeno número de antigas inscrições oficiais latinas foram descobertas em escavações arqueológicas em todo o país, em Jerusalém de modo especial. Não há dúvidas de que esta é uma das mais importantes”.

A data da peça arqueológica é uma confirmação importante do relato histórico sobre a presença da décima legião romana em Jerusalém no período entre as duas revoltas judaicas contra Roma. Foi durante o reinado de Adriano que Roma alcançou a maior extensão territorial de sua história.

Segundo os historiadores, Adriano visitou Jerusalém no ano 129 ou 130. Para os arqueólogos a inscrição original foi feita na fachada de um arco do triunfo no norte da cidade. Registros judaicos dão conta que nessa época estavam em vigor os chamados “decretos adriânicos”, que impunham a perseguição e a conversão forçada de judeus.

Nesse período, o imperador deu a Jerusalém o status de “colônia”. Com isso, seus cidadãos passaram a ser considerados romanos. Mas isso trazia consigo a adoração dos seus deuses e o nome da cidade foi mudado para Aelia Capitolina e a província da Judeia passou a chamar-se Syria Palaestina, numa tentativa de aniquilar sua identidade.

Esse possivelmente foi o estopim para a chamada revolta liderada por Simão Bar Kokbha poucos anos depois, que resultou na morte de centenas de milhares de judeus. Com informações Fox News e Huffington Post

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Ciência

Descoberta arqueológica reforça relato bíblico sobre Templo de Salomão

10/10/2014 – 14:08

Depósito de ossos de animais foi encontrado em Jerusalém

por Jarbas Aragão

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Descoberta arqueológica reforça relato bíblico sobre Templo de Salomão
Descoberta reforça relato bíblico sobre Templo de Salomão

Há séculos que os judeus tentam provar a existência do Templo de Salomão em Jerusalém. Para os cientistas, não há provas fora dos relatos do Antigo Testamento. Para os muçulmanos, que hoje controlam o local onde antes ficava o Templo, isso comprova que é apenas um “mito” judeu.

De fato, não existem provas arqueológicas suficientes para comprovar a existência de um rei chamado Salomão. Contudo, a revista científica Journal of Archaeological Science pode ajudar a mudar isso.

Alguns anos atrás, arqueólogos desenterraram um enorme aterro, nos arredores da antiga cidade murada de Jerusalém. Os processos de datação comprovam que são do início do reinado de Herodes, em 37 a.C., e da Grande Revolta, no ano 66.

Embora a maioria dos antigos depósitos de lixo da cidade tenham ossos de animais, foram encontrados nesta uma quantidade extraordinariamente grande para uma sociedade agrícola, disse um dos responsáveis pelo achado, Gideon Hartman, da Universidade de Connecticut.

“A carne não era consumida diariamente. Era algo obviamente guardado para eventos especiais”, disse Hartman ao site LiveScience. Além disso, a maioria dos animais eram jovens, sugerindo que foram criados para serem sacrificados.

A equipe de Hartman investigou cerca de 160 ossos de ovinos e caprinos encontrados no local com outras amostras de ossos da lixeira da cidade. Através de uma análise dos isótopos de nitrogênio e carbono no material, é possível comprovar que vieram de diferentes locais, pois tinham alimentações distintas.

O estudo descobriu que muitos desses animais vieram de regiões desérticas a centenas de quilômetros de Jerusalém, como Arábia e Transjordânia.  Tal informação é condizente com os relatos bíblicos das festas judaicas que ocorriam no Templo e atraíam judeus de todas as partes do Oriente Médio.

Essa descoberta reforça a noção de que Jerusalém era um centro de peregrinação constante.   “Durante a época do segundo templo existiam grandes quantidades de judeus ricos que viviam longe da terra de Israel”, disse Hartman. Essas pessoas sentiam-se obrigadas pela religião a sacrificar animais, algo que só poderia ser feito em Jerusalém.

Há diversos registros históricos mostrando que Jerusalém era uma metrópole, mas que carecia de recursos econômicos naturais.  Segundo o Talmude, antigo texto religioso judaico, o coração econômico da cidade era o Templo Sagrado, onde os animais eram sacrificados a Deus.

Multidões vinham para as festas na capital do reino. Algumas passagens do texto falam sobre sacerdotes andando em um “rio de sangue” desses animais, que ia até os joelhos. Existe relatos de 1,2 milhão de animais sendo abatidos em um único dia. O antigo historiador judeu Flávio Josefo também descreve uma enorme operação de abate. Ainda assim, os historiadores sempre questionaram se essas descrições eram reais ou apenas hipérboles religiosas.

Nos últimos anos, uma série de achados arqueológicos tem confirmado muitos dos relatos bíblicos.

Em abril, uma das pesquisas arqueológicas mais importantes de Israel revelou as ruínas da chamada “Cidade da Primavera”. O local, famoso quando Davi e seu filho Salomão eram reis de Israel, foi construída para salvar e proteger a água da cidade dos inimigos que tentavam dominá-la.

Agora, a descoberta desses ossos de animais é mais uma que fortalece entre os judeus a ideia de reconstrução do templo de Salomão, um antigo sonho dos ortodoxos. Ela é fortalecida toda vez que se mostra que os relatos bíblicos sobre ele são verdadeiros.

Arqueólogos revelam “nova aparência” de Jesus Cristo

Desenho mostra Cristo mais parecido com filósofo grego

por Jarbas Aragão

Arqueólogos revelam “nova aparência” de Jesus Cristo
Arqueólogos revelam “nova” imagem de Jesus

A imagem mais antiga de Jesus Cristo reconhecida até o momento data do ano 235 e foi encontrado na Síria, em 2011. Nela Jesus aparece sem barba e andando sobre a água.

Agora, um desenho de Jesus encontrado em um prato usado na igreja mostra como ele era visto no século quatro. Sem barba, com o cabelo curto e encaracolado e vestindo uma toga, mais parece com as imagens clássicas de um filósofo grego. Ele está ladeado por dois apóstolos, que devem ser Pedro e Paulo. Os três homens têm auréolas sobre suas cabeças.

A cena é impressionante porque Jesus parece muito diferente de suas representações posteriores. Os arqueólogos que trabalham para o projeto FORVM MMX, acharam a peça nas escavações de um edifício religioso da cidade antiga de Castulo, na Andaluzia, região sul da Espanha.

O prato mede 22 centímetros de diâmetro e seus fragmentos encontrados foram remontados para revelar o desenho original. As peças estavam em excelente estado de conservação e 81% de área original já foi reconstituída. Acredita-se que o objeto era usado para armazenar pão da ceia cristã.

desenho do prato Arqueólogos revelam nova aparência de Jesus Cristo

O que chamou atenção dos pesquisadores é que isto é muito diferente das representações tradicionais, que mostram um Jesus barbado, com cabelos longos e castanhos.

Marcelo Castro, chefe do projeto de escavação explicou que o edifício foi construído na segunda metade do quarto século e abandonado cerca de um século mais tarde. “A cena se passa na esfera celestial, enquadrada entre duas palmeiras, que na iconografia cristã representa a imortalidade, a vida após a morte e o céu”, esclarece.

Sua descoberta é parte do projeto FORVM MMX, que busca uma “revisão da cronologia dos primórdios do cristianismo na Espanha”. Com informações Daily Mail.