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Cristolândia recupera dependentes químicos no Paraná

“Não podemos deixar na mão dos governos. Como cristãos, temos o compromisso de ajudar o próximo”, afirma coordenador

Cristolândia em Curitiba
O programa é realizado em quatro etapas. (Foto: Divulgação)

O Brasil é a nação com o maior número de usuários de crack do mundo. O país está no topo do ranking, representando 20% do mercado mundial. Os números alarmantes revelam a triste realidade vivida por milhares de jovens nos mais diferentes estados brasileiros.

Para diminuir esses índices, a Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira criou em 2009 o programa Cristolândia, que tem como principal objetivo a recuperação de dependentes químicos através de uma série de ações. O projeto teve início em São Paulo e já chegou a diversos estados, entre eles o Paraná.

Mais de 90 municípios estão em estado de alerta, segundo o Mapa do Crack. Na capital Curitiba, a maioria das pessoas em situação de rua consome a droga.

“Não podemos deixar na mão dos governos, apenas. Como cristãos, temos o compromisso de ajudar o próximo, principalmente àquele que não tem mais a quem recorrer”, afirmou em uma entrevista o coordenador da Cristolândia Paraná, pastor Daniel Eiras.

A Cristolândia é um programa de prevenção, recuperação e assistência a dependentes químicos. Ele é realizado em quatro etapas, sendo a primeira chamada de “busca ativa”. Nesse primeiro momento os voluntários fazem a busca nos locais de maior índice de usuários de drogas. A ideia é criar vínculos e oferecer a oportunidade de uma vida diferente.

A segunda fase é chamada de “acolhida”. A Cristolândia oferece alimentação saudável, higienização pessoal, roupas, guarda de pertences, avaliação multidisciplinar e suporte para acesso a documentos.

Na terceira etapa, o dependente é encaminhado ao Centro de Formação Cristã, uma chácara em Mandirituba, região metropolitana de Curitiba. As atividades nesta fase são assumidas pela Primeira Igreja Batista, que o auxilia na construção de seu Plano Terapêutico Individual.

São realizados análises psicológicas, cuidados com a saúde física e construção de novos projetos de vida. O assistido tem a oportunidade de participar de capacitações e preparação para reinserção no mercado de trabalho. O tempo de formação dura entre seis e nove meses.

O quarto momento é chamado de “república” pelo programa. Depois da formação, a pessoa passar a viver em uma moradia que conta com equipe para acompanhamento psicossocial e encaminhamento para outros serviços, programas e benefícios da rede socioassistencial e das demais políticas públicas. O prazo para permanência na república é de até 12 meses.

Paralelo à iniciativa com dependentes químicos, o programa também faz um trabalho de prevenção com jovens da região. O objetivo é conscientizar a juventude sobre os prejuízos que o vício pode causar. O trabalho preventivo acontece em 30 locais da grande Paraná.

No estado do Paraná, o projeto é uma iniciativa que envolve, além da Primeira Igreja Batista de Curitiba, outras Igrejas Batistas e evangélicas da cidade, a Associação das Igrejas Batistas da Grande Curitiba, a Convenção Batista Paranaense e a Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira.

Quem quiser contribuir com o projeto deve entrar em contato com a Primeira Igreja Batista de Curitiba no e-mail: [email protected]

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Projeto Cristolândia é refúgio para dependentes em meio à violência policial

 

PorJussara Teixeira | Correspondente do The Christian Post

Refúgio em meio à operação da Polícia Militar na cracolândia, região no centro de são Paulo conhecida por concentrar um grande contingente de usuários e viciados em crack, o projeto Cristolândia abriga diversas pessoas que ali encontram ajuda espiritual para se livrar do vício das drogas.

  • Voluntários entrando na Cracolândia para o dia de ministração

    Foto: Site Instituto Haggai

Vinculado à 1º Igreja Batista de São Paulo e pela entidade cristã Missões Nacionais, o Cristolândia leva a Palavra de Deus em plena zona de consumo de drogas há quase dois anos. Os usuários de drogas se viram acuados com a presença ostensiva da polícia na região, e com a situação o Cristolândia passou a funcionar em regime de plantão, com suas portas abertas 24 horas por dia para receber os dependentes químicos.

A proposta do projeto é fazer os usuários trocaram ‘crack por Cristo’, e só nos últimos 22 meses, já encaminhou cerca de mil usuários para internação e centros de formação evangélica.

Segundo o pastor Paulo Eduardo Vieira, um dos líderes espirituais do projeto, tratamentos medicamentosos só são usados em casos extremos. “Para além da ciência, temos a fé. É o nosso diferencial", explica o líder religioso.

Segundo a pesquisadora Zila Sanches, do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, ouvida pela Folha de S. Paulo, o não uso de medicamentos “funciona para aqueles que já tenham uma crença e buscam por conta própria a ajuda da igreja”. A especialista acredita que não usar medicamentos dificulta o tratamento de desintoxicação, pois o período de abstinência ficaria mais doloroso física e emocionalmente.

Nas últimas duas semanas o número de internações cresceu consideravelmente, passando de 40 internações, em média, para 90. "Fazíamos uma média de 40 por mês. Já chegamos ao dobro disso em dez dias e vamos abrir novas 200 vagas", contabiliza o pastor Humberto Machado, 53, coordenador da missão.

Nas duas últimas semanas, o número de internações, via Cristolândia, bateu o recorde de 90. "Fazíamos uma média de 40 por mês. Já chegamos ao dobro disso em dez dias e vamos abrir novas 200 vagas", contabiliza o pastor Humberto Machado, 53, coordenador da missão.

Operação desastrosa

A ação policial na região da Luz, no centro da capital paulista, foi classificada como “desastrosa” em um debate promovido pela Câmara Municipal de São Paulo entre parlamentares, juízes e representantes de entidades de defesa de direitos da população em situação de rua, segundo a Rede Brasil Atual.

O motivo para as críticas é a truculência observada na ação policial na operação deflagrada pelas administrações do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do prefeito Gilberto Kassab (PSD). A ação adotada ficou limitada à dispersão dos dependentes pela ruas do centro, e deixou de lado o tratamento necessário e imprescindível a este público.

Segundo o padre Julio Lancelotti, da pastoral do Povo de Rua, que atua no auxílio e amparo aos carentes da região, “seria o mesmo que acabar com o alcoolismo prendendo todo mundo que bebe”, comparou. O padre Julio disse que já chegou a ser ameaçado por um policial com uma arma, quando tentava proteger moradores de rua dos excessos praticados por agentes de segurança pública.

A chamada “Operação Sufoco”, realizada pela Polícia Militar, tomou força a partir de 3 de janeiro e segue nesta semana. Atualmente, 2 mil pessoas vivem na área, segundo dados da Polícia Civil, sendo 30% de crianças e adolescentes.

A Secretaria de Segurança de São Paulo anunciou, na terça-feira (10), a ampliação do contingente de policiais militares no local.

Após a visibilidade alcançada pelo tema, a Defensoria Pública do Estado de São Paulo instalou um posto móvel de atendimento aos usuários, na rua Barão de Piracicaba, para receber as denúncias direto da fonte.

O Ministério Público quer apurar os casos passados de violência e tem se reunido com o comando da PM para evitar novas denúncias.

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Missão Cristolândia Atua Retirando Viciados do Mundo das Drogas

 

Por Jussara Teixeira|Correspondente do The Christian Post

A entidade cristã Missões Nacionais inaugurou a Missão Batista Cristolândia, um projeto que visa levar a Palavra de Deus em plena zona de consumo de drogas em são Paulo, região conhecida como Cracolândia.

Neste espaço, onde já atua o Projeto Radical Brasil A Missão, passou a funcionar 24h por dia e tem sido “um pronto-socorro para os que buscam libertação”, e tenta realizar ações que façam valer o Evangelho Integral, ou seja, influenciar o homem com o amor de Cristo, afetando corpo, mente e espírito.

A missão é coordenada pelos missionários Humberto e Soraya Machado e apoiada pelos voluntários do projeto Radical Brasil. A equipe de apoio é renovada constantemente, fruto do despertar de mais jovens que aceitam o chamado missionário.

O projeto é sustentado pelas ofertas de igrejas, associações e parceiros da Junta de Missões Nacionais.

A missão, que está localizada na região central da cidade de São Paulo, conhecida por ser um reduto da marginalidade, sem-teto e viciados, oferece refeições diárias aos carentes, e ainda um espaço para banho, lavanderia e também doações de calçados e roupas.

Os missionários voluntários realizam cultos diários nos períodos da manhã, tarde, noite e até madrugada.

Cada vida alcançada é acompanha de perto, com discipulado, sendo praticamente “adotada” pelos missionários, que podem assim multiplicar uma vida com características de acordo com os propósitos de Deus.

Os novos convertidos são batizados nas águas e se tornam membros da Primeira Igreja Batista de São Paulo.

Um ex-viciado declarou: “cheguei a buscar drogas aqui (na carcolândia) mas fui batizado e agora sirvo a Deus. Eu tinha ido para o mundo das drogas e minha vida se tornou uma destruição total, um caos. Era para eu estar casado, com casa, mas fui para o mundo das drogas. Hoje estou me reconciliando com Deus”, disse.

Outro liberto das drogas contou que dormia nas ruas e ouvia os louvores vindos do projeto Cristolândia. “Eu era atraído por aquele lugar, por aqueles louvores, aquele lugar era uma luz no meio da escuridão. Dormi em frente à Cristolândia, e um dia o pastor chamor para tomar café, no que entrei imediatamente”. Ele conta que assistiu o culto e os louvores, e a partir daquele momento sua vida sofreu uma transformação, quando o pastor fez o apelo, ele se reconciliou com Jesus.

Quem estiver interessado em ajudar o projeto pode preencher uma ficha de adesão, contribuindo para o sustento dos obreiros e manutenção do projeto em www.missoesnacionais.org.br.