Adoradores de Satanás estão lutando na justiça americana pelo reconhecimento como uma prática religiosa igual ao cristianismo. Nesta quinta (16), eles conseguiram permissão judicial para colocar uma estátua de bronze de Baphomet, um dos símbolos mais conhecidos do satanismo.
A escultura ficará em frente à sede do governo do Estado de Arkansas, na capital Little Rock. Financiada pela organização Templo Satânico, a estátua seria um protesto contra um monumento aos Dez Mandamentos que já se encontrava no local.
Medindo cerca de 2,5 metros, o ícone da criatura com rosto de bode sentada em um trono e ladeada por duas crianças ficará em frente ao Capitólio temporariamente. Contudo, seus idealizadores entraram com processos para que seja uma exibição permanente, pois deveriam usufruir os mesmos direitos de liberdade religiosa que as demais formas de culto.
A co-fundadora do Templo Satânico no Arkansas, Ivy Forrester, argumentou ao Independent: “Se você concorda com um monumento religioso em local público, então deve permitir outros. Se você não concordar com isso, então não deveríamos ter nenhum.”
Obviamente, a estátua representando Satanás gerou protesto da comunidade cristã, enquanto Jason Rapert, um importante político conservador classificou a imagem de “ofensiva” e prometeu lutar para que ela seja retirada. Ele foi o autor do projeto que permitiu a colocação de um monumento com os 10 Mandamentos no mesmo local.
Rapert disse que respeita os direitos de todos praticarem sua religião, mas acredita que o Templo Satânico é formado por “extremistas”.
Além dos satanistas, um grupo de ativistas ateus também participou da inauguração da estátua nesta quinta-feira diante do Capitólio. Vários oradores fizeram discursos, argumentando que o monumento bíblico ao lado violava a separação entre Igreja e Estado.
Cerca de 150 pessoas participaram do evento do Templo Satânico. Havia um grupo menor de cristãos protestando a alguns metros de distância, segurando cartazes com versículos da Bíblia e cantando hinos.
Pastor da família diz que candidato é “amigo das igrejas evangélicas”
Jair Bolsonaro e esposa na igreja. (Foto: Reprodução / Youtube)
O deputado federal e candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL) participou do culto neste domingo (19) na Igreja Batista Atitude, no Rio de Janeiro. No final da reunião, o pastor Josué Valandro Jr. chamou o político para receber uma oração.
O líder da igreja relatou que participou, com vários outros pastores influentes do Brasil, de uma espécie de sabatina dos candidatos em Belo Horizonte, na semana passada. Segundo ele, foram convidados também Geraldo Alckmin e Marina Silva. Bolsanaro foi o que recebeu mais apoio.
Deixando claro que não se tratava de campanha, nem de voto de cabresto, Valandro explicou que a família frequenta a igreja e a esposa do político, Michele “é ativa e dedicada” na congregação.
“Deputado, eu não sei qual é a vontade de Deus para sua vida, mas uma coisa eu queria te falar […] Nós louvamos a Deus pela sua coragem, não preciso concordar com tudo que o Bolsonaro diz para orar pela sua vida”, declarou o pastor diante dos presentes.
O vídeo com o momento de oração está circulando nas redes sociais e ficou entre os 10 mais assistidos do Youtube nesta segunda-feira (20).
Ao chamar os demais pastores para a oração, Valandro destacou: “nós precisamos [na presidência] de alguém justo e correto”. Bolsonaro ajoelhou, ao lado da esposa, enquanto o pastor da igreja clamou pela vida do candidato e de sua família.
“Ele tem orado e pedido sabedoria a Deus. Ele respeita a Igreja e respeita as crianças, ele não é favorável à morte de inocentes… Este homem tem valores cristãos, é amigo das igrejas evangélicas e da ética. Que em outubro tenhamos uma resposta do céu”, asseverou, intercedendo para que a nação brasileira seja unida “em direção à fé”.
Recebendo cerca de 30 segundos para se manifestar, Bolsonaro chorou e disse que “de tanto ver coisas erradas, decidi concorrer”. Falando sobre seus adversários, destacou: “sei o que eles têm, mas eu tenho o que eles não têm… Temos que valorizar a família, devemos varrer o comunismo do Brasil”. Sob aplausos, encerrou dizendo que “O Estado pode ser laico, mas eu sou cristão”.
Jornalista acredita que defender valores cristãos é o melhor para a sociedade brasileira
A jornalista e pré-candidata a deputada federal pelo PSL (Partido Social Liberal), Joice Hasselmann, afirmou que “defender os valores cristãos tem a mesma importância que defender uma nação”. Em entrevista ao Gospel Prime ela contou que teve seu encontro com Jesus aos oito anos de idade.
“Eu morava em Mato Grosso, Cuiabá, onde conheci o pastor de uma igreja bem pequenininha da Assembleia de Deus”, lembra. Ela ainda recorda das histórias que o pastor contava sobre a Bíblia “numa casinha de madeira bem simples”, como Joice descreve.
Após uma infância complicada e cheia de problemas, ela buscou apoio na igreja. “Meu pai era alcoólatra. Ele e minha mãe trabalhavam fora e a gente meio que se criou sozinha, eu e minha irmã. Por ser a mais velha, eu cuidava dela e Deus cuidava da gente”, conta.
Com o incentivo da mãe, a pequena Joice ia sozinha aos cultos. “Meu pai era ateu, mas minha mãe se converteu, só que meu pai a proibia de ir à igreja. Meu pai olhava pra mim e dizia que tinha muita vergonha porque eu andava com uma Bíblia debaixo do braço”, disse ela.
Adolescência
“Dos oito aos doze anos eu fiquei nessa Assembleia e sempre fui a única criança ali. Mas quando eu me tornei a única pré-adolescente, o pastor achou melhor eu fazer parte de uma igreja onde tivesse um grupo de jovens para cantar e louvar”, explica. Joice então foi apresentada a uma igreja Batista.
“Foi lá que eu desci às águas e tive um encontro com Jesus. E não é que Jesus fez uma diferença em minha vida, Jesus me deu a vida. E foi a partir dali que eu comecei a viver e a andar pra frente”, revela.
A jornalista esclarece que da adolescência até a vida adulta tudo o que aconteceu em sua trajetória foi um verdadeiro milagre. “De onde eu saí para onde eu cheguei, não tem explicação nenhuma, a não ser um milagre que vem do próprio trono (de Deus), do próprio céu”, reconhece.
Candidatura ao Senado
Ao ser questionada sobre sua intenção de fazer parte do governo do Brasil, ela respondeu: “Não se trata de querer ser candidata ao Senado, eu fui intimada a ser. O Jair Bolsonaro fez um vídeo público. Não foi um convite, foi uma intimação”.
Segundo a comentarista brasileira, que já trabalhou na rádio CBN, Band News FM e revista VEJA “essa coisa da política sempre esteve me cercando e eu sempre disse não a todos os convites, porque eu realmente achava que eu ajudaria mais, apenas fazendo o que eu faço, e trabalhando contra a corrupção, para limpar o nosso Brasil”.
“Nosso país precisa de pessoas do bem”
Segundo a ativista política “chegou o momento em que o Brasil precisa de pessoas do bem dando um passo além”. Joice explicou que não era sua intenção atuar na política brasileira.
“Eu sempre brincava com os meus amigos dizendo que eu só sairia como candidata se Deus viesse falar comigo, se eu respondesse a Ele e depois ele me respondesse de volta”, descontrai.
Ela detalhou: “Foram tantos os sinais. Depois dessa intimação do Bolsonaro, o que ocorreu não pareceu uma coisa terrena. Eu tô conseguindo unir grupos que não se uniam
e até os partidos que estão contra a candidatura do Jair e contra o PSL. Pessoas de outros partidos tem me procurado e me dado apoio”, disse.
Um preço a pagar
Joice explica que entrar para a política significa ter que abrir mão de muita coisa. “Eu não sei fazer esquema, eu não sei roubar, eu não sei mentir. Então nada do que aquela gente que tá no Senado faz, eu faria. De fato, pra mim, seria carregar a minha cruz”, pondera e depois enfatiza:
“Mas o Brasil tá precisando disso, de homens e mulheres que abram mão dos seus próprios planos pra sonhar o plano de Deus para a nossa nação”. Ela acredita que o Brasil é “uma nação desgastada”.
“Hoje nós acompanhamos a nossa nação que foi roubada, que foi saqueada e que foi humilhada por um projeto criminoso de poder, que tentou inclusive tirar a nossa liberdade de pensar e de agir como família”, cita.
Valores conservadores cristãos
A pré-candidata entende que o governo anterior atingiu a célula da nação. “Eles atacaram justamente a família brasileira. E o que é uma nação senão um conjunto de famílias? Quero sim defender esses valores conservadores cristãos, que são basicamente o valor da família tradicional”, revela.
“Vou defender o que é correto e defender o que é direito. Defender que menina é menina e que menino é menino. Defender que o casamento é aquele que é abençoado por Deus, entre homem e mulher. Vou defender as famílias brasileiras como eu defendo a minha”, especifica.
“Vamos em frente, juntos, porque o Brasil precisa. Vamos juntos vencer essa guerra. É Davi contra Golias. Davi venceu, eu também vou vencer”, conclui.Com informações do Gospel Prime, por Cris Beloni