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China diz que trabalhará com a Rússia para criar uma ordem global “mais justa”

O encontro entre os dois líderes vai acontecer na cúpula de chefes de Estado, onde pretendem discutir formas de desafiar a “ordem global dominada pelo Ocidente”.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CNN E FOX NEWS ATUALIZADO: QUINTA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2022 15:03
Xi Jinping e Vladimir Putin. (Foto: Wikimedia Commons)
Xi Jinping e Vladimir Putin. (Foto: Wikimedia Commons)

Começa nesta quinta-feira (15) a cúpula de chefes de Estado da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês), na cidade de Samarcanda, no Uzbequistão, sob a presidência de Shavkat Mirziyoye, chefe de estado do país centroasiático.

Xi Jinping chegou à Ásia Central, em sua primeira viagem ao exterior depois da pandemia — com o objetivo de reafirmar a influência global de Pequim durante um período de crescente atrito com o Ocidente.

Na viagem, Xi fará uma visita de Estado ao Cazaquistão, antes de viajar para o vizinho Uzbequistão para a cúpula regional, onde se encontrará com o presidente russo, Vladimir Putin, conforme notícias da CNN. Será a primeira reunião pessoal entre China e Rússia, desde a invasão da Ucrânia.

Semanas antes dos tanques da Rússia entrarem na Ucrânia, os dois líderes declararam uma amizade “sem limites”, e Pequim prometeu continuar fortalecendo os laços com Moscou durante a guerra.

A reunião acontecerá à margem da cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (SCO) — um agrupamento econômico e de segurança, liderado pela China, e que reúne nações da Índia ao Irã.

Vale ressaltar que a viagem também ocorre em um momento crucial para Xi Jinping, apenas algumas semanas antes de seu possível terceiro mandato no poder, o que poderá consolidar seu papel como o líder mais poderoso da China em décadas.

‘Nova Ordem internacional’

Um alto funcionário chinês disse que a parceria da China com a Rússia pretende criar uma “nova ordem internacional” que rivalize com a influência ocidental.

“O lado chinês está disposto a trabalhar com o lado russo para implementar continuamente a cooperação estratégica de alto nível entre os dois países, salvaguardar interesses comuns e promover o desenvolvimento da ordem internacional em uma direção mais justa e razoável”, disse Yang Jiechi.

Os comentários do diretor do Escritório da Comissão de Relações Exteriores do Comitê Central do Partido Comunista da China, na última segunda-feira (12), ocorrem em meio à guerra em curso da Rússia com a vizinha Ucrânia.

A invasão violenta por parte dos russos resultou em indignação internacional e um esforço de muitos governos ocidentais para sancionar a Rússia e cortar sua influência em todo o mundo.

Laços comerciais entre chineses e russos

Embora a China não tenha fornecido à Rússia apoio direto ou alívio das sanções, ampliou sua parceria comercial com uma economia russa que luta para encontrar parceiros internacionais.

Cerca de 81% das importações de carros russos durante o segundo trimestre vieram da China, informou a Bloomberg, enquanto a marca chinesa de telefones Xiaomi se tornou a mais popular na Rússia durante o mesmo período, de acordo com a Fox News.

Além disso, a China também tem sido um consumidor confiável de combustível russo, comprando gás natural liquefeito (GNL) com um grande desconto da Rússia.

O acordo beneficiou os dois países, dando à Rússia um comprador para seus recursos energéticos, enquanto a China usou o lucro inesperado para vender fontes de energia com uma margem de lucro para uma economia europeia que se viu sem recursos em meio a sanções contra a Rússia.

Ainda de acordo com a Fox News, Rússia e China estão construindo um enorme gasoduto de 55 bilhões de dólares (equivalente a 287 bilhões de reais) chamado “Poder da Sibéria”, levando gás da Sibéria até Xangai, conforme conta Rebekah Koffler, ex-oficial de inteligência.

“Este é um grande desenvolvimento de importância estratégica, já que Putin está se voltando para a Ásia em grande escala. O Kremlin concluiu que as relações Rússia-EUA são irreparáveis ​​e que as sanções dos EUA e do Ocidente estão aqui para ficar indefinidamente”, continuou a autora do livro “Manual de Putin: o plano secreto da Rússia para derrotar a América”.

Sobre a reunião entre Jinping e Putin

Conforme notícias da CNN, a reunião entre os líderes é uma demonstração do apoio diplomático de Xi Jinping a Putin. Eles compartilham suspeitas e queixas em relação ao Ocidente e possuem a mesma visão de uma “ordem mundial” alternativa.

Conforme analistas, o fato de Xi escolher a Ásia Central é uma forma de enviar uma mensagem clara sobre as prioridades da política externa de Pequim, à medida que as tensões com o Ocidente aumentam sobre a ilha autônoma de Taiwan.

A SCO está sendo uma plataforma para indicar as intenções chinesas. Estabelecida em 2001 por Pequim, juntamente com a Rússia, Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Uzbequistão, o chamado central da organização é combater as ameaças percebidas de “terrorismo, separatismo e extremismo”.

Lembrando que os cristãos, por exemplo, são vistos como “ameaças” ao sistema ditador por insistir em adorar a Cristo em vez de se curvar ao comunismo.

No que pode se transformar a cúpula?

Sob Xi, a SCO expandiu sua ambição, adicionando Índia e Paquistão entre seus membros, em 2017. O Afeganistão é um observador e o Irã está programado para se tornar um membro pleno nesta cúpula, de acordo com relatos da mídia estatal chinesa.

Desde a sua fundação, a SCO tem sido vista por alguns como um potencial bloco anti-EUA, liderado pela China e pela Rússia, para desafiar a ordem global dominada pelo Ocidente.

Conforme a CNN, Pequim e Moscou certamente têm ambições para um novo mundo multipolar. Xi e Putin discutiram isso quando se encontraram pela última vez em Pequim e, na segunda-feira, o principal diplomata de Pequim, Yang Jiechi, disse ao embaixador russo, Andrey Denisov, que a China está pronta para trabalhar com a Rússia para levar a ordem global “em uma direção mais justa e racional”.

Mas especialistas dizem que em seu estado atual, a SCO não é realmente a plataforma perfeita para impulsionar essa agenda. Como organização multilateral, a SCO é um bloco regional muito mais fraco em comparação com a União Europeia ou a Associação das Nações do Sudeste Asiático.

Na verdade, às vezes houve alguma tensão dentro da SCO. A Rússia tentou promover alguns de seus interesses que nem sempre estão alinhados com os da China na região.

“Não acho que esteja perfeitamente configurado para ser esse tipo de plataforma para moldar uma nova ordem mundial”, disse Brian Hart, membro do China Power Project no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.

“Mas acho que é uma organização importante, que Pequim espera continuar a apoiar e liderar”, concluiu Brian ao apontar o quanto a China está apreciando a adesão da Rússia.

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‘É impossível escravizar um povo que lê a Bíblia’: Como surgiu a Escola Bíblica Dominical

Criada em 1780 na Inglaterra, a Escola Dominical chegou ao Brasil um século depois através de missionários escoceses.
FONTE: GUIAME, CÁSSIA DE OLIVEIRAATUALIZADO: SEXTA-FEIRA, 16 DE SETEMBRO DE 2022 11:00
Primeira EBD na Assembleia de Deus de São Cristóvão (RJ), em agosto de 1929. Ao centro, os missionários Gunnar e Frida Vingren. (Foto: Escola Dominical/CPAD).
Primeira EBD na Assembleia de Deus de São Cristóvão (RJ), em agosto de 1929. Ao centro, os missionários Gunnar e Frida Vingren. (Foto: Escola Dominical/CPAD).

Neste domingo (18), a Igreja brasileira comemora o Dia Nacional da EBD. Ao contrário do que muitos possam imaginar, a Escola Bíblica Dominical não nasceu em um seminário teológico renomado com os grandes nomes da teologia.

Tudo começou em 1780, na cidade de Gloucester, na Inglaterra, em uma região pobre que sofria com a desigualdade social e com o analfabetismo, durante a Revolução Industrial.

Segundo o site Escola Dominical, da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), o jornalista cristão Robert Raikes se preocupou ao notar que as crianças ficavam vagando nas ruas nos domingos, sem nada para fazer.

Na época, não havia escolas públicas e as crianças pobres trabalhavam 12 horas por dia, de segunda a sábado, nas fábricas. Raikes se preocupou com o futuro daqueles meninos e meninas.


No século 19 na Inglaterra, crianças pobres trabalhavam 12 horas por dia, de segunda a sábado, nas fábricas. (Foto: PhHere).

Foi assim que o jornalista teve a ideia de criar uma escola que funcionasse aos domingos e ensinasse os princípios bíblicos e morais, o civismo, as boas maneiras e a ler e a escrever.

Com a ajuda de algumas senhoras, que iam de casa em casa explicar o projeto e convencer os pais a permitirem que os filhos frequentassem a escola, Raikes conseguiu colocar seu plano em prática e, em 20 de julho daquele ano, foi fundada a Escola Dominical.

Transformando uma cidade inteira através da Bíblia

A escola de Raikes se tornou um sucesso e a procura cresceu tanto que em apenas três anos havia sete Escolas Dominicais, com uma média de 30 alunos, em Gloucester.

O poder do ensino da Palavra de Deus acabou transformando a cidade inteira. Além de tirar as crianças das ruas, as livrando de influências perigosas, em 12 anos após a criação da EBD, não havia um único criminoso para ser julgado na cidade.

Para o teólogo Rodrigo Urccino, a Escola Bíblica tem sido eficaz na formação de melhores cidadãos na sociedade e do caráter de Cristo na Igreja.

“A EBD não é apenas uma escola criada para aumentar nosso conhecimento, mas para transformar nossas vidas e fazer com que os seus alunos sejam capacitados para transformarem a sociedade onde estão inseridos”, ressaltou Urccino, em entrevista ao Guiame.

E acrescentou: “Como bem disse o jornalista norte-americano, Horace Greeley: “É impossível, mental e socialmente, escravizar um povo que lê a Bíblia”.


A Escola Dominical foi criada por Robert Raikes em 1780, na Inglaterra. (Foto: George Romney).

De acordo com a Crich Baptist Church, depois de 50 anos da criação da primeira escola bíblica, as EBDs se espalharam por toda a Inglaterra, educando cerca de mais de 1 milhão de crianças.

Em uma de suas cartas, John Wesley comentou sobre o fenômeno, destacando seu potencial de formar crentes maduros na fé.

“Eu encontro essas escolas surgindo onde quer que eu vá. Talvez Deus possa ter um fim mais profundo nisso do que os homens estão cientes. Quem sabe, algumas dessas escolas podem se tornar berçário para cristãos”, escreveu.

E, de fato, foi isso que aconteceu. Muitos dos grandes pregadores da história do cristianismo, como Charles Spurgeon, forjaram sua fé na Escola Dominical e foram professores da EBD antes de se tornarem evangelistas.

O movimento da Escola Bíblica se espalhou pela Europa e pelos Estados Unidos e nos séculos seguintes, chegou a todas as partes do mundo. Em 1803 foi criada a União das Escolas Dominicais.

A Escola Dominical chega ao Brasil


Primeira EBD na Assembleia de Deus de São Cristóvão (RJ), em agosto de 1929. Ao centro, os missionários Gunnar e Frida Vingren. (Foto: Escola Dominical/CPAD).

No Brasil, a EBD chegou através dos missionários escoceses Robert e Sara Kalley. Em 19 de agosto de 1855, na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, eles ministraram a primeira Escola Dominical em terras tupiniquins, de acordo com a Igreja Presbiteriana de Pinheiros.

Na ocasião, apenas cinco crianças assistiram a aula. Mas não demorou muito para o trabalho dos missionários florescer e alcançar os lugares mais distantes do país.

Mais tarde, foi essa mesma EBD que deu origem à Igreja Congregacional no Brasil.

Mas, foi no século seguinte que a cultura da Escola Bíblica se espalhou por toda a nação, através dos missionários suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren, fundadores da Igreja Assembleia de Deus.

“As Assembleias de Deus, originalmente são igrejas voltadas à Bíblia, ainda que muitos pelo senso comum pensem o contrário, os fundadores e pioneiros do movimento assembleiano eram pessoas muito capacitadas teologicamente”, explicou Urccino, pastor na AD em Guarulhos (SP).

Segundo ele, Gunnar Vingren, por exemplo, aos 18 anos já ministrava aulas na EBD e logo depois, ingressou no Seminário Teológico Batista de Chicago.

“Ficou impregnado em seu coração o poder do ensino bíblico-teológico desde a fundação das Assembleias de Deus”, observou Rodrigo.

A primeira Escola Dominical da denominação aconteceu em agosto de 1911, na casa do irmão José Batista Carvalho, em Belém, no Pará, dois meses após a fundação da Assembleia de Deus.

A escola contava com quatro classes: homens, senhoras, meninos e meninas. Entre os primeiros professores, estavam os missionários Samuel Nyström e Lina Nyström, também pioneiros da AD no Brasil.

No início da década de 1920 no Pará, surgiram as revistas da Escola Dominical. Elas eram publicadas em forma de suplemento no jornal assembleiano Boa Semente.

Chamado de “Estudos Dominicais”, as primeiras revistas foram escritas por Samuel Nystrom, que possuía grande conhecimento bíblico.

Em 1930, no Rio de Janeiro, é criada a revista “Lições Bíblicas”, nome que permanece até hoje.


Uma das primeiras Revistas “Lições Bíblicas”. (Foto: CPAD). 

Nos primeiros anos, a revista era semestral devido a demora da entrega dos correios, naquela época, feita apenas pelo mar. A publicação levava muito tempo para chegar às regiões mais distantes do Brasil.

Com o desenvolvimento das entregas, as Lições Bíblicas passaram a ser trimestrais.

Na década de 1950, a Escola Dominical passou por um grande avanço com a criação da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), contando com grandes nomes da literatura cristã como comentaristas, incluindo Eurico Bergstén, N. Lawrence Olson e Orlando Boyer.

A maior escola do mundo

O pastor Urccino destacou que a Escola Bíblica chegou a todos os cantos do Brasil através da Assembleia de Deus.

“Ela está presente em todas as congregações da denominação, desde as mais periféricas até as mais centralizadas, causando um enorme benefício social (além do espiritual), principalmente nas comunidades mais pobres e carentes”, observou.

Conforme o teólogo, a EBD é a maior e a melhor escola do mundo. “São milhões de pessoas, crianças, adolescentes, jovens e adultos, todos os domingos, estudando as Escrituras Sagradas, fortalecendo os valores centrais do cristianismo e do Reino de Deus”, afirmou Rodrigo.

Além de fortalecer e aprofundar a fé do cristão, a Escola Bíblica protege contra os falsos ensinamentos do mundo.

“A EBD tem contribuído em curto e longo prazo com a manutenção da fé cristã e, de maneira apologética, como um escudo contra as sutilezas de satanás. Ou seja, nela o cristão se reveste de conhecimento para enfrentar as ideologias malignas e as heresias das falsas religiões”, declarou Urccino.

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A Igreja Católica e a Maçonaria

“VOU EXPLICAR-LHE POR QUE A MAÇONARIA E A IGREJA SÃO INCOMPATÍVEIS” (Padre Zbigniew Suchecki)

Por Nico Spuntoni – Fonte: https://lanuovabq.it/

Existem cerca de seiscentos documentos, aprovados pelos Papas, que condenam a Maçonaria, sob qualquer forma. A Maçonaria “nega em princípio o valor da verdade revelada”, rejeitando qualquer fé nos dogmas ensinados pela Igreja. O indiferentismo religioso dos maçons é caracterizado por uma “concepção deísta”, incompatível com a concepção católica. La Bussola entrevista o padre Zbigniew Suchecki, um dos maiores especialistas na complexa relação entre a Igreja e a Maçonaria.
O julgamento da Igreja sobre a Maçonaria sempre levou em consideração não apenas o fato de que a organização opera contra a Noiva de Cristo ou não, mas, de modo mais geral, de estar em contradição filosófica e moral com a doutrina católica. Eles vão desde a bula de excomunhão In eminenti apost o lat us specula (1738) de Clemente XII até a declaração da Congregação para a Doutrina da Fé de 26 de novembro de 1983, redigida pelo então cardeal Joseph Ratzinger e aprovada por São João Paulo II. Os pronunciamentos da Igreja contra a Maçonaria se repetem ao longo dos séculos e reafirmam que até agora nada mudou na legislação sobre o assunto.
O New Compass falou sobre a complexa relação entre a Maçonaria e a Igreja Católica com o Padre Zbigniew Suchecki, professor da Pontifícia Faculdade de St. Bonaventura – Seraphicum e um dos maiores especialistas no assunto, sobre o qual escreveu os volumes La Maçonaria nas disposições do “Codex Iuris Canonici” de 1917 e 1983 e Igreja e Maçonaria. Volumes nos quais ele se inspirou para responder às nossas perguntas.

Padre Suchecki, sobre a relação entre a Igreja e a Maçonaria, quais são os documentos que merecem ser lembrados?

O cânon 2335 do Código de Direito Canônico de 1917 declara que aqueles que se inscrevem na Maçonaria ou outras associações do mesmo tipo, que conspiram contra a Igreja, incorrem ipso facto na excomunhão reservada à Sé Apostólica. Nos últimos séculos a Maçonaria, seja regular, legítima, irregular ou “desviante”, sem distinção, foi condenada por vários Papas em cerca de seiscentos documentos. No entanto, a questão é muito atual porque muitos católicos pertencem à Maçonaria.

Quais foram as posições que surgiram sobre a maçonaria durante o Concílio Vaticano II ?
A Comissão Pré-preparatória do Concílio Vaticano II havia reunido em seis pontos as propostas dos bispos e a documentação que dizia respeito explicitamente à Maçonaria, De secta Francomurariorum.
Os bispos pediram explicitamente que a condenação da Maçonaria fosse confirmada. Durante o Concílio Vaticano II, houve quem tentasse apresentar a Maçonaria em uma perspectiva diferente, empurrando para uma revisão da posição tomada no passado pela Igreja. Por exemplo, o tema referente à Maçonaria foi lembrado por cartão. Ernesto Ruffini durante a 89ª Congregação Geral e três vezes pelo bispo de Cuernavaca, no México, Mons. Sergio Méndez Arceo, que durante a 35ª Congregação Geral destacou que na Maçonaria há muitos cristãos não católicos, que, se conhecessem melhor a Igreja, poderiam ser um fermento para eliminar da Maçonaria o que há de anticristão e anticristão nela. -Católico. Durante a 71ª Congregação Geral, Monsenhor S. Méndez Arceo, referindo-se à Maçonaria.
Como a Muratória Livre questiona a Igreja? Essa posição mudou ao longo do tempo?
O fato de que a Maçonaria questiona a Igreja de maneira fundamental não mudou. Esta circunstância torna-se particularmente clara se considerarmos que autocompreensão concreta, que base cultural, que concepção do presente e que perspectiva de futuro os maçons se deram como programa espirituoso e combativo no documento: Tese para o ano 2000 , publicado há 22 anos. Nela o valor da verdade revelada é negado em princípio, e com esse indiferentismo uma religião revelada é excluída desde o início.
Por que entre as razões da incompatibilidade está o conceito de “verdade” próprio da Muratória Livre ?
Nos anos de 1974-1980, a Conferência Episcopal Alemã criou uma Comissão oficialmente encarregada de examinar a compatibilidade dos membros contemporâneos da Igreja Católica e da Maçonaria. Após as conversas oficiais entre a Igreja Católica e a Maçonaria, foram produzidos depoimentos conclusivos da obra em que foram expostos os motivos da incompatibilidade. Neles, lemos que «os maçons negam a possibilidade de um conhecimento objetivo da verdade. A relatividade de cada verdade representa a base da Maçonaria. Como o maçom livre rejeita qualquer fé em dogmas, ele não admite nenhum dogma mesmo em sua Loja. Tal conceito de verdade não é compatível com o conceito católico de verdade, nem do ponto de vista da teologia natural.
Em 1983 a Congregação para a Doutrina da Fé , na época dirigida pelo Cardeal Ratzinger, sentiu a necessidade de fazer um documento sobre a incompatibilidade entre a Igreja e a Maçonaria, escrevendo que “existia a possibilidade de que a opinião errônea segundo a qual a adesão a uma loja maçônica agora era legal “. Pode-se ainda dizer que a iniciação dos rituais maçônicos está em contradição explícita com a dos sacramentos cristãos?
No coração dos Rituais Maçônicos está o conceito do “Grande Arquiteto do Universo”. Apesar da manifestação de boa vontade na tentativa de abraçar qualquer religião, trata-se de uma concepção deísta. Essa representação de um Arquiteto universal que domina em um afastamento deísta mina os fundamentos da concepção católica de Deus e de sua resposta ao Deus que os desafia como Pai e Senhor. Como se observa na afirmação conclusiva da já mencionada Declaração da Conferência Episcopal Alemã de 1980 sobre a pertença dos católicos à Maçonaria, portanto, «as oposições indicadas tocam os fundamentos da existência cristã.

A Zeno.FM Station

Luiz Sergio Castro às 11:22:00

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3 comentários:

Anônimo2 de junho de 2022 12:56

O desconhecimento dos fundamentos basilares da Maçonaria e o “esquecimento” proposital dos crimes cometidos contra o conhecimento da humanidade (inquisição), é que permitem que siga avante o pensamento retrógrado do gestor católico. Sou Católico e Maçom.
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Anônimo2 de junho de 2022 15:14

Apoiado

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Anônimo2 de junho de 2022 13:30

A Igreja Católica, hoje, não nos preocupa porque não faz proselitismo contra a Maçonaria. Devemos nos preocupar com as igrejas neo-pentecostais. Basta uma busca rápida nas redes sociais para constatar quem são os verdadeiros inimigos da fraternidade.
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