Um pastor de Uganda recentemente emitiu um pedido internacional de ajuda. Falando diante do parlamento da Austrália, Peter Sewakiryanga fez um sinal vermelho para o aumento dos sacrifícios de crianças em seu país.
O pedido de socorro pede que autoridades internacionais interfiram na questão, pois o governo diz não ter financiamento para abordar adequadamente o assunto, segundo informações da ABC News da Austrália.
Sewakiryanga se recorda de um caso onde três crianças foram sacrificadas pelos curandeiros. “Eu vi, com meus próprios olhos, três crianças que foram sacrificadas da mesma família”, disse ele ao Counterpoint do RN.
A dor da mãe que perdeu seus filhos ficou marcada em sua memória nos últimos 15 anos. Ainda que sejam comuns os sacrifícios com cabras e galinhas, alguns feiticeiros declaram que o trabalho fica “mais poderoso” quando se usa sangue de criança.
“Os feiticeiros acreditam que quando você sacrifica uma criança, obtém riqueza, obtém proteção, obtém algum tipo de bênção”, diz ele ao explicar os motivos que levam as pessoas até esses curandeiros.
“É uma forma de desespero que as pessoas têm por causa da pobreza e da doença.”
As crianças são sequestradas e levadas para serem sacrificadas. “Eles cortam as partes do corpo e, na maioria das vezes, os traços faciais – podem ser orelhas, podem ser olhos expostos, nariz, línguas e, mais frequentemente, os genitais são cortados para as práticas”, revela o pastor.
Uganda garante a liberdade religiosa, mas o pastor pede ajuda internacional de instituições de direitos humanos para garantir a vida dessas crianças que são usadas nesses rituais.
O Kyampisi Childcare Ministries (KCM), instituição de caridade que visa acabar com o sacrifício de crianças, apoia as vítimas da brutal prática e processa os transgressores.
“O trabalho que fazemos é resgatar as crianças que estão quase nas mãos daqueles que provavelmente vão machucá-las. Para aqueles que foram mortos, vamos trabalhar com a polícia para encontrar os feiticeiros e nos certificar de que eles sejam levados ao tribunal por justiça”, declara Sewakiryanga.