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Claudio Duarte pede perdão a católicos por tê-los “ofendido”

“Temos posicionamentos diferentes, mas isso não nos impede de caminhar próximos”, garantiu.

       Claudio Duarte pede perdão a católicos por tê-los “ofendido”

O pastor Claudio Duarte foi alvo de uma campanha de católicos na internet contra ele. Muitos deles acham que o líder evangélico estimulou o “falso ecumenismo” ao pregar “contra Maria” dentro da Paróquia Nossa Senhora Rainha, de Belo Horizonte.

Diferentes páginas católicas nas redes sociais reproduziram o vídeo e pedem que o pastor não seja mais convidado para falar em igrejas católicas, por “respeito a Maria”.

O site Fides Press reclama que “Existe uma profunda desorientação na Igreja. Os nossos pastores (padres e bispos) resolveram por fogo na sacristia e os fiéis? Ahh, esses que inalem as fumaças da confusão de Satanás enquanto riem das baboseiras dos “Omoristas” do evangelho.”

Devido à repercussão negativa, o pastor Cláudio decidiu gravar um vídeo pedindo desculpas aos católicos. No material, que tem cerca de um minuto, ele afirma ter feito “uma brincadeira que não devia” e ter criado “uma situação desagradável para a fé de pessoas que me respeitam”.

Mesmo deixando claro que tem os “seus valores” dos quais não abriria mão, eles não faziam dele “alguém mal-educado”. Reiterou que não devia “ter falado da maneira como falei”.

Lamentando o ocorrido, assegurou que foi “tolo” e que fez uma brincadeira que não devia. Reiterou seu respeito à comunidade católica. “Temos posicionamentos diferentes, mas isso não nos impedem de caminhar próximos”, garantiu. Encerrou pedindo perdão aos católicos.Com informações do Gospel Prime

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Lideranças religiosas não deveriam se envolver com política

Se assim acontecesse, o mundo da vida e dos céus agradeceriam.

por Cleiton Maciel Brito

Lideranças religiosas não deveriam se envolver com políticaLideranças religiosas não deveriam se envolver com político.
Vários líderes religiosos estão trocando o púlpito pelo palanque ou fazendo do púlpito um palanque e, em muitos casos, transformando a vida em um palanque político. Entretanto, líderes religiosos não deveriam nem estar, nem fazer política sob nenhuma destas formas. Mas, infelizmente, não é isso o que vem ocorrendo.

No tocante ao primeiro aspecto, por exemplo, há uma grande quantidade de religiosos confessionais que migraram para o campo da política sob a justificativa de influenciar o mundo por meio institucional do Estado. Acerca deste item, escrevi neste portal um artigo indicando o sentido sociológico desse deslocamento: https://artigos.gospelprime.com.br/estao-crucificando-o-evangelho/.

Sobre o segundo aspecto, ainda que  os líderes não se candidatem a um cargo eletivo do Estado, estão levando a política para dentro da igreja, seja indicando em quais políticos os membros devem voltar, seja oferecendo o púlpito ao candidato. Dessa forma, a pregação cede lugar ao discurso eminentemente partidário, fazendo com que a mensagem bíblica passe a ser mero adereço dentro das igrejas.

No que diz respeito ao último item, faço referência a uma nova forma de como os líderes religiosos adentram o campo político ou, dialeticamente, como a política tem adentrado as igrejas. Refiro-me às redes sociais.

Nelas, pastores, bispos, presbíteros e padres passam a hastear sua bandeira partidária por meio de posts em vídeos e em texto. Alguns deles têm conotação jocosa e hostil e, em muitos casos, causam discussões sem fim, com conteúdo, inclusive, desrespeitador. Isso nos faz pensar se os líderes têm sopesado esse tipo de atitude ou seja, refletido se atos dessa natureza não estão fazendo com se perca o bom testemunho daqueles que estão fora da igreja, como Paulo nos adverte na carta a I Timóteo 3: 7, criando apenas discussões inúteis? Temo que não. Muitos deles, pode-se dizer, publicam posts provocadores apenas para gerar tumultos virtuais.

Como se percebe, são envolvimentos políticos variados, que colocam um desafio fulcral à igreja contemporânea, pois são os próprios líderes que estão protagonizando um processo que eu considero uma espécie de “desvio” da finalidade do episcopado bíblico, que seja: pastorear o rebanho de Deus, combatendo o bom combate com fé, boa consciência, piedade, contentamento e mansidão, mas sem ira, jactância, desejo de riquezas ou poder, e sem propalação de palavras que só geram contendas e que para nada aproveitam.

Vale destacar que, além das questões que envolvem a laicidade do Estado – amplamente discutidas alhures – estes três espectros de questões são prejudiciais, primeiramente à igreja, porque ao se adentrar o campo da política, ao invés de “influenciá-la”, acaba-se sendo engolido por ela, que é o que está acontecendo hoje em âmbito nacional.

Isso se explica, em parte, em face de o campo da politica ser o campo das relatividades, das verdades, das negociações. O da religião, mormente, as cristãs, é o da norma, dos padrões e da doutrina. E misturar esses dois campos é como que se chocassem partículas de matéria e antimatéria, criando ultra fagias cósmicas.

Por isso, argumento que líderes religiosos não deveriam se envolver, discursiva e eleitoralmente, na política, haja vista que, dentre outras razões, quando eles tomam partido – literalmente, nesse caso – isso acaba criando divisões dentro da própria igreja ou, em um pior resultado, afugenta os membros que pensam diferente, politicamente, dele. Mas sendo o líder o “pastor” de TODA a igreja, a atitude deste deveria ser a do acolhimento e da mediação das diferenças, das variadas formas de visões de mundo que os membros possuem.

Infelizmente, esse elemento axial da liderança cristã tem sido colocado em xeque ao assumir-se, perante a grei, um discurso político, quando, na verdade, o encaminhamento dessas questões deveria ser outro: “deixar” que os membros das igrejas, enquanto cidadãos livres que são, façam a política, e no lugar apropriado – a vida social – sem qualquer cor ou natureza religiosas.

Se assim acontecesse, o mundo da vida e dos céus agradeceriam.Com informações do Gospel Prime.

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Papa e evangélicos assinam documento: “O que nos une é maior”

Nova declaração conjunta foi apresentada em cerimônia ecumênica na Suécia

 

Papa e evangélicos assinam documento: “O que nos une é maior”Papa e evangélicos assinam documento ecumênico
Por ocasião do início das comemorações dos 500 anos da Reforma Protestante, foi feita uma cerimônia na Suécia que reuniu líderes do Vaticano, incluindo o papa Francisco e as principais lideranças da igreja luterana europeia.
Nessa espécie de “contagem regressiva”, para o aniversário de meio milênio a ser comemorado em 31 de outubro de 2017, a catedral de Lund recebeu uma cerimônia ecumênica, seguida da apresentação de mais um documento de cooperação entre os dois ramos mais populares do cristianismo.

O encontro também marca os 50 anos de cooperação entre católicos e luteranos, que teve início logo após a declaração do Concílio Vaticano II. Outro grande passo foi a assinatura da “Declaração conjunta sobre a doutrina da justificação”, assinada em 1999, onde teólogos católicos e luteranos minimizaram boa parte do que Lutero defendia quando deu início à Reforma, divulgando suas 95 teses na Alemanha. A escolha da catedral de Lund é simbólica, pois ela foi erguida como templo católico, mas serve como espaço de culto evangélico desde o século 16.

Pedido mútuo de perdão

O papa Francisco chegou à Suécia nesta segunda-feira (31) para se reunir com líderes luteranos em uma demonstração de unidade. A data marca o início do protestantismo evangélico que dividiu países e resultou em violenta perseguição religiosa. A Guerra dos 30 Anos, entre 1618 e 1648, foi um dos episódios mais sangrentos da história europeia. Na Suécia, por exemplo, eram punidos com rigor, incluindo mortes e deportações, aqueles que rejeitavam a fé luterana.

Ontem, os líderes cristãos lamentaram essas divisões históricas. Pediram mutuamente perdão pelas mortes e pelas dores causadas pela divisão da Igreja. “Nossa separação tem sido uma imensa fonte de sofrimento e incompreensão”, afirmou Francisco. “Como católicos e luteranos, tomamos agora uma jornada comum de reconciliação”, assegurou durante seu sermão na catedral de Lund.

Na chegada, Francisco foi recebido com aplausos. Durante a cerimônia, alternou os momentos de oração com os líderes da Federação Luterana Mundial. Estavam presente no evento o rei da Suécia, Carl 16 Gustaf e a rainha Silvia.

No final do evento foi divulgado uma declaração conjunta assinada pelo pontífice e por Munib Younan presidente da Federação Luterana Mundial, que representa mais de 74 milhões de pessoas em 98 países.

O material afirma: “Graças ao diálogo e testemunho compartilhado, já não somos desconhecidos. Aprendemos que aquilo que nos une é maior do que aquilo que nos separa. Enquanto somos profundamente agradecidos pelos dons espirituais e teológicos recebidos através da Reforma, também confessamos e lamentamos diante de Cristo que luteranos e católicos feriram a unidade visível da igreja. As diferenças teológicas foram acompanhadas de preconceitos e conflitos, e a religião foi instrumentalizada para fins políticos “.

Também diz a declaração que os dois grupos recusam “energicamente todo o ódio e violência, passado e presente, especialmente a cometida em nome da religião”.

Etapas do ecumenismo mundial

Essa aproximação com evangélicos não é o único passo do Vaticano para o ecumenismo mundial.

O papa Francisco já disse que cristãos e muçulmanos são “irmãos e irmãs viajando pelo mesmo caminho”. Em reunião com Bartolomeu I, um dos mais importantes líderes da igreja ortodoxa, falou sobre a tentativa de reunificação das duas vertentes do cristianismo, separadas há quase mil anos.

No último outubro, uma cerimônia no Vaticano reuniu líderes, de mais de uma dezena de tradições religiosas, incluindo sikhs e hindus. Francisco pediu na ocasião que “Todos os crentes, de todas as religiões, juntos, podemos adorar ao criador por ter nos dado o jardim que é esse mundo”.

No final, pediu que cada um fizesse orações, “conforme sua própria tradição religiosa” e conclamou aos representantes das diferentes fés presentes que pedissem ao “seu deus” que os fizesse “mais irmãos”. Perto da virada do ano, incluiu os ateus nesse grupo.

Recentemente lançou uma campanha de mídia onde afirma que membros de todas as religiões são “filhos de Deus”. Com informações do Gospel Prime