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Evidências inéditas sobre povo mencionado na Bíblia são encontradas em Israel

Descobertas em antigas minas de cobre remetem ao reinado de Davi e Salomão

por Jarbas Aragão-gospelprime-

 

Evidências inéditas sobre povo mencionado na Bíblia são encontradas em IsraelEvidências de povo bíblico são encontradas em Israel

Arqueólogos israelenses anunciaram a descoberta no vale de Timna de diferentes peças de tecidos da época dos reis Davi e Salomão, do século X antes de Cristo. O achado é raro, pois tecidos se deterioram com muita facilidade.

Embora tenham cerca de 3.000 anos, eles mantiveram suas cores. Alguns eram de peças de vestuário, outros de bolsas e há também pedaços de tendas e de cordas. Por estarem num local extremamente seco, isso ajudou na conservação de suas características.

Segundo o Dr. Erez Ben-Yosef, chefe da escavação, a descoberta pode ensinar muito sobre as roupas e tecidos usados naqueles tempos. No local, também há diversos tipos de sementes e evidências dos costumes dos edomitas. Acredita-se que no local da descoberta funcionavam minas de cobre pertencentes ao rei Salomão e que edomitas trabalharam ali.

A Universidade de Tel Aviv divulgou a descoberta na quarta (24). “Não havia tecidos em outros locais de escavação, como Jerusalém, Megido e Hazor. Agora, temos uma janela única para todo um aspecto da vida antiga, da qual nunca tivemos evidência física antes”, diz a nota de Bem-Yosef.

“[as descobertas] fornecem informações novas e importantes sobre os edomitas, que, segundo a Bíblia, guerrearam com o Reino de Israel”.

Ben-Yosef também destacou que sua equipe encontrou milhares de sementes cujo teste de datação por radiocarbono aponta para os tempos do rei Davi.

“Esta é a primeira vez que sementes deste período histórico foram encontrados em quantidades tão grande”, afirmou.

“Com o avanço da ciência moderna, temos opções de pesquisa que eram impensáveis ​​há algumas décadas. Podemos saber como era o vinho típico da época do rei Davi, por exemplo, além de compreender os processos de cultivo que foram preservados no DNA da semente.”

Os arqueólogos estão trabalhando no vale de Timna desde 2013, quando confirmaram ter descoberto o local das minas do rei Salomão. Além de tecidos e sementes, as escavações revelaram metais, cerâmica e alimentos.

Importância das minas de cobre

Embora existam antigas lendas sobre as “minas do rei Salomão”, a riqueza não era ouro e pedras preciosas, como foi mostrado em antigos filmes de Hollywood.

O cobre era usado para produzir ferramentas e armas, sendo um recurso muito valioso em sociedades antigas. As condições de vida de quem o extraía das minas eram muito árduas. Os mineiros na antiga Timna deviam ter sido escavados por escravos ou prisioneiros de guerra. Já o ato de fundição, que transforma o material bruto em metal maleável, exigia uma habilidade que poucos tinham.

“A posse de cobre era uma fonte de grande poder, tanto quanto o petróleo é hoje”, explica o Dr. Ben-Yosef. “Se uma pessoa tinha o conhecimento raro de como ‘criar o cobre”, dominava uma tecnologia extremamente sofisticada para a época. Ele era considerado quase como um mágico e seu status social refletia isso”.

Um aspecto importante de mais essa comprovação do relato sobre as minas terem pertencido a Salomão é que muitos dos utensílios do templo e até mesmo o revestimento das paredes eram feitos com este material.

Israel vem sendo acusado por líderes muçulmanos há décadas de mentir sobre a existência de um templo no local onde estão as mesquitas de Omar e Al-Aksa.

O argumento recorrente é que não existem provas arqueológicas disso, apenas relatos bíblicos. Mesmo proibidos de realizar escavações no local, considerado sagrado pelos islâmicos, os arqueólogos em Israel têm encontrado nos últimos anos diferentes indícios que reforçam os relatos do Antigo Testamento. Com informações de Christian News e MFA

Jarro de 3 mil anos é encontrado com inscrição da era do Rei Davi

O objeto de argila pertenceu a Eshbaal, também citado na Bíblia como Is-Bosete

por Leiliane Roberta Lopes – gospelprime –

 

Jarro de 3 mil anos é encontrado com inscrição da era do Rei Davi
Jarro com nome de personagem bíblico é encontrado

Escavações realizadas em Khirbet Qeiyafa no ano de 2012 encontraram pedaços de um jarro de argila e as inscrições no recipiente despertaram curiosidade nos pesquisadores.

Os estudos foram feitos e essa semana os arqueólogos israelenses divulgaram que a vasilha de argila tem cerca de 3.000 anos e traz o nome de “Eshbaal Ben Beda” em letras antigas.

O local onde foi encontrado o utensilio fica próximo a cidade israelense de Beit Shemesh, cidade onde aconteceu a batalha entre Davi e Golias. O Instituto de Arqueologia da Universidade Hebraica de Jerusalém e a Autoridade de Antiguidades de Israel estudaram juntas o objeto e divulgaram que agora ele pode comprovar a existência do Rei Saul, pois o objeto pertenceu a um de seus filhos.

“Trata-se da primeira vez que aparece o nome Eshbaal em uma inscrição antiga no país. Eshbaal Ben Shaul, que governou Israel na mesma época que Davi, é citado pela Bíblia”, afirmou Yosef Garfinkel pesquisador da Universidade Hebraica.

“É interessante destacar que o nome Eshbaal aparece na Bíblia, e agora também em um documento arqueológico. Este nome só foi usado durante a era do rei Davi. O nome Beda é único e não aparece em inscrições antigas ou na tradição bíblica”, diz.

A descoberta também é importante por se tratar da primeira inscrição encontrada datada do século X a.C. no Reino da Judeia. “Isto muda totalmente nosso entendimento da expansão da escritura no reino e agora fica claro que estava muito mais estendida do que pensávamos”, dizem os pesquisadores.

Jarro de Isbosete

Além do jarro pertencente ao filho do rei Saul, os arqueólogos encontraram uma fortificação, duas portas, um palácio, armazéns, quartos e salas de culto que faziam parte de um assentamento datado do final do século Xi e princípio do século X a.C.

Quem era Eshbaal Ben Beda ou Esbaal Ben Shaul?

A palavra hebraica ben significa filho e era usada para identificar a família da pessoa. A Bíblia diz em I Crônicas 8:33 que “Ner gerou a Quis, e Quis gerou a Saul; e Saul gerou a Jônatas, a Malquisua, a Abinadabe, e a Esbaal”.

O nome de Esbaal só aparece na Bíblia em Crônicas, em Samuel ele é citado como Is-Bosete, pois seu nome original traz ligações com o nome do deus Baal. Is-Bosete reinou durante dois anos sobre Israel.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel explica que Eshbaal era dono de uma grande propriedade agrícola e os produtos recolhidos nessas terras eram transportados em frascos que levavam o seu nome.

Os textos de II Samuel capítulos 3 e 4 narram a guerra entre a Casa de Davi e a de Saul e mostram a morte de Abner em um complô secreto feito sem autorização de Davi e também a morte de Is-Bosete, assassinado por dois capitães de tropas enquanto dormia.

A cabeça de Is-Bosete foi levada à Davi em Hebrom e o rei não ficou contente com a morte e ordenou que seus homens matassem os assassinos do filho de Saul.

Achado arqueológico confirma existência do Rei Davi

Especialistas questionavam a falta de “evidências arqueológicas”; agora isso mudou

por Jarbas Aragão

  • gospelprime

Uma rocha encontrada em Israel e que está em exposição no Metropolitan Museum of Art de Nova York, oferece novas evidências sobre a descrição bíblica sobre o reinado de Davi, afirmam especialistas em arqueologia. A peça mede 13 por 16 centímetros e tem 13 linhas de texto que ainda podem ser lidas.

Eles acreditam que o texto mencionando o rei Davi descreveu a dinastia davídica como “extraordinária”, sendo uma das raras peças que substanciam uma das narrativas bíblicas mais questionadas justamente pela falta de registro fora das Escrituras.  Estima-se que ela foi talhada cerca perto de 830 a.C., uns 150 anos depois do período em que reinou Davi.

A inscrição vem de Tel Dan, região norte de Israel e comemora as conquistas de Hazael, rei da Síria, inimigo dos antigos reinos de Israel e Judá. Hazael afirma ter matado Jorão, rei de Israel, e Ahaziahu, rei da “Casa de Davi” (ou Judá). O fato de Judá ser reconhecida por uma fonte não judaica como “Casa de Davi” é importante porque seria a única evidência arqueológica do gênero, acabando com uma disputa que dura séculos sobre a existência de um rei chamado Davi.

A Agência Telegráfica Judaica (JTA) informou que a rocha é “a mais antiga referência extra bíblica” ao rei Davi. “Não há dúvidas que a inscrição é um dos artefatos mais importantes já encontrados em relação à Bíblia”, asseverou Eran Arie, curador no Museu de Israel.

No catálogo do museu para a exposição, Arie escreveu que a inscrição com o nome de David é uma “indicação clara de que a” Casa de Davi “era conhecido em toda a região e que a reputação do rei não foi uma invenção literária de um período muito mais tarde.”

As fissuras na pedra não obstruíram a clara menção, que continua “intacta e clara”, disse Ira Spar, professor de história e estudos antigos em Ramapo College, em New Jersey, um especialista em pesquisa sobre a Assíria.

Steven Fine, professor de história judaica na Universidade de Yeshiva e diretor do Centro de Estudos de Israel, acredita que a exposição irá gerar grande interesse de estudiosos e no público em geral.

O ano de 2014 termina oferecendo grandes contribuições para a arqueologia bíblica, oferecendo evidências que suprem uma grande lacuna e objeto de disputa entre estudiosos. Tanto descobertas que confirmam o reinado de Salomão, seu templo e que reforçam descobertas de situações parecidas em 2013.

Os reinados de Davi e Salomão, que são de grande importância para o Antigo Testamento, não tinham até recentemente comprovação arqueológica que realmente existiram. Tudo que se sabe deles vem da Bíblia. Pelo menos até agora. O argumento era a inexistência de monumentos que detalhem as realizações do rei, como era costume na época. Teoria agora que parece definitivamente superada. Com informações The Blaze