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Estudantes ateus americanos dão revista pornô em troca de Bíblia

 

Pelo segundo ano consecutivo, estudantes da Universidade de Santo Antônio, no Texas (EUA), promovem o Smut for Smut (Porcaria por Porcaria): dão uma revista pornográfica em troca de uma Bíblia. Eles compõem o grupo Agenda Ateísta.

A estudante Kyle Bush disse que o objetivo da permuta é mostrar que a Bíblia, Alcorão e Torá são piores do que publicações pornográficas, porque causam mais danos à humanidade.

Ela disse que a Bíblia está repleta de violência, como genocídio e infanticídio, e de práticas sexuais reprováveis, como o incesto e o abuso de crianças.

No ano passado, estudantes cristãos protestaram contra o  Smut for Smut e pediram à universidade que impedisse o evento. A reitoria informou que nada podia fazer, porque os ateus não estavam desrespeitando nenhuma lei.

    Neste ano, poucas pessoas têm feito a troca, mas para a Agenda Ateísta o importante é que ela, com a manifestação, está conseguindo visibilidade na imprensa, atraindo novos sócios, conforme ocorreu em 2010.

Data: 9/2/2011 08:53:43
Fonte: Bule Voador

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Manifestações unem cristãos e muçulmanos

Foto da cruz sobre um monte                                              Foto adicionada pela Igreja virtual

Lourival Sant?Anna – O Estado de S.Paulo

Ao entrar na Praça Tahrir, Hany Mohamed junta-se a um grupo de homens ajoelhados na calçada, para a quarta oração do dia. Adel Wagdi espera a alguns metros. "Sou cristão", explica.

Tem havido celebrações cristãs na praça, rodeadas por muçulmanos em gesto de proteção. Num cartaz de papelão feito à mão, uma lua crescente e uma cruz selam a harmonia entre as duas religiões, num país em que são comuns ataques contra igrejas coptas (cristãs). O último ocorreu na virada do ano, em Alexandria, em que a explosão de uma bomba matou 23 pessoas. Um cartaz escrito em inglês, dirigido a Mubarak, diz: "Obrigado por nos unir. Agora vá embora."

Rindo, Wagdi saca o celular do bolso para fotografar um homem com outro cartaz: "Mubarak, filho de Shaddad (herói pré-islâmico da Península Arábica), usou os camelos dele para liberar a praça", em referência à montaria usada por homens que atacaram os manifestantes na semana passada. Os egípcios trouxeram sua famosa verve humorística para a praça. Outro cartaz diz: "Eu preferia que o primeiro ataque aéreo (do Egito contra Israel, na guerra de 1973, que resultou na derrota árabe) tivesse sido contra o Egito, e Mubarak tivesse governado Israel por 30 anos." Uma moça segura um cartaz pedindo: "Preciso me formar. Vão embora." Escolas, assim como o comércio e serviços, estão fechadas desde o início dos protestos.

Do outro lado da praça, parte das pedras reunidas para defender os manifestantes dos ataques de grupos pró-Mubarak é usada para escrever frases no chão, como "US$ 70 bilhões", a fortuna que se acredita que Mubarak e sua família tenham amealhado intermediando virtualmente todos os negócios importantes no país. E, para ter certeza de que o presidente entendeu, a mesma mensagem foi escrita com pedras em quatro línguas: "Go away, Fuera, Dégage, Raus". Há muitas palavras de ordem, mas a preferida é essa: "Erhal" – "Vá embora".

"Ele é presidente desde que nascemos", dizem Mohamed e Wagdi. "Chega."

PARA ENTENDER

Cristãos coptas são 9% da população

A imensa maioria dos egípcios (90%) é de muçulmanos sunitas. Em segundo lugar vêm os cristãos ortodoxos coptas, cerca de 9% da população nacional. O centro da religião é Alexandria, onde fica o patriarca da Igreja, atualmente o papa Shenouda III. Estima-se que existam hoje cerca de 20 milhões de cristãos coptas, sendo que 16 milhões estão no Egito. Fiéis estão também espalhados pelas regiões central, leste e sul da África.

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Muçulmanos incendeiam e saqueiam igrejas cristãs na Indonésia

 

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um grupo de muçulmanos indonésios incendiou e depredou igrejas cristãs e enfrentou a polícia nesta terça-feira, em meio a uma onda de violência religiosa no maior país islâmico do mundo.

Dois dias depois de um grupo de muçulmanos ter linchado até a morte três membros de uma pequena seita islâmica, uma multidão de muçulmanos furiosos atearam fogo a dois templos cristãos e saquearam um terceiro na cidade de Temanggung, no centro da ilha de Java, segundo a polícia.

Os fatos ocorreram durante confrontos com a polícia quando o grupo reclamava a pena de morte para um cristão condenado por blasfêmia contra o islã.

Slamet Riyadi/AP

Estátua de Jesus Cristo quebrada por ataque a igreja cristã em Temanggung, em Java Central, Indonésia

Estátua de Jesus Cristo quebrada por ataque a igreja cristã em Temanggung, em Java Central, Indonésia

Eles exigem a pena de morte para Antonius Bawengan, 58, cristão condenado a cinco anos de prisão por distribuir panfletos considerados ofensivos ao islamismo.

"Hoje [terça-feira] foi o auge do julgamento. A multidão gritava que ele deveria ser condenado à morte ou ser entregue ao público", afirmou Djihartono, porta-voz da polícia provincial de Java Central.

Os manifestantes gritavam "morra, morra" do lado de fora do tribunal, e "queimem, queimem" ao seguirem em direção às igrejas, em uma região de Java onde muçulmanos e cristãos convivem pacificamente. Uma escola católica também foi vandalizada.

Os cerca de 1.500 manifestantes também atiraram pedras contra a polícia, que respondeu com gás lacrimogêneo e tiros de advertência para o alto. Uma viatura da polícia foi queimada em meio à confusão, que começou em frente à corte e se espalhou pelas ruas do bairro.

O mais recente episódio de violência religiosa na Indonésia –geralmente citada como exemplo de país pluralista– coincide com um aumento da pressão sobre o governo para que combata o extremismo e reforce seu compromisso com a diversidade.

A Constituição indonésia garante liberdade religiosa, mas grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que a violência contra minorias –incluindo cristãos e ahmadis– só aumentaram desde 2008.

Organizações como a Anistia Internacional indicam que a intolerância está em alta na Indonésia, país de 240 milhões de habitantes, dos quais 80% são muçulmanos.

AHMADIS

Nesta segunda-feira, a imprensa indonésia divulgou um vídeo com imagens fortes, que mostram como membros de um movimento religioso minoritário são linchados por uma multidão de muçulmanos sem que a polícia intervenha.

As imagens foram filmadas no domingo em um povoado no oeste de Java, onde mais de 1.000 pessoas, armadas com machados e pedaços de pau, atenderam à convocação de organizações islâmicas para impedir uma reunião da seita dos ahmadis em uma casa particular. Três membros do movimento religioso morreram, segundo a polícia.

AFP

Imagem de vídeo que mostra ataque de multidão de muçulmanos a grupo religioso minoritário na Indonésia

Imagem de vídeo que mostra ataque de multidão de muçulmanos a grupo religioso minoritário na Indonésia

Os ahmadis, movimento pacifista, contam com 500 mil fiéis na Indonésia, onde mais de 80% da população é muçulmana.

Eles acreditam que Maomé não foi o último profeta do islã e dizem que Mirza Ghulam Ahmad, que fundou a seita na Índia no século 19, foi um sucessor e messias.

Um decreto do governo, adotado em 2008 devido à pressão de movimentos islâmicos, proíbe os ahmadis de propagar sua fé.

"Este brutal ataque contra fiéis ahmadis reflete o contínuo fracasso do governo indonésio em proteger as minorias religiosas de perseguições e ataques e em responsabilizar os responsáveis por estes crimes", destacou Donna Guest, diretora da Anistia Internacional para a região do Pacífico Asiático.

Scot Marciel, embaixador americano em Jacarta, divulgou um comunicado nesta terça-feira "lamentando a violência". "Encorajamos o governo indonésio a continuar incentivando a tolerância e protegendo os direitos de todas as comunidades", afirmou.

O presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, condenou o linchamento dos ahmadis no domingo, mas defendeu a lei de 2008 que proíbe a seita de propagar sua fé. Esta legislação é usada por grupos radicais muçulmanos para justificar os ataques contra membros da minoria religiosa.