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Quando a Bíblia faz mal

 

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Preletor: Caio Fábio

E a pregação só é Palavra se o Espírito estiver soprando. Do contrário, é só prega-ação!

Sempre que se obedece à Escritura por causa dela mesma, se está cedendo à tentação do Diabo!

Não é de estranhar, portanto, que o pai da fé, Abraão, tenha vivido pela fé na Palavra antes de haver Escritura, mostrando-nos assim, que a Palavra precede a Escritura.

A fé vem pelo ouvir-escutar-crer-render-se à Palavra.

E a pregação só é Palavra se o Espírito estiver soprando. Do contrário, é só prega-ação!

E a pregação que não é Palavra é apenas estudo bíblico, podendo gerar mais doença do que libertação.

A grande tentação é fazer a Escritura se passar por Palavra. As Escrituras se iluminam como a Palavra somente quando aquele que a busca tem como motivação o encontro com a Palavra de Deus. Ou quando o Deus da Palavra fala antes ao coração!

A Bíblia é o Livro.

A Escritura é o Texto.

A Palavra É!

“Escritura” sem Deus é apenas um texto religioso aberto à toda sorte de manipulações!

No genuíno encontro com Deus e com a Palavra, a Escritura vem depois.

Sim! A Escritura vem bem depois!

O processo começa com a testificação do Espírito — pelo testemunho da Palavra de que somos filhos de Deus (Atos 16:14; Romanos 8:14-17; 10:17).

Depois, nos aproximamos da Escritura, pela Palavra. Então, salvos da “Escritura” pela Palavra, estudamo-la buscando não o seu poder ou o seu saber, mas a “revelação” imponderável acerca da natureza e da vontade de Deus, que daquele “encontro”—entre a Escritura, a Palavra e o Espírito — pode proceder.

Para tanto, veja João 5:39-40, onde o exame das Escrituras só se atualiza como vida se acontecer em Cristo.

Um exemplo do que digo é a tentação de pular do Pináculo do Templo. Tinha uma “base bíblica”— se levarmos em conta a Escritura como sendo a Palavra. Mas o que Jesus identificou ali foi a Escritura sem a Palavra.

Um ser pré-disposto ao sucesso teria pulado do Pináculo em “obediência” à Escritura e à sua literalidade, violando, para sua própria morte, a Palavra.

Sim! Estava escrito.

Porém, não estava dito!

Ora, é em cima do que está escrito mas não está dito, que não só cometemos “suicídios”, mas também “matamos” aqueles que se fazem “discípulos” de nossa arrogância, os quais, motivados pelas nossas falsas promessas, atiram-se do Pináculo do Templo abaixo.

E é também por causa desse tipo de obediência à letra da Escritura que nós morremos.

A letra mata!

Olhamos em volta e vemos o Livro de Deus em todas as prate-Lei-ras. Vemos o povo carregando-o sob o braço e percebemos que eles são apenas “consumidores de Bíblias”.

Vemos seus lideres e os percebemos, muitas vezes, apenas como “mercadejadores” de Bíblias e dos “esquemas” e “programas” que se derivam do marketing que oferece e vende sucesso em “pacotes em nome de Jesus”.

Sim! E isso tudo não porque nos faltem Bíblias e muito menos acesso à Palavra.

O que nos falta é buscar a Deus por Deus.

O que nos falta é sermos filhos amados de Deus não porque isto nos dá status Moral sobre uma sociedade que não é mais perdida que a própria “igreja”, coletivamente falando, é claro!

O que nos falta é a alegria da salvação, sendo essa alegria apenas fruto de gratidão.

É somente na Graça que a leitura da Bíblia tem a Palavra para o coração humano. Sem a iluminação do Espírito a Bíblia é apenas o mais fascinantes de todos os best-sellers.

 

Data: 26/5/2010 09:11:03

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Entrevista e testemunho do capitão da Seleção Brasileira

 

“A Bíblia é meu manual de instrução.” A frase convicta e edificante é de quem poderá erguer a tão esperada taça do hexacampeonato brasileiro na Copa do Mundo de 2010, realizada entre junho e julho, na África do Sul. O zagueiro e capitão da Seleção Brasileira, Lucimar Ferreira da Silva, o Lúcio, de 32 anos, é mais que um líder em campo. Natural de Planaltina (DF), ele também capitaneia a semeadura da Palavra de Deus entre os jogadores evangélicos que vestem a camisa amarelinha. E o grupo de boleiros seguidores da Bíblia não é pequeno. Inclui Kaká, Felipe Melo, Gilberto Silva, Luisão, Juan, Josué e até o auxiliar técnico Jorginho, presidente do ministério dos Atletas de Cristo.
Sempre após os jogos e treinamentos, eles se unem para momentos de pregação, oração e leitura bíblica. Se depender da fé, o hexa é nosso. A seguir, confira a entrevista exclusiva concedida pelo capitão Lúcio ao portal da SBB.
SBB: Há quanto tempo você é evangélico e como foi seu primeiro contato com a Bíblia?
Lúcio: Já faz 12 anos. Fui à igreja pela primeira vez com a minha mãe. Foi algo muito bom que aconteceu em minha vida e, graças a Deus, consegui me manter na igreja. Sou grato a Ele pela paciência e graça comigo e com minha família.
SBB: Costuma ler a Bíblia sempre na concentração antes dos jogos? E no ambiente da Seleção Brasileira?
L.: Em geral, sempre que posso procuro ler a Bíblia, pois isso é algo que me ajuda todos os dias. Na seleção, fazemos as reuniões em horários livres sem interferir no trabalho da equipe.
SBB: Qual sua tradução bíblica preferida?
L.:
Aprecio muito a Almeida Revista e Atualizada.
SBB: Qual livro ou texto bíblico mais te inspira para jogar?
L.:
Minha passagem preferida é Efésios 6.10, que fala sobre a armadura de Deus. Pois é isso o que peço sempre a Deus, sua proteção.
SBB: Você acha que a fé em Deus pode influenciar num bom desempenho e conquistas dentro de campo? Por quê?
L.: Creio sim que a fé é importante e, na minha vida, sempre fez a diferença. Mas com certeza o trabalho, a dedicação e o sacrifício no dia a dia são também, sem dúvida, fundamentais. Pois é dentro de campo que procuro fazer o meu melhor. O mais entrego a Deus.
SBB: Como é na Seleção Brasileira a convivência dos jogadores evangélicos com os não evangélicos?
L.:
Vejo todos como amigos e sei que Deus ama a todos da mesma maneira. A convivência é muito boa, com respeito, amor e, até hoje, esta receita tem funcionado muito bem.
SBB: O que você acha da restrição da Fifa às mensagens religiosas dentro de campo?
L.: Temos, sobretudo, que respeitar. Mas creio que Deus vai nos dar uma forma de poder testemunhar seu amor ao mundo, lembrando que nosso próprio comportamento dentro de campo também pode ser usado por Deus para testemunhar.

SBB: O que a Bíblia representa na sua vida pessoal e profissional?
L.:
A Bíblia tem sido meu manual de instrução. Ela me ensina a andar de acordo com a vontade de Deus. E Deus sabe o que é melhor para nós. Ele tem me mostrado a salvação e me ajudado a conquistar vitórias na minha vida e meu trabalho. E minha maior vitória é ter Deus no meu lar, com minha esposa e filhos. Essa é nossa maior vitória.