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Líder de seita polígama é condenado por relações com menores de idade

 

Tribunal no Texas decidiu que Warren Jeffs passará resto da vida na prisão.
Homem tinha mais de dez jovens ‘esposas’, de até 12 anos de idade.

Do G1, com AP

 

O líder de uma seita originária do Mormonismo que prega a poligamia foi condenado nesta terça-feira (9) à prisão perpétua por um tribunal em San Angelo, no estado americano do Texas. A corte o considerou culpado de abusar sexualmente de uma adolescente que seria uma de suas "esposas" espirituais.

Warren Jeffs chega à corte nesta terça (9) (Foto: AP)Warren Jeffs chega à corte em San Angelo, no
Texas, nesta terça (9) (Foto: AP)

Warren Jeffs, de 55 anos, era líder da Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Últimos Dias, e também recebeu uma sentença de 20 anos na cadeia por abusar de uma jovem de 15 anos.

A seita tem origem na fé mórmon e acredita que a poligamia é exaltada no pós-vida. Ela tem mais de 10 mil seguidores, que acreditam que Jeffs é o porta-voz de Deus na Terra.

Os promotores fizeram o pedido da pena de prisão perpétua depois de apresentarem provas duras e, por vezes, gráficas de que o homem abusava das jovens, negando o argumento usado por Jeffs de que era vítima de perseguição religiosa.

Exames de DNA provaram que ele engravidou uma menina de 15 anos. Uma gravação em áudio também foi apresentada como evidência, explicitando o que seria o homem abusando sexualmente de uma garota de 12 anos de idade.

Outra gravação foi apresentada como prova no processo, na qual o homem é ouvido ensinando pelo menos 12 de suas jovens esposas a agradá-lo sexualmente – e assim, segundo ele, agradar a Deus.

Se o mundo soubesse o que estou fazendo, eles me pendurariam enforcado na árvore mais alta"

Warren Jeffs, em texto usado como prova

Já um caderno de anotações mostrado pelos promotores dizia: "Se o mundo soubesse o que estou fazendo, eles me pendurariam enforcado na árvore mais alta".

O promotor Eric Nichols fez referência ao texto em sua fala de encerramento. "Não, sr. Jeffs, ao contrário do que você escreveu nas suas anotações doutrinárias… Nós não enforcamos mais os criminosos nas árvores mais altas. Nem mesmo molestadores de crianças", afirmou.

Durante o processo, Jeffs chegou a negar seu direito a um advogado e exercer sua própria defesa. Nesta terça, ele abriu mão de fazer uma declaração final quando foi questionado pelo juíz após a sentença.

Antes de ser preso, ele ainda conseguiu enganar a polícia por vários anos foragido viajando pelo país, chegando a figurar entre os 10 homens mais procurados pelo FBI antes de ser preso em 2006.

O líder religioso, em fotos na chegada a outras audiências do processo (Foto: AP)O líder religioso, em fotos na chegada a outras audiências durante o processo (Foto: AP)

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Premiê irlandês critica Vaticano por política em relação a abusos

 

Enda Kenny acusou a Igreja Católica de encorajar bispos a não denunciar pedofilia

BBC BrasilBBC

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Eric Vidal/Reuters

O premiê afirmou que a cultura do Vaticano tem ‘caráter doentio e narcisista’

O primeiro-ministro da Irlanda, Enda Kenny, fez duras críticas ao Vaticano e acusou a Igreja Católica de ter encorajado bispos a não reportar à polícia suspeitas de pedofilia entre padres do país.

Em discurso ao Parlamento da Irlanda, o premiê afirmou que as últimas acusações sobre abusos sexuais mostram ‘o caráter doentio, elitista e narcisista’ que domina a cultura do Vaticano hoje.

– O estupro e a tortura de crianças foram minimizadas pela Igreja para manter sua reputação e seu poder.

Abusos

As acusações a que o premiê se referiu dizem respeito ao chamado ‘Relatório Cloyne’, que foi publicado na semana passada.

O documento é o resultado de uma investigação sobre como acusações de abuso sexual infantil na diocese de Cloyne, no sul do país, foram tratadas pelo Vaticano até 2009.

A investigação concluiu que a Igreja violou suas próprias normas relativas à proteção de crianças, não relatando as acusações contra 19 padres.

O líder da oposição, Michael Martin, também criticou a Igreja Católica, dizendo que após os escândalos de 2009, o Vaticano havia prometido cooperar com o governo irlandês, mas em vez de defender as crianças abusadas, resolveu focar nos seus próprios interesses.

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Pedofilia in Irlanda, rabbia e vergogna del Papa: «Responsabili pagheranno»

 

Vertice in Vaticano sul «rapporto Murphy» che ha svelato abusi da parte di sacerdoti e tentativi di insabbiamento

Il cardinale irlandese Sean Brady (Ansa)

Il cardinale irlandese Sean Brady (Ansa)

ROMA – Rabbia e vergogna. Benedetto XVI sceglie parole forti per rivolgersi ai vertici della Chiesa irlandese, convocata in Vaticano sul «rapporto Murphy», un documento che prova come per decenni siano stati perpetrati abusi su bambini da parte di esponenti del clero in Irlanda e come questi siano stati passati sotto silenzio da parte dei responsabili ecclesiastici che avrebbero dovuto denunciare e tutelare. Il Papa ha parlato di «crimini odiosi» e ha promesso che tutti i responsabili pagheranno. Ha quindi annunciato che scriverà una lettera ai cattolici irlandesi.

RESPONSABILITÀ DELLA CURA PASTORALE – «La Santa Sede prende molto sul serio le questioni sollevate dal "rapporto Murphy", incluse quelle che concernono i pastori delle Chiese locali che hanno in ultima istanza la responsabilità della cura pastorale dei bambini» si legge nel comunicato emesso della sala stampa vaticana. Un testo, precisa padre Lombardi, che «il Pontefice ha letto e approvato». Benedetto XVI, aggiunge Lombardi, «intende indirizzare una lettera pastorale ai fedeli dell’Irlanda nella quale darà chiare indicazioni circa le iniziative che saranno prese per rispondere alla situazione. In tal modo il Papa intende dare delle indicazioni concrete e non solo esprimere il rammarico, per dare una risposta a una situazione drammatica. Inoltre, data l’urgenza del problema, pure se non esiste ancora una data per la pubblicazione del documento, i tempi non saranno lunghi». Il Papa, viene spiegato, è «sconvolto e angosciato, condivide la rabbia, il senso di tradimento e la vergogna provate da così tanti fedeli cattolici irlandesi» e la Chiesa continuerà a seguire questa «grave questione con la massima attenzione». All’incontro hanno preso parte il primate della chiesa irlandese, il cardinale Sean Brady, l’arcivescovo di Dublino mons. Diarmuid Matin e alcuni alti esponenti della Curia vaticana: il prefetto della congregazione per il clero, card. Claudio Hummes, il prefetto della congregazione per i vescovi, card. Giovanni Battista Re, il prefetto della Congregazione per la dottrina della fede, card. William Levada.

LE SCUSE DEI VESCOVI IRLANDESI – Tre giorni fa era stato il Nunzio apostolico in Irlanda, Giuseppe Leanza, a scusarsi per «eventuali errori» commessi dalla Santa Sede: «Noi condanniamo questi atti ma se dovesse emergere che un qualunque errore è stato commesso da parte nostra presentiamo le nostre scuse» ha detto al termine di un incontro con il ministro degli esteri irlandese Michael Martin. Secondo il rapporto, la Chiesa cattolica irlandese avrebbe cercato di coprire una serie di abusi sessuali su minori commessi da sacerdoti e il ministro Martin aveva detto di essere rimasto deluso dal «silenzio» del Vaticano. Il giorno successivo il sinodo dei vescovi irlandesi ha chiesto pubblicamente scusa, anche per il tentato insabbiamento dello scandalo messo in atto dai vertici ecclesiastici a Dublino: «Noi vescovi chiediamo scusa a coloro che hanno subito gli abusi dei sacerdoti quando erano piccoli, ai loro familiari e a tutti coloro che, giustamente, se ne sono scandalizzati. Siamo scioccati non solo per la portata degli abusi così come vengono riferiti in un rapporto, ci sentiamo anche coperti di vergogna di fronte ai tentativi di insabbiamento messi in atto dall’arcivescovado di Dublino».

IL RAPPORTO RYAN – Il rapporto della Child Abuse Commission è stato redatto al termine di una vasta indagine sugli istituti gestiti da religiosi, in cui sono state intervistate migliaia di vittime di abusi. Vengono raccontati fatti di un arco di tempo di circa 50 anni, dal 1930 agli anni ’80. Sono raccolte le testimonianza di circa 2.500 vittime e prese in esame oltre cento istituzioni gestite da religiosi. In particolare, nelle istituzioni pubbliche per soli ragazzi gestite da ordini religiosi cattolici, le violenze erano «endemiche», secondo quanto dichiarato dal giudice che ha coordinato il rapporto, Sean Ryan. La commissione fu creata nel 2000 dal premier Bertie Ahern dopo che un documentario tv fece emergere la lunga storia delle violenze sui minori nelle istituzioni gestite da ordini religiosi. Si parla di pestaggi, violenze sessuali di ogni genere, umiliazioni, copertura e protezione reciproche da parte dei responsabili delle violenze.