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Carta de atirador do Realengo fala sobre perdão de Deus e a volta de Cristo

 

Jovem de 24 anos que matou mais de 10 crianças na manhã desta quinta-feira já havia planejado o atentado

Carta de atirador do Realengo fala sobre perdão de Deus e a volta de Cristo

Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, já tinha planejado o atentado na escola municipal Tasso da Silveira, de Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, onde mais de 10 crianças morreram e mais de 20 foram feridas.

O ex-aluno deixou uma carta contando como queria que fosse enterrado e ainda dando a casa onde morava para que seja construído um abrigo para animais abandonados.

Os trechos da carta revelam, ao contrário do que foi noticiado, que o assassino não tinha ligações com o Islamismo, pois ele fala sobre o perdão de Deus e também sobre a volta de Jesus e a ressurreição dos mortos.

As primeiras informações que ligavam Wellington com fundamentalismo islã partiu de uma irmã de criação do atirador, Rosilane Menezes de Oliveira, 49 anos, segundo ela, ele ficava muito tempo no computador, saía pouco para a rua, vivia isolado, falava frequentemente coisas ininteligíveis sobre islamismo e havia deixado a barba crescer.

Mas os trechos da carta que foram divulgados não mostra nenhum relação com o islamismo, ele pede que um “fiel seguidor de Deus” esteja orando em sua sepultura “pedindo o perdão de Deus pelo o que eu fiz rogando para que na sua vinda Jesus me desperte do sono da morte para a vida.”

Na carta que levou consigo para cometer o atentado Wellington escreveu que era um homem puro e que não deixaria que pessoas impuras tocassem nele. A polícia agora investiga se as referências feitas na carta a “pessoas impuras” seriam referência a mulheres, já que dez das vítimas fatais do massacre eram meninas.

Confira a carta na íntegra:

Primeiramente deverão saber que os impuros não poderão me tocar sem usar luvas, somente os castos ou os que perderam suas castidades após o casamento e não se envolveram em adultério poderão me tocar sem usar luvas, ou seja, nenhum fornicador ou adúltero poderá ter contato direto comigo, nem nada que seja impuro poderá tocar em meu sangue, nenhum impuro pode ter contato direto com um virgem sem sua permissão, os que cuidarem de meu sepultamento deverão retirar toda a minha vestimenta, me banhar, me secar e me envolver totalmente despido em um lençol branco que está nesse prédio, em uma bolsa que deixei na primeira sala do primeiro andar, após me envolverem nesse lençol poderão me colocar em meu caixão. Se possível, quero ser sepultado ao lado da sepultura onde minha mãe dorme, minha mãe se chama Dicéa Menezes de Oliveira e está sepultada no cemitério Murundu. Preciso da visita de um fiel seguidor de Deus em minha sepultura pelo menos uma vez, preciso que ele ore diante de minha sepultura pedindo o perdão de Deus pelo o que eu fiz rogando para que na sua vinda Jesus me desperte do sono da morte para a vida eterna.

Eu deixei uma casa em Sepetiba da qual nenhum familiar precisa, existem instituições pobres, financiadas por pessoas generosas que cuidam de animais abandonados, eu quero que esse espaço onde eu passei meus últimos meses seja doado a uma dessas instituições, pois os animais são seres muito desprezados e precisam muito mais de proteção e carinho do que os seres humanos que possuem a vantagem de poder se comunicar, trabalhar para se sustentar, os animais não podem pedir comida ou trabalhar para se alimentarem, por isso, os que se apropriarem de minha casa, eu peço por favor que tenham bom senso e cumpram o meu pedido, pois cumprindo o meu pedido, automaticamente estarão cumprindo a vontade dos pais que desejavam passar esse imóvel para meu nome e todos sabem disso, senão cumprirem meu pedido, automaticamente estarão desrespeitando a vontade dos pais, o que prova que vocês não têm nenhuma consideração pelos nossos pais que já dormem, eu acredito que todos vocês tenham alguma consideração pelos nossos pais, provem isso fazendo o que eu pedi.

Wellington Menezes de Oliveira.

Fonte: Gospel Prime

Com informações Terra

Os que confiam no Senhor serão como o monte de Sião, que não se abalam, mas permanece para sempre

 

Mensagem de Fé para hoje

Pr.Medrado pregando IIIRev. Ângelo Medrado

Louvado seja Deus.

Salmos 125:1

“ Os que confiam no Senhor serão como o monte de Sião que não se abala, mas permanece para sempre”

O ser humano, na possibilidade de conseguir novas coisas que a vida oferece, procura de vários modos alcançar o seu objetivo. Ou seja, através do seu trabalho, jogos, loterias e etc…

Está sempre depositando sua confiança em algo que se sobrepõe a sua capacidade de realizar.

Mas como diz a Palavra de Deus, a confiança, a fé e a Esperança devem ser desenvolvidos não como uma tentativa, pois, normalmente, quando isso ocorre, a única certeza que podemos ter é a de errar, pois acertar é “ zebra “. Assim aprendemos que se depositarmos nossa confiança em Deus obteremos a certeza de que conseguiremos as coisas que desejamos, pois esta é uma promessa de Deus e a nossa única Esprança.

“ Buscai primeiro o Reino dos Céus e toda a Sua justiça e as demais coisas vos serão acrescentadas”.

Quando praticamos a fé, não necessitamos de sacrifícios, ofertas especiais, subir montes e jejuns prolongados  porque só Deus é Fiel e temos assim a condição inabalável como o monte de Sião e nenhuma força poderá nos abalar.

Se desejar uma oração, coloque seu nome na opção “pedido de oração” no menu ao lado e centenas de pessoas estarão orando por você.

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Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia e Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica e é também  presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçom, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.
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GONDIM NÃO QUER PAÍS EVANGÉLICO

 

Em artigo ele teme fisiologismo político e falta de liberdadeimage

Deus nos livre de um Brasil evangélico
Ricardo Gondim

Começo este texto com uns 15 anos de atraso. Eu explico. Nos tempos em que outdoors eram permitidos em São Paulo, alguém pagou uma fortuna para espalhar vários deles, em avenidas, com a mensagem: “São Paulo é do Senhor Jesus. Povo de Deus, declare isso”.

Rumino o recado desde então. Represei qualquer reação, mas hoje, por algum motivo, abriu-se uma fresta em uma comporta de minha alma. Preciso escrever sobre o meu pavor de ver o Brasil tornar-se evangélico. A mensagem subliminar da grande placa, para quem conhece a cultura do movimento, era de que os evangélicos sonham com o dia quando a cidade, o estado, o país se converterem em massa e a terra dos tupiniquins virar num país legitimamente evangélico.

Quando afirmo que o sonho é que impere o movimento evangélico, não me refiro ao cristianismo, mas a esse subgrupo do cristianismo e do protestantismo conhecido como Movimento Evangélico. E a esse movimento não interessa que haja um veloz crescimento entre católicos ou que ortodoxos se alastrem. Para “ser do Senhor Jesus”, o Brasil tem que virar “crente”, com a cara dos evangélicos. (acabo de bater três vezes na madeira).

Avanços numéricos de evangélicos em algumas áreas já dão uma boa ideia de como seria desastroso se acontecesse essa tal levedação radical do Brasil.

Imagino uma Genebra brasileira e tremo. Sei de grupos que anseiam por um puritanismo moreno. Mas, como os novos puritanos tratariam Ney Matogrosso, Caetano Veloso, Maria Gadu? Não gosto de pensar no destino de poesias sensuais como “Carinhoso” do Pixinguinha ou “Tatuagem” do Chico. Será que prevaleceriam as paupérrimas poesias do cancioneiro gospel? As rádios tocariam sem parar “Vou buscar o que é meu”, “Rompendo em Fé”?

Uma história minimamente parecida com a dos puritanos provocaria, estou certo, um cerco aos boêmios. Novos Torquemadas seriam implacáveis e perderíamos todo o acervo do Vinicius de Moraes. Quem, entre puritanos, carimbaria a poesia de um ateu como Carlos Drummond de Andrade?

Como ficaria a Universidade em um Brasil dominado por evangélicos? Os chanceleres denominacionais cresceriam, como verdadeiros fiscais, para que se desqualificasse o alucinado Charles Darwin. Facilmente se restabeleceria o criacionismo como disciplina obrigatória em faculdades de medicina, biologia, veterinária. Nietzsche jazeria na categoria dos hereges loucos e Derridá nunca teria uma tradução para o português.

Mozart, Gauguin, Michelangelo, Picasso? No máximo, pesquisados como desajustados para ganharem o rótulo de loucos, pederastas, hereges.

Um Brasil evangélico não teria folclore. Acabaria o Bumba-meu-boi, o Frevo, o Vatapá. As churrascarias não seriam barulhentas. O futebol morreria. Todos seriam proibidos de ir ao estádio ou de ligar a televisão no domingo. E o racha, a famosa pelada, de várzea aconteceria quando?

Um Brasil evangélico significaria que o fisiologismo político prevaleceu; basta uma espiada no histórico de Suas Excelências nas Câmaras, Assembleias e Gabinetes para saber que isso aconteceria.

Um Brasil evangélico significaria o triunfo do “american way of life”, já que muito do que se entende por espiritualidade e moralidade não passa de cópia malfeita da cultura do Norte. Um Brasil evangélico acirraria o preconceito contra a Igreja Católica e viria a criar uma elite religiosa, os ungidos, mais perversa que a dos aiatolás iranianos.

Cada vez que um evangélico critica a Rede Globo eu me flagro a perguntar: Como seria uma emissora liderada por eles? Adianto a resposta: insípida, brega, chata, horrorosa, irritante.

Prefiro, sem pestanejar, textos do Gabriel Garcia Márquez, do Mia Couto, do Victor Hugo, do Fernando Moraes, do João Ubaldo Ribeiro, do Jorge Amado a qualquer livro da série “Deixados para Trás” ou do Max Lucado.

Toda a teocracia se tornará totalitária, toda a tentativa de homogeneizar a cultura, obscurantista e todo o esforço de higienizar os costumes, moralista.

O projeto cristão visa preparar para a vida. Cristo não pretendeu anular os costumes dos povos não-judeus. Daí ele dizer que a fé de um centurião adorador de ídolos era singular; e entre seus criteriosos pares ninguém tinha uma espiritualidade digna de elogio como aquele soldado que cuidou do escravo.

Levar a boa notícia não significa exportar uma cultura, criar um dialeto, forçar uma ética. Evangelizar é anunciar que todos podem continuar a costurar, compor, escrever, brincar, encenar, praticar a justiça e criar meios de solidariedade; Deus não é rival da liberdade humana, mas seu maior incentivador.

Portanto, Deus nos livre de um Brasil evangélico.

Soli Deo Gloria