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CRISTÃOS PEDEM ORAÇÃO PELO EGITO

 

Secretário da Sociedade Bíblica relata caos no país

 

Por: Redação Creio

         Em correspondência enviada ao pastor Eude Martins, coordenador da campanha ‘È Tempo de ouvir a Palavra de Deus’, o secretário geral da Sociedade Bíblica do Egito, Ramez Atallah, relatou o caos que o país enfrenta após protestos que pedem a saída do ditador Hosni Mubarak, há 30 anos no poder.

Ramez descreve que as ruas de Cairo foram tomadas por prisioneiros, mas que os cristãos não estão sendo alvos ou ameaçados. “Depois que a polícia se ausentou das ruas do Cairo, do fogo ateado às delegacias e da fuga de milhares de prisioneiros, alguns se aproveitaram do caos para saquear e roubar.”

Ele pediu que os brasileiros orassem pelos pobres e miseráveis; para os cristãos no Egito e pela Sociedade Bíblica do País.

Leia a carta na íntegra:

Caros e preocupados amigos,

Tenho certeza de que vocês têm acompanhando as notícias e estão conscientes dos problemas, dos tumultos e das tensões no Egito e em vários outros países desta parte do mundo. Eu não vou tentar analisar a situação, que está mudando a cada hora. A afirmação feita em um dia pode já tornar-se obsoleta no próximo!  Mas queremos que saibam que ficamos gratos pelas contínuas mostras de amor, pela preocupação e pelas orações feitas por este país.

Toda a equipe da Sociedade Bíblica está segura e as nossas propriedades estão intactas, sem dano algum. Apesar do tumulto geral, da incerteza, do medo, da raiva e de muitas outras emoções e situações, nós, enquanto cristãos, de nenhuma forma estamos sendo alvo ou ameaçados.

Depois que a polícia se ausentou das ruas do Cairo, do fogo ateado às delegacias e da fuga de milhares de prisioneiros, alguns se aproveitaram do caos para saquear e roubar. Sem contar com a proteção policial, os cidadãos, tanto os cristãos quanto os muçulmanos, estão se organizando em turnos para proteger seus bairros e bens durante a noite. Ao anoitecer, quando se aproxima o toque de recolher, barris, sacos e caixotes são posicionados em barricadas. Todos os carros são parados e as pessoas, interrogadas por homens armados com bastões, paus, pistolas e facas… Isso, porém, deu à maioria um sentimento real de segurança e de boa vontade!  Mas isso foi ontem. Provavelmente, a situação piore à medida que os civis tomem a lei pelas próprias mãos.

Expatriados são evacuados. Os bancos e o mercado de ações estão fechados. Os preços começaram a subir. A comida, os remédios e outros suprimentos estão diminuindo, já que a maioria das fábricas e das empresas estão fechadas após a onda de vandalismo da semana passada e do toque de recolher diário, que se estende das três da tarde às oito horas da manhã. Mesmo enquanto escrevo, estão acontecendo sangrentos confrontos entre civis egípcios na principal rotatória do centro…

POR FAVOR, OREM

a) Orem para que a situação volte ao controle muito rapidamente e com urgência. Há perdas massivas a cada minuto. Hoje, o número oficial de feridos, muitos deles graves, é superior a 600 pessoas, com pelo menos oito mortos. O canal de TV oficial anunciou prejuízos financeiros da ordem de 200 bilhões de libras egípcias (USD 36 bilhões) nos últimos oito dias.

b) Orem pelos pobres e miseráveis, os que mais sofrem neste momento.

c) Orem para que os cristãos no Egito (tanto os nativos quanto os expatriados) não fiquem tentados a "correr" quando as coisas ficarem difíceis. Libby Little, cujo marido, Tom, foi assassinado no Afeganistão no ano passado, disse que, durante aquela guerra terrível, ela e suas filhas eram conhecidas como "as pessoas que ficaram"! Lucien Accad, ex-chefe da Sociedade Bíblica do Líbano, permaneceu com sua família durante a perigosa guerra civil, embora todos tivessem passaportes suíços e pudessem ter partido.  Embora muitos estrangeiros estejam sendo obrigados a sair devido a políticas das empresas, nós oramos para que a pouca população cristã do Oriente Médio não diminua ainda mais devido aos atuais acontecimentos.

d) Orem para que a Sociedade Bíblica do Egito pense em formas criativas e adequadas de levar a Palavra de Deus ao povo durante esses tempos difíceis (afinal, grande parte da Escritura foi redigida em contextos de perigo).  Nossos funcionários estão trabalhando de suas casas na elaboração de materiais impressos e de áudio a serem produzidos assim que retornemos ao escritório. A Feira do Livro,que estava marcada para 29 janeiro – 8 fevereiro, foi adiada indefinidamente. As mesas de livros (uma extensão das ofertas da Feira do Livro) e os Domingos da Bíblia foram cancelados em todas as igrejas. Como esta é a temporada de picos de venda,certamente sentiremos o impacto negativo sobre grande parte de nossa distribuição da Bíblia e sobre a renda das vendas e captação de recursos. Por favor, orem conosco enquanto estudamos a melhor maneira de sanar esse hiato no faturamento.

e) Orem por sabedoria para que os líderes políticos e do exército saibam controlar a situação sem recorrer a meios brutais.

f) Orem pela futura liderança do país. Há uma profunda preocupação sobre quem vai governar o Egito. A porta será aberta para todas as ideologias políticas e religiosas, inclusive os extremistas e fundamentalistas.

g) Finalmente, por favor, orem por mim, a fim de que me recupere de um problema súbito de coração (arritmia), que me acometeu na última quarta-feira, forçando-me a passar oito dias na Unidade Coronariana. Ontem foi meu primeiro dia em casa.

OBRIGADO POR SUAS ORAÇÕES, É O QUE MAIS PRECISAMOS!

Com amor, me despeço de todos vocês em nome da equipe da Sociedade Bíblica do Egito.

Ramez Atallah

Secretário-Geral

Sociedade Bíblica do Egito

Data: 8/2/2011

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Irmandade Muçulmana anuncia início de diálogo com autoridades egípcias

Fonte: Folha.com

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Revolta ÁrabeA Irmandade Muçulmana, um dos mais influentes grupos da oposição no Egito — considerado ilegal pelo ditador Hosni Mubarak–, afirmou em um comunicado na madrugada deste domingo (hora local) que irá iniciar um diálogo com as autoridades egípcias para buscar uma saída a atual crise política vivida no país.

"Desejando preservar os interesses da nação e de suas instituições e ansiosos para preservar a independência do país e sua rejeição de qualquer interferência internacional ou regional em nossos assuntos internos, iniciamos um diálogo para ver se eles estão dispostos a aceitar as exigências da população", afirma o comunicado.

Um responsável do movimento afirmou à agência France Presse, sem se identificar, que "foi realizada uma reunião no sábado de manhã entre os responsáveis da Irmandade Muçulmana e o vice-presidente Omar Suleiman".

DIÁLOGO

Na noite da última sexta-feira, representantes da oposição egípcia reuniram-se com o premiê, Ahmed Shafiq, para reiterar a necessidade de o presidente Hosni Mubarak renunciar.

A Irmandade Muçulmana não participou deste encontro.

Abdel Rahman Youssef, representante da Assembleia Nacional para a Mudança (ANC, por sua sigla em inglês), liderada pelo Nobel da Paz Mohamed ElBaradei, declarou à rede de TV Al Jazeera que ele participou da reunião junto a outros dirigentes da oposição.

Youssef disse que foram apresentadas a Shafiq duas reivindicações principais: a renúncia do presidente e uma série de passos vinculados aos incidentes violentos dos últimos dias protagonizados por partidários do regime de Mubarak.

No poder desde 1981, Mubarak anunciou na terça-feira passada que não se apresentará como candidato presidencial para as eleições de setembro, e confirmou que se encarregará de dirigir uma transição que culmine em sua substituição.

"Achamos que sua saída tem que ser agora, seja deixando a Presidência ou saindo do país, ou delegando o poder ao vice-presidente, de acordo com a Constituição", disse o representante da oposição.

"A partir dessa etapa, começaríamos a negociar", acrescentou.

A oposição egípcia mostrou-se disposta a negociar com os militares e rejeitou qualquer oferta de diálogo proposta por Mubarak.

Um dos dirigentes da Irmandade Muçulmana, Gamal Nasser, afirmou na ocasião à Efe que seu grupo "não participará de diálogo algum até que o regime atenda às reivindicações do povo".

Nasser declarou que não foi informado sobre essa reunião com o premiê anunciada pela ANC.

Segundo Youssef, o premiê reconheceu na reunião "a legitimidade das reivindicações" populares.

Ele acrescentou que, se Mubarak continuar no poder, "a crise se aprofundará" e poderá haver uma escalada da violência.

REVOLUÇÃO ISLÂMICA

A Irmandade Muçulmana não quer "que a insurreição (no Egito) seja apresentada como uma revolução islâmica", afirmou o porta-voz do movimento, Rashad al Bayumi, em entrevista à edição da próxima segunda-feira da revista alemã "Der Spiegel".

"Nos manteremos num segundo plano" durante as manifestações, por "não querer que sejam apresentadas como uma revolução da Irmandade Muçulmana, islâmica. É um levantante do povo egípcio", explica al Bayumi.

O número dois da organização lamenta que o regime do ditador Hosni Mubarak "transmita voluntariamente uma visão deformada do movimento e manipule a opinião pública".

"O Ocidente não quer nos ouvir. Não somos diabos. Queremos a paz, não a violência. Nossa religião não é diabólica. Nossa religião respeita os fiéis de outras crenças, esses são nossos princípios", assegura.

Na mesma edição do semanário aparece, também, uma entrevista com o senador republicano americano John McCain, rejeitando a ideia de uma participação da Irmandade Muçulmana num governo de transição, porque seria "um erro histórico".

"A Irmandade Muçulmana é um grupo extremista, que tem como principal objetivo a instauração da Sharia, o código de leis islâmicas. É totalmente antidemocrático, em especial no que se refere aos direitos das mulheres", acrescentou McCain.

Doze esfinges são achadas em avenida entre templos egípcios

 

DA EFE

Uma equipe de arqueólogos descobriu 12 novas esfinges, estátuas com corpo de leão e cabeça humana ou de carneiro, na antiga avenida que unia os templos faraônicos de Luxor e Karnak, a 600 quilômetros ao sul do Cairo, no Egito.

Segundo um comunicado do Conselho Supremo de Antiguidades, estas esculturas datam da época do último rei da 30ª dinastia (380-343 a.C.).

A avenida, ladeada por uma dupla fila de esfinges que representavam o deus Amon, tem cerca de 2.700 metros de comprimento e 70 de largura e foi construída por Amenhotep 3º (1410-1372 a.C.) e restaurada, posteriormente, por Nectanebo 1º (380-362 a.C.).

Por outro lado, os arqueólogos descobriram também um novo caminho que une a avenida onde foram achadas as estátuas, com o rio Nilo.

Efe

Uma das 12 efinges encontradas no Cairo, Egito; as estátuas tem corpo de leão e cabeça humana ou de carneiro

Uma das 12 efinges encontradas no Cairo, Egito; as estátuas tem corpo de leão e cabeça humana ou de carneiro

A nota explica que, até o momento, só foram desenterrados 20 metros dos 600 que compõem o novo caminho, e que continuam as escavações para descobrir o resto deste trajeto, construído com pedra de arenito, um sinal da importância que tinha em seu tempo, esclarece o comunicado.

O secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, Zahi Hawas, explicou que o caminho achado era o que se utilizava para transferir em procissão a imagem do deus Amon em sua viagem anual ao templo de Luxor, para se encontrar com a imagem de sua mulher Mut.

Além disso, esta via era utilizada pelo rei quando participava de cerimônias religiosas, segundo Hawas.