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Padre expulso em MG cria igreja independente e causa polêmica

As missas realizadas pelo padre excomungado atraem dezenas de fiéis duas vezes por semana

por Leiliane Roberta Lopes – GOSPELPRIME –

 

Padre expulso em MG cria igreja independente e causa polêmica
Padre expulso em MG cria igreja independente

Um padre excomungado pela Igreja Católica em Alfenas, Minas Gerais, resolveu criar uma igreja independente gerando uma grande polêmica na cidade.

O padre André Aparecido da Silva ficou seis anos à frente da Paróquia de São Sebastião e São Cristovão, sua expulsão foi feita pelo bispo de Guaxupé. Segundo o G1, o padre André comprou um terreno em nome da igreja e algum tempo depois vendeu parte dos 26 mil metros quadrados e o dinheiro foi usado para construir um estacionamento, reformar a igreja e comprar a casa paroquial.

As negociações foram denunciadas pela suspeita de que os valores apresentados à Diocese eram diferentes do que realmente o padre havia recebido. A Diocese pediu melhores explicações e deveria, segundo as regras, deixar o padre afastado por um ano. Porém André criou uma nova igreja e por isso foi excomungado.

“O bispo alegou que eu não fiz uma devida prestação de contas dos valores, mas isso depois que ele pediu nós fizemos. Desse valor todo, tiramos boa parte para cobrir o todo dos terrenos, fizemos a aquisição desta casa (paroquial), fizemos ainda a reforma de imóveis como igrejas da zona rural e urbana e também a reforma de casas de famílias carentes, o que não foi aceito. A maior crítica que ficou nas entrelinhas foi essa reforma de casas de famílias carentes, que não foi aceita”, disse o padre André.

Depois que ele deixou a Igreja Católica ele passou a realizar missas duas vezes por semana em um galpão e todas as reuniões ficam lotadas. A igreja segue os ritos do catolicismo, mesmo sem ter qualquer tipo de ligação com as dioceses.

A Igreja recebeu o nome de “Igreja Católica Independente de Alfenas” e a Diocese já enviou um documento para os moradores da cidade em nome do bispo de Guaxupé (MG), Dom José Lanza Neto, orientando os católicos para não frequentarem a nova igreja.

“Comunicamos para o bem da igreja e tranquilidade de todos o que vem acontecendo em nossa Diocese, mais especificamente na cidade de Alfenas. Com a criação da Igreja Católica Independente de Alfenas”, diz o bispo.

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Vaticano vai reconhecer o Estado palestino, Israel lamenta

A Santa Sé se tornará o 136º a apoiar a independência dos palestinos

por Leiliane Roberta Lopes-gospelprime-

 

Vaticano vai reconhecer o Estado palestino, Israel lamenta
Vaticano vai reconhecer o Estado palestino, Israel lamenta

O Papa Francisco tem um encontro marcado com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, no próximo sábado (16) no Vaticano. O encontro servirá para reconhecer o Estado Palestino, e também para assinar um acordo a respeito das atividades da Igreja Católica nos territórios palestinos.

O subsecretário do Vaticano para as Relações com os Estados, Antoine Camilleri, disse ao jornal l’Osservatore Romano que a Santa Sé acredita em “uma solução da questão palestina e do conflito entre israelenses no âmbito da solução de dois Estados”.

Camilleri também confirmou que para a Igreja Católica a única forma de solucionar os problemas entre palestinos e israelenses é reconhecer dois Estados. “Ainda que de maneira indireta, seria positivo que o acordo feito pudesse de alguma maneira ajudar os palestinos a ver estabelecido e reconhecido um Estado da Palestina independente, soberano e democrático que viva em paz e segurança com Israel e seus vizinhos”.

O encontro com o papa acontecerá às vésperas da canonização de duas freiras nascidas em território palestino antes da criação do Estado de Israel. Francisco esteve na Terra Santa em maio do ano passado e durante sua passagem usou a expressão “Estado palestino” durante um de seus pronunciamentos.

O líder católico agradou a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), mas causou um mal-estar com Israel. Essa semana, ao saber sobre o reconhecimento do Estado Palestino, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, lamentou e disse que está desapontado com o Vaticano.

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Artigos Jovens católicos

Católico que professa comunismo está excomungado, explica padre

A Igreja Católica considera o comunismo uma doutrina anticristã

por Leiliane Roberta Lopes-gospelprime-

Com base nos decretos da Congregação para a Doutrina da Fé e no Código Canônico de 1983, o padre Paulo Ricardo esclareceu uma das dúvidas mais frequentes entre católicos brasileiros: o católico que professa a doutrina comunista está excomungado? A resposta é: sim.

O padre enfatizou ainda que o católico não deve votar em partidos comunistas, mas também não deve votar ou apoiar os partidos que, na prática, se aliam aos comunistas. De forma didática, Paulo Ricardo citou os decretos da Igreja Católica que falam sobre o tema.

“Em 25 de junho de 1949, época do papa Pio 12, o antigo Santo Ofício respondeu à pergunta: “É permitido ao católico votar no partido comunista ou favorecê-lo de alguma maneira?”. A resposta foi negativa.  Era uma dúvida frequente e, por isso, Pio 12 fez publicar o decreto de esclarecimento.  Os comunistas já eram considerados apóstatas e estavam excomungados desde sempre. O decreto veio apenas confirmar e esclarecer o fato”.

Segundo o decreto citado, a Igreja Católica considera o comunismo uma doutrina materialista e anticristã. Pois, embora declarem que não atacam a religião, os comunistas demonstram –quer pela doutrina, quer por suas ações – que são hostis a Deus e à igreja de Cristo.

“Eles dizem que não são contra Deus, mas na sua atuação prática e na sua doutrina estão contra Deus e contra a religião. Eles acreditam no que a igreja não crê. Portanto, se você professa a doutrina comunista, não professa a fé católica”, resumiu.

Decretos continuam válidos

O padre Paulo Ricardo enfatizou ainda que os decretos da Igreja Católica contra o comunismo não são “datados” ou restritos a um passado de turbulência política. Os documentos têm validade até os dias de hoje e seu conteúdo foi renovado pelo papa João Paulo II.

“O código de direito canônico de 1983, publicado pelo papa João Paulo II, e válido até hoje, reafirmou que professar a doutrina comunista é motivo de excomunhão automática. Quem vota, professa ou trabalha pelo comunismo não pode receber os sacramentos porque é considerado um apóstata da fé católica” detalhou.

O padre Paulo Ricardo explicou ainda que a Igreja Católica não precisa excomungar oficialmente os comunistas. “A Igreja não excomunga; os indivíduos se autoexcluem da comunhão com a igreja quando professam a doutrina comunista. Os decretos são de esclarecimento: essas pessoas já estão excomungadas”.