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Igreja Bizantina de 1.500 anos com mosaicos impressionantes descoberta em Bet Shemesh

Segundo a Autoridade de Antiguidades, o edifício principal remonta algumas décadas antes, ao governo do imperador Justiniano.
POR ROSSELLA TERCATIN – Jerusalém Post

 

A igreja em Ramat Beit Shemesh.

 Suas descobertas são apresentadas em uma exposição inaugurada na quarta-feira no Museu das Terras da Bíblia, em Jerusalém.

Os arqueólogos decidiram nomear o edifício como “Igreja do Mártir Glorioso”, em homenagem à figura a quem a Igreja era devotada e cuja identidade permanece um mistério.

Pesquisadores, no entanto, descobriram uma inscrição grega que presta homenagem ao imperador romano oriental Tibério II Constantino por financiar a expansão da Igreja.

Tibério governou o Império Bizantino entre 578 e 582 cerca de dois séculos após a divisão entre Bizâncio e Roma, e um século após o colapso do Império Romano do Ocidente para sempre.

Segundo a Autoridade de Antiguidades, o edifício principal remonta algumas décadas antes, ao governo do imperador Justiniano.

A estrutura da Igreja apresenta um salão central principal, ladeado por dois corredores. Várias áreas da Igreja ainda mostram pisos espetaculares em mosaico, com decorações criativas inspiradas na natureza, como folhas, flores e pássaros vivos, incluindo uma águia alada, um símbolo do império bizantino.

Segundo o diretor da escavação Benyamin Storchan, a inscrição referente a Tibério possui uma relevância histórica específica.

“Numerosas fontes escritas indicam que as igrejas financiadas pelo império na Terra de Israel, mas no estudo arqueológico, poucas inscrições como a encontrada em Beit Shemesh são conhecidas”, disse ele em um comunicado da IAA.

Storchan acrescentou que, no que diz respeito à estrutura da Igreja, dois conjuntos separados de escadas levam à cripta, permitindo que grandes grupos de peregrinos a visitem ao mesmo tempo.

As escavações também expuseram uma bacia batismal em forma de cruz.

Os restos da Igreja foram descobertos durante as obras do Ministério da Construção e Habitação para expandir o Ramat Bet Shemesh, um grande subúrbio da cidade de Bet Shemesh, localizado a aproximadamente 30 quilômetros a oeste de Jerusalém.

O Ministério investiu cerca de 70 milhões de NIS na preservação do parque arqueológico, dos quais cerca de 7 milhões foram para a própria escavação.

Milhares de jovens israelenses participaram das escavações como parte dos projetos educacionais da IAA para fortalecer a conexão entre os estudantes israelenses e a história da terra de Israel.

“A visão do Bible Lands Museum é fornecer uma instalação cultural, educacional e experimental que conecte os visitantes que cruzam seus portões às raízes do passado”, comentou a diretora do Museu de Bible Lands, Amanda Weiss.

“Estamos muito satisfeitos com nossa parceria com a IAA, que nos permite apresentar as descobertas impressionantes descobertas na Igreja do ‘Mártir Glorioso’ com a ajuda de milhares de voluntários e jovens”, acrescentou.

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Igreja paga dívida financeira com orações

Credor trocou R$ 15 mil por intercessão em favor da empresa

por Jarbas Aragão-via gospelprime-

Um caso curioso ocorreu na Rússia. Uma igreja ortodoxa da cidade de Nizhny Novgorod possuía uma dívida de 300 mil rublos (cerca de R$ 15 mil) com uma empresa de construção.

A companhia instalou um novo sistema de calefação em um dos prédios da diocese. Na hora de fazer o pagamento, alegou que não possuía todo o dinheiro para arcar com a conta de 916 mil rublos (cerca de R$ 45 mil).

A questão foi parar na justiça. Mas durante as tentativas de se resolver o empasse, surgiu uma solução inusitada. Os donos da construtora, que são fiéis da igreja, aceitaram “trocar” o restante da dívida por orações.

O departamento jurídico da diocese explica que a ideia partiu dos próprios credores. “Ficamos surpresos… Foram eles que fizeram a sugestão”. Andrei Lepustin, diretor de vendas da construtora, explicou que a empresa não tem como comprovar que o acordo será implementado.

“Respeitamos a diocese e somos todos fiéis da Igreja Ortodoxa russa. Dependerá da consciência deles cumprir (o acordo), mas confiamos neles e já sentimos os frutos das orações. Os indicadores econômicos da companhia vêm mostrando um desempenho positivo”, comemora. Com informações de Premier

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Papa dá mais um passo para “religião única mundial”

Após quase mil anos, igreja católica pode “se unir” a Igreja Ortodoxa

por Jarbas Aragão-gospelprime-

 

Papa dá mais um passo para “religião única mundial”Papa Francisco e o patriarca grego é Bartolomeu I.

O papa Francisco e o Patriarca Kirill, líder da Igreja Ortodoxa Russa, se reunirão em Cuba na próxima semana. Esse pode ser um passo histórico na restauração entre os ramos ocidental e oriental do cristianismo.

A divisão dos ortodoxos e católicos ocorreu no ano de 1054 e foi causado por diferenças teológicas e uma disputa de poder entre seus líderes em Roma e Constantinopla (atual Istambul).

Dia 12 de fevereiro será um passo histórico pois será a primeira vez na história que se reunirão um papa católico romano e um patriarca ortodoxo russo para tratar de questões da igreja. Os ortodoxos gregos já possuem uma relação mais próxima com o Vaticano.

A escolha de Cuba como local de encontro chama atenção. O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, explicou que o país foi escolhido por ser considerado um território neutro.

O patriarca Kirill I estará na ilha em visita oficial e depois virá ao Brasil. Francisco fará uma parada na ilha a caminho de sua visita oficial ao México.

Pouco conhecidos no Brasil, existem cerca de 250 milhões de ortodoxos no mundo. A grande maioria, 165 milhões, está na Rússia e países vizinhos, como a Ucrânia. Os demais são do rito grego, cujo patriarca é Bartolomeu I.

A aproximação do Vaticano com os ortodoxos é um feito para Francisco. Desde que assumiu o pontificado ele vem insistindo para uma união das religiões. Foi lançada uma campanha em 2016 que visa unir todas as tradições religiosas. O papa afirma que “nesta variedade de religiões, só há uma certeza que temos para todos: somos todos filhos de Deus”.

Perseguição teria acelerado processo

Segundo o porta-voz do patriarcado, o genocídio de cristãos cometido por terroristas apressou este encontro histórico. O Vaticano anunciou que os líderes terão conversas privadas, seguidas de discursos públicos e assinatura de uma declaração conjunta sobre a necessidade de maior unidade entre os cristãos.

Outros papas haviam tentado essa aproximação, mas os ortodoxos russos sempre insistiram que havia muitas “diferenças” que precisavam ser resolvidas antes de qualquer reunião de alto nível ser realizada.

O Metropolitano Hilarion, importante liderança ortodoxa, explica o que mudou: “A situação atual no Oriente Médio, no Norte e Central África e em algumas outras regiões onde os extremistas realizam um verdadeiro genocídio da população cristã exige medidas urgentes e uma cooperação ainda mais estreita entre as Igrejas cristãs. Precisamos colocar as divergências de lado interno neste momento trágico e juntar esforços”.

Esforços mudariam até o calendário

Uma das grandes diferenças desde o Cisma de 1054 é o calendário usado pelas duas igrejas. O calendário juliano foi substituído em 1582, pelo Papa Gregório XIII, pelo chamado calendário gregoriano. Este é o adotado pela grande maioria dos países ocidentais.

Os cristãos ortodoxos em vários países continuam usando o calendário juliano, que surgiu durante os tempos do Império Romano.

Uma das grandes diferenças são os anos bissextos, e hoje já se acumula uma diferença de 13 dias entre eles. Mas não é só isso. A celebração de várias datas cristãs não ocorre nos mesmos dias. Por exemplo, o Natal para os ortodoxos é comemorado em 7 de janeiro.

Existe um movimento internacional, que envolve anglicanos e também coptas para que todos os cristãos do mundo sigam o mesmo calendário. Com informações IB Times e Christian Today