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Muçulmanos são vítimas nova arma na Indonésia

LIVRO BOMBA

 

A polícia da Indonésia anunciou nesta sexta-feira que espera localizar mais livros-bomba como os enviados nos últimos dias a muçulmanos moderados.

A última bomba escondida em um livro foi detectada na quinta-feira em Jacarta, na residência de Ahmad Dhani, artista famoso pelas canções nas quais se posiciona contra o extremismo religioso.

"Estamos vigilantes", disse o porta-voz da polícia da capital do país, Baharudin Djafar.

Na terça-feira, a polícia neutralizou outras bombas parecidas. Uma delas feriu quatro pessoas.

Um livro-bomba foi enviada a Ulil Abshar Abdallah, um muçulmano liberal conhecido pelas opiniões favoráveis ao pluralismo e à tolerância religiosa.

A Indonésia tem 240 milhões de habitantes, em sua maioria muçulmanos, e foi abalada nos últimos anos por uma série de ataques executados pela rede terrorista Jemaah Islamiya, incluindo o de de Bali, que matou 202 pessoas em 2002.

Data: 18/3/2011 08:35:53
Fonte: AFP

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Condenadas à morte eterna

 

Iranianas acusadas de crimes vagos são presas e, quando chamadas para execução, são estupradas antes para que percam o direito a entrar no céu por não morrerem virgens, diz ex-espião da CIA

13 de março de 2011 | 0h 15

Fonte: oestadao.com.br

Reza Kahlili, Christian Science Monitor – O Estado de S.Paulo

Em 20 de junho de 2009, uma bela jovem estava parada em Teerã, observando suas companheiras iranianas que estavam nas ruas exigindo liberdade e protestando com as fraudadas eleições presidenciais. Neda Agha Soltan olhava, talvez com descrédito, achando que mais uma vez os fanáticos líderes do regime islâmico roubavam a esperança da sua geração de um país com mais democracia, dignidade humana e igualdade.

Então ocorreu um fato chocante, chamando a atenção do mundo para a crueldade dos líderes iranianos contra a população. Um membro das forças Basij atirou em Neda e a matou. Ao cair, quando seus belos olhos viram o céu pela última vez, Neda (que significa "mensagem divina" em farsi) se tornou a face inesquecível do povo iraniano. Sua morte converteu-se no símbolo de uma nação cuja busca por justiça e liberdade já custou dezenas de milhares de vidas.

Quando o mundo comemora o Dia Internacional da Mulher, homenageando as que tornaram o mundo um lugar melhor, é fundamental nos lembrarmos das mulheres iranianas inocentes e tudo que elas perderam nas mãos de um regime sanguinário.

Desde a Revolução Islâmica do Irã, em 1979, as mulheres são submetidas às mais cruéis punições. O aiatolá Khomeini, líder supremo da revolução, prometera dar às mulheres liberdade para escolher suas roupas, atividades e modo de vida. Mas uma das primeiras ordens do governo islâmico foi obrigá-las a usar o hijab (véu islâmico), cobrindo cabelos e corpo. A maquiagem foi proibida e elas não podiam ser vistas ao lado de outra pessoa que não maridos ou parentes. Qualquer mulher surpreendida desobedecendo a lei podia ser açoitada e presa.

Os clérigos no poder se dizem representantes de Deus na terra, e quem se opuser a eles é considerado inimigo de Deus – e contra estes o Alcorão autoriza a tortura e a morte. O regime islâmico leva a regra ao mais atroz limite. Milhares de jovens inocentes têm sido levadas para a prisão pelas razões mais superficiais. Ficam confinadas em pequenas celas, às vezes com 30 outras. Como espião da CIA no Irã, presenciei isso.

De tempos em tempos, os guardas chamam nomes pelo alto-falante. As mulheres sabem o que significa. Elas se dão as mãos e rezam para que aquele não seja o dia em que serão executadas. Aquelas cujos nomes não foram chamados para execução são enfileiradas e açoitadas. Muitas desmaiam com as chicotadas e nunca sabem o que os guardas fazem com seus corpos inconscientes.

As que serão executadas são estupradas antes, de modo que, não sendo mais virgens, não poderão ir para o céu, segundo a dura crença islâmica. Nos seus dias finais, são submetidas a abusos inimagináveis.

As mulheres que obedecem completamente às regras impostas pelos clérigos não estão imunes a sua crueldade. Muitas delas – algumas jovens de 15 anos – foram mortas por apedrejamento sob falsas acusações de adultério. Os líderes islâmicos do Irã afirmam orgulhosamente que essa punição terrível e desumana faz parte da sua Constituição e é coerente com a implementação da sharia sagrada (lei islâmica).

Apesar dessas atrocidades, o Irã recentemente passou a integrar a Comissão das Nações Unidas sobre a Condição da Mulher! Enquanto isso, o Ocidente tem feito pouco em defesa dos direitos das mulheres no Irã, ou apoiado aquelas que bravamente exigem liberdade.

Em 2009, o Movimento Verde irritou o governo com seus apelos por democracia, mas o Ocidente não ofereceu nenhuma ajuda de fato e a movimentação perdeu força em meio a uma brutal repressão. Hoje, inspirados pelas revoltas que ocorrem no Oriente Médio, os iranianos – incluindo muitas mulheres que planejaram uma manifestação de protesto no dia 8 de março, tentam mais uma vez fazer frente aos dirigentes islâmicos.

A maneira como o Ocidente reagirá será uma das mais importantes decisões do nosso tempo. Apoiaremos o retorno da democracia e da liberdade ao Irã? Ou sucumbiremos ao governo assassino de Teerã porque o Ocidente evitará comprometer-se com algo incerto? A população iraniana está desesperada por um sinal de apoio. Se ficarmos a seu lado, estaremos assumindo uma posição firme em favor da segurança do mundo livre.

Hoje, centenas de militantes dos direitos humanos e políticos e milhares de jovens iranianas corajosas, que se juntaram aos camaradas homens para rejeitar a brutalidade e exigir liberdade, estão na prisão – indefesas, mas com esperança de que a mudança é possível. Não devemos permitir que a morte de Neda e de outras tenha sido em vão. Vamos nos reunir no Dia Internacional da Mulher para pedir justiça, igualdade e liberdade para todas as iranianas. / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO

REZA KAHLILI É PSEUDÔNIMO DE UM EX-ESPIÃO DA CIA. ELE É AUTOR DO LIVRO A TIME TO BETRAY, EM QUE NARRA SUA VIDA COMO AGENTE DUPLO NA GUARDA REVOLUCIONÁRIA DO IRÃ

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Único ministro governamental cristão do Paquistão é morto a tiros por extremistas islâmicos

 

Matthew Cullinan Hoffman

ISLAMABAD, Paquistão, 2 de março de 2011 (Notícias Pró-Família) — O único ministro governamental cristão do Paquistão, Shahbaz Bhatti, foi morto a tiros por extremistas muçulmanos em aparente retaliação por se opor à “lei anti-blasfêmia” do país, de acordo com reportagens da mídia internacional.

Shabaz Bhatti foi assassinado a tiros em seu carro por suas convicções cristãs.

Bhatti, que era o ministro das Minorias, estava dirigindo seu carro para trabalhar na capital de Islamabad hoje quando um homem armado deu uma rajada de balas no carro dele, matando-o. No local, foram deixados folhetos avisando outros que o mesmo destino os aguardaria se eles se opusessem à lei anti-blasfêmia, uma lei que os críticos dizem é usada para perseguir minorias religiosas. Em sua reportagem, a Reuters disse que o Talibã do Paquistão assumiu responsabilidade pelo assassinato.

O assassinato de Bhatti ocorre depois do assassinato em janeiro de Salman Taseer, o governador do estado do Punjab, também cometido por militantes islâmicos, e também por condenar a lei anti-blasfêmia do país. No clima de medo depois do assassinato, Bhatti era o único dos poucos ministros governamentais que havia publicamente condenado o assassinato de Taseer. Depois do assassinato de Taseer, o presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, recuou em seus planos para reformar a lei anti-blasfêmia.

Numa gravação de vídeo de uma entrevista divulgada pelo jornal Telegraph, Bhatti disse que havia sido ameaçado pelo Talibã e outros extremistas islâmicos, mas disse que estava pronto para morrer para proteger os direitos dos cristãos. “Estou seguindo a cruz, e estou pronto para morrer por uma causa. Estou vivendo por minha comunidade e povo que sofre, e eu morrerei para defender os direitos deles”, disse ele.

A controvérsia sobre a lei anti-blasfêmia foi provocada pela recente condenação de Asia Bibi, uma mulher cristã que foi acusada de blasfêmia depois de defender suas convicções religiosas contra os insultos de várias mulheres em sua vila de maioria muçulmana. A condenação dela provocou uma indignação internacional e levou a reivindicações para que se revogasse ou reformasse a lei.

O assassinato de Bhatti é o terceiro assassinato de uma importante personalidade política cometido por extremistas islâmicos em anos recentes. O primeiro foi Benazir Bhutto, líder do governista Partido do Povo, em 2007.