Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.
por Michel Nahas
Deus nos criou com certas características e aptidões. Como características podemos dizer que temos, por exemplo, partes de nossos corpos que estão em pares, como dois braços, duas pernas, dois olhos, e assim por diante.
Temos partes dos nossos corpos que possuímos como unidades em vez de pares, como uma cabeça, um tórax, e assim vai. Algumas dessas partes são internas, como o coração, os pulmões, etc. Outras externas, como dedos, pés, nariz.
Tudo isto é muito óbvio, mas existe uma parte nossa que foi criada por Deus para um propósito único aparente, que são nossos órgãos reprodutores. Mas sendo criaturas complexas, quase nada em nós tem apenas um propósito, por exemplo, as mãos que servem para segurar, mas também para sentirmos algo, para acariciar alguém, como por exemplo a um filho.
Como dito, nossos órgãos reprodutores que os mesmos têm um propósito “único aparente” porque na verdade estes órgãos são muito pouco usados, em termos de tempo de nossas vidas, para este propósito reprodutor.
Eu explico: quantos filhos temos hoje em dia, enquanto casais? Um, dois, quatro? Contando o tempo de gestação isto significaria 9, 18 ou 36 meses num período de uns 75 anos de vida. Considerando que existem casais sem filhos, ou celibatários de ambos os sexos, para estes, este propósito (o da reprodução) nunca chega a acontecer!
Ora, é óbvio então que seria um tremendo desperdício de nossa criação o fato de termos órgãos dados por nosso Criador que não tivessem, pelo menos para alguns, qualquer uso, certo? É óbvio então que no plano de Deus existem outros “usos” para nosso aparelho reprodutor.
Alguns, neste momento, confundiriam nossos aparelhos excretores (urina, fezes) como parte de nosso aparelho reprodutor, mas no máximo, e só no caso masculino, somente a uretra (o canal que se encontra dentro do pênis) é utilizado para o fim de excreção da urina. O resto do aparelho reprodutor, seja do homem ou da mulher, é TOTALMENTE separado do aparelho excretor.
Isto esclarecido, voltemos a nossos corpos, de acordo com a criação de Deus. Ocorre que Deus na sua infinita sabedoria e amor por nós, criou também o prazer e o prazer sexual é uma forma de prazer associado aos órgãos reprodutores que temos.
Os mesmos não são, no entanto, a única fonte de prazer sexual que temos, mas são os protagonistas, sem dúvida. Portanto algo precisa ficar claro desde o início: O prazer (sexual) foi criado por Deus, como um presente para nós.
A Bíblia nos diz, logo na criação do mundo, em Gênesis 1:27 e 31, logo após a criação do homem e da mulher:
Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. […] Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia.
Ou seja, o prazer que Deus propiciou que tivéssemos é MUITO bom! Prazer, em si, não é pecado. No entanto devemos ter algumas regras sociais, e bíblicas que nos limitam em quase todas as nossas ações.
Por exemplo, quando vou ao banheiro, eu fecho a porta, certo? Ora não dá pra pensar em alguém indo à praça principal da cidade, ou na praia, na frente de todo mundo e fazer suas necessidades, certo? Então, por este motivo, o apóstolo disse:
Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas. 1Cor 6: 12
Em outras palavras, me é licito fazer minhas necessidades, é algo normal e corriqueiro de nossa vida, mas não é licito fazê-lo em praça pública. Ora, tudo na vida tem limitações, não podemos sair nu nas ruas, dar álcool para menores, comer muita gordura e estragar nossos corpos, etc.
Regras sociais e bíblicas, para nós seguidores de Cristo, existem e elas existem para facilitar nossas vidas. Temos que viver com e sob algumas regras, talvez quando chegarmos à morada divina isto mude, mas hoje, esta é a nossa realidade.
Benção a todos,
Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.