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O imensurável poder da Palavra de Deus

4. A Bacia de Bronze (Êx 30.17-21; 38.8).
A Bacia, palavra hebraica “Kiyyor” significa “bacia, pote ou tacho”. Utensílio de Bronze maciço polido, designado como Pia ou Lavatório de Bronze, contendo água e apoiada num pedestal ou base. Formando um conjunto dividido em duas partes, “uma bacia de bronze com uma base ou suporte de bronze”.

Foi feita com bronze dos espelhos das mulheres que ofertaram ao Senhor. Continha água que deveria ser usada para limpeza dos sacerdotes. Os sacerdotes deveriam lavar as mãos e os pés na bacia antes de qualquer tarefa no Santuário. Moisés lavou inteiramente Arão e seus filhos na limpeza inicial da consagração.

Não há nenhum registro do modelo ou das medidas da bacia de bronze. Também não temos informações de como ela era transportada pelo deserto, sejam varas ou barras. A bacia deveria ser aspergida com sangue, ungida com azeite e conter água para a limpeza. A sua posição, seria no pátio entre a Tenda e o altar de bronze. Quando em trânsito pelo deserto, não era coberta como os demais móveis sagrados.

1. O fato de ser feita de bronze maciço revela que é um símbolo de força, firmeza e juízo contra o pecado. A bacia de bronze representa este juízo operando através da Palavra de Deus, pois haverá um tempo de juízo para todos que não foram julgados (1 Pe 1.7).
2. Feito com espelhos, instrumentos de vaidade e orgulho, mas o Senhor os transformou em instrumento de purificação e limpeza, pois a Palavra de Deus é um espelho que nos permite enxergar de modo claro como realmente estamos e somos pelo poder da Palavra revelado pelo Espírito Santo (Tg 1.23). Há três palavras necessárias à discussão desta grande verdade:
• Revelação – Que é o processo de Deus manifestar a si próprio, e também sua mensagem, ou vontade, a mensageiros humanos (Jr 1.2).
• Iluminação – Que é o entendimento espiritual concedido pelo Espírito Santo a fim de habilitar o homem a assimilar a verdade revelada (Jo 14.16,17).
• Inspiração – Que é os escritores não funcionaram como simples robôs, mas que houve cooperação vital entre eles e o Espírito Santo que neles agia (Gl 1.11,12).
3. A água vinha provavelmente da Rocha ferida no deserto. Jesus Cristo providenciou através de sua morte, sepultamento e ressurreição purificação necessário para o homem aproximar-se de Deus, sem ser julgado pelo Senhor, isto, enfatiza a lavagem da água pela Palavra de Deus (Ef 5.26).
4. Lavar as “mãos e os pés”, antes de entrarem no Santuário, significa o ato da purificação diária pela Palavra de Deus, contra as contaminações pelo contato com este mundo pecaminoso, pois o nosso andar cristão e o nosso serviço no Santuário devem ser santificados diariamente (Jo 13.10). Os aspectos importantes de viver diariamente em contato com a Palavra (a bacia) antes de entrar no santuário do Senhor:
• Obediência proposital – (Mt 7.24-27): É o resultado de quem experimentou o novo nascimento.
• Crescimento natural – (Ef 4.15): É o único meio para o crescimento espiritual.
• Santificação individual – (Sl 119.9): É a fonte e arma contra a natureza humana pecaminosa.
• Direção sobrenatural – (Sl 119.105): É para ter lugar na carreira espiritual do crente regenerado.
5. Na limpeza inicial da consagração dos sacerdotes, temos o significado da lavagem de regeneração que se realizou uma vez só, mas a purificação deve ser um processo contínuo e diário, sem o qual é impossível ter comunhão perfeita com Deus (Tt 3.5).
6. O modelo, o tamanho da Bacia de Bronze e como era transportada no deserto, não está revelado, indicando que Cristo e sua Palavra são imensuráveis, insondáveis, e assim também não conhecemos todo o poder santificador, purificador e regenerador da Palavra de Deus (Hb 1.3).
7. Passos para uma vida cristã abundante: primeiro, devemos passar pela remissão do sangue, logo, somos consagrados para Deus pela unção do Espírito e continuamente devemos passar pelo processo da purificação e santificação pela Palavra de Deus, para desempenharmos um ministério frutífero (1 Jo 5.7,8).
8. Assim como a bacia de bronze estava posicionada entre o altar de bronze (a Obra Expiatória do Calvário) e a Tenda do Encontro (O Ministério santo), a gloriosa Palavra de Deus deve estar no centro de nossas vidas e ter prioridade em nosso ministério (Sl 119.97,105).
9. A base ou suporte de bronze revela que o Senhor Jesus Cristo sustenta todas as coisas pela Palavra do seu poder. A Igreja deve estar fundamentada, solidificada, edificada sobre a Palavra imutável de Deus (Hb 1.3). Vejamos as bases da autoridade da Palavra de Deus:
• Foi inspirada por Deus – Possui peculiaridade indiscutível em seu caráter, de ser nada menos que o poderoso decreto real divino (2 Tm 3.16).
• Foi escrita por homens escolhidos por Deus – A mensagem que receberam e pregaram era inspirada por Deus por isso ela não falha é de Deus (2 Pd 1.20).
• Foi autenticada por Jesus Cristo – São trinta e cinco referencias nos quatro Evangelhos citadas por Jesus que registram seu testemunho (Lc 24.44).
10. A bacia de bronze (a Palavra de Deus) é tudo quanto diz ser: (1) Foi inspirada por Deus (2 Tm 3.16); (2) Está completa (Ap 22.18); (3) Contém a mente de Deus (2 Pe 1.21); (4) Revela o futuro (2 Pe 1.19) e (5) Deus vela por sua Palavra gloriosa para cumpri-la (Jr 1.12):
• É Poder Eterno (Sl 119.89).
• É Poder Salvador (1 Pe 4.17).
• É Poder Santificador (Jo 17.17).
• É Poder Revelador (Sl 119.130).
• É Arma Poderosa (Ef 6.17).
• É Poder Capacitador (Jo 4.6).
• É Fogo Purificador (Jr 23.29).
• É Martelo Esmiuçador (Jr 23.29).
11. O mistério como a bacia de bronze era levada pelo deserto, pois a Bíblia não menciona se por varas ou barras, significa que a Palavra de Deus só pode ser conduzida pelo próprio Deus autor e consumador desta Palavra eterna (Is 55.11)

12. A bacia de bronze era o único entre os outros móveis sagrados que quando em trânsito pelo deserto não era coberta, ou seja, a Palavra de Deus é a revelação do plano de salvação para todos aqueles que a lêem com o coração. Is 46.19)

Antonio Romero Filho

Editor e responsável pelo Portal Transcultural Christian News Brasil. Contatos pelo Email: [email protected].

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Plano de carreiras na igreja

“E ele mesmo chamou uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres.” Ef 4:11

Tradicionalmente, para que alguém seja consagrado ao pastoreio é necessário que passe por uma série de consagrações a diversos cargos e funções na Igreja, como se estivesse cumprindo um “plano de carreiras” eclesiástico, em que, a cada nova ascensão há uma promoção eclesiástica até que se atinja, via de regra, o cargo máximo na Igreja, ou seja, o de Pastor. Mas será que há respaldo bíblico para tal, ou esta é apenas mais uma criação humana que mistura o material com o espiritual em uma simbiose confusa e extra bíblica?

De início, façamos uma análise simples e direta do texto escrito pelo Apóstolo Paulo, em sua epístola à Igreja de Éfeso: “ele mesmo chamou uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres” Ef 4:11. Ora, a partir da análise desse texto, verifica-se que não se trata de uma gradação, ou mesmo de pré-requisitos para que se alcance determinado cargo ou função na Igreja. Aproveitemos para deixar as coisas mais claras: ao invés de “cargos” na Igreja, deveríamos falar mais de “chamado” por Deus para o desempenho de atividades delegadas por Ele no seu Corpo. Voltando ao ponto da gradação, se ela existisse nesse texto, então se deveria ser apóstolo antes de pastor? Ou pastor antes de mestre? Definitivamente, gradação não é o significado contido nesse versículo.

Se estamos falando de chamado, as coisas começam a tomar outra conotação. As escolhas passarão a ser mais espirituais, ou ao menos deveriam, onde Deus é quem escolhe e chama cada um para determinado propósito em Seu Corpo. Sendo o chamado de Deus algo certo, definido e pré-determinado pelo Senhor, não faz o menor sentido que alguém peregrine por uma “escada” eclesiástica para que, então, possa ser consagrado ao seu chamado. E o pior é que, muitas vezes, consagra-se alguém para uma função diante do Corpo de Cristo totalmente diferente de seu verdadeiro chamado!

Veja, e apenas para exemplificar, pastoreio tem como principais funções o cuidado de ovelhas, o apascentar ovelhas, a proteção e a direção de um grupo de pessoas colocadas por Deus aos seus cuidados, com base na Palavra e no amor. Já o evangelista tem como atividades principais a pregação do evangelho, o exercício de diversas atividades de evangelismo, sejam de rua, em Igrejas, nos lares, e em todo lugar e tempo. É como se o evangelista saísse a buscar ovelhas para o pastor cuidar e apascentar. É obvio que o evangelista também discipula pessoas, o que não se confundo com o chamado de pastor por parte de Deus. São duas atividades totalmente diferentes, porém complementares. Então, se o chamado de alguém é o pastoreio, por que ele deve primeiro ser consagrado como evangelista? Por que se deve consagrar alguém como evangelista apenas para se cumprir um “plano de carreiras” dentro da Igreja sem que essa seja a vontade de Deus? Por outro lado, por que consagrar alguém como pastor, se o seu chamado é para evangelista? O que falar então dos missionários e presbíteros?

Se o chamado é de Deus, não estaríamos, a partir de uma criação humana, “chamando” alguém para algo que o próprio Deus não chamou? E se Jesus é o Senhor da Igreja, por que nos achamos no direito de chamar alguém para o exercício de algo no Seu Corpo sem que essa seja a vontade do próprio Cristo? Complicado, não?

Outro mito vivido e instituído na Igreja é que há uma hierarquia entre pastores, evangelistas, mestres e profetas. Mais uma vez voltando à nossa baliza de fé (A Bíblia Sagrada), não é o que se vê no texto de Efésios supramencionado. O evangelista não é hierarquicamente inferior ao pastor, o pastor não é hierarquicamente inferior ao mestre, e o mestre não é hierarquicamente inferior ao evangelista. Essa hierarquia é mais uma criação humana. O que há, de fato, é a necessidade de submissão à liderança da Igreja pelo fato de Deus ter colocado tal liderança para cuidar do rebanho, mas não por causa da função eclesiástica em si. Naturalmente, a liderança da Igreja é de um pastor e, em alguns casos, de presbíteros ou missionários.

Veja o exemplo do Billy Graham, homem cheio do Espírito Santo que pregou para quase 200 milhões de pessoas, tinha a função eclesiástica de evangelista. Nunca se intitulou pastor, principalmente porque tinha plena convicção de seu chamado diante de Deus. Será que o fato de Billy Graham não ter sido consagrado ao pastoreio o faz hierarquicamente inferior ao pastor? Será que ele tinha menos unção da parte de Deus por causa disso? Afirmo veementemente que não! Repito, o evangelista e o pastor têm chamados específicos diante de Deus, e não faz nenhum desses melhor ou maior do que o outro. Na verdade, o tipo de hierarquia sobre a qual me refiro (fundada na vaidade e na opressão) é totalmente contrária aos ensinos de Jesus, haja vista que o próprio Mestre disse: o que quiser ser maior, que seja o menor.

Quando se tem uma pessoa cujo chamado é para evangelista, e se consagra ao pastoreio, está-se a extrapolar a vontade e o chamado de Deus, e vice-versa. Infelizmente, existe uma verdadeira “escada do poder” dentro das Igrejas, onde o plano de ascensão já se encontra previamente definido. Muitas vezes, tem-se até o tempo em que o candidato desempenhará tal e tal atividade, até que se chegue ao tão almejado pastoreio, muitas vezes, sem que o chamado de Deus seja esse.

Vejo duas causas para esse equívoco: (1) Falta de certeza diante de Deus, obtida por meio da oração, quanto ao seu chamado por parte do Senhor; e a (2) Instituição de “cargos” a serem obrigatoriamente cumpridos até que se chegue ao desempenho das atividades atinentes ao chamado de Deus.

Enfim, precisamos voltar às Escrituras Sagradas, não internalizando a estrutura hierarquizada e piramidal tão comum nas estruturas seculares. Precisamos entregar a Jesus, de forma verdadeira e sincera, o pleno senhorio da Igreja!

Que Jesus tenha misericórdia de nós!

Casado com Hellen Sousa e pai da princesa Acsa Sousa. Servidor Público Federal, graduado em Teologia e em Gestão Pública. Diácono e Líder do Ministério de Acolhimento da Igreja Batista Cristã de Brasília. Professor e Superintendente da Escola Bíblica Dominical (Ministrando aulas sobre a Epístola aos Romanos) e amante da apologética.” E-mail para contato e ministrações: [email protected]

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“Me resolvo com Deus”, diz Porchat sobre críticas ao especial de Natal da Netflix

Um abaixo assinado com mais de 1 milhão de assinaturas pede a retirada do vídeo da plataforma de streaming Netflix

Gregório Duvivier e Fábio Porchat. (Foto: Reprodução / Netflix)

Diante da polêmica envolvendo o “Especial de Natal” do Porta dos Fundos com a Netflix, o ator Fábio Porchat usou o Twitter para ironizar a revolta que o filme causou nos cristãos brasileiros.

“Gente, pode deixar que eu me resolvo com Deus, tá de boas, não precisa se preocupar não. Agora pode voltar a se indignar com a desigualdade que destrói nosso país. Mas tem que se indignar com o mesmo fervor, tá?”, tuitou.

O filme criticado fala de discípulos bêbados que não participam da última ceia por estarem de ressaca, outro fala de um triângulo amoroso entre José, Maria e Deus e outro onde Jesus, ao ser tentado no deserto, volta para casa namorando satanás.

Muitos pessoas estão reclamando da produção e cancelando suas assinaturas da Netflix. Além disso, um abaixo assinado na internet coletou mais de um milhão de assinaturas pedindo o impedimento do filme na plataforma.