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Maior bilheteria do ano, filme sobre Edir Macedo tem salas vazias na estreia

Petrônio Gontijo faz Edir macedo no filme Petrônio Gontijo faz Edir macedo no filme “Nada a Perder”

Com a maior bilheteria do ano conquistada muito antes da estreia, o filme “Nada a perder”, que conta a história do bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), teve salas vazias nas sessões de estreia, apesar de terem ingressos praticamente esgotados.

Os 4 milhões de ingressos vendidos não impediram que salas de cinema que deveriam estar lotadas estivessem com 40 pessoas, enquanto a capacidade do local suportaria até 251 pessoas. As informações são do portal O Globo.

O recordista de vendas antes da estreia era “Os dez mandamentos”, com 2,3 milhões de ingressos vendidos em 2016. Porém, se tornou público que a própria IURD comprou e distribuiu ingressos entre seus fiéis. Na época, nem todos foram ao cinema e várias sessões acabaram esvaziadas.

Ainda segundo O Globo, apenas a Kinoplex confirmou ter vendido pacotes de ingressos a pastores e grupos a partir de cem pessoas, e todos pagam meia entrada. A UCI disse à reportagem vender ingressos em grupo, “como faz em qualquer filme”.

A Igreja Universal, por sua vez, admitiu estimular seus fiéis a ver o filme, mas negou comprar ingressos desta vez.

Fonte: O Povo online

Lula encerra em Curitiba caravana marcada por violência

Lula encerra em Curitiba caravana marcada por violência

(26 mar) Policiais vigiam partidários e oponentes do ex-presidente Lula em Foz do Iguaçu – AFP
AFP

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerra nesta quarta-feira (28), em Curitiba, uma agitada caravana pelo sul do Brasil, durante a qual dois ônibus de sua comitiva foram alvo de tiros.

A presença da Polícia foi intensificada na capital paranaense, aonde também irão grupos de direita e seguidores do deputado Jair Bolsonaro (PSL).

“Espero que nós tenhamos segurança, que a polícia nacional e estadual, a Inteligência possam cumprir seu papel para que, assim, a gente possa fazer uma manifestação pacífica e democrática como sempre tivemos”, disse à AFP, por telefone, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann.

A senadora fez estes comentários depois dos tiros efetuados na noite de terça-feira contra dois dos três ônibus da comitiva.

Um dos veículos, que transportava jornalistas, foi atingido por disparos, e outro, com convidados do PT, foi alvejado por um tiro. Lula e Hoffmann viajavam no único carro que saiu ileso do ataque, segundo a legisladora.

Os críticos de Lula hostilizaram sua comitiva durante seu trajeto de dez dias pelos três estados do sul. Os protestos tiveram baixa adesão, mas não deram trégua.

“A nossa caravana está sendo perseguida por grupos fascistas. Já atiraram ovos, pedras. Hoje deram até um tiro no ônibus”, relatou Lula em sua conta no Twitter.

Antes do incidente, Bolsonaro, segundo mais bem colocado nas pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais de outubro, atrás de Lula, havia cumprimentado os ativistas que organizaram atos contra Lula, a quem chamou de “bandido”.

O sul do Brasil é uma região hostil ao ex-presidente e, segundo meios de comunicação, vários assessores o desaconselharam a se lançar nesta caravana.

– Lula, Bolsonaro, MBL, todos em Curitiba –

Bolsonaro, que deve chegar à capital paranaense às 11h30 de quarta, desafiou Lula na segunda-feira a mostrar “quem mais leva o povo na rua de graça”.

Seus simpatizantes vão recebê-lo no aeroporto, de onde partirá para Ponta Grossa (a 115 km de Curitiba), para participar de um ato político.

Apesar de liderar as pesquisas de intenção de voto, Lula pode ter a candidatura invalidada por ser ficha suja, após ter tido confirmada a condenação a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo nas consultas, mas com metade dos votos, Bolsonaro faz apologia da ditadura militar (1964-85).

O Movimento Brasil Livre (MBL), muito ativo nos protestos que acompanharam o impeachment da presidente Dilma Rousseff em 2016, convocou uma passeata até o Parque Barigui, a menos de um quilômetro de outra praça, a Santos Andrade, onde será celebrado um ato do PT.

“Há risco de confrontos”, disse o consultor e cientista político Paulo Mora, que percebe uma radicalização crescente no país.

“Se a campanha oficial nem começou e já chegamos à fase de ovadas e pedradas, o risco é a eleição sair do controle, estimulada pelo excesso de candidatos versus a falta de ideias e programas”, avaliou nesta terça-feira a colunista Eliane Cantanhede, do Estado de S.Paulo.

A própria Dilma Rousseff expressou o temor de um “banho de violência” durante a campanha.

Os adversários de Lula sentiram-se frustrados depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu a prisão do ex-líder sindical até pelo menos 4 de abril, quando os ministros devem decidir se ele tem o direito a apelar em liberdade aos máximos tribunais da sentença de mais de 12 anos de prisão.

“Pelo que se viu das hostilidades entre esses movimentos no sul, se o Lula não for preso, nós teremos uma campanha marcada pela violência”, afirma Paulo Mora.

É em Curitiba que atua o juiz federal de primeira instância Sérgio Moro, impulsionador da operação Lava Jato, que desvendou um gigantesco esquema de corrupção montado na Petrobras. As investigações levaram para a prisão altos empresários e políticos de todas as tendências e está na base da condenação de Lula.

Também nesta terça-feira, o ministro Nelson Fachin denunciou ter sofrido ameaças contra a sua vida.

“Nos dias atuais uma das preocupações que tenho não é só com julgamentos, mas também com segurança de membros de minha família. Tenho tratado desse tema e de ameaças que tem sido dirigidas a membros da minha família (…). Essas circunstâncias não são singelas e espero que nada passe”, disse Fachin em entrevista ao canal GloboNews.

Fachin é relator da Operação Lava Jato e do pedido de habeas corpus preventivo apresentado pela defesa de Lula, que começou a ser analisado pelo plenário do Supremo na última quinta-feira.

O ministro foi contrário à análise do habeas corpus pelo plenário do Supremo.

A violência de cunho político demonstrou este mês que no Brasil é possível ir além das ameaças, após o assassinato da vereadora do PSOL-RJ Marielle Franco, conhecida por sua luta contra o racismo, as discriminações e as denúncias de excessos policiais em comunidades. Com informações da Isto é Independente.

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Cultos

Brasil tem mais de 4 milhões de desigrejados, segundo IBGE

Grupo se reúne em uma casa para cultoGrupo se reúne em uma casa para culto

É inegável o crescimento da Igreja evangélica no Brasil nos últimos anos. Ao mesmo tempo, também avança o número de crentes que se desvinculam das estruturas denominacionais e vão viver a fé de forma diferente, fora do sistema e de tudo que ele representa. Há quem os chame de “desigrejados”, “crentes reconfigurados” ou “Igreja orgânica”.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre os anos de 2003 e 2009 o número de brasileiros que se declaram evangélicos, mas não frequentam igrejas cresceu de 0,7% para 2,9%.

Esse grupo são os chamados desigrejados, evangélicos que continuam a seguir os preceitos da religião, mas que não pertencem a nenhuma denominação. Esse número é algo em torno de 4 milhões de pessoas.

Entre essas pessoas estão tanto aqueles que frequentam 2 e até mesmo 3 igrejas, sem criar vínculo com nenhuma, como quem desistiu de se tornar membro de uma igreja e prefere não ir para nenhuma denominação.

Ainda que não sejam confundidos com os “desviados” (quem deixa de praticar a fé evangélica), os desigrejados enfrentam diversas críticas, pois para muitos pastores e teólogos é impossível ser cristão sem estar ligado à uma igreja.

“Viver sem igreja está errado. Tentar ser crente em casa, sozinho, tá errado também”, declarou o reverendo Augustus Nicodemus da Igreja Presbiteriana do Brasil em um vídeo postado em seu canal do Youtube.

Com todo o seu repertório histórico e conhecimento, o reverendo lembrou que os desigrejados não são uma invenção da modernidade, pois na história da igreja houve vários grupos de pessoas que queria se organizar de forma informal.

A diferença de hoje é que muitos dos desigrejados estão decepcionados com a forma que as denominações estão organizadas e criticam o perfil mercadológico de muitas delas. “Criticar a igreja organizada, como se ela fosse a mãe de todos os males, tá errado, é ingratidão e desconhecer a história da igreja também. O que devemos fazer é reconhecer a necessidade de estarmos juntos com nossos irmãos e obedecermos ao que Jesus mandou em termos de membresia”, declarou.

Nicodemus ensina que jamais podemos deixar a igreja e achar que ela é desnecessária para a vida de um cristão. “Jesus mandou batizar, Jesus mandou discipular, Jesus disse que tinha de ter disciplina, que se o irmão pecasse e não se arrependesse tinha de ser excluído, Jesus falou da liderança da igreja, o apóstolo Paulo constituía presbíteros e diáconos. Então, tudo isso implica um mínimo de estrutura para que você obedeça essas ordens do Senhor Jesus”, disse.

Desigrejados: fenômeno vira tema de livros

O pastor Daniel de A. Durand é autor do livro “Desigrejados”, que traça o perfil do evangélico que resolve deixar a igreja para viver uma fé longe das organizações. Além de explicar que são essas pessoas e o que as levam a tomar essa atitude, o autor refuta as heresias sobre não precisar estar incluso em uma igreja para viver a vida cristã.

Como professor de teologia, tem lecionado voluntariamente na Missão Ceifa em Pacajus (CE), Durand usa o livro para alertar os líderes sobre as mudanças que ele precisa fazer para evitar que o número de desigrejados continue crescendo.

Outra obra sobre o tema é o livro “Os Sem-Igreja”, de Nelson Bomilcar. O livro tenta responder questões e lança reflexões sobre os principais pontos que afastam as pessoas das igrejas e questiona: esta nova geração de cristãos não deveria buscar e insistir em novos caminhos para ser igreja, em vez de simplesmente abandoná-la?.

Fonte: JM Notícia