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Assembleia de Deus Madureira libera divórcio para pastores e líderes

Nenhum pastor poderá ser destituído do seu cargo por motivo de divórcio ou novo casamento.

por Jarbas Aragão-gospelprime-

 

Assembleia de Deus Madureira libera divórcio para pastores e líderes
AD Madureira libera divórcio para pastores e líderes

Embora a Bíblia diga que o líder cristão deve ser “marido de uma só mulher”, a Assembleia de Deus Ministério de Madureira, pensa diferente. Durante a Assembleia Geral Extraordinária da CONAMAD (Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil Ministério de Madureira) realizada no mês de julho, foi aprovada uma alteração no estatuto que possibilita que os membros e pastores possam se divorciar.

Impensável até alguns anos atrás, a decisão da Assembleia de Deus faz com que ela incorra numa prática que já é comum em outras denominações. O grupo de igrejas liderado por Manoel Ferreira tem aparecido na mídia ultimamente por seu suposto envolvimento no desvio de dinheiro da Petrobras.

A decisão de “liberar” o divórcio foi mal recebida em alguns segmentos da igreja. Os documentos divulgados nas redes sociais provam que entre 8 e 11 de julho durante a convenção nacional, a Madureira cedeu à pressão.

O argumento principal é que existem situações em um casamento que permitiriam a “dissolução do matrimônio”, entre elas: abuso físico e/ou psicológico, adultério, abandono emocional e espiritual”. Nenhum versículo bíblico que de sustentação a essa decisão foi citado, contrariando a ideia dos evangélicos que defendem que a Bíblia é sua regra de “fé e prática”.

O portal Gospel Prime entrou em contato com a CONAMAD via telefone e e-mail. O secretário executivo da convenção afirmou que não pode atestar o documento divulgado por não ter o original em mãos. Ao ser questionado sobre a política atual da igreja sobre pastores e líderes divorciados, não quis comentar o assunto.

A secretária do ministério no Rio de Janeiro também não quis comentar, limitou-se a dizer que “não tinham informações sobre o caso”.

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A família de Ló

 (extraído do jornal árvore da Vida)

Ao falar do final dos tempos e da vinda do Senhor Jesus, o Evangelho de Lucas menciona não apenas a família de Noé, como também a de Ló: “O mesmo aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e destruiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar” (Lucas 17:28-30).

Ló, que era sobrinho de Abraão, viveu em uma época que precedeu o julgamento de Deus sobre as pessoas, assim como Noé. Ló era considerado um homem justo e sentia-se afligido pelo comportamento libertino de seus contemporâneos em Sodoma, cidade onde vivia (2 Pedro 2:7). Apesar disso, não vemos nele um testemunho de alguém que tinha uma aliança com Deus e uma vida comprometida com Ele. Tampouco vemos em Ló a mesma busca por Deus e por fazer Sua vontade como vemos em seu tio. Não fosse  pela intercessão de Abraão, talvez Ló nem mesmo escapasse da destruição de Sodoma (Gênesis 18:16-33; cf. 19:29).

Gênesis 13 mostra que ele seguia Abraão e com ele se tornou rico, mas não mostra que em toda sua vida tenha erigido um altar e invocado o nome do Senhor como fazia Abraão (vs. 4-5). Um dia, houve contenda entre os pastores de Ló e os pastores de seu tio; este sugeriu que ambos se apartassem. Seria razoável Ló deixar Abraão escolher antes dele para onde ir, mas em vez disso, ele “escolheu para si” toda a campina fértil do Jordão (vs. 10-11). Sua escolha indica que ele era egocêntrico e que queria viver uma vida mais fácil, fazendo o que lhe era mais conveniente. Ló não se importou com seu tio já idoso e muito menos em saber qual era a vontade de Deus. Por fim o caminho que ele escolheu levou-o a Sodoma, um lugar onde os homens eram maus e grandes pecadores contra o Senhor e ali passou a morar (vs. 12-13).

Ló estava à porta da cidade, lugar de honra para quem era juiz, quando dois anjos foram enviados para resgatá-lo (Gênesis 19:3, 9). Os anjos recusaram o convite de pernoitar em sua casa, pois somente queriam cumprir sua missão de tirá-lo dali o mais rápido possível. Mas, pela insistência de Ló, eles entraram em sua casa onde se banquetearam. Vieram, então, os moradores da cidade para abusar de seus hóspedes. Ló procurou preservar-lhes a vida, oferecendo suas filhas, virgens, para que os homens fizessem com elas o que bem quisessem (vs. 5-8). Que confusão!

Ló se acostumou com o “estilo” de vida de Sodoma e se tornou insensível à maldade e perversidade da cidade. Resultado, mesmo tendo mantido suas filhas virgens, ele as expôs a situações tão constrangedoras. Isso tudo mostra que a escolha de Ló afetou não somente a ele como também toda a sua família. Seus futuros genros não foram convencidos por ele a sair daquela cidade e escapar de seu julgamento, pois pensaram que Ló gracejava com eles. Isso revela que as palavras de Ló não eram levadas a sério por eles (v.14). Que situação lamentável!

Ao serem levados para fora da cidade, mesmo puxado pela mão, Ló apresentou certa resistência em sair, dizendo: “Assim não, Senhor meu” (vs.16-18), mas foram advertidos pelo anjo a nem olhar para trás, mas a fugir para o monte, a fim de não perecerem. Infelizmente, sua esposa não lhe deu ouvidos e olhou para trás, para onde seu coração estava apegado, e tornou-se uma estátua de sal. A menção desse fato pelo Senhor Jesus indica que ela se tornou um sinal de vergonha e advertência para todas as gerações. Já as filhas de Ló decidiram, após embriagá-lo, cometer incesto com ele para dar-lhe descendência. Isso revela que Ló não conseguiu colocar nelas alguns princípios divinos quanto ao modo de viver que agradava a Deus. Por não serem instruídas nos caminhos do Senhor, não tiveram temor a Deus, e o resultado desse incesto foi o surgimento de dois povos, amonitas e moabitas, que se tornaram grandes inimigos do povo de Deus e tiveram o mesmo fim de Sodoma e Gomorra (Sofonias 2:9).

Das experiências de Ló aprendemos que não é suficiente ficarmos indignados com a situação atual do mundo, mas devemos ter um coração de aprender lições de fé e dependência de Deus, vistas em Abraão, seu tio. Precisamos também contabilizar as consequências de nossas escolhas, e para isso orar antes de tomar qualquer decisão, pois, se não negarmos a nós mesmos, podemos pôr em risco toda nossa família.

Também vemos que não podemos nos acostumar com as coisas do mundo e permitir que as práticas mundanas façam parte de nossa família, pois elas podem se tornar um tropeço na hora de querer fugir das tentações. Precisamos fugir para a vida da igreja, onde muitos de coração puro invocam o Senhor (2 Timóteo 2:22)! Precisamos nos consagrar ao Senhor e invocar Seu nome e não somente ficar perto de quem tem esse viver. Quando estamos em Sua presença e buscamos fazer Sua vontade, nossa família inteira é beneficiada, poupada de destruição e de situações vergonhosas e podemos ser úteis a Deus. Que o Senhor tenha misericórdia de nós e não permita que nossa casa seja como a de Ló!

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Eu também falo mistérios

Mas o que é “mistério”? Há inúmeras definições dentro e fora da Bíblia para essa palavra.

por Fábio Ribas – gospelprime –

 

Eu também falo mistérios

Aquela igrejinha ficava numa viela escura de um subúrbio de Brasília. Ao entrarmos, vimos que só havia mulheres vestidas de branco. Elas estavam prostradas pelo chão. Ficamos ali umas três horas antes que, finalmente, entrassem homens. Eles também estavam todos vestidos de branco e começaram uma coreografia “espiritual” estranhamente erotizada com aquelas mulheres.

Uma das mulheres perguntou-me: “Você quer falar em mistérios?”. Prontamente, respondi que sim. Ela ordenou que um dos homens viesse e me abraçasse. Era um homem alto e forte. Segurou-me e, levantando-me do chão, começou a rodopiar. Ficamos ali girando e girando com aquela mulher que ficava gritando: “Repete bem rápido, bem rápido, sem parar: “glória a Deus, glória a Deus, glória a Deus””!

Era o ano da minha conversão, 1995. A minha sede espiritual levou-me a experimentar de tudo o que o mundo evangélico poderia me oferecer. Naquela noite, porém, quando entramos no carro para irmos embora, nossos amigos, também recém-convertidos de uma vida de bruxaria em Alto Paraíso (GO), denunciaram que o que viram ali naquela igrejinha, só haviam visto antes num terreiro de Candomblé.

Mas o que é “mistério”? Há inúmeras definições dentro e fora da Bíblia para essa palavra. Ela é usada no Novo Testamento 28 vezes, sendo que é Paulo quem mais a usa: 21 vezes. E ele usa essa palavra em mais de um sentido, dependendo do contexto. Mas, no sentido que a mulher daquela igrejinha usara comigo, Paulo e o Novo Testamento só o faz em I Cor 14.2.

A experiência do mistério, que nada mais é do que a experiência com o sagrado, fascina o ser humano. E a força disso é tanta que até mesmo ateus se rendem à manifestação do mistério. E, como eu tenho escrito em artigos anteriores, o sagrado se manifesta por meio de uma linguagem específica – o símbolo, o mito, o dogma, o rito: é o próprio mistério querendo sair detrás das cortinas.

O mistério, contudo, só existe para deixar de ser mistério – é o sagrado mostrando a que veio. Não é por acaso que Paulo instrui a Igreja de Corinto, caso não haja quem traduza, a que se cale aquele que faz uso do mistério das línguas ininteligíveis publicamente, pois a função da Igreja é comunicar de maneira clara o Evangelho da Salvação.

Mas eu preciso concluir mais essa abordagem sobre o sagrado explicando o título deste artigo: “Eu também falo mistérios”.

Das 28 vezes em que a palavra mistério ocorre no Novo Testamento, o tal mistério referido é revelado. E das 21 vezes que Paulo usa essa palavra, não há dúvida alguma que, em 14 delas, ele a usa com um mesmo sentido: para revelar que o grande mistério, oculto no passado, mas agora revelado em Cristo, é a entrada dos gentios no povo de Deus por causa da Igreja.

A Igreja é a maneira que Deus estabeleceu de abarcar como povo Seu não apenas os judeus, mas pessoas vindas de TODOS os povos da terra. O véu deste mistério foi rasgado na cruz de Cristo e plenamente anunciado por Deus em Jesus.

A mensagem, portanto, deve ser anunciada a todos os povos. A proclamação do mistério da salvação dos gentios em Cristo é a própria razão de existir da Igreja. Então, sem rodeios, vou revelar aqui um grande mistério: se a sua igreja local, o corpo de irmãos no qual você está inserido, não se empenha no esforço missionário de alcançar outros povos, feche as portas do templo e pare de brincar de clubão, porque vocês ainda não entenderam o mistério eterno revelado pelo próprio Deus na pessoa de Seu Filho Jesus.