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Bolsonaro cita Jesus ao celebrar a Páscoa no Palácio do Planalto

O presidente Jair Bolsonaro, acompanhado da primeira-dama Michelle Bolsonaro, assiste a apresentação de cantata de Páscoa.O presidente Jair Bolsonaro, acompanhado da primeira-dama Michelle Bolsonaro, assiste a apresentação de cantata de Páscoa.

O presidente Jair Bolsonaro exaltou a fé e a família em celebração da Páscoa realizada nesta quarta-feira (17) no Palácio do Planalto.

A “Cantata de Páscoa” foi marcada por momentos de louvor e citações da Bíblia por servidores públicos no salão nobre do Planalto.

“O momento é de reflexão, de paz e de cada um pensar o que Aquele, lá atrás, que o Pai nos enviou para nos salvar, representa para o coração de cada um”, disse Bolsonaro em um breve pronunciamento, referindo-se a Jesus Cristo.

O louvor ficou por conta da banda Arena Louvor, ligada à igreja evangélica Sara Nossa Terra, do bispo Robson Rodovalho. Entre uma música e outra, o ministro de louvor convidou as pessoas a ficarem de pé para “declarar que Jesus vive”.

O presidente aproveitou a celebração para destacar o casamento e a família.

“Longe às vezes de um homem durão que alguns pensam que eu sou, eu estou subordinado à senhora Michelle de Paula. Nós sequer podemos ser o que queremos ser se não tivermos uma companheira ao lado; e ela um companheiro. Nós nos complementamos e somos a base da sociedade, que é a família”.

“Que esses valores, tão bem encarnados pela nossa querida [ministra] Damares, voltem ao seio da sociedade: o respeito à família, pedir benção para os pais. Para quem for cristão, seguir a religião do seu pai, para quem for espírita, evangélico, para quem não tem religião. Mas que cada garoto se mire no seu pai e na sua mãe para ser melhor do que ele”, completou Bolsonaro.

Os ministros da Casa Civil, Secretaria Geral da Presidência, Cidadania, Direitos Humanos, Governo, Defesa, Economia, Educação, Minas e Energia, Ciência e Tecnologia, Turismo e o Advogado Geral da União também estiveram presentes no evento.

Momentos antes da celebração, Bolsonaro recebeu em encontro reservado alunos da escola Classe 1 da Estrutural no Distrito Federal, que também estiveram presentes na Cantata de Páscoa.

Fonte: Guia-me

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Descoberta evidência da rota usada por Moisés no Êxodo

Deserto do Egito. (Foto: Rabah al-Shammary / Unsplash)Deserto do Egito. (Foto: Rabah al-Shammary / Unsplash)

Os estudiosos da Bíblia da Fundação de Pesquisa Duvidante de Thomas (DTRF) acreditam que podem ter descoberto a rota que Moisés tomou quando liderou os Filhos de Israel da escravidão do Egito à Terra Prometida.

O grupo disse ao Daily Star Online que eles viajaram para a Arábia Saudita três vezes durante a pesquisa e encontraram evidências de que os israelitas viajaram pelo reino dos dias modernos para chegar a Israel.

O pesquisador do DTRF, Ryan Mauro, ainda está trabalhando nesta teoria, mas disse que a rota mais “plausível” é aquela em que os israelitas saíram do Egito pelo Cairo e cruzaram a Península do Sinai.

Ele acredita que eles entraram na antiga Midiã e pararam no Monte Sinai, que ele afirma ser o pico de Jabal al-Lawz no leste da Arábia Saudita.

“Depois de três viagens à Arábia Saudita, estou totalmente convencido de que os israelitas entraram na antiga terra de Midiã quando fugiram da escravidão no Egito”, disse ele ao Daily Star Online.

No ano passado, a organização lançou um documentário detalhando sua busca para encontrar o Monte Sinai na Arábia Saudita.

Mauro disse que ele e sua equipe descobriram várias evidências de que Jabal al-Lawz é onde o Monte Sinai estava localizado.

“O bezerro de ouro, a rocha dividida, o altar de Moisés, o local de travessia do Mar Vermelho; todas essas peças precisam se encaixar e se encaixam neste local de uma maneira que nenhum outro site faz”, disse ele.

O monte Sinai é tradicionalmente associado à península do Sinai, no Egito. O Mosteiro de Santa Catarina foi construído sobre o que se acredita ser o local onde Deus falou a Moisés na sarça ardente.

“Talvez esses (céticos) tenham duvidado do relato histórico da história do Êxodo por causa da falta de evidências no local tradicional de Santa Catarina, mas o que encontramos parece se encaixar nos relatos antigos”, disse Mauro sobre o Jabal al-Lawz.

Jabal al-Lawz foi previamente identificado como o possível local do Monte Sinai, mas os estudiosos duvidam dessa teoria.

“Não há evidências históricas, geográficas, arqueológicas ou bíblicas confiáveis ​​para a tese de que o Monte Sinai está em Jabal al-Lawz na Arábia Saudita”, disse o pesquisador criacionista Gordon Franz.

Mauro também disse ao Daily Star Online que há evidências de que Moisés dividiu o mar no Golfo de Aqaba na moderna praia de Nuweiba. Lá, a travessia teria apenas oito milhas de largura e uma profundidade de apenas 33 metros (108 pés).

“Vai levar algum tempo para trazer essa teoria alternativa para a historiografia tradicional, mas acredito que nosso trabalho vai mudar seriamente a paisagem sobre esse assunto”, disse Mauro.

Os estudiosos do mainstream duvidam seriamente da historicidade dos eventos registrados em Êxodo devido à falta de evidências arqueológicas.

Mauro os encoraja a ter uma mente aberta.

“Basicamente diria a alguém que é (cético) sobre o Êxodo para manter uma mente aberta sobre o assunto”, disse ele. “Esses eventos realmente aconteceram. Não é necessário acreditar em uma dessas religiões para aceitar as provas.”

Mauro disse que sua equipe está atualmente tentando montar uma estrutura exata de cronograma e mapa para o Exodus com base em suas descobertas.

“O que eu encontrei lá foi simplesmente alucinante. Eu não pude acreditar que havia toda essa evidência para o Êxodo e dificilmente alguém fora desta região estava ciente disso.”

Fonte: Guia-me

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Jesus Cristo, o nosso “samaritano”

Os homens do hoje estão feridos e quase moribundos à beira da estrada da vida, tal qual como aquele pobre homem, enquanto a religião passa tantas vezes ao largo.
O Bom Samaritano

O Bom Samaritano. (Foto: JW.org)

Nos dias de Jesus os 24 quilômetros de viagem que separavam Jerusalém de Jericó eram perigosos. A estrada situava-se num vale rochoso frequentado por salteadores que atacavam as suas vítimas com extrema violência, deixando-as para trás agonizantes ou mortas. Normalmente os religiosos do templo eram poupados, tanto sacerdotes como levitas, mas a estrada ganhou fama como Adumim (“Vale do Sangue” ou “Passagem do Sangue”), devido às suas muitas curvas e aos rochedos que facilitavam as emboscadas.

Josefo – o historiador de origem judaica ao serviço dos romanos – chega a relatar que, um pouco antes de Jesus contar a suposta parábola do Bom Samaritano, Herodes havia demitido milhares de trabalhadores do templo de Jerusalém, pelo que muitos deles caíram na marginalidade e tornaram-se então salteadores nas estradas, fazendo disso modo de vida. 

Todos conhecemos esta estória, mas importa sublinhar alguns pontos. O judeu (provavelmente um mercador) saiu de Jerusalém (“morada da paz”) para Jericó (“cidade da maldição”), uma imagem da nossa jornada terrena. Roubaram-lhe tudo (dinheiro, bens e parece que até mesmo as vestes) e deixaram-no ferido para morrer. Através da leitura atenta do texto do Evangelho de Lucas (10:25-37) ficamos a compreender que tanto o sacerdote como o levita tinham motivos culturais, políticos e religiosos para passarem de largo. Desde logo devido ao histórico da divisão do reino e a consequente inimizade latente entre judeus e samaritanos.

Para os judeus os samaritanos começaram a perder a “pureza da raça” casando-se com gentios, como no caso paradigmático do rei Acabe que foi buscar uma noiva fenícia, filha de Etbaal, rei dos Sidônios, a perversa Jezabel (“Baal exalta” ou “Baal é marido de”), com o objectivo de estabelecer uma aliança que contribuísse para fortalecer as relações entre os reinos de Israel e da Fenícia.

Como se isso não bastasse, e uma vez que os samaritanos estavam limitados no acesso a Jerusalém, a capital do reino de Judá, Samaria começou a adorar Deus de forma estranha, no Monte Gerizim, próximo da cidade, e por vezes com recurso a totens, à semelhança do paganismo cananita. Os samaritanos, apenas reconheciam ao Pentateuco legitimidade de escritura hebraica canónica, rejeitando os escritos proféticos. Chegaram mesmo a erigir um aí um templo, de modo a competir com o de Jerusalém, e mais tarde dedicaram-no a Zeus. A sua religião era uma mistura de judaísmo e idolatria pagã.

Mas a dificuldade principal estava na própria lei de Moisés, que prescrevia claramente que qualquer sacerdote ou levita que tocasse num homem ensanguentado ficaria de quarentena, sem poder oficiar no templo. Ora, os religiosos deste episódio não terão aceitado correr tal risco.

Acresce que o Samaritano da estória também tinha motivos culturais, políticos e religiosos fortes para não socorrer o ferido. Não apenas porque os judeus se achavam superiores aos samaritanos, por isso evitavam falar-lhes e até faziam chacota deles.

Mas se formos a ver, também o estalajadeiro tinha os seus motivos, neste caso econômicos, para se recusar a receber o ferido e a cuidar dele, pelo simples facto de não possuir qualquer garantia concreta de vir a ser ressarcido das despesas que fossem para lá do valor inicial depositado pelo samaritano. Apenas a sua palavra.

O que fez a diferença foi o exercício de misericórdia (“Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira” Lucas 10:36,37). Deus não está à espera que os preceitos religiosos substituam a misericórdia: “Porque eu quero a misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos” (Oseias 6:6). Os ouvintes do Mestre de Nazaré precisavam de tomar consciência de que o espírito da lei é tão ou mais importante do que a letra da lei. E é por isso que esta parábola constitui uma dura crítica à hipocrisia religiosa reinante.

Jesus fez-se “samaritano” por nós, cumprindo o papel do bom samaritano na história da Salvação. Os homens do hoje estão feridos e quase moribundos à beira da estrada da vida, tal qual como aquele pobre homem, enquanto a religião passa tantas vezes ao largo. O ferido era “um certo homem”, um homem sem nome porque representa todas as pessoas. Por outro lado, a compaixão deve ser aplicada a todos sem excepção, sem olhar a identificações religiosas ou simpatias culturais. Como é bom de ver judeus e samaritanos não se consideravam próximos

Se Jesus se prestou a assumir o lugar do samaritano, porque não somos nós capazes de considerar qualquer pessoa como o nosso próximo? O nosso próximo é todo aquele de quem nos aproximamos de coração, com misericórdia, independentemente de ser diferentes de nós. Ou de pensarmos que é diferente.