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Café, sexo e assoar o nariz são principais gatilhos de derrames, sugere estudo

 

Pesquisa feita na Holanda mostra que consumo de cafeína encabeça lista de elementos que contribuem para rompimento de aneurisma

06 de maio de 2011 | 7h 36

Café, sexo e assoar o nariz podem aumentar o risco de se sofrer um derrame, segundo uma pesquisa feita na Holanda.

Jason Rogers/Divulgação

Jason Rogers/Divulgação

Já pensou que assoar o nariz pode ser gatilho de derrame?

O estudo feito com 250 pacientes identificou oito fatores de risco que estariam ligados a sangramentos no cérebro.

Todos eles aumentam a pressão arterial que podem provocar ruptura dos vasos sanguíneos, de acordo com pesquisa, publicada na revista especializada britânica Stroke.

O sangramento pode acontecer quando um vaso sanguíneo enfraquecido, conhecido como um aneurisma cerebral, estoura. Isso pode resultar em danos cerebrais ou morte.

Os pesquisadores do University Medical Center, em Utrecht, acompanharam 250 pacientes durante três anos para identificar o que provoca derrames.

Todos os fatores citados na pesquisa aumentam a pressão arterial capaz de resultar em ruptura dos vasos sanguíneos, de acordo como estudo.

Segundo a Stroke Association, uma entidade assistencial britânica voltada para o tratamento de acidente vascular cerebral (AVCs), serão necessárias mais pesquisas para verificar se os fatores citados podem de fato provocar derrames.

Apenas no Reino Unido, mais de 150 mil pessoas sofrem de um AVC por ano, dos quais quase 29 mil se devem a sangramentos no cérebro.

O estudo revelou ainda que café foi o responsável por 10,6% dos casos em que o aneurisma rompeu. Exercícios vigorosos e assoar o nariz foram os "gatilhos" de derrames respectivamente em 7,9% e 5,4% dos casos. Fazer sexo e fazer esforço para defecar responderam por 4,3% e 3,6%.

De acordo com a neurologista Monique Vlak, autora do estudo, ‘todos esses fatores induzem a uma súbita redução da pressão sanguínea, o que parece ser uma causa possível para a ruptura do aneurisma”.

A pesquisa mostra ainda que uma em cada 50 pessoas têm um aneurisma cerebral, mas somente algumas poucas sofrem um derrame.

O estudo só se debruçou sobre elementos que causam a ruptura. A alta pressão sanguínea enfraquece os vasos sanguíneos e isso pode ser provocado por se estar acima do peso, pelo fumo e por falta de exercícios fisicos.

Sharlim Ahmed, pequisador da Stroke Assocation, afirmou que ”um súbito aumento da pressão sanguínea pode aumentar a possiblidade de ruptura de um aneurisma. Mas é muito difícil determinar se os fatores identificados nesses estudo estão definitivamente relacionados com um derrame ou se seriam apenas coincidências”.

”É preciso realizar diversos outros estudos para aferir se cada um desses fatores identificados pode fazer com que um aneurisma se rompa”, comentou Ahmed.

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Fonte oestadão.com

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Estudos

Fé melhora a vida das pessoas no Brasil, diz pesquisa

 

Dados sobre o hábito de consumo brasileiro mostram que os emergentes são mais devotos que a elite e que isso contribui para a melhora de vida

Uma pesquisa sobre o consumo nas classes sociais brasileiras revela que os emergentes são mais devotos que a elite e que a fé dá esperança para que a pessoa procure uma vida melhor e prospere.

O Data Popular, instituto que pesquisa o mercado popular no Brasil, elaborou um estudo sobre os hábitos de consumo nas classes mais baixas e achou relevante coletar os dados sobre o pagamento do dízimo na sociedade brasileira.

O resultado dessa pesquisa revela que 8% da classe AB (com renda maior que 10 salários mínimos) entrega o dízimo, enquanto que na classe C (renda de 4 a 10 s.m.) 18% o fazem e na classe D (entre 2 e 4 s.m) 23% tem o hábito de entregar o dízimo.

De acordo com Renato Meirelles, sócio-diretor do instituto, isso prova que “os emergentes são mais devotos que a elite e que sua fé contribuiu para que melhorassem de vida”.

Ele explica o fato dando um exemplo bastante comum, parecido com o que ouvimos sempre em testemunhos nas igrejas evangélicas:

“Um cara que chegou do nordeste e ainda está desambientado na cidade, procurando emprego etc e tal. Esse cidadão passa em frente à igreja e alguém o cumprimenta com simpatia e o convida para entrar, e ainda o deixa sentar na primeira fileira, o que contribui para elevar sua autoestima e a crença em si mesmo. Esta sensação de acolhimento, somada ao discurso de fé, faz com que este cidadão, antes inseguro, comece a acreditar em si mesmo, e com isso, invista em sua educação, e ganhe fôlego para procurar um emprego melhor.”

Mais do que um milagre do ato de dizimar, o pesquisador mostra que a igreja cria um ambiente que faz com que essa pessoa amplie seus círculos de amizades e isso também ajuda com indicações de trabalhos e direcionamento em todos os setores de sua vida.

Se o homem citado no exemplo de Renato Meirelles conseguisse um emprego e passasse a ganhar um salário de R$900,00 (estaria enquadrado na classe E – até 2 salários mínimos) e depois de alguns meses conhecesse na igreja e se cassasse com uma mulher que ganhe R$800,00 eles passarão a ter uma renda familiar de R$1.700,00 o que compreende a classe D.

Podemos notar que o discurso das ministrações é que faz a pessoa mudar de atitudes e consequentemente passe a viver em um patamar financeiro melhor. “A igreja mostra que é possível melhorar de vida, e este cidadão munido de fé, renova sua autoestima e esperanças, e consequentemente, prospera”, diz Renato Meirelles.

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Ciência Estudos

Explorar centro da Terra já é viável

Em artigo na ”Nature”, cientistas europeus afirmam que tecnologia desenvolvida pela indústria petrolífera permite perfurar crosta até o manto

Giovanna Montemurro – estadão.com.br

SÃO PAULO – É possível fazer uma viagem ao centro da Terra ou, ao menos, ao seu início. É o que afirma um grupo de cientistas em artigo publicado na revista Nature. Segundo eles, as tecnologias existentes já são suficientes para perfurar a crosta terrestre até a camada inferior, o manto – que representa 68% da massa da Terra e permanece inexplorado. O objetivo é entender melhor a estrutura da Terra, a ocorrência de terremotos e aprimorar a exploração mineral.

Os cientistas propõem, na prática, a retomada da primeira expedição para perfuração científica no oceano, que ocorreu há 50 anos, em abril de 1961, chamada Projeto Mohole. Embora não tenha sido bem-sucedida em seu objetivo de atravessar toda a camada rochosa que forma a crosta, essa expedição conseguiu, com os dois quilômetros perfurados a partir do subsolo em alto-mar, desenvolver a tecnologia que hoje ajuda as petrolíferas a explorarem campos de petróleo como o da camada de pré-sal de Tupi, na Bacia de Santos.

Segundo Benoit Ildefonse, da Universidade de Montpellier II, da França, um dos autores do artigo juntamente com Damon Teagle, da Universidade de Southampton, da Grã-Bretanha, “graças às companhias de petróleo, agora temos a tecnologia para perfurar a distância necessária para chegar ao manto”.

O objetivo agora é ultrapassar o marco de 2.111m – máximo que já se conseguiu chegar até hoje – e perfurar os seis quilômetros necessários para atravessar toda a crosta em seu ponto mais fino, abrindo um buraco de 40 centímetros que poderá ficar aberto por muitos anos.

O melhor ponto de escavação deve ter a menor espessura de crosta possível. No entanto, nesses pontos com a chamada “alta taxa de espalhamento” a crosta ainda está muito quente, pois sua formação é recente, o que dificulta a perfuração. Dessa forma, de acordo com Ildefonse, eles conseguiram limitar as possíveis locações a três áreas – costa do Havaí, da Baixa Califórnia e da Costa Rica, todas no Pacífico -, onde a espessura é a mais fina possível e a temperatura da placa, suficientemente fria.

Compreensão. “Com essa análise direta a partir dos resultados da perfuração, nós poderemos calibrar nossos dados indiretos e saber exatamente onde está o limite crosta/manto, fabricando um melhor modelo de Terra”, afirma Ricardo Trindade, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP). “É justo dizer que em muitos aspectos conhecemos mais sobre espaço do que sobre o nosso próprio planeta.”

Segundo Ildefonse, saber mais sobre o manto poderá ser valioso para a compreensão dos terremotos, momento de convergência das placas tectônicas, formação das placas no oceano e sua participação no ciclo químico do planeta – incluindo o ciclo do carbono.

George Sand, do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), afirma que a “pesquisa terá um impacto enorme sobre a exploração mineral”. Segundo ele, a perfuração poderá encontrar novas jazidas, além de ajudar na tecnologia de exploração.

No entanto, mesmo com a avançada tecnologia petrolífera que levou ao desenvolvimento do navio Chikyu, que será usado para a perfuração, ainda assim serão necessários pelo menos 10 anos de pesquisas antes do início dos trabalhos. Isso porque parte da tecnologia terá de ser adaptada para a enorme pressão e temperatura que os aparelhos encontrarão em maiores profundidades.

Além disso é necessário garantir o financiamento. “Dependemos muito da vontade política pois a quantidade de dinheiro necessária para esse projeto é muito grande”, diz Ildefonse, lembrando que o Brasil já fez parte dos países que financiaram o projeto durante a década de 1980.

Entenda: Petrolíferas chegam a 12 km

As empresas petrolíferas já conseguem perfurar enormes profundidades para chegar às reservas de óleo e gás. Segundo Kazuo Nishimoto, do Departamento de Arquitetura Naval e Engenharia Oceanográfica da USP, a perfuração mais profunda desse tipo foi de 12km.

No entanto, esse tipo de perfuração é diferente daquela que o Projeto Mohole pretende fazer. Isso porque, embora escavem grandes distâncias, as companhias estão perfurando apenas sedimentos, que têm menor resistência e baixas temperaturas, apresentando um menor desafio técnico para os equipamentos de perfuração. Essa maior camada de sedimentos é característica das regiões costeiras e de alguns outros pontos do relevo oceânico.

Além disso, as companhias de petróleo perfuram a uma profundidade do chamado espelho d’água de cerca de 2km. As regiões que o Projeto Mohole pretende explorar estão a 4km de profundidade, aumentando a pressão sobre o equipamento de escavação e gerando a necessidade de tubulações mais longas e resistentes que ainda não foram desenvolvidos, segundo Ildefonse.

Sendo assim, o projeto busca regiões específicas onde o acúmulo de sedimentos é menor e a crosta mais fina, perfurando praticamente apenas o chamado embasamento, rocha dura que forma a crosta. Nesta camada, o mais longe que já se conseguiu perfurar foram 2.111 m.

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Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria,A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.