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Lula e sua semelhança com o Padre Cícero

Por Johnny Bernardo -gnoticias-em 31 de janeiro de 2016

Lula e sua semelhança com o Padre CíceroErrou o governador de São Paulo ao dizer que o “Lula é o retrato do PT” e vice-versa. Não. Lula é o retrato do Brasil, do malandro brasileiro que vê na política uma oportunidade de ficar rico. A corrupção faz parte da história do Brasil não como algo necessariamente expontâneo, mas por uma série de situações, como pobreza e deficiência na formação educacional e cultural do povo brasileiro. A pobreza, por outro, é a principal responsável por tudo de errado que vemos neste país, como corrupção e violência. Por que não há corrupção generalizada em países como Suécia e Dinamarca? Porque a formação cultural, educacional e econômica é diferente da do Brasil. Somente nos livraremos de fíguras como a do Lula quando a pobreza for radicalmente combatida e tivermos uma revolução cultural e educacional no Brasil. Digo em sala de aula que temos que investir nesta nova geração de crianças e jovens. Daí, no futuro, teremos poucos lulas, alckmins, serras, aécios e outros da mesma estirpe – porque, vale dizer, tanto tucanos como petistas estão no mesmo barco, assim como milhares de outros políticos.

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Não há do que duvidar de que a gestão Lula contribuiu sobremaneira com a melhoria da educação no Brasil, com a criação e ampliação de projetos importantes, como o ProUni, o Fies, o Enem, o Ciências sem Fronteiras, e mesmo a expansão dos campus da Universidade Federal. Apesar de suas inegáveis contribuições, Lula conseguiu desenvolver uma imagem semelhante ao do Padre Cícero – a do messias popular que a todos agrada, que a todos contempla em suas necessidades. É algo positivo – vale dizer, o investimento em políticas sociais -, mas o que nos preocupa é a exploração do capital político como forma de “se fazer na vida”. Lula errou neste aspecto e começa a colher os frutos de sua propensão as grandes construtoras, incorporadoras e empresas automobilísticas. Também é inegável o fato de que, não obstante sua relação com grandes empresários ser um fato notório mesmo antes da Operação Lava Jato, ele ainda possui inúmeros seguidores – particularmente em Estados do Norte e Nordeste, e em outras regiões do Brasil.

São estas as características que o aproxima de fíguras como a do Padre Cícero. Adorado por moradores e peregrinos que todos os anos percorrem as ruas de Juazeiro do Norte, Padre Cícero teve uma história conturbada, como revela com detalhes a biografia Poder, Fé e Guerra no Sertão, do jornalista Lira Neto (Companhia das Letras). Segundo Neto, o “milagreiro” tinha uma relação próxima com fíguras políticas e coronéis da época, além de uma provável relação com jagunços e cangaceiros – tendo, segundo Lira, concedido ao cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva a patente de capitão. De religioso o padre se aventurou na política, tendo sido eleito o primeiro prefeito de Juazeiro do Norte, e posteriormente deputado federal e vice-governador do Ceará. Amado pelo povo e seguido por fieis que acreditavam em seus “dons milagreiros”, Padre Cicero acumulou riqueza e prestígio. Era um manipulador e foi condenado pela própria Igreja Católica por ser um “mistificador e aproveitador da boa-fé do povo”. Alguma semelhança com o pernambucano Lula?

No artigo “O que Lula e o Padre Cícero têm comum”, o jornalista Lira Neto aprofunda a discussão sobre a semelhança entre as fíguras nordestinas controversas. Impelido por uma série de e-mails e comentários de gente que, ainda em 2010, o inquiriam a se manifestar sobre a polêmica, Lira Neto inicialmente estabelece uma distinção entre Lula e Cícero Romão Batista, mas descontadas as diferenças iniciais o autor destaca que, “a certeza de que a história se repete como farsa há, de fato, muitas simetrias entre o polêmico cratense Cícero e não menos controvertido garanhuense Luiz Inácio”. Lira destaca alguns aspectos importantes, como a origem nordestina dos personagens, a alta popularidade de ambos – no caso de Lula por conta de seus programas sociais e Cícero por seus “milagres” -, ausência de traços intelectuais, espontaniedade no discurso e relação com os pobres. Na política o biógrafo destaca a aproximação dos personagens com caciques ao dizer que “não havia candidato às urnas que recusasse as bençãos do então prefeito de Juazeiro”. Lula idem. Igualmente importante é destacar a inteligência e perspecácia natural de Lula e Padre Cícero, como pontua o biógrafo. “Como Lula, Cícero possuía um tipo específico de inteligência, orgânica, que não se obtém e não se cultiva por meio da simples erudição e da densidade letrada. Os dois se equivalem, portanto, no território das sutilezas, das habilidades, das argúcias.” Alguma dúvida?

“As opiniões ditas pelos colunistas são de inteira e única responsabilidade dos mesmos, as mesmas não representam a opinião do Gospel+ e demais colaboradores.”
Johnny Bernardo é jornalista, pesquisador da religiosidade brasileira e das relações entre religião e sociedade, colunista do Gnotícias e do Núcleo Apologético de Pesquisas e Ensino Cristão (NAPEC) Outros detalhes sobre o pesquisador no blog – http://jtbernardo.blogspot.com.br/ Contato: [email protected] Por rdo
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Estado Islâmico ameaça invadir o Vaticano para cumprir “profecia” de Maomé

 Publicado por Tiago Chagas -gnoticias-
Estado Islâmico ameaça invadir o Vaticano para cumprir “profecia” de Maomé

No momento em que se torna o alvo principal de diversos países, o Estado Islâmico reforça uma de suas principais características e ameaça invadir o Vaticano.

A promessa de perseguir e matar cristãos é antiga por parte dos terroristas do Estado Islâmico, mas agora, ganhou um novo capítulo, com a publicação de uma imagem manipulada que coloca sua bandeira no topo do obelisco presente na Praça de São Pedro, no Vaticano.

O grupo possui uma revista eletrônica, chamada Dabiq, e na edição mais recente está a reafirmação da ameaça, onde os terroristas dizem que a sede da Igreja Católica será um de seus próximos alvos, e que depois da invasão, fincarão sua bandeira no local.

Com o título “The Fail Crusade” (“a crusada fracassada”, em tradução livre do inglês), a matéria é uma referência às cruzadas promovidas pela Igreja Católica na Idade Média, em perseguição a seus opositores.

Com essa publicação, o Estado Islâmico corrobora as afirmações do escritor Robert Spencer, um pesquisador e estudioso do islamismo, que em seu novo livro, “Infidel’s Guide to ISIS” (“Guia do infiel para entender o Estado Islâmico”, em tradução livre), apresenta e explica em detalhes os planos dos extremistas.

Spencer havia dito que o grupo pretende decapitar o papa e dar início ao Armagedom em até 10 anos. Esse plano foi construído a pretexto de se fazer cumprir profecias de Maomé e promover a “batalha final” entre os muçulmanos e os “infiéis” judeus e cristãos.

Nesse meio tempo, eles vêm se dedicando a cumprir as previsões de Maomé sobre a conquista das maiores cidades do hoje extinto Império Romano. Quando Maomé deixou essa tarefa aos muçulmanos, referia-se a Roma e Constantinopla, que hoje é a cidade turca de Istambul, e já é dominada pelo islamismo. Nesse cenário, o símbolo da conquista de Roma – vista como a “capital” do cristianismo, por sua importância durante os primeiros anos da Igreja Primitiva e por ser sede, nos dias atuais, da Igreja Católica – seria a decapitação do papa em praça pública, com transmissão via internet e o hasteamento de sua bandeira.

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Papa Francisco pede união de religiões no combate à corrupção: “O mundo espera uma resposta”

 Publicado por Tiago Chagas – gnoticias – em 29 de outubro de 2015

Papa Francisco pede união de religiões no combate à corrupção: “O mundo espera uma resposta”

O papa Francisco pediu a união da sociedade contra a corrupção e as mazelas que resultam dessa prática, como a fome, a miséria, a crise ambiental, a violência e as guerras.

O discurso, proferido durante a audiência geral da última quarta-feira, 28 de outubro, na Praça de São Pedro, marcou a celebração dos 50 anos da declaração Nostra Aetate, que é um marco nas relações da Igreja Católica com as demais religiões.

Como exemplo, Francisco citou que a Nostra Aetate possibilitou uma mudança de relações com o judaísmo, tornando a antiga troca de acusações em uma convivência respeitosa, harmoniosa e frutífera.

“Indiferença e oposição tornaram-se colaboração e benevolência. De inimigos e estranhos, nos tornamos amigos e irmãos. O Concílio traçou o caminho: ‘sim’ ao redescobrimento das raízes hebraicas do Cristianismo; ‘não’ a toda forma de antissemitismo e condenação de toda de toda injúria, discriminação e perseguição que derivam”, pontuou Francisco.

Nesse contexto, o papa lembrou que com o aperfeiçoamento das relações entre as religiões, é possível trabalhar em conjunto para combater males que afetam a todos, independentemente de crenças.

“O mundo olha para os fiéis pedindo respostas efetivas a inúmeros temas como a paz, a fome, a miséria, a crise ambiental, a violência e a corrupção”, disse Francisco.

Sobre o islamismo, Francisco sugeriu um diálogo “aberto e respeitoso”, que implica discussões sobre os atos de terror praticados por extremistas: “Por causa da violência e do terrorismo, se difundiu uma atitude de suspeita ou até mesmo de condenação das religiões. Não obstante nenhuma religião esteja imune ao risco do fundamentalismo e do extremismo”, observou.

Segundo informações da revista Exame, ao final da audiência, Francisco pediu aos presentes uma prece silenciosa, “conforme sua própria tradição religiosa” e aos representantes de outras tradições cristãs, pediu orações para que sejamos “mais irmãos” e mais dispostos a servir “aos mais necessitados”.