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Religiosidade na terceira idade faz bem, diz pesquisa

De acordo com estudo, idosos religiosos são propensos a ter melhor bem-estar

                                                     Religiosidade na terceira idade faz bem, diz pesquisa

Um estudo científico publicado no periódico Journal of Ageing and Health chegou à conclusão que pessoas na terceira idade religiosas são propensas a ter melhor bem-estar em comparação à descrentes.

A publicação é de origem de pesquisadores da Universidade Baylor, nos Estados Unidos da América, e afirma que pessoas idosas, ou seja, com mais de 65 anos de idade, que possuem crenças, tendem a observar as situações da vida com maior otimismo e autoestima mais elevada.

“O que descobrimos é que a oração pode estar associada a diferentes níveis de bem-estar, dependendo de como você percebe Deus. Em poucas palavras, os benefícios psicológicos da oração para as pessoas parecem depender da qualidade de seu relacionamento com Ele”, afirmou Blake Kent, pesquisador em Ciências Sociais da Universidade Baylor, ao Daily Mail.

O método de pesquisa se deu por um questionário sobre otimismo, autoestima, contentamento e espiritualidade direcionado à idosos divididos em três grupos: cristãos praticantes, ex-cristãos e ateus.

  As amostras da pesquisa indicavam que os participantes de fé mais acentuada sentiam bem-estar    em suas práticas espirituais. Os níveis nos outros grupos variaram em níveis mais baixos,  principalmente os que se sentiam “distantes” de aspectos mais religiosos.

No entanto, especialistas afirmam que pessoas sem crença não devem se forçar a acreditar em algo, porque esta prática pode afetar a saúde mental do indivíduo e que, portanto, a prática espiritual é uma ação individual cuja variação existe a cada contexto pessoal. “Há uma falsa ideia de que a oração é automaticamente boa para o bem-estar, mas esse não é o caso para todos”, disse Kent.

“Deus é visto como um porto seguro? Então a oração pode ter um benefício. Se Deus está distante ou não é confiável, então, pode ser uma história diferente. Quando você não pode confiar em Deus, a oração não está associada à procura de ajuda e cuidado, mas com incerteza e ansiedade”, finalizou.Com informações do Gospel Prime

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Apenas 13% da população confia plenamente em líderes religiosos

Pesquisa mostra declínio no índice de confiança dos brasileiros

 

 

Apenas 13% da população confia plenamente em líderes religiososApenas 13% da população confia plenamente em líderes religiosos
Apenas 13% da população afirma ter uma “plena confiança” nos líderes religiosos, entendendo que eles agem tendo em vista os “verdadeiros interesses” das pessoas. O percentual foi revelado por uma nova pesquisa do Centro de Pesquisa Pew, feita nos Estados Unidos.
O levantamento mostrou ainda que 39% das pessoas possuem “uma quantidade razoável” de confiança nos líderes religiosos e 32% responderam “não muito”. No outro extremo, 14% dizem não ter “nenhuma confiança” que esses líderes almejam os melhores interesses do país.

Na lista oferecida pelo Instituto, os líderes religiosos têm um grau de confiança menor que cientistas e militares. Essa é uma mudança radical na percepção média da população. Segundo o Christian Today, o estudo não detalha as razões para a falta de confiança das pessoas em padres, pastores, rabinos e imãs. Entre as causas desse declínio estão os escândalos de abuso infantil do clero e as intervenções políticas de alguns líderes religiosos.

Segundo a análise do Centro de Pesquisas: “A confiança nos líderes religiosos está intimamente ligada à própria identidade religiosa das pessoas. A maioria (64%) dos entrevistados que pertenciam a um grupo religioso – seja cristão ou de outra religião – dizem confiar que os líderes religiosos pensam no bem da população em geral. Os protestantes [evangélicos] são particularmente propensos a expressar sua confiança em líderes religiosos (78% disseram ter um nível razoável ou alto de confiança)”.

Entre brasileiros confiança também caiu

No Brasil não há pesquisa igual, mas a medição do Índice de Confiança na Justiça (ICJBrasil), feito anualmente pela Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas.

A confiança da população na maioria das instituições caiu entre 2014 e 2015. Os últimos índices revelados indicam que todas diminuíram, menos polícia e emissoras de TV, que não alteraram os percentuais da pesquisa anterior.

A Igreja Católica é a segunda instituição com mais confiança, embora com a queda de um ponto percentual – passou de 58% para 57% As igrejas evangélicas não eram mencionadas no questionário.

pesquisa

Outro levantamento semelhante, feito pela Associação Brasileira de Consumidores (Proteste) no primeiro semestre deste ano pediu que os entrevistados dessem uma nota de 1 a 10 para 18 instituições. Os resultados foram bem parecidos, e a Igreja aparece como a segunda instituição com maior pontuação (5,6). Perde apenas para as Forças Armadas, que tiveram nota 5,7.

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Por que os homens não gostam de ir à igreja?

O motivo número um que os homens apresentam para não ir à igreja é o: “há muitos hipócritas lá!”

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Da próxima vez que for à igreja aproveite para observar as pessoas sentadas nos bancos. Não fique surpreso se notar que a maioria é formada por mulheres. Se a sua igreja não apresenta essa formação, saiba que é exceção. Esse fato já foi estudado e demonstrado em pesquisas nos EUA e é um fenômeno confirmado de maneira generalizada em qualquer igreja cristã do ocidente, conforme o livro A Igreja Impotente – A Feminilização do Cristianismo, de Leon J. Podles.

Normalmente o público nas igrejas é formado em sua maioria por mulheres com maridos e família, mas também mulheres casadas que frequentam sem seus maridos, mulheres viúvas, mulheres solteiras, jovens e idosos. É pouco provável que você veja algum marido frequentando sem a sua esposa ou muitos homens solteiros.

A pesquisa feita nos EUA aponta que entre os homens que são vistos nos cultos, pode-se destacar algumas características comuns:

  1. Muitos desses homens, estão presentes apenas em corpo, mas completamente desconectados ou desconcentrados do andamento dos trabalhos; raramente vamos vê-los cantando ou envolvidos na adoração e não raro estarão prestando mais atenção aos seus celulares do que na pregação.
  2. Outro tipo identificado nas pesquisas, foram homens com certo padrão de comportamento, seja no vestir, no consumo etc. São trabalhadores que vêm normalmente de áreas administrativas; pouco aparecem trabalhadores de setores que exercem uso de força bruta, ou trabalho braçal.

O Centro de Pesquisa Pew, nos EUA, divulgou dados de pesquisa entre 2008 e 2009 que apontam que cristãos no mundo oscilam em cerca de 53% do sexo feminino e 46% do sexo masculino. Nos EUA, as pesquisas mostram uma disparidade bem maior: 61% de mulheres e 39% homens. Em números absolutos, isto significa que, em qualquer domingo na América, há 13 milhões a mais de mulheres do que homens frequentando os cultos.

A disparidade de gêneros é MAIOR nas principais igrejas liberais das pequenas cidades e áreas rurais e MENOR nos centros urbanos, mais conservadores, em igrejas não denominacionais, mas ocorre igualmente em ambas as igrejas protestante e católica.

Homens não estão apenas em menor proporção frequentando a igreja, eles também são menos propensos a se engajar na fé de outras formas. David Murrow revela em seu livro, “Por que os Homens Odeiam ir à Igreja”, pesquisa realizada por George Barna que descobriu que as mulheres são muito mais inclinadas a se envolver com a sua igreja em quase todos os níveis. Mulheres, de maneira geral, são mais propensas a participar da Escola Bíblica Dominical, a participar de um pequeno grupo de comunhão, a ter um tempo devocional ou meditação, a trabalhar  como voluntárias numa igreja, a ler a Bíblia, a dedicar-se a oração etc. Barna chega a concluir que “as mulheres são a espinha dorsal das congregações cristãs na América.”

Veja as principais desculpas que os homens apresentam para não irem a igreja, em ordem crescente (da menos importante, para a mais importante):

  • Não tenho tempo;
  • Igreja simplesmente não funciona para mim;
  • É muito chato;
  • Não é importante para minha vida;
  • Não gosto do pastor;
  • Não quero falar a respeito;
  • Cultos são muito longos;
  • Eles pedem muito por dinheiro;
  • Igreja é para fracos;
  • O motivo número um que os homens apresentam para não ir à igreja é o: “há muitos hipócritas lá!

Analisadas essas desculpas, elas não fazem muito sentido, já que as mulheres enfrentam os mesmos desafios e mesmo assim mantém a igreja como prioridade em suas vidas. Descobrir as barreiras reais que impedem os homens de irem às igrejas é um dos desafios que se apresenta à igreja atual; por que apresentam motivos, tentando se justificar ao invés de tomarem as mesmas atitudes das mulheres.

No livro de Leon J. Podles, ele justifica que há pelo menos sete séculos a igreja vem padecendo com esse fenômeno. E isso não é assunto para simplórios, pois Podles, aponta muitos outros fenômenos adjacentes que influenciaram na debandada masculina da igreja séculos atrás e envolve tantos estudos paralelos que não cabem no escopo desse artigo. Apenas para constar, ele aponta como os cristãos da Era Pré-Vitoriana, no Reino Unido estavam muito mais familiarizados com o Leão da Tribo de Judá que nós os atuais estamos. Para eles essa imagem evocava um apelo diferente, muito mais masculino, que os incitava a estarem na igreja após o rugido do Leão, enquanto para nós, tão distantes de guerras e conflitos (exceto a violência das favelas), da simbologia do leão, da própria realidade com esse animal, soa apenas como retórica que ecoa palidamente em nossas memórias.

David Murrow faz a triste constatação para a igreja cristã norte-americana, de que a “feminilização da cultura cristã não se trata de uma conspiração, ela simplesmente é resultado de uma instituição e indústria focados no seu mercado. Quando fabricantes de produtos cristãos miram as mulheres, eles fazem mais dinheiro. Quando rádios e TVs miram as mulheres conseguem maior audiência. Quando igrejas miram as mulheres conseguem mais voluntários. É um simples jogo de números.” (Murrow, p.64).

Que resposta deveríamos dar a isso? O próprio Murrow propõe que deveria ser removido esse “pacote irmãzinha/mocinha” que a indústria e a cultura cristã impuseram ao cristianismo – norte-americano, diga-se – e apresentar Cristo como ele é, que Ele tem força suficiente para atrair a todos igualmente.

O tema que o livro de Murrow levanta não é possível de ser esgotado nesse artigo, há muitos e muitos caminhos que as pesquisas demonstram e ele aponta que não caberiam aqui. Ele fala sobre a adoração/louvor e como esse binômio tem se desenvolvido na igreja desde há dois séculos atrás e afetou diretamente a maneira como o homens se afastaram da igreja, como o homem moderno trocou o cristianismo pelo culto à masculinidade – a sua, diga-se de passagem – e tantos outros. Era interessante que mais pessoas se debruçassem sobre esse fenômeno no Brasil também para poder entendê-lo em que medida ele afeta a comunidade brasileira e dar uma resposta adequada à igreja.

Esses estudos e pesquisas, em sua grande maioria, foram feitos para o público norte-americano, mas creio que não destoam tanto da realidade brasileira em grande parte. Que sirvam para nos alertar e aguçar nosso cuidado em como conduzimos nossos cultos, nossa adoração, nossa motivação, pois Cristo morreu por todos, homens e mulheres; “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mateus 11:28).

Bibliografia:
Why Men Hate Going To Church, David Murrow. Thomas Nelson, 2011.
The Church Impotent, Leon J. Podles. Richard Vigilante Books, 1999.

06-06-16 013

Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria,A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.