Mais desmoronamentos podem atingir cidade antiga de Pompeia

 

O desmoronamento, numa das principais atrações turísticas da Itália, causou embaraço no governo

08 de novembro de 2010 | 18h 29

Associated Press – AP

Mais edifícios no interior da antiga cidade romana de Pompeia podem desmoronar, disse no domingo o ministro da Cultura da Itália, um dia depois de uma casa de 2.000 anos, usada no passado por gladiadores, ter se reduzido a escombros.

Salvatore Laporta/AP

Salvatore Laporta/AP

Trabalhadores em meio aos destroços da casa dos gladiadores

O desmoronamento, numa das principais atrações turísticas da Itália, causou embaraço no governo. O presidente Giorgio Napolitano disse que o ocorrido era uma "desgraça para a Itália" e exigiu explicações.

O ministro da Cultura, Sandro Bondi, que foi a Pompeia para avaliar o estrago, informa a mídia italiana.

Dado o número de prédios que precisam ser restaurados, novos danos são virtualmente "inevitáveis", disse Daniela Leone, porta-voz da superintendência arqueológica de Pompeia."É uma área vasta, que requer manutenção, recursos", disse ela.

A casa que caiu no sábado era usada por gladiadores para treinar antes dos combates realizados num anfiteatro próximo, bem como por outros atletas. Também funcionava como armazém de armas e armaduras.

Acredita-se que tenham sido construída muito antes da destruição da cidade por uma erupção do vulcão Vesúvio, no ano 79. A casa havia sido parcialmente destruída na 2ª Guerra Mundial, e teve partes reconstruídas.

Bondi sugeriu que infiltrações de água podem ter causado o desmoronamento, mas que afrescos na parte baixa das paredes talvez possam ser salvos.

Descoberta inscrição sobre faraó egípcio na Arábia Saudita

 

Texto mencionando Ramsés III é o primeiro registro de hieróglifos já encontrado em território saudita

08 de novembro de 2010 | 16h 30 Fonte: Estadão.com

REUTERS – REUTERS

A Arábia Saudita encontrou sua primeira inscrição hieroglífica mencionando um faraó egípcio, datando de mais de 3.000 anos.

Reprodução

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Sarcófago de Ramsés III, atualmente no Museu do Louvre, em Paris

O texto está numa rocha perto da cidade de Tabuk, informa a mídia estatal saudita.

As inscrições, que contêm o nome do faraó Ramsés III, datam do século 12 a.C. e são os primeiros hieróglifos já encontrados em território saudita. Ramsés III governou o Egito de 1.192 a.C. a 1.160 a.C.

A descoberta foi feita em julho, no oásis de Tayma, que se localiza no que foi, segundo arqueólogos, uma importante rota entre a costa da Arábia e o Vale do Nilo.

A Arábia Saudita vem promovendo esforços para intensificar as descobertas arqueológicas no país.

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Vaticano irá realizar cúpula para discutir casos de abusos sexuais

Fonte: Folha.com

O papa Bento 16 irá reunir cardeais do mundo todo em Roma na próxima semana para discutir escândalos sexuais envolvendo membros da Igreja Católica, além de outras questões envolvendo a instituição, informou o Vaticano nesta segunda-feira. A cúpula — que ocorrerá no próximo dia 19– será presidida pelo cardeal americano William Levada.

A reunião será um dia antes da cerimônia em que Bento 16 irá nomear 24 novos cardeais, e da qual costumam participar membros do alto clero do mundo todo. De acordo com o Vaticano, a cúpula será um dia de "reflexão e orações", que também incluirá discussões sobre a ameaça à liberdade religiosa, a relação com outras religiões e os procedimentos que devem ser seguidos para que anglicanos insatisfeitos possam se integrar à Igreja Católica.

Nesta segunda-feira, cinco bispos ingleses anunciaram que iriam se converter ao catolicismo, depois do convite de Bento 16 para a integração dos anglicanos.

Alegações de abusos contra clérigos tomaram dimensão internacional, com a revelação de milhares de supostas vítimas e de indícios de que inúmeros casos foram acobertados pelo Vaticano durante décadas. As revelações abalaram a igreja neste ano, particularmente na Europa, nos Estados Unidos e na Austrália.

Desde a eclosão de uma série de escândalos em vários países neste ano, e sob fortes críticas de que o Vaticano teria feito vistas grossas, o papa tem feito reiteradas declarações públicas condenando os casos. Ele já admitiu que a Igreja não tomou medidas suficientes para deter os abusos e se reuniu com vítimas do mundo todo, prometendo combater a ocorrência de novos abusos.

No mês passado, ele disse que os abusos são "absolutamente reprováveis", mas não podem desacreditar a missão sacerdotal, e que na vida celibatária se pode viver "uma humanidade autêntica, pura e madura".

Em visita ao Reino Unido em setembro, Bento 16 já havia condenado a "perversão" de sacerdotes e lamentado a falta de vigilância da igreja para os casos de pedofilia. Em junho deste ano, ele chegou a "implorar perdão" a Deus e às vítimas de abusos sexuais por sacerdotes.

Bernie McDaid e Gary Bergeron, fundadores do site de vítimas de abusos (www.survivorsvoice.org), disseram na última sexta-feira (5), em coletiva de imprensa, que iniciariam uma petição para que a Organização das Nações Unidas considere a pedofilia sistêmica um crime contra a humanidade.

"Não somos aleijados. Somos pessoas feridas e que agora estão dispostas a falar sobre isso. A culpa e a vergonha estão encobertas", afirmou McDaid, que se tornou uma das primeiras vítimas de abuso a se encontrar com o papa, em Washington, há dois anos.