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‘A religião está sendo usada de maneira desonesta ‘, diz Chalita

 

Em entrevista ao iG, pré-candidato fala sobre eleições 2012, relação com o tucanato, religião, aborto e vida amorosa

Nara Alves e Ricardo Galhardo, iG São Paulo | 06/12/2011 06:00

  • Ávido por concorrer à Prefeitura de São Paulo pelo PMDB, o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) descarta ceder às pressões para se retirar da disputa. “Eu não aceitaria ser ministro da Educação ou de qualquer outra área, ou candidato a vice-prefeito de São Paulo. Eu só aceito ser candidato a prefeito de São Paulo”, garante o deputado, que minimiza a afirmação de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalha para demovê-lo da ideia de concorrer. Recém-filiado ao PMDB, ele afirma em entrevista ao iG que entra na campanha com a consciência de que ainda paga o preço pelo apoio à então candidata à Presidência Dilma Rousseff, no auge da polêmica sobre a descriminalização do aborto em 2010.

"Quando eu resolvi apoiar Dilma, começou uma rede de boatos na internet de que eu havia virado abortista", lembra o deputado. Ele insiste em exaltar sua afinidade com a presidenta e deixa claro que não se arrepende de apoiá-la. Chalita também critica o uso da religião como ferramenta de campanha eleitoral, reforça sua posição contrária à descriminalização do aborto e faz críticas ao fundamentalismo religioso. “A religião está sendo usada de maneira desonesta”, diz o parlamentar. Segundo ele, um “grupo restrito” comandou “um bombardeio na internet”, que culminou, por exemplo, no cancelamento de seu programa na emissora de televisão Canção Nova, na semana passada.

Para a disputa na capital paulista, o deputado cobra uma postura ética dos demais candidatos, que terão por trás de suas campanhas três máquinas governamentais – o governo federal, que trabalha pela pré-candidatura do ministro da Educação, Fernando Haddad (PT); o governo estadual, que dará sustentação ao candidato do PSDB do governador Geraldo Alckmin; e o governo municipal, que poderá ser representado na corrida pelo PSD do prefeito Gilberto Kassab. "Espero que as máquinas não sejam usadas”, afirma.

Na entrevista ao iG, o deputado fala, ainda, sobre sua relação com o ex-governador tucano José Serra. “Ficou uma relação difícil. Em alguns momentos eu tentei cumprimentá-lo e ele não me cumprimentou”, conta. E completa: “Mas eu era muito pequeno para ele (Serra) ter tanta raiva de mim”. Já com relação a Alckmin, ele nega enxergar qualquer possibilidade de o governador, seu padrinho político, trabalhar nos bastidores a favor de sua candidatura: “Alckmin não é dissimulado”.
Sobre seus 63 livros publicados, Chalita analisa, sem falsa modéstia, que “todos são bons”. Admite ter ficado chateado com críticas, mas propõe um desafio: “Seria interessante se as pessoas, antes de não gostarem, lessem primeiro”. Solteiro aos 42 anos, ele desconversa sobre sua vida amorosa, mas não descarta a possibilidade de se casar em um futuro próximo. Ele conta que seu pai se casou aos 44 anos, apenas três meses depois de conhecer sua mãe. "Ainda tenho dois anos", brinca.

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Papa Bento XVI afasta bispo envolvido em pedofilia que usou ‘pacto secreto’ para se livrar dos tribunais

 

O Papa Bento XVI aceitou a renúncia do bispo da diocese irlandesa de Derry, Séamus Hegarty, de 71 anos, acusado de se envolver em um ‘pacto secreto’ em que um padre precisou solucionar fora dos tribunais, um caso de abuso sexual que cometia com uma menina de 8 anos.

A renúncia foi aceita em conformidade com o artigo 401/2 do Código de Direito Canônico, que diz: ‘Se roga encarecidamente ao bispo diocesano que apresente a renúncia de seu ofício se por doença ou outra causa grave ficar reduzida sua capacidade para desempenhá-lo’.

No mês de março do ano de 2010, o jornal irlandês ‘The Belfast Telegraph’ divulgou que o bispo de Darry, na Irlanda do Norte, Séamus Hegarty, estaria envolvido num ‘pacto secreto’ que foi selado para resolver fora dos tribunais um caso de abuso sexual cometido por um padre, cuja identidade não foi revelada, com uma criança de 8 anos. A menina teria explicado ao jornal que sofreu abusos durante um período de dez anos, mas que não tinha denunciado o padre porque teve que assinar uma cláusula de confidencialidade.

No entanto, a vítima teria recebido do agressor cerca de 12 mil libras esterlinas, o equivalente a R$ 33,8 mil, e uma carta do padre pedófilo pedindo desculpas. Séamus é o quinto bispo irlandês que foi afastado depois que vieram à tona inúmeros casos de pedofilia cometidos por clérigos no país.

Em 2009, foram divulgados dois relatórios oficiais que revelaram centenas de crianças que sofreram abusos durante décadas por parte de padres. Após a descoberta dos casos, o papa Bento XVI disse que estava ‘assolado e angustiado’ e que compartilhava com os fiéis a ‘indignação, a traição e a vergonha’ por esses atos sexuais inconcebíveis.

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Igreja proíbe casais interraciais de freqüentar cultos nos EUA

DISCRIMINAÇÃO E RACISMO

 

Uma igreja batista no Estado americano do Kentucky decidiu fechar suas portas para casais interraciais em uma empreitada que, segundo eles, irá "promover união máxima".

A decisão consiste em proibir casais de negros e brancos de participar de qualquer atividade na igreja batista Gulnare Freewill, localizada no condado de Pike. A decisão gerou protestos nos demais condados do Estado.

Tudo começou quando a filha do secretário da igreja, a estudante Stella Harville, 24, levou seu noivo, Ticha Chikuni, 29, natural do Zimbábue, ao local.

Os dois apresentaram uma música para a congregação, mas o casal não foi bem visto pela comunidade. Logo após a apresentação, o pastor Melvin Thompson disse ao pai de Stella que o casal não poderia voltar à igreja.

Thompson ainda disse que todas as pessoas são bem vindas aos cultos de adoração públicos, mas que a igreja não tolera casamentos interraciais.

A proposta foi levada a votação na semana passada e venceu por 9 votos a seis. Além de não tolerar o casamento de pessoas de raças diferentes, a igreja ainda proibiu que esses casais se tornem membros da comunidade ou participem dos serviços comunitários, exceto no caso de funerais.

"Esse não é o espírito da comunidade", disse Randy Johnson, presidente da Associação Ministerial do Condado de Pike. As informações são do Kentucky.com.

Data: 2/12/2011 08:32:56
Fonte: FG News