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Engessamento da igreja evangélica: teólogo poeta mostra crise no Cristianismo brasileiro?

 

PorAndrea Madambashi | Repórter do The Christian Post

Os conflitos entre denominações, pastores e líderes evangélicos, entre crentes e entre igrejas, podem estar mostrando crise no Cristianismo no Brasil?

  • evangélicos

    (Foto: Reuters)

    Evangélicos atendentes da igreja Bola de Neve oram, em 29 de Abril de 2007.

 

Recentemente, o pastor e teólogo Ricardo Gondim escreveu um artigo intitulado “Porque parti” explicando os motivos por ter se afastado do movimento evangélico no Brasil.

Segundo ele, o sistema religioso que lhe abrigou se “esboroava”, apontando “fadiga como denúncia”, o que alguns o interpretam como fraqueza.

“Se era fraqueza, foi proveitosa, pois despertava para uma realidade: o Movimento Evangélico vinha se transformando em cabide de oportunistas; permitindo que incompetentes, desajustados emocionais e – por que não dizer? – vigaristas, se escorassem nele”, diz ele.

Gondim alega que recebeu “a fúria dos severos defensores da reta doutrina” apontando traições, inimizades e invejas. “Fui traído. Antigas invejas se fantasiaram de zelo pela verdade, e parceiros se transformaram em inimigos. Senti o escarro do desdém.”

Em sua declaração de partida “Tempo de partir”, o teólogo fez também sérias acusações sobre as igrejas pelas quais passou, tais como a igreja presbiteriana, Assembleia de Deus e a igreja Betesda.

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Gondim acusou a igreja presbiteriana de exigir dele que negasse a experiência de falar em línguas estranhas com ameaça de expulsão e excomunhão, quando ele a frequantava na época. Na Assembleia de Deus, ele apontou problemas como “legalismo”, “politicagem interna” e “ânsia de poder temporal”.

Muitos teólogos e líderes evangélicos, entretanto, afirmam que Gondim tem carecido de firmeza na graça do Evangelho, pela qual conflitos entre seus irmãos em Cristo e distorções bíblicas transparecem. Mas tal problema vem a mostrar um engessamento da igreja evangélica brasileira?

Engessamento da igreja

Segundo o apologista Johnny Torralbo Bernardo do Instituto de Pesquisas Religiosas (INPR), a igreja evangélica pode estar passando por problemas como legalismo e engessamento, após longos anos de crescimento e expansão.

Esses problemas não somente acontecem no Brasil, mas em outros países também como nos Estados Unidos, por exemplo. Segundo ele, a “massa” precisa ser “trabalhada e acompanhada”. “Na ausência de tais requisitos, a massa torna-se crua e sem vida”.

O “peso do rancor religioso” citado por Gondim, pode também ser relacionado com a defesa de fé de algumas denominações evangélicas e Bernardo afirma que muitas carecem de parâmetros e basamento bíblico.

“Há uma constante suspeita quanto ao desconhecido – cristãos menos abertos ao debate tendem a demonizar tudo que, aparentemente, lhe pareça estranho ou distante. Foi assim quando da chegada da televisão ao Brasil.”

Bernardo completa dizendo, “ mesmo ocorre quando do tratamento de questões políticas e da família. Há grupos evangélicos que chegam até mesmo a proibir o uso de preservativos e vasectomia – são poucos, mas existem em nosso meio.”

Apesar de todos os problemas, afastar-se do movimento evangélico, não significa necessariamente um afastamento de Deus e de seu Reino, afirma o apologista.

“Quando alguém se diz insatisfeito com o movimento (no caso, evangélico), não está, necessariamente, abdicando da Igreja Invisível – seu amor a Cristo e ao Reino de Deus deverá continuar firme e inabalável.”

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Médicos e pastores se manifestam contra o aborto de bebês anencéfalos (Responda a enquete)

 

PorJussara Teixeira | Correspondente do The Christian Post

Especialistas em medicina e líderes religiosos manifestaram opinião contrária ao aborto de fetos com anecefalia, um tipo de malformação no tubo neural. Para eles, a baixa expectativa de vida nesses indivíduos não deve limitar o direito à vida dessa crianças.

  • Começa hoje julgamento sobre aborto de fetos anencéfalos

    (Foto: Divulgação / STF

    Começa hoje julgamento sobre aborto de fetos anencéfalos

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Para os médicos, o sofrimento dos pais não justifica a interrupção da gestação. Para a coordenadora da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital São Francisco, Cinthia Macedo Specian, o feto anencéfalo não deve ser considerado um natimorto cerebral.

Em entrevista ao Terra, Specian afirmou que “o feto tem um comprometimento severo de um órgão muito importante, mas não posso classificá-lo como um indivíduo que está em morte encefálica”.

Segundo a especialista, estudos mostram que todos os bebês com anencefalia possuem respiração espontânea, e mais de 50% conseguem mamar, sugar e deglutir o leite. “Já os pacientes com morte encefálica não deglutem nem a saliva e não têm movimento ocular”, explicou Cinthia.

Também o médico especialista em ginecologia e obstetrícia Dernival da Silva Brandão, membro da Comissão de Ética e Cidadania da Academia Fluminense de Medicina, disse não compreender como um profissional de saúde pode defender a interrupção e uma gestação apenas com base na má formação do feto.

“Casos de crianças anencéfalas que sobreviveram após o parto são relevantes, mas o mais importante é que aquela criança está doente e precisa de tratamento. Ela não perde o direito à vida porque está doente”, disse.

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Ele ainda ressaltou que ao contrário do que dizem outros especialistas, os riscos para a mãe na gestação de bebês anencéfalos não é tão alto. Para ele, uma gravidez de gêmeos pode ser bem mais perigosa.

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O especialista explicou que problema do acúmulo de líquido amniótico, que é comum em casos em que a malformação é diagnosticada, pode ser tratado com a técnica de punção.

Somando-se à opinião dos médicos e especialistas em obstetrícia, líderes religiosos têm ido a público manifestar sua opinião contrária ao aborto de anencéfalos e a favor da vida.

O pastor da Igreja Vitória em Cristo, Silas Malafaia, publicou um comentário em seu site Verdade Gospel, em que compara o aborto ao conceito de depuração das raças, idéia pregada por Adolf Hitler durante o nazismo.

“Se na época do nazismo, Hitler queria fazer depuração da raça, esta é a moderna depuração dos nossos tempos. Aborto de anencéfalos, daqui a pouco aborto para quem tem Síndrome de Down, depois qualquer bebê na barriga da mãe que tenha qualquer deficiência. A vida é um dom de Deus, está na sua autoridade dá-la e tomá-la”, afirmou, categórico.

Ele incentivou que os fieis se empenhassem na questão para “livrar o Brasil dessa praga do inferno que é o aborto”.

Também o pastor deputado federal Marco Feliciano (PSC/SP), postou em seu Twitter uma nota pedindo que seus seguidores enviassem emails ao Supremo Tribunal Federal (STF) pressionando para que os ministros votassem contra.

“[Os ministros] votarão se os fetos com anencefalia devem ou não ter o direito de nascer. Escreva para os juízes pedindo que votem NÃO ao assassinato dos bebês!”, publicou.

Julgamento

O STF iniciou hoje o julgamento da questão da possibilidade da antecipação terapêutica de parto nos casos em que os fetos apresentem anencefalia. A questão está sendo analisada há oito anos pelo órgão.

Após mais de uma hora de leitura, por volta das 12h50, o relator ministro Marco Aurélio Mello apresentou seu voto favorável à interrupção da gravidez de fetos anencéfalos.

Em seguida houve interrupção dos trabalhos, que serão retomados na tarde desta quarta-feira (11). O tema gera grande repercussão e controvérsia a respeito da defesa da vida, e por outro lado, dos que defendem os direitos femininos em todo o país.

Você é a favor da legalização do aborto em fetos anencéfalos?

  • Não, toda criança tem direito à vida, mesmo que não possa se expressar
  • Sim, a mãe não deve sofrer com uma gestação de alto risco
  • Não tenho opinião formada sobre o assunto

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Câmara aprova a Lei Geral da Copa e não agrada evangélicos

 

PorKeyla Cezini | Colaboradora do The Christian Post

Após muitos impasses, a Câmara dos Deputados aprovou a Lei Geral da Copa nesta quarta-feira (28), sem constar o artigo que previa a autorização expressa para venda de bebidas alcoólicas nos jogos da Copa.

  • Marco Feliciano

    Reprodução / Site

    Deputado Federal Marco Feliciano é contra venda de bebidas acoólicas na Copa de 2014.

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O texto suspende a validade, durante o período da Copa, de artigos do Estatuto do Torcedor, entre eles o que aborda a venda de bebidas.

Dessa forma, cabe agora à Federação Internacional de Futebol (Fifa) negociar com os estados que proíbem a venda de bebidas nos estádios a partir de leis estaduais ou acordos com o Ministério Público.

O texto aprovado não agradou completamente nenhum dos lados. Governo, aliados, oposição, bancadaevangélica, nem Fifa, ficaram satisfeitos com o resultado, mas os deputados entenderam que essa era a melhor forma de acabar com o impasse.

A Fifa tem interesse na venda de bebidas porque um dos patrocinadores do evento é uma marca de cerveja. Já a bancada evangélica, principal opositora à liberação, argumenta que, para os patrocinadores, basta a publicidade nos jogos.

A proposta segue agora para o Senado Federal antes de ser sancionada pela Presidente Dilma Rousseff.

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Interpretação

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Apesar do aparente acordo, a polêmica sobre a venda de bebidas persiste. Isso porque deputados discordam no que diz respeito a como a Lei será aplicada.

Na visão do deputado Vicente Cândido (PT-SP), relator da matéria, estados que vetam álcool nas arenas de futebol com base em interpretação do Estatuto do Torcedor passarão automaticamente a liberar a venda.

Já nos estados que possuem leis próprias ou acordos com o Ministério Público que proíbem a comercialização, cabe à Fifa negociar a suspenção dessas leis e acordos diretamente com os governos estaduais.

Mas a interpretação do Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, é diferente. Para ele, não haveria necessidade de os estados negociarem com a Fifa. Ele compreende que a lei nacional se sobrepõe à estadual.

Atraso

A demora na aprovação da Lei Geral da Copa já foi alvo de muitas críticas. No início de março, o secretário-geral da Fifa, JérômeValcke, declarou que os organizadores do mundial precisavam de um "chute no traseiro" para fazer o evento acontecer.

Um fator que prolongou a discussão da proposta na Câmara foi a crise que eclodiu há poucas semanas na base, e culminou com a troca das lideranças governistas na Câmara e no Senado.

As dificuldades aumentaram quando o governo decidiu adiar por diversas vezes a votação do Código Florestal por não concordar com o texto que será encaminhado para aprovação. Essa medida irritou a bancada ruralista, de 213 deputados, que exigia a adoção de um cronograma de votações para a matéria que atualiza a legislação ambiental.

O acordo para votar a Lei da Copa só veio depois que o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-SP), acertou a votação do Código Florestal para abril.

Ingressos

O texto da Lei Geral da Copa aprovado estabelece uma categoria de ingressos com preços mais acessíveis, destinada a idosos, estudantes e participantes de programas de distribuição de renda do Governo Federal.

A Copa do Mundo terá quatro categorias de ingressos. A "categoria 1" será a mais cara, com ingressos em torno de US$ 900. A "categoria 2" deverá ter entradas a US$ 450 e a "categoria 3", a US$ 100. Já "categoria 4" terá entradas a US$ 50, mas estudantes, idosos e beneficiários de programas de transferência de renda pagarão metade desse valor.

Uma emenda acrescida à Lei Copa determina que 10% dos ingressos vendidos sejam da “categoria 4” quando os jogos forem da seleção brasileira.

Também ficou definido que 1% dos ingressos dos jogos do mundial será reservado a pessoas com deficiência. Esses ingressos serão distribuídos gratuitamente.