Muçulmanos tentam provar que Maomé é maior que Jesus

Em Jerusalém e Nazaré tentam converter cristãos ao islamismo

por Jarbas Aragão- gospelprime –

 

Muçulmanos tentam provar que Maomé é maior que Jesus
Outdoor muçulmano.

Quem visita Israel verá muitos lugares onde a presença árabe é maioria. É engano pensar que todo árabe seja muçulmano, embora essa seja a religião dominante. Placas escritas em árabe também são comuns neste país que reúne diversas etnias e imigrantes de várias partes do mundo.

Além disso, existe uma separação através de linhas definidas onde o domínio dos árabes palestinos se sobrepõe ao dos judeus. Em algumas regiões isso é bem claro, pois existe um muro que divide o território de Israel da região conhecida como Palestina. Ainda que não seja reconhecida como uma nação independente, a Palestina abriga uma população de cerca de 2,5 milhões de pessoas na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

Um dos maiores pontos de tensão entre Israel e a Palestina é justamente a divisão de Jerusalém como capital. Oficialmente, Jerusalém tornou-se a capital de Israel após sua declaração de independência.

Contudo, após os conflitos da guerra dos Seis Dias (1967), passou a existir uma linha divisória chamada de Avenida 1. A Autoridade Palestina, que governa sobre os palestinos tenta formalizar a divisão de Jerusalém em duas. A porção conhecida como “Jerusalém Oriental” está sob domínio dos palestinos muçulmanos. Não há um número significativo de judeus nessa região que vive debaixo de tensão política e religiosa.

É justamente por isso que algumas tentativas dos muçulmanos em mostrar que Maomé é maior que Jesus chamam atenção. A grande maioria dos lugares visitados pelos turistas está debaixo do controle de Israel. Mesmo assim, existem exceções importantes como a cidade de Belém (onde Jesus nasceu).

Quando alguém deseja visitar o local onde Jesus foi crucificado e enterrado existe uma divergência histórica e bíblica. O imperador Constantino mandou construir no século IV uma enorme basílica, chamada de Igreja do Santo Sepulcro.

Este é um dos lugares mais visitados por cristãos que visitam a Terra Santa. Sua administração é compartilhada pela Igreja Ortodoxa e a Igreja Católica. Contudo, para muitos teólogos e historiadores, sua localização não coincide com o relato bíblico do túmulo pertencente a José de Arimateia, onde o corpo de Jesus foi colocado (João 19:41). A tradição judaica também aponta para essa local onde as crucificações eram realizadas.

O Novo Testamento diz claramente que Jesus foi crucificado fora da cidade (João 19) e a Igreja do Santo Sepulcro fica dentro da cidade murada. A maioria dos evangélicos prefere visitar o “jardim do túmulo vazio”.

Este local fica a cerca de 400 metros das muralhas da Jerusalém antiga. Está ao lado de uma rocha alta na qual é possível ver uma espécie de rosto, remetendo ao nome Gólgota, que significa “caveira”. Desde 1867, o local vem sendo apontado como o verdadeiro local da crucificação e ressurreição de Jesus. O espaço é mantido por uma organização protestante inglesa.

GP Terras Bíblicas-004

Quem visita o Jardim terá uma surpresa desagradável. Muçulmanos que dominam esta parte de Jerusalém fizeram um estacionamento na parte de baixo do Gólgota, descaracterizando assim a pedra. Pior que isso. Quem olha para o local onde um dia provavelmente esteve Jesus verá uma placa escrita em árabe. Ela diz “Alá é o único Deus e Maomé o seu profeta”.

Gólgota antes do estacionamento.

O Alcorão e a tradição muçulmana referem-se a Jesus como um profeta, mas negam que ele seja o filho de Deus (Surata 4). Na mesma rocha que exibiu em hebraico, grego e latim a placa de Pilatos que dizia “Jesus nazareno, o rei dos judeus” agora exibe uma placa em árabe tentando mostrar a superioridade de Maomé.

Placa em Nazaré.

Quem visita Nazaré, cidade onde Jesus viveu com seus pais e que deu a ele o “apelido” de nazareno (Mt 2:23), verá uma grande igreja. Conhecida como Basílica da Anunciação, é a maior Igreja católica dentro do território de Israel. Ela fica ao lado da Igreja de São José, onde existem ruínas do que é identificado como a casa onde Jesus morava.

Por dentro e por fora o espaço de devoção contém muito mais referências à Maria que a Jesus. As pinturas e estátuas ali presentes incentivam o culto mariano. As igrejas ficam no alto de uma colina. Na parte de baixo, perto do local onde estacionam os ônibus de turismo, um outdoor chama atenção.

Escrita em inglês, cita um trecho do Alcorão.  “Ó povo das Escrituras [judeus e cristãos], não exagereis os limites da sua religião. Não falais de Alá senão a verdade. O Messias Jesus, filho de Maria, era apenas um mensageiro de Alá e Sua Palavra enviada a Maria, e um Espírito criado por Ele. Então creia em Alá e em seus mensageiros e não digas: três deuses [Trindade]. Pare! Será melhor para vocês. Sabei que Alá é único e verdadeiro Deus. Sua santidade está muito acima de ter um filho.”

Abaixo existe uma faixa com uma mão apontando para cima e cintando a Surata 3 do Alcorão, a qual diz que somente Alá deve ser adorado. As duas mensagens oferecem endereços na internet onde é possível “obter mais informações”.

O que existe de comum no alto do Gólgota e no pé da Igreja de Nazaré? Mais uma tentativa de mostrar que o Islã é superior ao Cristianismo. Obviamente que nenhum cristão ficaria vivo se tentasse fazer algo semelhante nos lugares com importância histórica para os muçulmanos, como Meca e Media. Aliás, nesses locais nenhuma pessoa que não seja islâmica sequer pode entrar.

A viagem às Terras Bíblicas promovida pelo ministério Beth-Shalom/Chamada da Meia-Noite visitou quatro países. Em todos eles é possível ver o legado da fé cristã. Mesmo assim é perturbador ver como se tenta de diversas formas minimizar-se ou mesmo apagar o nome e história de Jesus. Apesar de serem destruídas igrejas e as vezes cidades inteiras ao longo dos séculos, o testemunho de Jesus ainda persiste.

Não importa o que as placas dizem, a maior diferença ainda é o fato de que se alguém for até a mesquita al-Masjid al-Nabawi, em Medina, Arábia Saudita, pode visitar o local onde estão os restos mortais do profeta Maomé.  Quem visita Jerusalém não poderá encontrar o corpo de Jesus. No Jardim do Túmulo existe uma placa na porta do local da sepultura: Ele não está aqui, pois ressuscitou!

Categorias
Noticias

Israel celebra o Dia de Jerusalém

Desfile marcou a libertação da Cidade Velha de Jerusalém da ocupação da Jordânia.

por Tazpit Brasil – gospelprime –

 

Israel celebra o Dia de Jerusalém
Dia de Jerusalém / Foto: Hillel Maeir

Milhares de pessoas lotaram as ruas de Jerusalém neste domingo, 17/5, para celebrar o Dia de Jerusalém. Marcando a libertação da Cidade Velha de Jerusalém da ocupação da Jordânia durante a Guerra dos Seis Dias, o Dia de Jerusalém é um feriado nacional e internacional onde são recebidos milhares de visitantes do país e do resto do mundo.

Este dia é caracterizado por danças de rua e desfiles, que tomam conta do centro da cidade e atravessam a Cidade Velha. A cerimônia oficial e principal do evento acontece no lugar histórico da Ammunition Hill (Monte da Munição), onde ocorreu uma batalha crucial pela libertação de Jerusalém durante a Guerra dos Seis Dias.

Nos preparativos para as festividades anuais do Dia de Jerusalém, forças de segurança reforçaram sua presença na cidade e especialmente ao redor da rota do desfile, para reduzir atritos e prevenir confrontos entre jovens judeus caminhando pelo “Desfile da Bandeira” e agitadores muçulmanos de Jerusalém Oriental.

Seguindo o trajeto do “Desfile da Bandeira” na Cidade Velha, ativistas israelenses organizaram o “Desfile das Flores”, em que presenteavam flores para residentes árabes da Cidade Velha como um sinal de paz e coexistência.

Em meio às festividades, um tumulto eclodiu durante o tradicional “Desfile da Bandeira” do Dia de Jerusalém neste domingo. Dezenas de árabes chegaram à Porta de Damasco e começaram a arremessar pedras e garrafas de vidro contra as forças de segurança.

Categorias
Artigos

“A Igreja não pode esquecer de Israel”, defende estudioso

Norberth Lieth acredita que interesse pelas profecias é essencial

por Jarbas Aragão -gospelprime-

 

“A Igreja não pode esquecer de Israel”, defende estudioso
“A Igreja não pode esquecer de Israel”, defende estudioso

Norberth Lieth é o diretor da Chamada da Meia-noite Internacional. Autor de vários livros publicados em alemão, português e espanhol,  como conferencista internacional, viaja para diversos países exortando a Igreja para que não se esqueça de Israel.

Nascido na Suíça, foi missionário no Uruguai. Erudito, ele se especializou nas profecias relacionadas com os eventos que antecedem a volta de Cristo e o papel de Israel no plano eterno de Deus. Para Lieth, não há como os cristãos não amarem Israel.

Em entrevista exclusiva ao Gospel Prime, ele explica os motivos. Primeiramente lembra que “Jesus Cristo veio como judeu, ensinou que a salvação vem dos judeus, subiu ao céu como judeu e voltará como judeu (Ap 22:16)”.

Como a Igreja está baseada nele, não pode ignorar esse fato. Ressalta ainda que Deus não se esqueceu das promessas que fez para esta terra e este povo. Por fim, lembra que o apóstolo Paulo fala através dos judeus para as nações (Rm 9:11) e ele ensina que fomos enxertados na Oliveira (símbolo de Israel), portanto somos “parentes espirituais” dos judeus.

Reconhece que, de diferentes maneiras, muitas igrejas não amam Israel. Essa “teologia da substituição” é popular em muitos meios eclesiásticos. Contudo, Lieth ressalta que se olharmos para todo o plano de salvação, não há como ignorar a importância fundamental de Israel. O estudioso é categórico: “Só quem não estuda a profecia bíblica ignora Israel”.

Questionado sobre o argumento popular de que o Israel moderno não é o Israel bíblico, Norbert reconhece que o Israel atual não é “espiritualmente o Israel que devia ser”. Não tem dúvidas que cada judeu precisa do Salvador Jesus, mas isso não invalida as profecias que mostram como Deus iria fazer o seu povo retornar à sua terra prometida (vide Ezequiel, Jeremias e Salmos 102).

“Mesmo não sendo ainda salvo o Estado de Israel foi dado aos judeus… Eles terão de passar pela grande tribulação para se converterem a Jesus”, assevera.

Analisando as sucessivas “ondas” da teologia, admite que hoje em dia, falar sobre as questões de escatologia (estudo do final dos tempos) parecer ter “saído de moda”. Contudo, isso não diminui a vocação de ministérios que existem com esse propósito.

Para Lieth, embora de um modo geral na Igreja o interesse diminuiu, a procura pelo material produzido pela Chamada e a presença nos eventos mostra que o interesse continua existindo.

Conta ainda, que muitos cristãos sentem falta dessa pregação na Igreja. Por fim, ressalta que tanto no Antigo quanto no Novo Testamento existem profecias que ainda não foram cumpridas e que a maioria delas diz respeito ao que acontece e ainda vai acontecer em Israel. Portanto, o estudo das profecias é parte essencial do aprofundamento de qualquer cristão nas escrituras.

O trabalho do ministério Chamada da Meia-noite tem como um de seus objetivos desde a fundação lembrar a Igreja da importância de Israel e das profecias relacionadas ao Estado judeu. Iniciada na Europa, a Chamada atua no Brasil há 47 anos no Brasil, imprimindo anualmente mais de 100 mil livros e revistas. Além do trabalho de evangelização, a Chamada tornou-se conhecida pelos Congressos sobre Palavra Profética, realizados anualmente no Brasil e em Israel. Além disso promove viagens a Israel como a que o Gospel Prime acompanhou.