Estátua de mãos em oração. (Imagem de Couleur por Pixabay)
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Kent, na Inglaterra, com dados coletados no Brasil, mostra que 8% dos brasileiros se definem como “sem religião”, mas que a maioria deles acredita sim em eventos sobrenaturais e que alguns até se consideram cristãos.
Segundo o estudo, 73% dos ateus e agnósticos brasileiros disseram não se considerar de nenhuma religião. Quando questionados “Você se considera pertencente a alguma religião em particular? Se sim, qual?” 18% afirmaram ser cristãos, 1% budistas e 1% não souberam responder.
As informações foram publicadas no documento intitulado “Understanding Unbilief”, com informações sobre outros países como China, Dinamarca, Estados Unidos, Japão e Reino Unido.
Ainda na parte sobre o Brasil, a pesquisa mostra que a maioria dos ateus e agnósticos brasileiros cresceram em família cristã, sendo 79% do total. Outros 15% disseram que tiveram uma criação não-religiosa.
Crença de ateus e agnósticos em fenômenos sobrenaturais é semelhante à população brasileira em geral.
Pelo menos um quarto dos brasileiros sem religião acredita em reencarnação e quase um terço acredita na vida após a morte.
Ateus acreditam mais em astrologia do que agnósticos, fenômeno que se repete em situações com seres sobrenaturais, objetos com poderes sobrenaturais, forças subjacentes do bem e do mal e karma.
Texto contém supostos “ensinamentos secretos” de Cristo a seu irmão
por Jarbas Aragão
Livros apócrifos são aqueles considerados pela Igreja como ‘não inspirados’, que podem possuir algum valor histórico, mas seu conteúdo não é a Palavra de Deus. Existem vários deles, mas agora pesquisadores britânicos encontraram a mais antiga cópia grega de um desses apócrifos. Ele apresentaria os “ensinamentos secretos” de Jesus para Tiago, seu irmão de sangue que posteriormente seria um dos líderes da Igreja Primitiva.
O documento estava no acervo da Universidade de Oxford, uma das mais antigas do mundo e foi revelado agora. Trata-se de um manuscrito, em grego, contando uma história apócrifa da mesma época do Novo Testamento. O “Primeiro Apocalipse de Tiago” até agora era conhecido apenas por cópias em copta, uma língua egípcia que acredita-se ter evoluída de hieróglifos.
Depois que Atanásio, o bispo de Alexandria, um dos chamados “pais da Igreja” publicou sua Carta Festiva de 367, identificando os 27 livros do Novo Testamento, todos os outros relatos, como esse encontrado agora passaram a ser consideradas heréticos.
Brent Landau, pesquisador de estudos religiosos da Universidade do Texas em Austin, explica que “Os textos gnósticos como o ‘Primeiro Apocalipse de Tiago’ foram banidos por causa de sua compreensão diferente da importância de Jesus. Eles apresentam Jesus muito mais como um revelador da sabedoria humana do que o messias. Segundo esses textos gnósticos, Jesus ensinou que o mundo material é realmente uma prisão criada por um ser maligno, algo muito parecido com o filme “Matrix”.
No texto em questão, Jesus fala com seu irmão Tiago sobre “esta prisão terrena” em que viveríamos. Ele diz que o mundo é protegido por figuras demoníacas chamadas “archons”, os quais bloqueiam o caminho entre o mundo material e a vida após a morte.
Apesar de não ser uma descoberta de um novo apócrifo, ela chamou atenção porque a maioria dos textos apócrifos que se conhece estão em copta. Pouquíssimos textos foram encontrados em grego, que seria seu idioma original de composição. A coleção mais famosa, que forma a biblioteca de Nag Hammadi, são 13 livros gnósticos coptas descobertos em 1945 no Alto Egito.
Landau e Geoffrey Smith, outro pesquisador de estudos religiosos de Universidade do Texas, acrescentam à essa lista sua descoberta de fragmentos gregos. Eles estavam com o material em mãos desde o início do ano, mas só agora divulgaram em publicação científica.
Suas conclusões foram apresentadas no Encontro Anual da Sociedade de Literatura Bíblica, em Boston. O trabalho ainda não foi analisado por outros pesquisadores.
Para Smith, “o texto complementa o relato bíblico da vida e do ministério de Jesus, permitindo-nos o acesso a conversas que supostamente ocorreram entre Jesus e seu irmão Tiago. Ensinamentos secretos que permitiram que Tiago fosse um bom professor após a morte de Jesus”. Obviamente, ele não possui nenhum valor teológico, apenas histórico.
O achado estava em uma coleção de mais de 200 mil documentos de papiros da Universidade de Oxford, na Inglaterra. Eles foram retirados da cidade egípcia de Oxyrhynchus e levados para Oxford no final do século XIX
Segundo consta, foram escavados em um antigo depósito de lixo da cidade egípcia, estando entre pilhas de manuscritos do século V, que incluíam recibos de impostos e contas de vendas. Smith e Landau estudaram os achados de Oxyrhynchus por mais de dois anos. Com informações Live Science
Se trataría del objeto físico con referencias al cristianismo más antiguo que hay en la actualidad.
08 DE OCTUBRE DE 2011, ROMA (ITALIA)
Una piedra, parte de la colección de los Museos Capitolinos de Roma, podría tratarse del objeto tallado con referencias cristianas más antiguo conocido.Los investigadores han identificado en la inscripción referencias a una antigua secta que seguía las enseñanzas de un teólogo gnóstico del siglo II, Valentín. “Si en realidad es una inscripción del siglo II, como creo que probablemente lo sea, se trata del objeto material con referencias cristianas más antiguo que poseemos”, explicó a LiveScience el investigador Gregory Snyder, del estudio Davidson College en Carolina del Norte. La inscripción, conocida con el nombre técnico de NCE 156, está en griego y alude a creencias cristianas. Según Snyder podría ser un epigrama fúnebre por la incorporación de elementos cristianos y paganos. Los otros escritos cristianos de la época conocidos son algunos fragmentos de papiros escritos en tinta que citan parte de los evangelios. La piedra tallada fue encontrada en las afueras de Roma. Los investigadores sugieren que una comunidad de seguidores de Valentín pudo haber vivido allí durante el Siglo II. VALENTÍN, EL GNÓSTICO “Sabemos que Valentín era un famoso maestro gnóstico del siglo II que vivió en Roma durante unos 20 años. Era poeta, pensador, orador, escritor”, explicaron fuentes de la investigación. Según Tertuliano, el primer autor de la literatura latina cristiana, Valentín era candidato a obispo, pero después de que no fuese elegido, comenzó su propio grupo. Se cree que algunas de sus enseñanzas se encuentran en el Evangelio de Felipe, uno de los evangelios apócrifos que contiene enseñanzas gnósticas. Valentín fue luego declarado hereje. Entre otras enseñanzas, defendía que había tres tipos de personas: las de carácter espiritual tenían la “gnosis” o conocimiento para alcanzar la salvación mientras que los de naturaleza psíquica – cristianos corrientes – podrían alcanzar sólo una forma menor de la salvación. Por último, los de carácter material – paganos y judíos – serían condenados.