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Jesus Cristo, o nosso “samaritano”

Os homens do hoje estão feridos e quase moribundos à beira da estrada da vida, tal qual como aquele pobre homem, enquanto a religião passa tantas vezes ao largo.
O Bom Samaritano

O Bom Samaritano. (Foto: JW.org)

Nos dias de Jesus os 24 quilômetros de viagem que separavam Jerusalém de Jericó eram perigosos. A estrada situava-se num vale rochoso frequentado por salteadores que atacavam as suas vítimas com extrema violência, deixando-as para trás agonizantes ou mortas. Normalmente os religiosos do templo eram poupados, tanto sacerdotes como levitas, mas a estrada ganhou fama como Adumim (“Vale do Sangue” ou “Passagem do Sangue”), devido às suas muitas curvas e aos rochedos que facilitavam as emboscadas.

Josefo – o historiador de origem judaica ao serviço dos romanos – chega a relatar que, um pouco antes de Jesus contar a suposta parábola do Bom Samaritano, Herodes havia demitido milhares de trabalhadores do templo de Jerusalém, pelo que muitos deles caíram na marginalidade e tornaram-se então salteadores nas estradas, fazendo disso modo de vida. 

Todos conhecemos esta estória, mas importa sublinhar alguns pontos. O judeu (provavelmente um mercador) saiu de Jerusalém (“morada da paz”) para Jericó (“cidade da maldição”), uma imagem da nossa jornada terrena. Roubaram-lhe tudo (dinheiro, bens e parece que até mesmo as vestes) e deixaram-no ferido para morrer. Através da leitura atenta do texto do Evangelho de Lucas (10:25-37) ficamos a compreender que tanto o sacerdote como o levita tinham motivos culturais, políticos e religiosos para passarem de largo. Desde logo devido ao histórico da divisão do reino e a consequente inimizade latente entre judeus e samaritanos.

Para os judeus os samaritanos começaram a perder a “pureza da raça” casando-se com gentios, como no caso paradigmático do rei Acabe que foi buscar uma noiva fenícia, filha de Etbaal, rei dos Sidônios, a perversa Jezabel (“Baal exalta” ou “Baal é marido de”), com o objectivo de estabelecer uma aliança que contribuísse para fortalecer as relações entre os reinos de Israel e da Fenícia.

Como se isso não bastasse, e uma vez que os samaritanos estavam limitados no acesso a Jerusalém, a capital do reino de Judá, Samaria começou a adorar Deus de forma estranha, no Monte Gerizim, próximo da cidade, e por vezes com recurso a totens, à semelhança do paganismo cananita. Os samaritanos, apenas reconheciam ao Pentateuco legitimidade de escritura hebraica canónica, rejeitando os escritos proféticos. Chegaram mesmo a erigir um aí um templo, de modo a competir com o de Jerusalém, e mais tarde dedicaram-no a Zeus. A sua religião era uma mistura de judaísmo e idolatria pagã.

Mas a dificuldade principal estava na própria lei de Moisés, que prescrevia claramente que qualquer sacerdote ou levita que tocasse num homem ensanguentado ficaria de quarentena, sem poder oficiar no templo. Ora, os religiosos deste episódio não terão aceitado correr tal risco.

Acresce que o Samaritano da estória também tinha motivos culturais, políticos e religiosos fortes para não socorrer o ferido. Não apenas porque os judeus se achavam superiores aos samaritanos, por isso evitavam falar-lhes e até faziam chacota deles.

Mas se formos a ver, também o estalajadeiro tinha os seus motivos, neste caso econômicos, para se recusar a receber o ferido e a cuidar dele, pelo simples facto de não possuir qualquer garantia concreta de vir a ser ressarcido das despesas que fossem para lá do valor inicial depositado pelo samaritano. Apenas a sua palavra.

O que fez a diferença foi o exercício de misericórdia (“Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira” Lucas 10:36,37). Deus não está à espera que os preceitos religiosos substituam a misericórdia: “Porque eu quero a misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos” (Oseias 6:6). Os ouvintes do Mestre de Nazaré precisavam de tomar consciência de que o espírito da lei é tão ou mais importante do que a letra da lei. E é por isso que esta parábola constitui uma dura crítica à hipocrisia religiosa reinante.

Jesus fez-se “samaritano” por nós, cumprindo o papel do bom samaritano na história da Salvação. Os homens do hoje estão feridos e quase moribundos à beira da estrada da vida, tal qual como aquele pobre homem, enquanto a religião passa tantas vezes ao largo. O ferido era “um certo homem”, um homem sem nome porque representa todas as pessoas. Por outro lado, a compaixão deve ser aplicada a todos sem excepção, sem olhar a identificações religiosas ou simpatias culturais. Como é bom de ver judeus e samaritanos não se consideravam próximos

Se Jesus se prestou a assumir o lugar do samaritano, porque não somos nós capazes de considerar qualquer pessoa como o nosso próximo? O nosso próximo é todo aquele de quem nos aproximamos de coração, com misericórdia, independentemente de ser diferentes de nós. Ou de pensarmos que é diferente.

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Incêndio atinge a Catedral de Notre-Dame, em Paris

 

Catedral de Notre-Dame. (Foto: François Guillot/AFP)

Nesta segunda-feira (15) a Catedral de Notre Dame, em Paris, foi atingida por um incêndio. O Corpo de Bombeiros da cidade acredita que o fato pode estar relacionado a obras de renovação que estão sendo feitas na igreja.

O incêndio afeta sobretudo a torre central do templo, que é visitado por milhares de pessoas todos os dias, uma vez que a igreja é um dos principais pontos turísticos de Paris.

Acontece que nas últimas semanas foram registrados vários ataques a igrejas na França. Entre eles um incêndio na  igreja de Saint-Sulpice. Na igreja Notre-Dame-des-Enfants vândalos picharam uma cruz com excrementos humanos na igreja.

Na cidade de Dijon, a igreja de Notre-Dame foi profanada e saqueada. As hóstias consagradas foram jogadas ao chão e pisoteadas. Na periferia de Paris também foram realizados ataques em igrejas católicas.

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Porta de entrada para o céu? Telescópio Hubble da NASA encontrou incrível estrutura no centro de uma galáxia

Uma imagem incrível do que parece ser uma cruz no centro da galáxia M51 provocou teorias de que seja a porta de entrada para o céu.
Porta de entrada para o céuEsta estrutura em forma de cruz provocou teorias de que seja uma porta de entrada para o céu (foto: NASA)

A foto, tirada pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA, mostra uma incrível estrutura em forma de X no espaço profundo, a qual se assemelha a um crucifixo.

A foto foi tirada pela câmera Wide Field Planetary do famoso telescópio.

A imagem foi divulgada pela agência espacial em junho de 1992 – de acordo com hubblesite.org – mas acaba de ressurgir no site de conspiração Disclose.tv.

De acordo com o site hubblesite.org, que publicou a imagem pela primeira vez, a cruz é devido a “absorção pelo pó e marca a posição exata de um buraco negro”*.

(*Não confundir com a foto real de um buraco negro, que os cientistas prometeram mostrar ao mundo hoje.)

(*Na verdade, o site diz que o tamanho da imagem é de 1.100 anos-luz)

Ele informou:

A barra mais escura pode ser um anel de poeira que tem 100 anos-luz de diâmetro.

A estrutura não só oculta o buraco negro e o disco de acreção de serem vistos diretamente da Terra, mas também determina o eixo de um jato de plasma de alta velocidade e limita a radiação do disco de acreção a um par de cones de luz de orientação oposta, que ioniza o gás capturado em seu feixe.

A segunda barra do ‘X’ pode ser um segundo disco visto na borda, ou possivelmente gás e poeira na galáxia M51 se cruzando com os jatos e cones de ionização.

A incrível descoberta provocou alegações de que poderia provar a existência do céu.

Um comentarista escreveu no Disclose.tv:

Uau, eu acho que estive errado todos esses anos!

Este é certamente um sinal de que Deus existe e ele está nos mostrando que o céu reside no centro da nossa galáxia.

Outro escreveu:

Interessante. Eu diria que o X marca o local, mas parece um crucifixo. Na verdade, parece uma figura pendurada em um crucifixo …

(Fonte)