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Baby do Brasil diz que “Deus não é careta” e crava: “O sangue de Jesus apaga pecados”

Publicado por Tiago Chagas – gnoticias.com.br – em 1 de junho de 2015

Baby do Brasil diz que “Deus não é careta” e crava: “O sangue de Jesus apaga pecados”A pastora e cantora Baby do Brasil, que esteve no centro de uma grande polêmica ao retomar sua carreira secular ao lado do filho, o guitarrista Pedro Baby, afirmou que não acredita que Deus seja “careta” e que não se vê negando a fé ao interpretar novamente suas músicas antigas.

“Se você olhar todas as minhas músicas, desde ‘Cósmica’, ‘Telúrica’, vai ver que meu lado espiritual sempre foi muito forte. Eu dei bandeira a vida inteira. Por exemplo, no verso de ‘Telúrica’ ‘Penso em Ti no meu agir’, esse ‘Ti’ aí é o Senhor, todo o mundo sabe disso. A minha parte do gospel está totalmente dentro da secular. Na verdade, dá para ver meu repertório inteiro como gospel”, afirmou a “popstora”.

Em uma entrevista concedida ao portal Uol, Baby afirma que o que ela é por fora não interfere no que ela acredita: “Quando conheci as coisas do evangelho e fui estudar as Escrituras, comecei a me concentrar nos princípios. E eu entendi que, estando alinhado com os princípios, posso preservar o que eu sou. Meu cabelo colorido, meus balangandãs, meu jeito de ser louca. Isso tudo poderia existir sem estar ferindo nada”, argumentou.

Segundo Baby do Brasil, ela continua frequentando a igreja da qual é membro e concilia sua agenda com os cultos: “Eu congrego. Eu estou junta. Eu faço louvor. Grito, choro, subo monte. Faço jejum. Eu guerreio nas madrugadas. Eu sei que há uma caixa de demônios que só sai por meio da oração. Então eu digo: ‘vai saindo de um em um, para não congestionar!’”, disse, dando mostras de seu icônico humor.

Usando uma retórica muito peculiar a ela mesma, Baby afirmou que religiosidade é caretice, e Deus não se encaixaria nesse perfil: “Não é possível o cara que inventou tudo, que inventou as flores, seja careta. Minha busca não é religiosa. Deus, para mim, não é algo ‘religioso’. Eu estou mais para uma coisa ‘natural’ do algo que seja tão devocional, a ponto de transformar tudo em altares”, disse, sugerindo que a adoração seja uma expressão de vida.

A “popstora” reconhece que tem um passado que precisava ser abandonado, mas enfatiza que o Plano da Salvação resolveu todas as pendências: “Mesmo que eu tivesse tido altas transgressões no passado, sejam elas na área sexual, na área da droga, ou no caráter, no momento em que você muda e entra debaixo desse sangue de Jesus naquela cruz, tudo é apagado. Você nasce de novo”, argumentou.

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Igreja Metodista Unida discutirá fim da proibição à prática homossexual entre seus membros

Publicado por Tiago Chagas-gnoticias.com.br- em 27 de maio de 2015

Igreja Metodista Unida discutirá fim da proibição à prática homossexual entre seus membrosA Igreja Metodista Unida nos Estados Unidos começou a discutir uma proposta que prevê a exclusão da homossexualidade do livro de disciplina da denominação. Na prática, os líderes estão debatendo se aceitam ou não a prática homossexual entre os membros.

Uma reunião da Mesa Conexional aprovou, por 26 votos a 10 a proposta de discutir o tema daqui a um ano durante a Conferência Geral da Igreja Metodista Unida. A ideia é retirar a homossexualidade e o casamento entre pessoas do mesmo sexo da lista de coisas proibidas que estão previstas no Livro Metodista Unido de Disciplina.

Se durante a discussão do tema, em 2016, a proposta for aprovada, os pastores e bispos da denominação poderão realizar cerimônias de casamento entre pessoas do mesmo sexo.

O grupo que forma a Mesa Conexional teve, segundo o bispo Bruce R. Ough, um “debate muito sério, respeitoso e sincero, com o fervente desejo de discernir a vontade de Deus”.

As críticas à postura da denominação histórica não custaram a surgir. Assim como no caso da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (PCUSA), que recentemente aprovou o casamento gay entre os membros, a posição da Igreja Metodista Unida foi duramente repudiada por formadores de opinião norte-americanos.

“Se vamos tolerar a prática homossexual, o que nos impede de permitir os pastores cometerem adultério sem censura? Porque não deixar os foliões, bêbados, tirem as crianças da igreja? Porque não dar aos ladrões gananciosos e aos criminosos a responsabilidade de financiar a igreja?”, questionou Jennifer LeClaire, editora do portal Charisma News.

Segundo LeClaire, a igreja tem obrigação de ensinar as “diferenças entre o santo e o profano”, e não criar uma lista de coisas profanas que são toleráveis.

Citando I Coríntios 6:9 e 10, a jornalista concluiu sua crítica à decisão: “’Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus’. O ponto é que a prática da homossexualidade não é o único pecado que a Bíblia denuncia neste versículo, como a tensão que provocam os ativistas que defendem os direitos dos homossexuais. Então porque a prática pecaminosa da homossexualidade agora está recebendo uma proteção especial?”, questionou.

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Jornalista homossexual vai à Igreja Universal atrás da cura gay: “Me senti um peixe na chapa quente”

 Publicado por Tiago Chagas – gnoticias.com.br – em 20 de maio de 2015
Jornalista homossexual vai à Igreja Universal atrás da cura gay: “Me senti um peixe na chapa quente”A chamada “cura gay” envolve polêmicas de todos os lados. Para quem é homossexual, o termo pode sugerir que existam pessoas que acreditam que são doentes. Para quem não é, o termo soa um menosprezo à inteligência alheia, pois sugere que aqueles que não concordam com a homossexualidade, assim pensam porque acreditam que é uma doença.

O jornalista Felippe Canale, do site Vice (voltado ao público gay) escreveu uma matéria sobre a chamada “cura gay”, e como forma de entender o que acontece nas igrejas neopentecostais, foi a uma reunião da Igreja Universal do Reino de Deus.

“Resolvi ir […] e averiguar se existe mesmo uma cura e quanto ela custa. Confesso que fiquei meio apreensivo. Eu já fiz matérias em que abordei prostitutas, garotos de programa e moradores de rua, mas nunca havia ficado tão tenso quanto naquela visita à igreja. Acabei bebendo umas doses de whisky para tentar relaxar”, escreveu Canale.

Ao chegar à igreja, disse ter pedido “proteção ao meu deus” e tentado entrar de maneira discreta: “As minhas tatuagens nos braços e na nuca, ou talvez o meu cabelo moicano, chamaram a atenção dos fiéis e, ao invés de me sentir um peixe fora d’água, me senti um peixe na chapa quente, sendo fritado por olhares que me diziam que eu não pertencia àquele lugar. Me sentei em uma fileira da frente, pois queria ser visto e poder avaliar melhor como as coisas funcionavam ali”, relatou.

A estratégia do jornalista era obter uma impressão mais próxima da realidade, sem se apresentar como repórter: “Eu estava decidido a falar com o pastor após o culto, só não sabia direito como faria isso sem que ele percebesse que eu estava ali em busca de uma reportagem”, contou. A oportunidade, segundo ele, surgiu no momento em que o pastor começou a pedir contribuições.

“Peguei a fila indiana que se formou e abri a carteira enquanto andava junto com outras pessoas. Só então percebi que tinha apenas uma nota de R$ 50,00 e mais nada. ‘Como sou estúpido’, pensei. Mas já era tarde, fiquei constrangido de voltar ao meu lugar sem mostrar o valor da minha fé. Ao colocar a nota em cima da Bíblia me senti um pouco mal, mas fui incentivado pelo pastor, que me olhou com um sorriso largo e fez um sinal de que queria falar comigo após o culto. Bingo! Consegui chamar a sua atenção sem precisar abordá-lo. De estúpido passei a me sentir sortudo! Pelo que vi, a maior contribuição do dia havia sido a minha e talvez isso tenha chamado a atenção dele”, afirmou o jornalista.

Na sequência da reportagem, Felippe Canale reproduz um diálogo em que ele finge intenções e o pastor, de acordo com a doutrina que prega, sugere ações:

“Após o culto e com a igreja quase vazia, eu subi no palco e recebi um aperto de mão acompanhado de uma voz suave:

– Você está aflito, não é mesmo? Eu percebi assim que você entrou por aquela porta. Como Jesus pode lhe ajudar?

– Padre, eu vim aqui…

– Não sou padre, sou pastor!

– Desculpe, é a primeira vez que eu venho e não sei direito…

– Não tem problema, estou aqui como um instrumento de Deus. Pelo seu hálito eu vejo que você tem problemas com o álcool, certo?

– Não, não tenho… Quer dizer, eu bebi um pouco antes de vir para cá, eu estava meio tenso.

– Fique tranquilo! Para tudo há uma solução e isso só depende da sua fé. Pode abrir o coração e dizer o que te aflige.

– Bom, eu vou ser direto. Eu tenho uma namorada, mas às vezes eu pratico a homossexualidade. E isso não deixa o meu pai feliz. Ele está muito doente, à beira da morte já, mas eu quero que ele morra sentindo orgulho de mim. Por isso eu procurei vocês. Eu tenho um irmão que usava cocaína e só conseguiu se curar na igreja. E eu acredito que Deus possa me curar também.

– O seu irmão frequenta a Universal de qual cidade? Você sabe o nome do pastor?

– Não sei o nome do pastor, mas sei que é no interior de São Paulo, ele mora lá. Posso perguntar pra ele…

– Entendo. Bom, você veio ao lugar certo. O homossexualismo é condenado pela Bíblia e não é um comportamento digno de quem tem Jesus no coração. Às vezes o diabo vem na forma de um amigo que te leva para o mau caminho, aí você se sente culpado e desconta no álcool. Mas se você realmente está disposto a entregar a sua vida para Jesus…

– Eu estou sim, vou fazer tudo que for necessário. Eu só preciso saber se realmente é possível deixar de ser gay. O senhor conhece alguém que já tenha se curado?

– Ninguém nasce gay, a pessoa passa a ser gay quando o diabo encosta na vida dela. Ser gay é anormal, ninguém é feliz dessa forma, porque sempre há o sentimento de culpa. Se fosse algo normal, todo mundo seria gay e não haveria mais famílias. É exatamente por isso que você se sente tão culpado, bebe e tem nojo do seu comportamento. Estou certo?

– Sim.

– Eu vejo nos seus olhos que você tem fé e Jesus vai tocar o seu coração através da oração que vou fazer para você. Se levante, por favor.

Foi aí que o pastor colocou as duas mãos na minha cabeça e começou a mexê-la de um lado para o outro, me causando um pouco de tontura. Fiquei meio constrangido, pois ainda havia algumas pessoas na igreja e ele gritava enquanto orava: ‘Jesus tem poder, Jesus é mais forte e eu ordeno que o diabo saia do seu corpo. Queima, capeta! Queima, pomba-gira! Queima, Iemanjá! Queima, demônio do homossexualismo! Esta alma é de Jesus e você não pode nada contra nós!’ […] Senti vontade de chorar, tanto que fiz isso na frente do pastor e de quem estava em volta. Ele perguntou se eu me sentia melhor após a oração e eu falei que sim, inclusive, que estava chorando de felicidade e alívio”, relatou o repórter.

Talvez esse diálogo explique porque a sociedade construiu o estereótipo de que acreditar que a homossexualidade é pecado seja o mesmo que odiar o homossexual. Talvez seja necessário um ajuste do discurso e da prática àquilo que o Evangelho sugere, de verdade.