Categorias
Estudos

Islã-Uma religião anti-cristã – Entrevista com Didi Coman

mulcumanoPortas Abertas tem trabalhado de forma intensiva com o chamado para o mundo árabe, região onde o Irmão André diz representar um desafio maior do que foi a Cortina de Ferro, que marcou o início da Missão.

Que diferenças há entre esses dois contextos sobre a perseguição aos cristãos?

No período da Cortina de Ferro, as pessoas sofriam por causa de uma ideologia. Já no mundo islâmico, os cristãos sofrem por conta de uma religião anticristã. O islã é um desafio maior porque a religião parece estar mais enraizada na forma de pensar das pessoas ao longo dos séculos. Embora o ponto de partida seja diferente, o resultado é praticamente o mesmo: intimidação pessoal, dificuldade de ter ou encontrar algum emprego e, por último, ser preso ou morto. Em ambos os regimes, os cristãos vivem sob pressão e/ou intimidação.

Até que ponto a cultura religiosa local influencia os governos a adotarem medidas anticristãs? Aonde começam estas iniciativas discriminatórias?

Nos países muçulmanos, a religião é parte integral da sociedade. Não há divisão entre religião e Estado. As leis do Estado são baseadas na religião. O islã é a sua forma de vida. Quando você não coopera com isso, então começa a discriminação.

No contexto oriental, as mulheres não são valorizadas, sem mencionar os lugares onde são consideradas propriedades dos homens como em algumas sociedades africanas e asiáticas. Quais as restrições que uma nova convertida ao Evangelho enfrenta nessas sociedades? O que pode acontecer caso ela torne pública sua fé?

Na maioria destes países, as mulheres são respeitadas desde que cumpram seu papel e deveres no meio em que vivem. Elas são capazes de estudar e serem parte integral da sociedade, dentro de certo contexto. Na maioria dos países ocidentais, temos uma cultura de culpa. Na maioria dos países orientais, temos uma cultura de vergonha. Se a mulher não cumpre seu papel na sociedade, elas envergonham seus parentes. Quando se tornam cristãs, não mais cumprem seu papel e estão completamente cientes disso. Grande parte delas não expõe abertamente sobre a conversão ao cristianismo em respeito às suas famílias. Caso tornem pública sua fé, então são trancafiadas, surradas, expulsas de casa, etc.

Em seu contato com famílias cristãs que enfrentam perseguição, como você avalia suas vidas? Até que ponto elas são capazes de compartilhar sua privacidade, conforto e até mesmo segurança em prol da obra de Deus?

Quando a família toda é cristã, elas apenas têm de enfrentar perseguição de fora. Algumas vezes, outros membros da família não querem ter contato com elas, algumas vezes, elas serão despedidas de seus empregos, vigiadas pelas autoridades e sem nenhuma liberdade em suas vidas privadas, sentindo-se sempre inseguras sobre seu futuro e sobre quem as vigia. Quando somente um ou dois membros da família são cristãos, as pessoas têm de tomar cuidado dentro de suas próprias famílias. Algumas vezes, elas são expulsas de casa, relacionamentos são destruídos e, como me disse um rapaz recentemente: ‘Perdi tudo (casa, noiva), mas ganhei Jesus como meu Salvador. Então, tenho tudo que preciso!’

Quais os efeitos da perseguição religiosa sobre a família de um obreiro cristão?

Recentemente, encontrei-me com a esposa de um líder cristão que está preso. Seus filhos eram muito dedicados ao pai, especialmente o mais novo. Todo dia ele chorava sentindo a falta do pai. Ela estava abandonada. Até mesmo seus amigos e membros da igreja tinham medo de ter contato com ela. Eles temem que a polícia vá a suas casas e as possíveis conseqüências. Este é apenas um exemplo, mas os membros da família também sofrem. Acontece também que, devido à perseguição do homem, não há mais renda e, em alguns casos, nem mesmo uma casa para morar, etc. Em geral, é a solidão.

A Igreja Evangélica tem uma presença forte das mulheres. No Brasil, estima-se que, a cada 10 cristãos, 6.5 são mulheres. Quais as razões da predominância de mulheres na Igreja?

Talvez as mulheres sejam mais sensíveis, mais abertas ao Evangelho. Na bíblia, vemos que Jesus, após a Ressurreição, encontrou-se primeiro com as mulheres. E isso não acontece somente no Brasil, mas também em outros países pelo mundo. Os verdadeiros motivos? Não há uma resposta clara!

Em contrapartida, com o advento do ministério pastoral feminino, o papel das mulheres, que sempre teve pequena expressão, está agora aumentando. Mas as grandes denominações e organizações religiosas ainda não são dirigidas por mulheres. O que é necessário para mudar essa mentalidade e fazer com que as mulheres cristãs tenham um papel na Igreja que mereçam e tenham a habilidade de pô-lo em prática?

Deus nos diz na bíblia que Adão e Eva foram criados e ambos complementavam um ao outro. “Então criou Deus o homem à sua própria imagem… Macho e fêmea os criou” (Gênesis 1:27). Juntos, macho e fêmea foram chamados ‘o homem à sua imagem’. Ambos têm seus papeis específicos e lugares dentro do Reino de Deus. Deus deu a todos nós, homens e mulheres, dons específicos e talentos. O papel da mulher na Igreja tem sido muitas vezes subestimado ao longo da história. Desse modo, que a Igreja se levante e dê a cada pessoa o lugar que merece de acordo com seus próprios dons e talentos. E também, de uma vez por todas, às mulheres. O mais importante não é que a mulher dirija uma igreja, mas que cada pessoa seja capaz de desenvolver, dentro da Igreja, os dons específicos e talentos que Deus lhe deu; homens e mulheres!

Quais são as maiores necessidades da Igreja Perseguida hoje?

As maiores necessidades são: Apocalipse 3:2: “Desperta! Fortalece o remanescente que está para morrer…”. A Igreja ‘livre’ tem que despertar para ‘cuidar’ daqueles que são parte do mesmo corpo, mas sofrem! Primeiramente, através de orações, encorajando, sendo informado, também através de Portas Abertas, e dando dinheiro para comprar bíblias e material de estudo. A maior necessidade: vamos nos levantar como Igreja livre e dizer a todos sobre a parte do nosso corpo que sofre e precisa de nosso apoio!

Em sua opinião, por que a obra missionária está tendo cada vez menos apelo na Igreja Ocidental?

Em muitas igrejas, parece que há mais e mais pessoas indiferentes, ocupadas com suas próprias coisas, ganhando dinheiro, com todos os tipos de atividade na sociedade, ocupadas em cada aspecto de suas vidas. Existe talvez uma falta de responsabilidade em relação à divulgação do Evangelho. Além disso, como está o desenvolvimento e o ensino sobre a obra missionária dentro da Igreja? Em algumas igrejas, isso também está diminuindo. É mais fácil ter seu Deus pessoal e estar em sua própria zona de conforto. Assim, sente-se mais seguro. Seria egoísmo?

Quais os tipos de atividades que você desenvolve?

Eu viajo em prol da Igreja Perseguida. Primeiramente, para me encontrar com as pessoas que quero encorajar, cuidar delas, orar com elas e animá-las. Além disso, quero que a Igreja do mundo livre saiba que há outra parte do nosso corpo que sofre. Quero ser a sua voz uma vez que eles (a maioria) não são capazes de falar por si.

Pelo que você viu, o que pode dizer sobre a Igreja Evangélica brasileira e qual sua expectativa sobre os resultados de sua vinda ao Brasil?

Em primeiro lugar, eu e meu esposo (Ben) experimentamos muito calor humano e abertura dentro da Igreja Evangélica brasileira. Na maioria das igrejas, houve abertura para receber a mensagem da Igreja Perseguida. Através da mensagem, a ligação com a Igreja Perseguida foi feita ou renovada. Houve também uma conscientização da necessidade de oração e percepção de que a Igreja Perseguida é parte de nós. Como algumas mulheres me disseram: ‘Nós sabíamos que devíamos orar, mas agora sabemos que é essencial que haja mais oração por eles!’.

Didi Coman é casada com Ben e têm 3 filhos e 11 netos. Alguns anos depois de o casal ter se convertido, em julho de 1977, ambos foram convidados para trabalhar no ministério em tempo integral da Portas Abertas, sendo assim, já estão na organização há mais de 30 anos.

Ben Coman é irmão do presidente emérito da Portas Abertas Internacional. Ele envolveu-se com entrega de Bíblias, livros cristãos e outros materiais para a Igreja que se encontrava atrás da Cortina de Ferro, em especial a Romênia, por isso, muitos o chamavam de Sr. Romênia.

 

Categorias
Noticias

Brasil e Holanda confrontam ‘irmãos’ Robinho e Robben na semi

COPA DO MUNDO 2010

 

Nomes e estilos parecidos, mesmo número de camisa, 11, e por muito pouco quase o mesmo dia de nascimento. Quando Robinho veio ao mundo, em 25 de janeiro de 1984, Robben tinha apenas dois dias de vida. O brasileiro é natural de São Vicente, no litoral de São Paulo, enquanto o holandês é de Bedum, cidade do norte do país, próxima à fronteira com a Alemanha. Os dois têm em comum o dom do drible. Qualidade que será colocada à prova nesta sexta-feira, às 11h (de Brasília), no duelo entre Brasil e Holanda, em Porto Elizabeth, pelas quartas de final da Copa do Mundo.

“É só pegar os últimos jogos do Robben pelo Bayern de Munique, na Liga dos Campeões: ele foi decisivo” alertou o técnico Dunga, da seleção brasileira.

Robinho, porém, também é decisivo. E Dunga sabe disso. Não à toa o atacante é quem mais jogou sob o comando do treinador, desde agosto de 2006. Aliás, depois do empate por0 a 0 com Portugal, na última rodada da fase de grupos, o técnico do Brasil lamentou não ter o Rei das Pedaladas, poupado com desconforto muscular. Até porque o time luso armou uma retranca para a equipe brasileira.

“O que mais acrescentaria para o Brasil seria o Robinho, porque ele tem capacidade de driblar em espaço reduzido” falou Dunga à época.

Robinho x Robben: duelo de atacantes habilidosos

Assim como Robinho, Robben, que foi campeão espanhol com o brasileiro em 2008, no Real Madrid, é uma das principais esperanças da Holanda nesta Copa do Mundo. Só que por ter chegado ao Mundial com uma lesão na coxa esquerda, o atacante do Bayern de Munique estreou apenas na última rodada da fase de grupos, na vitória por 2 a 1 sobre Camarões. Jogou por quase 20 minutos, mas esse tempo foi o suficiente para ele ser decisivo e participar do gol da vitória. Já nas oitavas, contra a Eslováquia, ele abriu o placar no triunfo por 2 a 1.

“A Holanda não é só o Robben, tem também outros jogadores importantes. Quando jogamos contra o Drogba (da Costa do Marfim) e contra o Cristiano Ronaldo (de Portugal), nós não fizemos marcação especial” falou Juan, um dos principais líderes do sistema defensivo da seleção brasileira.

Robinho, por sua vez, teve mais oportunidades de estar em campo nesta Copa do Mundo. Dos quatro jogos do Brasil até aqui, ele esteve em três. E foi decisivo em todos. Contra a Coreia do Norte, na estreia, ele deu o passe para o gol de Elano, no triunfo por 2 a 1. Depois, diante da Costa do Marfim, ele participou da jogada do primeiro gol, marcado por Luis Fabiano, após passe de Kaká. No jogo contra o Chile, ele repetiu isso e iniciou a jogada que terminou com gol do camisa 9 após passe da estrela Kaká e ainda deixou a sua marca na vitória por 3 a 0.

As semelhanças entre Robinho e Robben, no entanto, não estão apenas nas características e no poder de decisão. Estão também nos números. É claro que o jogador brasileiro teve mais participações e por isso as estatísticas são melhores, mas proporcionalmente, levando em conta os minutos e os quilômetros percorridos em campo, o desempenho de ambos é parecido (confira no infográfico).

Para o técnico holandês, Van Marwijk, o Brasil é o favorito ao título do Mundial. Mas ele não se arriscaria em uma troca de Robben e Sneijder por Robinho e Kaká.

“O Brasil tem grandes jogadores, mas eu não trocaria” respondeu Van Marwijk

Boa notícia no Brasil e mistério na Holanda

Para o duelo desta sexta-feira, contra a Holanda, Dunga esperava poder contar com o retorno de todos os jogadores machucados. Mas não será bem assim. Elano, com um edema ósseo no tornozelo direito, está fora pela terceira partida seguida e pode até não vir mais a jogar nesta Copa do Mundo, caso o Brasil se classifique. Assim, o lateral-direito Daniel Alves segue improvisado em seu lugar.

Por outro lado, o técnico verde e amarelo deve escalar novamente Felipe Melo como titular. O volante ficou fora das oitavas de final, contra o Chile, por conta de um problema no tornozelo esquerdo, sofrido no empate com Portugal, após entrada do luso-brasileiro Pepe. Nos últimos dois dias, ele treinou normalmente e deve aparecer no lugar de Ramires, suspenso por conta do segundo cartão amarelo.

Quem também parece estar bem e à disposição de Dunga para ficar no banco de reservas é o meia Julio Baptista. Recuperado de uma pancada no joelho esquerdo, o camisa 19 treinou normalmente.

Na Holanda, o técnico Van Marwijk não tem nenhum problema de ordem médica – Van der Vaart, que treinava separado por causa de dores na panturrilha esquerda treinou normalmente nesta sexta – para escalar a equipe que encara o Brasil. Mas ele não deu dicas sobre como deve ser o time, tanto que no último treinamento não mostrou nada taticamente em campo. Fez apenas um recreativo e treinou pênaltis um dia antes. Porém, ele está certo de que os seus jogadores estão preparados.

“Estamos, sem dúvida, prontos para a partida. O nosso padrão de jogo não vai mudar. Temos capacidade de jogar mais e queremos mostrar isso contra o Brasil. Vamos buscar um desempenho melhor para tentar ganhar” falou.

Data: 8/8/2010
Fonte: G1

Categorias
Noticias

GOLEIRO BRUNO: Namorada evangélica de atleta do Flamengo dá sua versão sobre caso

Se a vida do goleiro Bruno está de pernas para ar, uma pessoa muito próxima sofre tanto quanto ele. A dentista Ingrid Calheiros, 24 anos, que diz ser namorada do jogador desde julho de 2008, não esconde a aflição e a surpresa com a história sobre o desaparecimento da estudante Eliza Samudio, e o suposto envolvimento do atleta.

“Não acredito que ele tenha feito isso. Entendemos a dor do pai da garota, porque o Bruno também é pai. Ele nunca faria nada assim, pois não gostaria de algo parecido com as filhas dele. Ninguém crê nesta história” garante a dentista.

Ingrid chegou ao seu consultório, ontem, e resistiu a comentar o caso. Mesmo ressabiada, a dentista falou sobre Bruno. Ela retrata o outro lado do jogador:

“Eu conheci o Bruno em janeiro de 2008, mas começamos a namorar em julho. Eu não levava fé que daria certo. Mas ele é um homem maravilhoso. O que a imprensa escreve e retrata eu desconheço. Ele é carinhoso, romântico, atencioso, dedicado, companheiro, simples, muito carismático, se preocupa muito nos mínimos detalhes sobre mim, se estou bem ou não, se preciso de alguma coisa. Não faço nada sem pedir a opinião dele, que é uma referência na minha vida”.

Ingrid relata que nunca teve contato com Eliza. Bruno sempre a manteve distante sobre o processo de paternidade. A dentista desmente todas as histórias contadas, na imprensa, pela paranaense.

“Ela só quis aparecer. Todas as vezes que ela afirmou ter se encontrado com o Bruno, era mentira. Ele esteve comigo em todas as ocasiões, mas eu não fui falar no jornal” afirma Ingrid, que também alfineta:

“Só se é respeitada se você exige respeito. Nunca serei tratada como uma qualquer”.

Segundo a dentista, Eliza nunca levou o menino Bruninho para o goleiro conhecer.

“Que eu saiba, ela nunca levou o garoto. Mas não sei muito, porque ele prefere me deixar fora disto”.

A namorada acredita que o goleiro é sempre mal-interprerado pela imprensa, como no episódio em que ele afirmou "quem nunca bateu em mulher". Da mesma maneira foi a única fala dele sobre o assunto Eliza, em entrevista a Rádio Globo: "Ainda vou rir muito desta história".

“As falas dele recebem outra dimensão. Ele não quis dizer que vai rir do fato. Mas da situação de estarem suspeitando dele, algo irreal. Ele nunca me bateu e nem levantou a mão, pelo contrário. Ele teve uma boa criação de família. O problema é que ele é mal-interepretado pelas pessoas e dão outra dimensão para as falas dele. Ainda mais porque ele é goleiro do Flamengo e sempre está mais em evidência que os demais” diz ela.

Religiosa, Ingrid é evangélica e tem ido à uma igreja batista, na zona oeste do Rio, todos os dias.

“Vamos aguardar a justiça de Deus. Esta nunca falha” garante a dentista.

Data: 8/8/2010 16:00:00
Fonte: Extra