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Monges budistas se rendem a Jesus após desafiarem quem é o verdadeiro Deus

Três monges se reuniram com um pastor para comprovar qual é o verdadeiro Deus: Buda ou Jesus Cristo.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO MISSION NETWORK NEWS
Imagem ilustrativa. Monges budistas se rendem a Jesus após desafiarem quem é o verdadeiro Deus. (Foto: Global Disciples)Imagem ilustrativa. Monges budistas se rendem a Jesus após desafiarem quem é o verdadeiro Deus. (Foto: Global Disciples)

No sul da Ásia, um monge budista curioso foi convidado a assistir um treinamento promovido pela organização missionária Global Disciples voltado aos líderes cristãos da região.

Impressionado com as palavras que ouviu, o monge levou mais dois companheiros no dia seguinte para as aulas que estavam sendo ministradas pelo pastor Elias.

“Eles ficaram por vários dias. Mas enquanto eles estavam ouvindo nas aulas de discipulado sobre quem é Jesus e o que significa ser um cristão, eles disseram a Elias:  ‘Bem, alguém tem que estar errado aqui. Ou Buda é deus ou Jesus é Deus”, relatou Tim, da Global Disciples, ao site Mission Network News.

“Eles perguntaram a Elias se ele estaria disposto a testar e ver quem realmente era Deus. Eles iriam a uma floresta para jejuar e orar. Se Jesus pudesse trazer comida para eles e conseguisse fazer chover, então aqueles três monges budistas concordaram que aceitariam a Jesus como Senhor”, completou Tim.

Os homens viajaram para a floresta e se colocaram em oração. Tim relata que exatamente às 00h30, um homem gritou e se deparou com Elias e os três monges. Ele estava perdido, mas enquanto conversavam, abriu a bolsa e compartilhou sua comida com Elias e os monges. “Deus lhes deu seu primeiro milagre”, observou Tim.

No entanto, ainda precisava chover, em meio a uma temporada de seca na região. Tim destaca que, neste dia em particular, não havia nuvens no céu. Os monges deixaram a floresta, não convencidos pela refeição.

“Elias lutou tanto com Deus que todo o seu corpo estava suando. Ele estava se perguntando: ‘Deus, o Senhor realmente faz coisas assim? Você faria chover?’”, contou Tim.

O pastor voltou para casa e cerca de cinco horas depois, as nuvens começaram a se formar — choveu tanto que o culto noturno teve que ser cancelado, e os monges budistas não puderam comparecer na reunião.

Frutos do desafio

Na manhã seguinte, os três monges budistas voltaram para onde Elias conduzia o treinamento e reconheceram a divindade de Jesus Cristo. Tim disse que eles foram secretamente batizados por Elias.

Eles chegaram a deixar suas vestes sacerdotais budistas na região da floresta onde se encontraram com o pastor, como um gesto simbólico para uma nova vida em Jesus.

“Hoje, esses três monges budistas estão evangelizando e trabalhando entre os viciados em drogas em seu país. São histórias como essas que ouvimos e louvamos a Deus pelas coisas incríveis que Ele está fazendo ao redor do mundo”, afirma Tim.

Tim pede ainda as orações de cristãos do mundo inteiro pela Ásia: “Orem para que a igreja se levante em áreas difíceis, para que essas pessoas, como Elias, tenham ousadia e coragem de falar até mesmo com outros líderes religiosos”.

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O Cristianismo

Acima, o símbolo ichtus o ichthyscriado pela combinação das letras gregas ΙΧΘΥΣ em uma roda. Éfeso, na Ásia Menor. O vocábulo significa peixe, mais constitui alem um acrónimoησοῦς Χριστός, Θεοῦ Υἱός, Σωτήρ (Iēsoûs Christós, Theoû Hyiós, Sōtḗr), que se traduz ao português como Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador. O ichtus ou ichthys foi um dos primeiros cristãos[18] e tornou-se em emblema do cristianismo primitivo.[19]Abaixo, o término IXΘΥΣ lavrado em mármore, nas ruínas de Éfeso.

Segundo a religião judaica, o Messias, um descendente do Rei Davi, iria um dia aparecer e restaurar o Reino de Israel. Na Palestina, por volta de 26 d.C., Jesus Cristo, nascido na cidade de Belém na Judéia. Na Galileia começou a pregar, sendo aclamado por alguns como o Messias. Jesus foi rejeitado, tido por apóstata pelas autoridades judaicas. Foi condenado por blasfémia e executado pelos romanos como um líder rebelde. Seus seguidores enfrentaram dura oposição político-religiosa, tendo sido perseguidos e martirizados, pelos líderes religiosos judeus, e, mais tarde, pelo Estado Romano.

Com a morte e a suposta ressurreição de Jesus, os apóstolos, principais testemunhas da sua vida, reúnem-se numa comunidade religiosa composta essencialmente por judeus e centrada na cidade de Jerusalém. Esta comunidade praticava a comunhão dos bens, celebrava a “partilha do pão” em memória da última refeição tomada por Jesus e administrava o batismo aos novos convertidos. A partir de Jerusalém, os apóstolos partiram para pregar a nova mensagem, anunciando a nova religião inclusive aos que eram rejeitados pelo judaísmo oficial. Assim, Filipe prega aos Samaritanos, o eunuco da rainha da Etiópia é baptizado, bem como o centurião Cornélio. Em Antioquia, os discípulos abordam pela primeira vez os pagãos e passam a ser conhecidos como cristãos.

Paulo de Tarso não se contava entre os apóstolos originais, ele era um judeu fariseu que perseguiu inicialmente os primeiros cristãos. No entanto, ele tornou-se depois um cristão e um dos seus maiores, senão o maior missionário depois de Jesus Cristo. Boa parte do Novo Testamento foi escrito ou por ele (as Epístolas paulinas) ou por seus cooperadores (o evangelho de Lucas e os actos dos apóstolos). Paulo afirmou que a salvação dependia da fé em Cristo. Entre 44 e 58 ele fez três grandes viagens missionárias que levaram a nova doutrina aos gentios e judeus da Ásia Menor e de vários pontos da Europa, entre eles Roma.

Nas primeiras comunidades cristãs a coabitação entre os cristãos oriundos do paganismo e os oriundos do judaísmo gerava por vezes conflitos. Alguns dos últimos permaneciam fiéis às restrições alimentares e recusavam-se a sentar-se à mesa com os primeiros. Na Assembleia de Jerusalém (Concílio de Jerusalém), em 48, decide-se que os cristãos ex-pagãos não serão sujeitos à circuncisão (veja Controvérsia da circuncisão), mas para se sentarem à mesa com os cristãos de origem judaica devem abster-se de comer carne com sangue ou carne sacrificada aos ídolos. Consagra-se assim a primeira ruptura com o judaísmo.

Grafite de Alexamenos, encontrado no PalatinoRoma. Feito por volta do ano 200, é uma das primeiras representações gráficas da crucificação de Jesus

Na época, a visão de mundo monoteísta do judaísmo era atrativa para alguns dos cidadãos do mundo romano, mas costumes como a circuncisão, as regras de alimentação incômodas, e a forte identificação dos judeus como um grupo étnico (e não apenas religioso) funcionavam como barreiras dificultando a conversão dos homens. Através da influência de Paulo, o cristianismo simplificou os costumes judaicos aos quais os gentios não se habituavam enquanto manteve os motivos de atração. Alguns autores defendem que essa mudança pode ter sido um dos grandes motivos da rápida expansão do cristianismo.

Outros autores entendem a ruptura com os ritos judaicos mais como uma consequência da expansão do cristianismo entre os não judeus do que como sua causa. Estes invocam outros fatores e características como causa da expansão cristã, por exemplo: a natureza da fé cristã que propõe que a mensagem de Deus destina-se a toda a humanidade e não apenas ao seu povo escolhido; a fuga da perseguição religiosa empreendida inicialmente por judeus conservadores, e posteriormente pelo Estado Romano; o espírito missionário dos primeiros cristãos com sua determinação em divulgar o que Cristo havia ensinado a tantas pessoas quantas conseguissem.

A narrativa da perseguição religiosa, da dispersão dela decorrente, da expansão do cristianismo entre não judeus e da subsequente abolição da obrigatoriedade dos ritos judaicos pode ser lida no livro de Atos dos Apóstolos. De resto, os cristãos adotam as regras e os princípios do Antigo Testamento, livro sagrado dos Judeus.

Em Junho do ano 66 inicia-se a revolta judaica. Em Setembro do mesmo ano a comunidade cristã de Jerusalém decide separar-se dos judeus insurrectos, seguindo a advertência dada por Jesus de que quando Jerusalém fosse cercada por exércitos a desolação dela estaria próxima, e exila-se em Pela, na Transjordânia, o que representa o segundo momento de ruptura com o judaísmo.

Após a derrota dos judeus em 70, cristãos e outros grupos judeus trilham caminhos cada vez mais separados. Para o cristianismo o período que se abre em 70 e que segue até aproximadamente 135 caracteriza-se pela definição da moral e fé cristã, bem como de organização da hierarquia e da liturgia. No Oriente, estabelece-se o episcopado monárquico: a comunidade é chefiada por um bispo, rodeado pelo seu presbitério e assistido por diáconos.

Popularização e consolidação no Império Romano

Busto de Augustomarcado com uma cruz, um tipo de vandalismo comum durante o declínio do politeísmo greco-romano

Gradualmente, o sucesso do cristianismo junto das elites romanas fez deste um rival da religião estabelecida. Embora desde 64, quando Neromandou supliciar os cristãos de Roma, se tivessem verificado perseguições ao cristianismo, estas eram irregulares. As perseguições organizadas contra os cristãos surgem a partir do século II: em 112 Trajano fixa o procedimento contra os cristãos. Para além de Trajano, as principais perseguições foram ordenadas pelos imperadores Marco AurélioDécioValeriano e Diocleciano. Os cristãos eram acusados de superstição e de ódio ao género humano. Se fossem cidadãos romanos eram decapitados; se não, podiam ser atirados às feras ou enviados para trabalhar nas minas.

Durante a segunda metade do século II assiste-se também ao desenvolvimento das primeiras heresiasTatiano, um cristão de origem síria convertido em Roma, cria uma seita gnóstica que reprova o casamento e que celebrava a eucaristia com água em vez de vinhoMarcião rejeitava o Antigo Testamento, opondo o Deus vingador dos judeus, ao Deus bondoso do Novo Testamento, apresentado por Cristo; ele elaborou um Livro Sagrado, o Evangelho de Marcião, feito a partir de passagens retiradas do Evangelho de Lucas e das epístolas paulinas. À medida que o cristianismo criava raízes mais fortes na parte ocidental do Império Romano, o latim passa a ser usado como língua sagrada (nas comunidades do Oriente usava-se o grego).

Durante o século III, com o relaxamento da intolerância aos cristãos, a Igreja havia conseguido muitos donativos e bens [20]. Porém com o fortalecimento da perseguição pelo imperador Diocleciano, esses bens foram confiscados.[20] Posteriormente com a derrota de Diocleciano e a ascensão do imperador romano Constantino, o cristianismo foi legalizado pelo Édito de Milão de 313, e os bens da Igreja devolvidos.[20]

A questão da conversão de Constantino ao Cristianismo é uma tema de profundo debate entre os historiadores, mas em geral aceita-se que a sua conversão ocorreu gradualmente. Como maneira de fazer penitência [20][21], Constantino ordenou a construção de diversas basílicas e outros templos e as doou à Igreja [20]. Dentre elas, uma basílica em Roma no local onde, segundo a Tradição, o apóstolo Pedro estava sepultado e, influenciado pela sua mãe, a imperatriz Helena, ordena a construção em Jerusalém da Basílica do Santo Sepulcro e da Basílica da Natividade em Belém.

  Propagação do cristianismo em 325 d.C.
  Propagação do cristianismo em 600 d.C.

Para evitar mais divisões na Igreja, Constantino convocou o Primeiro Concílio de Niceia em 325, onde se definiu o Credo Niceno, uma manifestação mínima da crença partilhada pelos bispos cristãos.[20] Mais tarde, nos anos de 391 e 392, o imperador Teodósio I combate o paganismo, proibindo o seu culto e proclamando o cristianismo religião oficial do Império Romano.

Idade média

O lado ocidental do Império cairia em 476, ano da deposição do último imperador romano pelo “bárbaro” germânico Odoacro, mas o cristianismo permaneceria triunfante em grande parte da Europa, até porque alguns bárbaros já estavam convertidos ao cristianismo ou viriam a converter-se nas décadas seguintes. O Império Romano teve desta forma um papel instrumental na expansão do cristianismo.

Do mesmo modo, o cristianismo teve um papel proeminente na manutenção da civilização europeia. A Igreja, única organização que não se desintegrou no processo de dissolução da parte ocidental do império, começou lentamente a tomar o lugar das instituições romanas ocidentais, chegando mesmo a negociar a segurança de Roma durante as invasões do século V. A Igreja também manteve o que restou de força intelectual, especialmente através da vida monástica.

Embora fosse unida linguisticamente, a parte ocidental do Império Romano jamais obtivera a mesma coesão da parte oriental (grega). Havia nele um grande número de culturas diferentes que haviam sido assimiladas apenas de maneira incompleta pela cultura romana. Mas enquanto os bárbaros invadiam, muitos passaram a comungar da fé cristã. Por volta dos séculos IV e X, todo o território que antes pertencera ao ocidente romano havia se convertido ao cristianismo e era liderado pelo Papa. Missionários cristãos avançaram ainda mais ao norte da Europa, chegando a terras jamais conquistadas por Roma, obtendo a integração definitiva dos povos germânicos e eslavos.

Em 1095, sob o pontificado de Urbano II, as Cruzadas foram lançadas.[22] Estas foram uma série de campanhas militares na Terra Santa e em outros lugares, iniciadas em resposta aos apelos do imperador bizantino Aleixo I Comneno contra a expansão turca. As Cruzadas acabaram fracassando em abafar a agressão islâmica e até mesmo contribuiu para a inimizade cristã com o saque de Constantinopladurante a Quarta Cruzada.[23]

Durante um período que se estende do século VII ao XIII, a igreja cristã passou por uma alienação gradual, resultando em um cisma que dividiu o cristianismo em um ramo chamado latino ou ocidental, a Igreja Católica Romana,[24] e um ramo oriental, em grande parte grego, a Igreja Ortodoxa. Estas duas igrejas discordam sobre uma série de processos e questões administrativas, litúrgicas e doutrinais, principalmente a primazia da jurisdição papal.[25][26] O Segundo Concílio de Lyon (1274) e o Concílio de Florença (1439) tentaram reunir as igrejas, mas em ambos os casos, os ortodoxos orientais se recusaram a implementar as decisões e as duas principais igrejas permanecem em cisma até os dias atuais. No entanto, a Igreja Católica Romana tem alcançado união com várias pequenas igrejas orientais.

Começando por volta de 1184, após a cruzada contra a heresia dos cátaros,[27] várias instituições, amplamente referidas como a Inquisição, foram estabelecidas com o objetivo de suprimir a heresia e assegurar a unidade religiosa e doutrinária dentro do cristianismo através da conversão e repressão.[28]

Reforma Protestante e Contrarreforma

Ver artigos principais: Reforma ProtestanteContrarreforma e Protestantismo

Iconoclastia protestante: o beeldenstorm durante a Reforma Protestante holandesa

Renascimento do século XV trouxe um renovado interesse em estudos antigos e clássicos. Outra grande cisma, a Reforma, resultou na divisão da cristandade ocidental em várias denominações cristãs.[29] Em 1517, Martinho Lutero protestou contra a venda de indulgências e logo passou a negar vários pontos-chave da doutrina católica romana. Outros, como Zwingli e Calvino ainda criticaram o ensino católico romano e adoração. Estes desafios desenvolveram no movimento chamado de protestantismo, que repudiou o primado do papa, o papel da Tradição, os sete sacramentos e outras doutrinas e práticas[30] (ver: Cinco solas). A Reforma na Inglaterra começou em 1534, quando o Rei Henrique VIII tinha se declarado chefe da Igreja da Inglaterra. No início em 1536, os mosteiros por toda a InglaterraPaís de Gales e Irlandaforam dissolvidos.[31]

Em parte como resposta à Reforma Protestante, a Igreja Católica Romana engajou-se em um processo significativo de reforma e renovação, conhecido como Contrarreforma ou Reforma Católica.[32] O Concílio de Trento reafirmou e clarificou a doutrina católica romana. Durante os séculos seguintes, a concorrência entre o catolicismo romano e o protestantismo tornou-se profundamente envolvida com as lutas políticas entre os Estados europeus.[33]

Enquanto isso, a descoberta da América por Cristóvão Colombo em 1492 provocou uma nova onda de atividade missionária. Em parte de zelo missionário, mas sob o impulso da expansão colonial pelas potências europeias, o cristianismo se espalhou para a América, OceaniaÁsia Oriental e África Subsaariana.

Em toda a Europa, as divisões causadas pela Reforma levou a surtos de violência religiosa e o estabelecimento de igrejas separadas do Estado na Europa Ocidental: o luteranismo em partes da Alemanha e na Escandinávia e o anglicanismo na Inglaterra em 1534. Em última instância, essas diferenças levaram à eclosão de conflitos em que a religião desempenhou um papel chave. A Guerra dos Trinta Anos, a Guerra Civil Inglesa e as Guerras religiosas na França são exemplos proeminentes. Estes eventos intensificaram o debate sobre a perseguição cristã e tolerância religiosa.[34]

Pós-iluminismo

Frontispício da Encyclopédie (1772), desenhado por Charles-Nicolas Cochin e gravado por Bonaventure-Louis Prévost. Esta obra está carregada de simbolismos iluministas: a figura do centro representa a verdade – rodeada por luz intensa (o símbolo central do iluminismo). Duas outras figuras à direita, a razão e a filosofia, estão a retirar o manto sobre a verdade

Na era conhecida como a Grande Divergência, quando no ocidente o Iluminismo e a revolução científica trouxeram grandes mudanças sociais, o cristianismo foi confrontado com várias formas de ceticismo e com certas ideologias políticas modernas, como as versões do socialismo e do liberalismo.[35] Nessa época, eventos que variaram do mero anticlericalismo à explosões de violência contra o cristianismo, como a descristianização durante a Revolução Francesa,[36] a Guerra Civil Espanhola, e a hostilidade geral dos movimentos marxistas, especialmente da Revolução Russa de 1917 quando o ateísmo Marxista-leninista desencadeou a perseguição aos Cristãos na União Soviética e a posterior perseguição aos Cristãos no Bloco do Leste.

Especialmente premente na Europa foi a formação dos Estados-nação após a era napoleônica. Em todos os países europeus, diferentes denominações cristãs encontraram-se em competição, em maior ou menor grau, umas com as outras e com o Estado. Variáveis ​​são os tamanhos relativos das denominações e da orientação religiosa, política e ideológica do Estado. Urs Altermatt da Universidade de Friburgo, olhando especificamente para o catolicismo na Europa, identifica quatro modelos para as nações europeias. Em países tradicionalmente católicos, como BélgicaEspanha, e até certo ponto a Áustria, comunidades religiosas e nacionais são mais ou menos idênticas. A simbiose cultural e a separação são encontradas na PolôniaIrlanda e Suíça, todos os países com denominações concorrentes. A competição é encontrada na Alemanha, nos Países Baixos e novamente na Suíça, todos os países com populações minoritárias católicas que, em maior ou menor grau, se identificam com a nação. Finalmente, a separação entre a religião (mais uma vez, especificamente o catolicismo) e do Estado é encontrada em grande parte na França e Itália, países onde o Estado se opôs-se à autoridade da Igreja Católica.[37] Os fatores combinados da formação de Estados-nação e do ultramontanismo, especialmente na Alemanha e nos Países Baixos, mas também na Inglaterra (em uma escala muito menor[38]), muitas vezes forçou as igrejas católicas, organizações, e crentes a escolher entre as demandas nacionais do Estado e da autoridade da Igreja, especificamente o papado. Este conflito veio à tona no Concílio Vaticano I e na Alemanha levaria diretamente ao Kulturkampf, onde os liberais e os protestantes sob a liderança de Bismarck conseguiram restringir severamente expressão e organização católica.

O compromisso cristão na Europa caiu com a modernidade e o secularismo entrou na na Europa Ocidental, embora os compromissos religiosos na América têm sido geralmente altos em comparação com a Europa Ocidental. O final do século XX demonstrou a mudança de aderência cristã para os países subdesenvolvidos e em desenvolvimento e do hemisfério sul em geral, sendo a civilização ocidental não mais a portadora do padrão do cristianismo.

Alguns europeus (incluindo a diáspora), os povos indígenas da América e os nativos de outros continentes, reavivaram as suas respectivas religiões folclóricas do seus povos num movimento conhecido como Neopaganismo. Cerca de 7,1 a 10% dos árabes são cristãos,[39] sendo mais prevalentes no EgitoSíria e Líbano.

Principais crenças

Embora existam diferenças entre os cristãos sobre a forma como interpretam certos aspectos da sua mitologia também possível apresentar um conjunto de crenças que são partilhadas pela maioria deles.

Monoteísmo

Ver artigos principais: Monoteísmo e Religiões abraâmicas

Grande parte das vertentes cristãs herdaram do judaísmo a crença na existência de um único Deus, criador do universo e que pode intervir sobre ele. Os seus atributos mais importantes são por isso a onipotência, a onipresença e onisciência. Os teólogos do chamado Teísmo aberto discutem a atribuição destes atributos (ou parte deles) a Deus.[40]

Outro dos atributos mais importantes de Deus, referido várias vezes ao longo do Novo Testamento, é o amor: Deus ama todas as pessoas e essas podem estabelecer uma relação pessoal com Ele através da oração.[carece de fontes]

A maioria das denominações cristãs professa crer na Santíssima Trindade, isto é, que Deus é um ser eterno que existe como três pessoas eternas, distintas e indivisíveis: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.[carece de fontes]

A doutrina das denominações cristãs difere do monoteísmo judaico visto que no judaísmo não existem três pessoas da Divindade, há apenas um único Deus, e o Messias que virá será um homem, descendente do rei Davi.[carece de fontes]

Jesus

Ver artigos principais: CristologiaJesus Cristo e Jesus histórico
Ver também: Isa (profeta) e Yeshua

Outro ponto crucial para os cristãos é o da centralidade da figura de Jesus Cristo. Os cristãos reconhecem a importância dos ensinamentos morais de Jesus, entre os quais salientam o amor a Deus e ao próximo [41], e consideram a sua vida como um exemplo a seguir. O cristianismo reconhece Jesus como o Filho de Deus que veio à Terra libertar e salvar os seres humanos do pecado através da sua morte na cruz e da sua ressurreição, embora variem entre si quanto ao significado desta salvação e como ela se dará. Para a maioria dos cristãos, Jesus é completamente divino e completamente humano.[carece de fontes]

Há no entanto, uma recorrente discussão sobre a divindade de Jesus. Aqueles que questionam a divindade de Cristo argumentam que ele jamais teria afirmado isso expressamente.[carece de fontes] Os que defendem a divindade de Cristo, por sua vez, valem-se de versículos que, através da postura de Jesus e dentro do próprio contexto cultural judaico da época[carece de fontes], deixariam clara sua condição divina[42][43][44].

A salvação

Ver artigo principal: Salvação

O cristianismo acredita que a fé em Jesus Cristo proporciona aos seres humanos a salvação e a vida eterna. «Pois Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.» (João 3:16)

A vida depois da morte

Ver artigos principais: Imortalidade e Vida após a morte

As visões sobre o que acontece após a morte dentro do Cristianismo variam entre as denominações. A Igreja Católica considera a existência do céu, para onde vão os justos, do inferno, para onde vão os pecadores que não se arrependeram, e do purgatório, que é um estágio de purificação, mas não um terceiro lugar, para os pecadores que morreram em estado de Graça, ou seja, já estão salvos e esperando um tempo indeterminado para ir para o céu. As igrejas orientais, bem como algumas igrejas protestantes, consideram a existência apenas do céu e do inferno. Dentro do Protestantismo, a maior parte das denominações acredita que os mortos serão ressuscitados no Juízo Final, quando então serão julgados, sendo que os pecadores serão definitivamente mortos e os justos viverão junto a Cristo na imortalidade. Já as denominações do Cristianismo Esotérico são reencarnacionistas e ponderam que nenhum homem é totalmente bom nem totalmente mau, e após a morte sofrerão as consequências do bem e do mal que tenham praticado em vida, atingindo a perfeição com as sucessivas encarnações.[carece de fontes]

A Igreja

Ver artigo principal: Igreja

Interior de uma Igreja Ortodoxa

O cristianismo acredita na Igreja (ekklesia), palavra de origem grega que significa “assembleia”, entendida como a comunidade de todos os cristãos e como corpo místico de Cristo presente na Terra e sua continuidade. As principais igrejas ligadas ao cristianismo são: a Igreja Católica Romana, as Igrejas Protestantes e a Igreja Ortodoxa.[carece de fontes]

O Credo de Niceia

Credo de Niceia, formulado nos concílios de Niceia e Constantinopla, foi ratificado como credo universal da Cristandade no Primeiro Concílio de Éfeso de 431. Os cristãos ortodoxos orientais não incluem no credo a cláusula Filioque, que foi acrescentada pela Igreja Católica mais tarde.[carece de fontes]

As crenças principais declaradas no Credo de Niceia são:

  • A crença na Trindade;
  • Jesus é simultaneamente divino e humano;
  • A salvação é possível através da pessoa, vida e obra de Jesus;
  • Jesus Cristo foi concebido de forma virginal, foi crucificadoressuscitouascendeu ao céu e virá de novo à Terra;
  • A remissão dos pecados é possível através do baptismo (br-batismo);
  • Os mortos ressuscitarão.

Na altura em que foi formulado, o Credo de Niceia procurou lidar directamente com crenças que seriam consideradas heréticas, como o arianismo, que negava que o Pai e Filho eram da mesma substância, ou o gnosticismo. Algumas Igrejas Protestantes não acreditam no Credo de Niceia.[carece de fontes]

Escrituras sagradas

Ver artigo principal: Bíblia

Bíblia é o principal conjunto de escrituras do Cristianismo. Entretanto, há algumas divergências a respeito de determinadas escrituras, chamadas deuterocanônicas (ou livros apócrifos), que não são aceitas por todas as correntes. Para certas denominações, há algumas outras escrituras que foram divinamente inspiradas. Os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias atribuem a três livros a qualidade de terem sido inspirados por Deus; esses livros são o Livro de Mórmon, a Doutrina e Convénios e a Pérola de Grande Valor. Para os Adventistas do Sétimo Dia os escritos de Ellen G. White são uma manifestação profética que, contudo, não se encontra ao mesmo nível que a Bíblia.[carece de fontes]

Culto

Formas de culto

Ver artigo principal: Culto cristão

Cemitério cristão

O Batismo de Cristo por Francesco Albani

As formas de culto do cristianismo envolvem oração, leitura alternada de salmos ou de passagens bíblicas tais como as de livros do Antigo Testamento, os Evangelhos, as Espitolas e/ou o Apocalipse.[45] Cantam-se hinos a Deus, o Pai, Jesus ou ao Espírito Santo e aos anjos e santos entre catolicos romanos, episcopais e ortodoxos. A cerimónia da eucaristia é praticada diariamente ou semanalmente por católicos, luteranos, episcopais ou anglicanos e ortodoxos.[carece de fontes]

Já a equivalente Ceia do Senhor pratica-se mensal, trimensal ou anualmente por diversas igrejas entre os protestantes. Sermões são pregados pelo sacerdotepastorancião, ministro ou outros líderes. A maioria das denominações cristãs consagra o Domingo como dia de culto. Há denominações que consideram o Sábado dia santo de guarda, entre elas Baptistas do Sétimo Dia, Adventistas, Igrejas de Deus (7.o dia) e Judeus Messiânicos. Este último grupo, embora não seja cristão, guarda semelhança com o cristianismo, pois crê em Yeshua(Jesus) como sendo o messias profetizado na bíblia hebraica. A devoção e oração individual ou em grupo nos outros dias da semana também são encorajadas.[carece de fontes]

Igrejas como a Luterana, a Metodista, a Presbiteriana e a Episcopal/Anglicana que administram batismo a recem-nascidos também adotam a confirmação quando a criança tem mais entendimento para assumir a responsabilidade pela sua religiosidade. Batistas, Adventistas, Pentecostais e outros optam por uma dedicação do bebê ao Senhor e só batizam quem é maduro o suficiente para decidir por si mesmo que querem realmente abraçar a fé.[carece de fontes]

Concepções religiosas e filosóficas

Podemos considerar três períodos que definem a concepção e filosofia do cristianismo:[carece de fontes]

  1. Cristianismo primitivo: caracterizado por uma heterogeneidade de concepções;
  2. Patrística: ocorrida no período entre os séculos II e VIII, com a transformação da nova religião em uma Igreja oficial do Império Romano fundada por Constantino e a formação de um clero institucionalizado, e cujo doutrinário expoente foi Santo Agostinho;
  3. Escolástica: a partir do século VIII e cujo expoente foi São Tomás de Aquino, que afirmou que fé e razão podem ser conciliadas, sendo a razão um meio de entender a fé.

A partir do protestantismo, é necessário fazer uma diferenciação entre a história e concepção da Igreja Católica e das diversas denominações evangélicas que se formaram.[carece de fontes]

Símbolos

Ver artigo principal: Cruz cristã
Ver também: Simbologia bíblica

Objetos religiosos cristãos: uma Bíblia, um Crucifixo e um Rosário

O principal símbolo do cristianismo é a cruz, que representou em diversas sociedades a interseção do plano material e do transcendental em seus eixos perpendiculares.[46] Por exemplo, era insígnia de Serápis no Egito.[46] Ao ser apropriado pelo cristianismo, este símbolo enriqueceu e sintetizou a história da salvação e paixão de Jesus, significando também a possibilidade de ressurreição.[46]

Outro símbolo cristão, que remonta aos começos da religião. é o Ichthys ou peixe estilizado (a palavra Ichthys significa peixe em grego, sendo também um acrónimo de Iesus Christus Theou Yicus Soter, “Jesus Cristo filho de Deus Salvador”). Outros símbolos do cristianismo primitivo, por vezes ainda utilizados, eram o Alfa e o Ómega (primeira e última letras do alfabeto grego, em referência a Cristo como princípio e fim de todas as coisas), a âncora (representando a salvação da alma que alcancou o bom porto) e o “Bom Pastor“, a representação de Cristo como o dedicado pastor de suas ovelhas.[carece de fontes]

Calendário litúrgico e festividades

Ver artigos principais: Calendário litúrgico e Liturgia

Presépio durante o Natal

Os cristãos atribuem a determinado dias do calendário uma importância religiosa. Estes dias estão ligados à vida de Jesus Cristo ou à história dos primórdios do movimento cristão.[carece de fontes]

O calendário litúrgico cristão inclui as seguintes festas:

  • Advento: período constituído pelas quatro semanas antes do Natal, entendidas como época de preparação para a celebração do nascimento de Jesus Cristo;
  • Natal: celebração do nascimento de Jesus;
  • Epifania: para os católicos, celebra a adoração de Jesus Cristo pelos Reis Magos, enquanto que para os cristãos ortodoxos o seu baptismo. Acontece doze dias após o Natal;
  • Sexta-feira Santa: morte de Jesus;
  • Domingo de Páscoa: ressurreição de Jesus;
  • Ascensão: ascensão de Jesus ao céu. Acontece quarenta dias após o Domingo de Páscoa;
  • Pentecostes: celebração do aparecimento do Espírito Santo aos cristãos. Ocorre cinquenta dias após o Domingo de Páscoa.

Alguns dias têm uma data fixa no calendário (como o Natal, celebrado a 25 de Dezembro), enquanto que outros se movem ao longo de várias datas. O período mais importante do calendário litúrgico é a Páscoa, que é uma festa móvel. Nem todas denominações cristãs concordam em relação a que datas atribuir importância. Por exemplo, o Dia de Todos-os-Santos é celebrado pela Igreja Católica e pela Igreja Anglicana a 1 de Novembro, enquanto que para a Igreja Ortodoxa a data é celebrada no primeiro Domingo depois do Pentecostes; outras denominações cristãs não celebram sequer este dia. De igual forma, alguns grupos protestantes recusam celebrar o Natal uma vez que consideram ter origens pagãs.[carece de fontes]

Demografia

Porcentagem de cristãos por país

Nações que têm o cristianismo como religião estatal (os países em verde são islâmicos):

Com cerca de 2,3 bilhões de adeptos,[14][15][16] dividida em três ramos principais de católicosprotestantes e ortodoxos, o cristianismo é a maior religião do mundo.[47] A parte cristã da população mundial representa cerca de 33% da humanidade nos últimos cem anos, o que significa que uma em cada três pessoas no mundo são cristãs. Isso mascara uma grande mudança na demografia do cristianismo; grandes aumentos no mundo em desenvolvimento(cerca de 23.000 por dia) têm sido acompanhados por reduções substanciais no mundo desenvolvido, principalmente na Europa e América do Norte (cerca de 7.600 por dia)..[48] O cristianismo ainda é a religião predominante na EuropaAmérica e África Austral. Na Ásia, é a religião dominante na GeórgiaArmêniaTimor-Leste e Filipinas.[49] No entanto, ele está em declínio em muitas áreas, incluindo o norte e o oeste dos Estados Unidos,[50] Oceania(Austrália e Nova Zelândia), no norte da Europa (incluindo o Reino Unido,[51] Escandinávia e outros lugares), FrançaAlemanha, as províncias canadenses de OntárioColúmbia BritânicaQuebec, e partes da Ásia (especialmente no Oriente Médio,[52][53][54] Coreia do Sul,[55]Taiwan,[56] e Macau[57]). A população cristã não está diminuindo no Brasil, no sul dos Estados Unidos[58] e na província de Alberta, no Canadá,[59] mas o percentual está diminuindo. Em países como a Austrália[60] e a Nova Zelândia,[61] a população cristã está em declínio tanto em números quanto em percentual.

No entanto, há muitos movimentos carismáticos que se tornaram bem estabelecidos em grandes partes do mundo, especialmente na ÁfricaAmérica Latina e Ásia.[62][63][64][65][66] O líder muçulmano da Arábia Saudita, Sheikh Ahmad al Qatanni, informou para a Aljazeera que todos os dias 16.000 muçulmanos africanos se convertem ao cristianismo. Ele alegou que o islã estava perdendo 6 milhões de muçulmanos africanos que tornam-se cristãos por ano,[67][68][69][70][71] incluindo os muçulmanos na Argélia,[72] França,[72] Índia,[72]Marrocos,[72] Rússia[72] e na Turquia.[72][73] Também é relatado que o cristianismo é popular entre pessoas de diferentes origens na Índia (hindus principalmente),[74] Malásia,[75]Mongólia,[76] Nigéria,[77] Coreia do Norte e Vietnã.[78]

Na maioria dos países desenvolvidos a frequência à igreja do mundo entre as pessoas que continuam a identificar-se como cristãs vem caindo ao longo das últimas décadas.[79]Algumas fontes visualizam isto simplesmente como parte de um distanciamento dos membros das instituições tradicionais,[80] enquanto outros apontam para sinais de um declínio na crença e na importância da religião em geral.[81]

O cristianismo, de uma forma ou de outra, é a única religião estatal das nações seguintes: Costa Rica (católica romana),[82] Dinamarca (Igreja Luterana),[83] El Salvador (Católica Romana),[84] Inglaterra (Igreja Anglicana),[85] Finlândia (Igreja Luterana e Ortodoxa),[86][87] Georgia (Igreja Ortodoxa da Geórgia),[88] Grécia (Igreja Ortodoxa Grega),[84] Islândia(Igreja Luterana),[89] Liechtenstein (Católica Romana),[90] Malta (Católica Romana),[91] Mônaco (Católica Romana),[92] Noruega (Igreja Luterana),[93] e Vaticano (católica romana).[94]

Existem inúmeros outros países, como o Chipre, que apesar de não ter uma igreja estabelecida, continuam a dar reconhecimento oficial a uma denominação cristã específica.[95]

Denominações

Ver artigo principal: Denominações cristãs

As três divisões principais do cristianismo são o catolicismo, a ortodoxia e o protestantismo:[96]:14[97] Existem outros grupos cristãos que não se encaixam perfeitamente em uma destas categorias primárias.[98] O Credo Niceno é “aceito como autorizado pela Igreja Católica Romana, Ortodoxa, Anglicana e as principais igrejas protestantes.”[99] Há uma diversidade de doutrinas e práticas entre os grupos que se autodenominam cristãos. Estes grupos são por vezes classificados sob denominações, embora por razões teológicas muitos grupos rejeitam este sistema de classificação.[100] Outra distinção que às vezes é traçada é entre o cristianismo oriental e o cristianismo ocidental.

Quadro sintético da relação histórica dos principais ramos do Cristianismo

Catolicismo

Ver artigos principais: Catolicismo e Igreja Católica

Igreja Católica compreende as igrejas particulares, liderada por bispos, em comunhão com o Papa, o Bispo de Roma, como sua mais alta autoridade em matéria de moral, fé e governança da Igreja.[101][102] Como a Igreja Ortodoxa, o Igreja Católica Romana, através da sucessão apostólica, traça suas origens à comunidade cristã fundada por Jesus Cristo.[103][104] Os católicos defendem que o “una, santa, católica e apostólica” fundada por Jesus subsiste plenamente na Igreja Católica Romana, mas também reconhece outras igrejas e comunidades cristãs[105][106] e trabalha no sentido da reconciliação entre todos os cristãos.[105] A fé católica é detalhada no catecismo da Igreja Católica.[107][108]

As 2 782 sé episcopais[109] são agrupadas em 23 ritos particulares, sendo o maior do rito latino, cada um com tradições distintas em relação à liturgia e à administração dos sacramentos.[110] Com mais de 1,1 bilhão de membros batizados, a Igreja Católica é a maior igreja cristã, representando mais da metade de todos os cristãos e um sexto da população mundial.[111][112][113]

Várias comunidades menores, como o Velha Igreja Católica e as Igrejas Católicas Independentes, incluem a palavra católica em seu título e têm muito em comum com o catolicismo romano, mas já não estão em comunhão com a Sé de Roma. A Igreja Católica Velha está em comunhão com a Comunhão Anglicana.[114][115]

Ortodoxia

Ver artigos principais: Igreja Ortodoxa e Cristianismo oriental

Ortodoxia Oriental compreende as igrejas em comunhão com a Sé Patriarcal do Oriente, como o Patriarcado Ecumênico de Constantinopla.[116] Como a Igreja Católica Romana, a Igreja Ortodoxa Oriental também tem sua herança à fundação do cristianismo através da sucessão apostólica e tem uma estrutura episcopal, embora a autonomia do indivíduo, principalmente nas igrejas nacionais, seja enfatizada. Uma série de conflitos com o cristianismo ocidental sobre questões de doutrina e autoridade culminou com o Grande Cisma. A Ortodoxia Oriental é a segunda maior denominação única no Cristianismo, com mais de 200 milhões de adeptos.[111]

As Igrejas Ortodoxas Orientais (também chamado de Igrejas Orientais Velhas) são aquelas igrejas orientais que reconhecem os três primeiros concílios ecumênicos – NiceiaConstantinopla e Éfeso – mas rejeitam a definições dogmáticas do Concílio de Calcedônia e defendem uma cristologia miafisista. A comunhão das Igrejas Ortodoxas Orientais é composta por seis grupos: a Igreja Ortodoxa SíriaIgreja Ortodoxa CoptaIgreja Ortodoxa EtíopeIgreja Ortodoxa da EritreiaIgreja Ortodoxa Malankara (Índia) e a Igreja Apostólica Armênia.[117] Estas seis igrejas, enquanto estão em comunhão umas com as outras são completamente independentes hierarquicamente.[118] Essas igrejas geralmente não estão em comunhão com as Igrejas Ortodoxas Orientais com quem elas estão em diálogo para um retorno à unidade.[119]

Protestantismo

Ver artigos principais: Reforma Protestante e Protestantismo

Abadia de WestminsterLondres, um dos principais templos da Igreja Anglicana

No século XVI, Martinho LuteroUlrico Zuínglio e João Calvino inauguraram o que veio a ser chamado de protestantismo. Os herdeiros teológicos primários de Lutero são conhecidos como luteranos. Os herdeiros de Zwingli e Calvino são muito mais amplas denominalmente e são amplamente referidos como a Tradição Reformada.[120]

A maioria das tradições protestantes se ramificam a partir da Tradição Reformada, de alguma forma. Além dos ramos luteranos e reformados da Reforma, há o anglicanismo após a Reforma Inglesa. A tradição anabatista foi amplamente condenada ao ostracismo por parte dos outros protestantes na época, mas conseguiu uma medida de afirmação na história mais recente. Alguns, mas não a maioria dos batistas preferem não ser chamados de protestantes, alegando uma linha direta ancestral que remonta aos apóstolos, no século I.[121]

Os mais antigos grupos protestantes se separaram da Igreja Católica no século XVI durante a Reforma Protestante, seguido em muitos casos, por novas divisões.[120] Por exemplo, a Igreja Metodista surgiu do ministro anglicano John Wesley e do movimento evangélico de renovação na Igreja Anglicana.[122][123] Várias igrejas pentecostais e não denominacionais, que enfatizam o poder purificador do Espírito Santo, por sua vez, cresceram a partir da Igreja Metodista.[123][124]

Devido ao fato de que metodistaspentecostaisevangélicos e outros enfatizarem que “aceitam Jesus como seu Senhor e Salvador pessoal”,[125] o que vem da ênfase de John Wesley no Novo Nascimento,[126] muitas vezes eles se referem a si mesmos como pessoas nascidas de novo.[127][128]

As estimativas do número total de protestantes são muito incertas, em parte devido à dificuldade em determinar quais as denominações devem ser colocadas nesta categoria, mas parece claro que o protestantismo é o segundo maior grande grupo de cristãos após o catolicismo em número de seguidores (embora o Igreja Ortodoxa é maior do que qualquer denominação protestante única).[111]

Um grupo especial são as igrejas anglicanas descendentes da Igreja da Inglaterra e que organizaram na Comunhão Anglicana. Algumas igrejas anglicanas se consideram tanto protestantes quanto católicas.[129] Alguns anglicanos consideram sua igreja um ramo da “Santa Igreja Católica” ao lado da Igreja Católica Romana e das Igrejas Ortodoxas Orientais, um conceito rejeitado pela Igreja Católica Romana e algumas Ortodoxas Orientais.[130][131]

Alguns grupos de indivíduos que possuem princípios básicos protestantes se identificam simplesmente como “cristãos” ou “cristãos renascidos”. Eles normalmente se distanciam da confessionalismo de outras comunidades cristãs,[132] chamando a si mesmos de “não confessionais”. Muitas vezes fundada por pastores individuais, eles têm pouca afiliação com denominações históricas.[133]

Principais ramos protestantes.

Antitrinitarismo

Sede das Testemunhas de Jeováem Warwick, Nova York

Ver artigo principal: Antitrinitarismo

antitrinitarismo inclui todos os sistemas de crença cristã de que rejeitam, total ou parcialmente, a doutrina da Trindade, isto é, o ensinamento de que Deus é três hipóstases distintas e ainda coeternamente iguais e que estão indissoluvelmente unidas em uma essência.[134][135] Na antiguidade, esporadicamente, na Idade Média, e novamente após a Reforma e até hoje, existiram pontos de vista diferentes sobre a divindade dos da Trindade e da cristologia tradicionais. Embora diversas, essas visões podem ser geralmente classificadas nos que mantêm Cristo apenas divino e não diferindo-o do Pai, aqueles que detêm Cristo como um Deus menor do que o Pai; em outras formas de ser completamente humano e um mensageiro como o humano criado perfeito.[136][137]

Outros

Ver artigo principal: Cristianismo esotérico

Templo de Salt Lake, é hoje uma das imagens mais icônicas da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.[138]

cristianismo esotérico é um termo que se refere a um conjunto de correntes espirituais que consideram o cristianismo como uma religião de mistério,[139][140] e professam a existência e a posse de certas doutrinas esotéricas ou práticas,[141][142] escondidos do público mas acessível apenas a um círculo restrito de “iluminados”, “iniciados”, ou pessoas altamente educadas.[143][144] Uma característica comum em especial estas denominações místicas é a crença na reencarnação. Alguns dos cristãos esotéricos instituições incluem a Fraternidade Rosacruz, a Sociedade Antroposófica e o Martinismo.

Segundo Grande Despertar, um período de renascimento religioso que ocorreu nos Estados Unidos durante o início dos anos 1800, viu o desenvolvimento de um número de igrejas independentes. Elas geralmente se viam como a restauração da igreja original de Jesus Cristo, em vez de reformar uma das igrejas existentes.[145] A crença ordinária detida pelos restauradores era que as outras divisões do cristianismo tinha introduzido defeitos doutrinários no cristianismo, que era conhecido como a Grande Apostasia[146][147] (ver: Constantinismo e Reviravolta de Constantino)

Algumas das igrejas que tiveram origem durante este período são historicamente ligadas à reuniões em acampamento no centro-oeste e norte de Nova York no início de século XIX. O milenarismo e o adventismo estadunidenses, que surgiu do protestantismo evangélico, influenciou o movimento das Testemunhas de Jeová (com 7 milhões de membros),[148] e, como uma reação especificamente para William Miller, os Adventistas do Sétimo Dia. Outros, incluindo os Discípulos de Cristo[149] e as Igrejas de Cristo, têm suas raízes no Movimento da Restauração contemporânea de Stone-Campbell, que foi centrada em Kentucky e no Tennessee.

Outros grupos originários deste período incluem o cristadelfianos e A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, a maior denominação do movimento Santo dos Últimos Dias, com mais de 15 milhões de membros.[150][151][152][153][154] Enquanto as igrejas originários do Segunda Grande Despertar têm algumas semelhanças superficiais, sua doutrina e as práticas variam significativamente.

Ver também

Referências

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Categorias
Cultos

Pastor famoso revela como Deus usa anjos para liberação demoníaca

O ministério dos anjos é evidente através da Escritura, que diz que os anjos são “espíritos ministradores enviados para ministrar àqueles que herdarão a salvação” (Hebreus 1:14). Como cristãos, devemos nos alegrar como anjos quando as pessoas entregam suas vidas a Ele e percebem que há “inumeráveis” anjos no céu, e todos têm uma designação de Deus (Hebreus 12:22).

Alguns anjos estão na presença de Deus em todos os momentos (Apocalipse 8: 2), enquanto outros protegem os filhos de Deus (Salmos 91:11). Alguns participaram de batalhas físicas na terra como 2 Reis 19:35 ilustra. Os anjos foram usados ​​por Deus para matar o exército assírio. Daniel 10 registra o anjo que foi a Daniel para responder que suas orações foram respondidas durante seu jejum. Este anjo lutou uma batalha nos céus e foi reforçado pelo arcanjo Miguel para ir a Daniel e revelar eventos futuros.

Deus usou anjos para fechar a boca dos leões e travar uma guerra espiritual nos céus. Eles podem atender a nossa ajuda como Elias fez em 1 Reis 19: 5-8 e Jesus em Mateus 4:11 e Lucas 23:43.

Anjos também podem ajudar durante o ministério de libertação. Eu percebi isso uma vez enquanto estava no meio de uma sessão de liberação para uma jovem que alegava ser uma satanista. Usamos todas as ferramentas espirituais que pudemos, como louvor, adoração e as Escrituras, enquanto tomamos autoridade sobre todo espírito maligno.

Enquanto orávamos por ela, conheci profeticamente o pecado que havia sido cometido, precisando de arrependimento. A unção do Espírito Santo era evidente, e eu estava ciente do que estava fazendo, bem como do reino angélico que nos cercou durante essa batalha espiritual.

Tomando-o para renunciar a cada pecado, nós lançamos os espíritos um por um. Mas em um determinado momento, um demônio começou a zombar de nós e eu pedi ao Senhor para calar seus anjos e lidar com esse espírito, e ele imediatamente parou. Esta jovem deu sua vida a Jesus e depois recebeu o maravilhoso batismo com o Espírito Santo naquela noite.

Em outra ocasião, tomei consciência dos anjos e seu ministério durante um serviço de libertação no qual eu estava prestes a pregar. Um jovem saiu da sala durante o culto e minha equipe o seguiu e ele veio procurar por mim. Este jovem ficou agitado durante a adoração e mostrou um comportamento ameaçador. No começo, perguntei-lhe se poderia rezar com ele, mas a audácia de Deus caiu sobre mim e ordenei-lhe que voltasse ao serviço e que orássemos por ele depois que a mensagem fosse pregada.

No final do culto, o jovem se aproximou de nós e escreveu em sua mão três nomes combinados como um só. Ele disse que isso veio a ele durante a mensagem. Nossos membros da equipe e eu imediatamente soubemos que esse nome era demoníaco e sob a unção do Espírito nós oramos por ele. Ele caiu no chão enquanto os demônios lutavam pelo controle.

Nós os trazemos ao arrependimento e renúncia e pedimos ao Senhor em vários pontos que seus anjos intervêm durante este tempo em vários pontos de liberação.

Em um ponto, o jovem teve uma voz infantil que falou em busca de ajuda. Nós o levamos em oração e, depois de sermos completamente livres, oramos por ele e ele foi cheio do Espírito.

Depois disso, ele se levantou e compartilhou conosco como ele se via como um garotinho em um quarto escuro, mas uma porta se abriu e Jesus caminhou trazendo luz para todos os cantos da sala. Tudo o que ele lembrava era a visão que recebia e ele estava cheio do Espírito e nos alegramos com ele. Foi realmente incrível ver o que Jesus fez e também estar ciente do ministério de seus anjos durante esta batalha espiritual sob a unção do maravilhoso Espírito Santo.

Nós podemos nos alegrar sabendo que os anjos podem ajudar durante o ministério de libertação e que na grande colheita do fim dos tempos, os anjos serão usados ​​por Deus para “reunir do seu reino todas as coisas que ofendem e aqueles que praticam o mal e eles vão jogar em uma fornalha ardente “. (Mateus 13: 41-42)

Fonte: Notícia Final