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“Fim de shemitá é um período de crises mundiais”, diz hebraísta sobre ciclo de 7 anos

Getúlio Cidade acredita que a morte da rainha Elizabeth II é um marco na história da humanidade e fez algumas observações: “Ela reinou durante 10 shemitás”.
FONTE: GUIAME, CRIS BELONI
QUARTA-FEIRA, 14 DE SETEMBRO DE 2022 23:35
Os judeus observam os eventos ligados à shemitá. (Foto: Reprodução/Piqsels)
Os judeus observam os eventos ligados à shemitá. (Foto: Reprodução/Piqsels)

“A shemitá tem profunda relação com os sinais do fim dos tempos”, conforme aponta o escritor e hebraísta, Getúlio Cidade, em entrevista ao Guiame.

Quando ele fala em “shemitá”, se refere não apenas ao ano sabático, mas ao ciclo de 7 anos observado por Israel até os dias de hoje. No dia 25 de setembro, mais um ciclo será encerrado.

“Historicamente, um ciclo de shemitá está ligado a eventos marcantes em Israel e no mundo, bem como a algumas tragédias globais como as guerras mundiais”, explicou.

“A maioria desses eventos ocorre no primeiro ano após uma shemitá, ou seja, no primeiro ano do ciclo”, disse ao considerar que ao final do mês de Elul também ocorrem alguns eventos.

O mês de Elul é o último do calendário judaico, equivalente ao mês de dezembro do calendário gregoriano. Para os judeus, o ano termina no dia 25 de setembro, quando darão as boas vindas ao ano de 5.783.

Rainha Elizabeth II morreu no final de uma shemitá

A morte da rainha da Inglaterra, Elizabeth II, em 8 de setembro de 2022, delimita o fim de uma era da monarquia inglesa.

“Mais que isso, é um marco na História da humanidade, um evento que atrai a atenção de todas as nações. O fato de sua morte ocorrer apenas a alguns dias do término do presente ano de shemitá não é mero acaso”, apontou o hebraísta.

Ele explica que, conforme ocorre ao longo da História, a transição de um ciclo de shemitá para outro é normalmente pontuada por sinais que afetam não somente Israel, mas o mundo inteiro.

“O reinado e a morte da Rainha Elizabeth foram marcados por alguns sinais proféticos que parecem ser uma mensagem para o mundo atual ao término da presente shemitá”, ele disse.


Rainha Elizabeth II. (Foto: Facebook/The Royal Family)

“O reinado de Elizabeth II durou exatamente setenta anos — maior tempo de reinado de um monarca inglês — e a associação com as setenta semanas de Daniel é inevitável”, continuou.

São dez ciclos de shemitá — 10 x 7 anos. “Sua coroação se iniciou próximo à última das Festas da Primavera (Pentecostes), que marca o início da colheita espiritual no Reino de Deus, e terminou próximo a Rosh Hashaná que aponta para o término da colheita e para a volta de Yeshua”, associou.

“Além disso, a data de sua morte se deu em pleno mês de Elul, dedicado à Teshuvá, um tempo de arrependimento antes que venha o juízo divino. Nada disso parece ser mera coincidência”, disse ainda.

Eventos ligados à Shemitá

Rabinos, ortodoxos e messiânicos observam, há muito tempo, os eventos ligados à shemitá e que, para eles, estão relacionados aos sinais do fim.

A transição de uma fase para outra é marcada por “verdadeiros divisores de água para Israel e para as nações”,  conforme explica o hebraísta que aponta para alguns.

“Após a formação do novo Estado de Israel, em 1948, o evento mais importante que mudou completamente a nação, bem como a forma de se relacionar com seus vizinhos árabes, foi a Guerra dos Seis Dias, em 1967, que se deu no ano de 5727 do calendário judaico, primeiro ano de um ciclo de shemitá”, mencionou.

Na ocasião, ao ser atacado em três frentes de batalha, Israel conseguiu uma vitória esmagadora e inexplicável do ponto de vista militar, conquistando em apenas seis dias, quatro vezes o tamanho de seu território original.

“Sete anos depois, no ano de 5734 [1973/74], no início de outro ciclo de shemitá, Israel foi atacado no dia da Festa de Yom Kippur — o dia mais sagrado do judaísmo — pelo Egito e pela Síria em duas frentes distintas. A despeito de pesadas perdas, Israel conseguiu repelir o ataque e manter os territórios antes conquistados na Guerra dos Seis Dias”, contou.

Mas o conflito causou um embargo dos países árabes — produtores de petróleo aos EUA — por terem prestado assistência a Israel. Isso gerou a “crise do petróleo”, quando o preço do barril praticamente quadruplicou em questão de semanas, causando enorme revés na produção industrial, especialmente dos EUA, gerando inflação e impactando economicamente o mundo inteiro.

Entre outros eventos ocorridos em shemitás, houve o inesquecível crash da bolsa norte-americana de 1987 — causando a primeira crise financeira global contemporânea. Na virada do milênio, o ataque às Torres Gêmeas, em 11 de setembro.

“Os ataques terroristas causaram uma queda livre no mercado de ações que acumulou 1,4 trilhão de dólares em perdas. O ouro e o petróleo dispararam de preço e o estrago na economia global foi imediato”, lembrou o hebraísta.

Assim, analisando, Getúlio explica que “podemos interpretar o que Deus está dizendo”.

“Não é de surpreender que esses eventos marcantes estejam ligados a crises financeiras. Parece que o próprio Deus propositadamente abala aquilo que é mais idolatrado pela humanidade — o dinheiro — a fim de mostrar quem está no controle do universo”, reforçou.


Getúlio Cidade, hebraísta e escritor. (Foto: Divulgação/LC Agência)

Coincidência?

Conforme conta o hebraísta, no dia 29 de setembro de 2008, ocorreu a maior queda do Dow Jones em apenas um dia, com 777,68 pontos. Até março de 2020, no início da pandemia, esse era o recorde da maior queda da história.

“O fato se deu exatamente na transição do dia 29 de Elul para 1 de Tishrei, quando se celebra Rosh Hashaná, marcando não somente o ano novo judaico, mas o primeiro ano de um novo ciclo de shemitá, em 5769 (2008/09)”, citou.

“Agora perceba a ironia no número de pontos da queda da bolsa. Parece um recado claro de Deus, pois 7 é o número da shemitá, repetido três vezes”, destacou.

Conexão da shemitá com o fim dos tempos

Para o autor do livro “A Oliveira Natural”, todos esses acontecimentos mostram uma clara conexão entre o primeiro ano de um ciclo de shemitá e o cumprimento de juízos e promessas para Israel e as nações gentílicas.

“A shemitá faz parte dessa engrenagem do relógio de Deus, juntamente com as demais Festas do Senhor estabelecidas em sua Torá, que ocorrem no tempo e nas estações por Ele designadas para cumprir seus propósitos sobre a Terra”, explicou.

“Isso explica a necessidade de nos voltarmos para Israel. Tentar compreender esses acontecimentos, bem como eventos vindouros e os tempos do fim, excluindo Israel da equação é o mesmo que assistir a um filme em uma língua desconhecida sem legenda”, resumiu.


Rabinos, ortodoxos e messiânicos observam os eventos ligados à shemitá. (Foto: Reprodução/Piqsels)

Shemitá e a Grande Tribulação

Para Getúlio, examinando a história por apenas alguns ciclos de shemitá, é possível verificar a ocorrência de tragédias como guerras e crises financeiras globais.

“Tais eventos certamente não ocorrem por mera coincidência. Curiosamente, o Talmude, com base em uma profecia de Amós, declara explicitamente que o Messias virá no primeiro ano de um ciclo de shemitá”, mencionou.

“O Talmude também descreve os anos do ciclo de shemitá que precederão o Messias como sendo de extrema dificuldade, com fome, mortes e guerras, o que confere com a descrição dada por Jesus para a Grande Tribulação”, continuou.

“O início de um novo ciclo de shemitá poderá coincidir com o início da Grande Tribulação, conforme Jesus a chamou. Se ela não se iniciar agora em 2022, não poderá se iniciar até o ano de 2029, quando se encerra a shemitá. Caso não comece em 2029, somente poderá começar em 2036, e assim por diante”, disse.

“É necessário que as nações sejam abaladas antes da volta do Messias, o Desejado de todas as nações. Isso já tem ocorrido em seguidos ciclos de shemitás, mas certamente se agravará com a proximidade de sua volta”, observou.

“Ao mesmo tempo em que abala as nações para sinalizar o fim da presente era, Deus parece enviar uma mensagem codificada em meio a crises e tragédias de cada ciclo de shemitá. Uma mensagem de amor e misericórdia de um Pai que deseja resgatar todos que para Ele se voltarem nesses tempos tenebrosos: “Arrependam-se, porque o Reino dos céus está próximo”, concluiu o hebraísta ao citar Mateus 3.2.

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Shemitá: Padrão bíblico que indica colapso financeiro em 2015

Profile photo of Raquel ElanaPor Raquel Elana em 28 de agosto de 2015

Shemitá: Padrão bíblico que indica colapso financeiro em 2015Será que um mistério que é de 3.500 anos de idade têm a chave para o que vai acontecer com os mercados financeiros globais em 2015? Poderia ser possível que o calendário de grandes crises financeiras não seja apenas uma questão de coincidência?

Em artigos anteriores, eu tenho discutido algumas das principais teorias do ciclo econômico, financeiro e seus proponentes. Por exemplo, em um artigo intitulado “Se teóricos dos ciclos econômicos estejam corretos, de 2015 a 2020 será um verdadeiro inferno para os Estados Unidos”, examinei uma série de teorias de ciclo econômico que parecem indicar que a segunda metade desta década vai ser um pesadelo economicamente. Mas o ciclo que eu vou discutir neste artigo é muito mais controverso do que qualquer um desses. Em seu mais recente livro, Jonathan Cahn demonstrou que quase todas as principais crises financeiras da história dos EUA estão muito intimamente ligadas a um padrão de sete anos que encontramos na Bíblia conhecida como “a Shemitá”.  Desde que o livro foi lançado, eu fui perguntado sobre isso várias vezes durante as aparições da rádio. Assim, neste artigo vou tentar explicar o que o Shemitá é, e que esse padrão bíblico parece indicar o que pode acontecer em 2015.

Se você é um ateu, agnóstico, ou é geralmente cético por natureza, este artigo pode revelar-se bastante um desafio para você. Gostaria de pedir que você retenha o julgamento até ter examinado as provas.  Quando eu ouvi pela primeira vez sobre essas coisas, eu tive que ir verificar os fatos por mim, porque eles são verdadeiramente extraordinários.

Então, precisamente o que é “o Shemitá”?

Na Bíblia, o povo de Israel foi ordenado a deixar a terra repousar cada sete anos. Não haveria semeadura e colheita não, e isso é algo que Deus levou muito a sério. De fato, a inobservância destes anos do sábado foi uma das principais razões citadas nas Escrituras por que o povo judeu foi exilado para a Babilônia em 586 aC.

Mas havia mais para o ano Shemitá que simplesmente deixar a terra repousar.

No último dia do ano Shemitá, o povo de Israel fora instruído a realizar a liberação de dívidas.  Encontramos o seguinte em Deuteronômio capítulo 15.

Ao fim de cada sete anos, você deve conceder uma renúncia de dívidas. Esta é a maneira do abandono: todo credor que emprestou alguma coisa a seu vizinho deverá cedê-lo. Ele não o exigirá do seu próximo ou do seu irmão, porque ele é chamado renúncia do Senhor.

Isso aconteceu no final de cada sete anos – o direito dia antes de Rosh Hashanah no calendário bíblico.

Então, o que isso tem a ver com a gente hoje?

Bem, se você voltar para o último dia do ano Shemitá em 2001, você vai achar que houve um crash da bolsa absolutamente horrível.

Em 17 de setembro, 2001 (que foi Elul 29 no calendário judaico), assistimos a maior crash da bolsa na história dos EUA até aquele momento. A Dow Jones caiu uma espantosa 684 pontos, e foi um recorde que realizou durante precisamente sete anos, até o fim do próximo ano Shemitá.

No final do próximo ano Shemitá em 2008, outro crash da bolsa horrível ocorreu. Em 29 de setembro de 2008, a Dow Jones caiu 777 pontos, que ainda hoje continua a ser o maior acidente de um dia de todos os tempos do mercado de ações. Acontece que o 29 de setembro de 2008 correspondia com Elul 29 no calendário judaico – o dia exato em que a Bíblia chama para uma liberação de dívidas.

Assim, no último dia dos últimos dois anos Shemitá, o mercado acionário caiu tanto que definiu um novo recorde histórico.

E agora estamos em outro ano Shemitá. Tudo começou no ano passado, e terminará em Setembro próximo.

Poderia ser possível que veremos mais uma queda histórica do mercado?

Autor Jonathan Cahn justamente destacou que nunca devemos colocar Deus em uma caixa. Só porque algo aconteceu no passado não significa que isso vai acontecer novamente.  Mas não devemos descartar nada.

Talvez Deus está usando o seu calendário para fazer um ponto. Cahn acredita que, se nós estamos indo para ver algo acontecer, ele provavelmente irá ocorrer como o ano Shemitá chega ao fim.

Cahn assinalou que, de acordo com sua pesquisa, o pior do pior geralmente acontece no final do ano Shemitá, não no início.  Na verdade, o último dia do ano, Elul 29 no calendário hebraico, que ocorrerá em 13 de setembro de 2015, é o dia mais temido.

O padrão revelado em “O Mistério do Shemitá” é que o início do impacto do Shemitá muitas vezes é sutil, mas leva a um clímax dramático.

“O início pode marcar uma mudança de direção, mesmo um prenúncio do que virá  crescendo no final do Shemitá”, disse ele.

E desta vez, muito mais pessoas estão prestando atenção. Já em 2001 e 2008, a maioria dos americanos não tinha absolutamente nenhuma ideia do que era um “ano Shemitá”.  Mas agora ele está sendo falado sobre alguns dos mais proeminentes websites alternativos de notícias na Internet. Por exemplo, o seguinte é o que Joseph Farah de WND tem a dizer sobre o ano Shemitá …

Farah acredita que a data de 13 de setembro de 2015 – embora ele seja rápido para admitir que ele não tem ideia do que, se alguma coisa, vai acontecer algo na América.

“Um claro padrão foi estabelecido”, diz ele. “Eu não acredito que seja uma coincidência que aconteceu nos Estados Unidos em 29 de Elul, em 2001 e 2008. Seria tolice ignorar a possibilidade de que um julgamento pode ser maior nas obras – especialmente se a América continua a afastar-se de Deus e Sua Palavra “.

O ano Shemitá que estamos agora, acaba se em 13 de setembro de 2015 – e que cai em um domingo onde os mercados estão fechadas.

Mas o que se trata da Shemitá, não estamos apenas olhando para um dia especial.

E é muito interessante notar que também haverá um eclipse solar no dia 13 de setembro de 2015. Ao longo do século passado, houve apenas duas outras vezes, quando um eclipse solar tem correspondido com o fim de um ano Shemitá. Essas duas vezes foram em 1931 e 1987, e como Jonathan Cahn disse a WND, esses eclipses solares prenunciaram grandes catástrofes financeiras.

Em 1931, um eclipse solar ocorreu em 12 de setembro – o fim de um “Shemitá” ano.  Oito dias depois, a Inglaterra abandonou o padrão-ouro, desencadeando falhas de mercado e falências de bancos ao redor do mundo. Ele também inaugurou a maior queda percentual do mercado de ações monthlong na história de Wall Street.

Em 1987, um eclipse solar ocorreu em 23 de setembro – novamente ao fim de um “Shemitá” . Menos de 30 dias depois, veio “Black Monday” a maior queda percentual na história de Wall Street.

Cahn está prevendo a desgraça e tristeza em 13 de setembro, 2015? Ele é cuidadoso para evitar uma previsão, dizendo: “No passado, este inaugurou os piores colapsos da história de Wall Street. O que ele vai trazer esse tempo?  Mais uma vez, como anteriormente, o fenômeno não tem de se manifestar na próxima convergência.  Mas, ao mesmo tempo, e mais uma vez, é aconselhável tomar nota”.

Então, o que vai acontecer desta vez?

Nós apenas temos que esperar e ver.

Mas, sem dúvida, muitos dos mesmos padrões que testemunhamos pouco antes do crash financeiro de 2008 estão acontecendo novamente diante dos nossos olhos.

Tem sido dito que aqueles que não aprendem com a história estão condenados a repeti-la.

Talvez você acredita que há algo para “o Shemitá”, ou talvez você pense que é tudo um monte de bobagens.

Mas pelo menos agora você sabe o que todo mundo está falando. O que você escolhe fazer com esta informação é com você.

Fonte: Um Novo Despertar

“As opiniões ditas pelos colunistas são de inteira e única responsabilidade dos mesmos, as mesmas não representam a opinião do Gospel+ e demais colaboradores.”
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Por

Raquel Elana, formada em Teologia, Pós Graduação em Jornalismo Político/ (Jornalista – MTb 15.280/MG) e Ministérios Criativos pelo IBIOL de Londres, é autora de 3 livros, entre eles: Anjos no Deserto – uma coletânea de testemunhos dos seus quase 10 anos de trabalho no Oriente Médio. Desde o ano passado está envolvida com o trabalho de atendimento aos refugiados da guerra civil da Síria. Veja este vídeo de divulgação para conhecer mais sobre nossas famílias e como desenvolvemos o serviço.