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Papa é criticado e elogiado por batizar filho de pais solteiros, e incentivar amamentação na cerimônia

O líder da Igreja Católica promoveu um batizado de 32 bebês neste último fim de semana

Por Luciano Portela | Repórter do The Christian Post
 

O Papa Francisco foi criticado e elogiado ao mesmo tempo, por ter tomado a iniciativa de batizar uma criança filha de um casal visto como “solteiro” pela Igreja Católica, além de incentivar a amamentação dentro da Capela Sistina, no Palácio Apostólico do Vaticano.

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    (Foto: Reuters/Alessandro Bianchi)
    Papa Francisco é o líder católico desde início de 2013, sucedendo Bento XVI.

O líder da Igreja Católica promoveu um batizado de 32 bebês neste último fim de semana, e entre eles havia a pequena Giulia Scardia, de apenas sete meses de idade, filha de uma relação registrada apenas em cartório, de acordo com a agência de notícias Reuters.

O casal de pais concebeu seu matrimônio apenas por meio de um serviço público de uma prefeitura na Itália, e este tipo de casamento, longe do culto da igreja, não é validado pelo catolicismo. No entanto, o papa ressaltou que a filha não deveria ser colocada em uma segunda classe de fiéis por conta disso.

  • Para justificar sua situação com o marido, Nicoletta, a mãe de Giulia, afirmou que ela não se casou na igreja pelo fato do casal não ter se unido de forma muito rápida, sem “tempo hábil para organizar uma cerimônia na igreja”, relatou ela ao jornal italiano Corriere della Sera.

A decisão do papa criou uma enorme controvérsia entre os críticos, que se opuseram com opiniões que por um lado defendem o direito de uma criança ser recebida com o sacramento do batismo independente dos pais, e outro lado que questiona uma possível quebra da unidade familiar.

Para completar, o Papa Francisco também causou alvoroço ao convidar as mães a amamentarem seus filhos durante a cerimônia do batismo, ao percebe que as crianças poderiam estar com fome e não haveria razão para não alimentá-los.

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“Hoje o coro irá cantar, com o coro das crianças que vão fazer muito barulho. Alguns vão chorar, pois elas não se sentem confortáveis por estarem com fome. Mas se estiverem com fome, mães, os alimente, sem pensar duas vezes. Pois são as pessoas mais importantes aqui”, afirmou o pontífice.

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“Amor cristão não é igual ao das novelas”, diz Papa Francisco

O líder católico ensina seus fiéis a exercerem o amor verdadeiro, através de caridade

por Leiliane Roberta Lopes-gospelprime

 

“Amor cristão não é igual ao das novelas”, diz Papa Francisco
“Amor cristão não é igual ao das novelas”, diz Papa Francisco

O Papa Francisco ministrou na quinta-feira (9), na casa de Santa Maria, no Vaticano, um sermão a respeito do amor de Deus diferenciando-o do amor mostrado nas telenovelas.

“Jesus, quando fala de amor, fala de coisas concretas: dar de comer aos que têm fome, visitar os doentes e tantas outras coisas concretas”, afirmou.

Em sua explicação sobre o tema, Francisco afirmou que sem essas coisas concretas o cristianismo é só uma ilusão, pois o centro da mensagem de Cristo é o amor ao próximo.

Ensinando os fiéis a exercerem o amor verdadeiro, o líder da Igreja Católica ensinou duas formas para atingir esse sentimento: “O primeiro é amar com as ações, e não com as palavras. As palavras são levadas pelo vento! Hoje estão, amanhã não estão”.

Já a segunda forma é não ser egoísta. “Quem ama dá coisas, dá a vida, dá a si mesmo a Deus e aos outros. Ao contrário, quem não ama, quem é egoísta, sempre procura receber, sempre busca ter coisas, levar vantagem”.

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Pontífice prega uma coisa e fez outra, afirma desafeto do papa

05/12/2013 – 03h22

folha online

PEDRO IVO TOMÉ
DE SÃO PAULO

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“O cão.” Esse é o apelido do jornalista e colunista político argentino Horacio Verbitsky, 71, conhecido pela investigação sobre a ditadura militar em seu país (1976-83).

Na semana passada, o jornalista veio a São Paulo para participar de uma audiência da Comissão da Verdade.

Verbitsky também é autor de “O silêncio”, no qual afirma que o jesuíta Jorge Mario Bergoglio, hoje papa Francisco, foi cúmplice da ditadura argentina ao denunciar sacerdotes aos militares.

O papa e mesmo alguns ativistas de direitos humanos negam a acusação. À Folha o jornalista fez uma análise das propostas de mudança na igreja feitas pelo papa e questiona se serão profundas ou apenas “cosméticas”.

“No discurso de Bergoglio, tudo é maravilhoso e eu aplaudo com entusiasmo. Mas há uma contradição entre o que ele fez na Argentina e o que ele diz estar planejando hoje para a igreja”, afirma.

Para Verbitsky, há apenas uma mudança de tom nos discursos do principal representante da igreja, mas não uma pretensão real de alteração em seus fundamentos.

“No tema da abertura aos homossexuais, a doutrina da igreja é muito clara a respeito: há de ser compreensiva com os que buscam se aproximar de Deus. Mas, nos termos da igreja, isso significa deixar de ser homossexual.”

Quando se discutiu na Argentina a lei que permite aos homossexuais casar e adotar filhos, Bergoglio encabeçou a oposição à lei e escreveu uma carta a uma congregação religiosa instando-a a resistir, afirmando que essa lei era “parte do plano do diabo para destruir a igreja.”

No mês passado, o papa divulgou um documento escrito só por ele. “Não há mudança de doutrina. A posição da Igreja não muda a respeito do aborto e do celibato sacerdotal”, diz o jornalista, que também questiona a posição de Bergoglio nos casos de pedofilia envolvendo sacerdotes.

“Na Argentina, há o caso do sacerdote Julio César Grassi, condenado a 15 anos de prisão por pedofilia e preso em setembro. Bergoglio o defendeu permanentemente e contratou um dos juristas mais renomados do país para defendê-lo. Até agora, Grassi, mesmo preso, não perdeu o estado sacerdotal.”

Apoiador dos governos de Néstor Kirchner (2003-07) e de Cristina, atual presidente argentina, o jornalista diz acreditar que as políticas de combate à pobreza dos dois “implicaram no mesmo fenômeno de luta contra pobreza que o de Lula no Brasil”.

“Bergoglio questionava essas políticas, dizendo que eram clientelistas, questionava os modos autoritários de [Néstor] Kirchner, quando ele, Bergoglio, sempre foi autoritário em toda sua vida.”