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Pastores são obrigados a basear sermões em filosofias de Confúcio, na China

Igreja na China com uma cruz no topo (Foto: Japan Times)

Oficiais do governo chinês estão exigindo que a liderança das igrejas protestantes sancionadas pelo Estado baseie seus sermões em um livro que mistura ensinamentos bíblicos com pensamentos do filósofo chinês Confúcio.

De acordo com a revista Bitter Winter, os líderes cristãos afiliados ao Movimento Patriótico das Três Autonomias na cidade de Yuzhou receberam ordens de começar a ensinar a Bíblia através das lentes da cultura chinesa como parte dos esforços do Partido Comunista Chinês (PCC) para “sinicizar” o cristianismo.

Em julho, o Departamento de Assuntos Religiosos deu a todos os pregadores locais das Três Autonomias um livro intitulado “Os Analetos [de Confúcio] Encontram a Bíblia”. O livro mistura ensinamentos bíblicos com a teoria confucionista.

O livro foi publicado em 2014 e escrito por Shi Heng Tan, membro do Instituto das Religiões Mundiais da Academia Chinesa de Ciências Sociais, uma entidade afiliada ao governo chinês. Heng Tan foi acusado de ser um ator-chave na campanha de sinicização da China.

Confúcio, que viveu de 551 a 479 a.C., é um dos filósofos mais influentes da história chinesa. O confucionismo é uma filosofia que teve um profundo impacto na cultura chinesa ao longo dos séculos, ensinando os subordinados a serem obedientes ao sistema de governo.

Um pastor de Yuzhou disse ao Bitter Winter que os argumentos do livro deturpam completamente alguns ensinamentos da Bíblia.

“O PCC está mudando sutilmente nossa fé. Como ler a Bíblia agora é o mesmo que ler os analetos, isso não significa que basta ler os analetos e acreditar em Confúcio?”, questionou. “Esta é a erosão do cristianismo”.

Outros também alertaram sobre a tentativa do Partido Comunista Chinês de tornar a Bíblia compatível com a cultura chinesa. Algumas igrejas filiadas às Três Autonomias lançaram aulas para estudar os ensinamentos de Confúcio.

“Uma aula de estudo dos analetos leva o dia inteiro”, disse um participante da igreja que morava na província de Shandong. “Os participantes tiveram que tirar fotos segurando a Bíblia em uma mão e os analetos na outra, e postar as imagens na internet”.

Embora o governo chinês exerce controle sobre as igrejas aprovadas pelo Estado, ele reprime fortemente as igrejas independentes não registradas. Nos últimos anos, várias igrejas subterrâneas foram fechadas e seus membros foram presos.

Fonte: Guia-me com informações de The Christian Post

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Coreia do Norte faz vídeo para mostrar que cristãos são ‘espiões’ em ‘missão do inimigo’

A Coreia do Norte, liderada por Kim Jong-un, é classificada como o pior país para perseguição cristã na lista anual mundial de portas abertas. (Reuters / KCNA)A Coreia do Norte, liderada por Kim Jong-un, é classificada como o pior país para perseguição cristã na lista anual mundial de portas abertas.
(Reuters / KCNA)

Um vídeo de propaganda pelo regime comunista da Coreia do Norte recém-descoberto revela como o governo norte-coreano procura silenciar o cristianismo pintando os crentes como “fanáticos religiosos” e “espiões” empenhados em minar a estabilidade do reino eremita.

Obtido pela The Voice of the Martyrs (VOM), uma organização cristã sem fins lucrativos que apoia crentes perseguidos em todo o mundo, o vídeo foi supostamente usado para ensinar aos agentes de segurança do estado como identificar e silenciar aqueles que promovem a religião na Coreia do Norte.

O vídeo mostra a história da evangelista cristã Cha Deoksun, que, depois de sofrer durante a Grande Fome nos anos 1990, que matou cerca de 2,5 milhões de pessoas, fugiu ilegalmente para a China em busca de seu tio. Depois de saber que seu tio havia morrido, Deoksun foi à Igreja Seotap, onde ouviu o Evangelho pela primeira vez.

“A Igreja Seotap é operada por pastores disfarçados do serviço secreto do governo da Coreia do Sul”, afirma o vídeo. “Ela abriga invasores ilegais de rua, fornecendo estudo religioso antirrepublica (anti-norte-coreana), treinando-os efetivamente como espiões.”

O vídeo diz que Deoksun “ingenuamente acreditou nos sermões sobre um Deus misericordioso e se tornou uma crente fanática” que retornou à Coreia do Norte para formar uma rede subterrânea de cristãos dentro do país.

“Ela foi completamente enganada pelo inimigo [cristianismo]”, acrescenta.

Ao retornar à Coreia do Norte, Deoksun se entregou por violar a lei cruzando a China, mas as autoridades foram “brandas” e a deixaram ir, diz o vídeo.

“Em vez de agradecer o partido político que perdoa (Partido dos Trabalhadores da Coreia), ela agradeceu ao ‘Deus da misericórdia’”, afirma o vídeo.

Por estar empobrecida, Cha Deoksun viajou de cidade em cidade para ganhar dinheiro. De acordo com o vídeo, a evangelista dava dinheiro aos pobres e necessitados e se reunia com outros cristãos clandestinos todos os domingos para adorar, orar, cantar hinos e estudar as escrituras. Graças aos esforços evangelísticos dela, sua família e várias outras pessoas se converteram ao cristianismo.

O vídeo a descreve como uma “espiã” que procurou recrutar outros espiões e como uma “fanática religiosa” em uma “missão do inimigo”, “tentando absurdamente estabelecer o reino de Deus”.

Cha Deoksun foi denunciada às autoridades por “um cidadão norte-coreano bom e despertado”. A VOM acredita que ela foi morta por um esquadrão de fuzilamento ou morreu em um gulag.

“Não está claro como Deoksun morreu, mas é possível que ela tenha sido executada”, observa VOM, acrescentando que o Cha Deoksun “serviu ao Senhor sem reconhecimento, assim como muitos cristãos norte-coreanos fazem hoje, apesar das tentativas de seu governo de erradicar o cristianismo”.

A Coreia do Norte é classificada como o pior país para a perseguição cristã na Lista Mundial da Perseguição da Portas Abertas. A organização estima que muitos dos cidadãos do país – incluindo cerca de 50.000 fiéis – estão detidos em centros de detenção, prisões ou campos políticos.

Recentemente, Kenneth Bae, um pastor coreano-americano que foi mantido refém na Coreia do Norte de 2012 a 2014, compartilhou como o governo norte-coreano tem mais medo dos cristãos do que armas nucleares.

“Eles disseram: ‘não temos medo de armas nucleares temos medo de alguém como você trazer a religião para o nosso país e usá-la contra nós, e todos se voltarão para Deus e isso se tornará o país de Deus e cairemos’”, disse Bae.

Por causa de seus esforços evangelísticos, Bae foi condenado a 15 anos de trabalho duro e depois foi enviado para um campo de trabalho norte-coreano. Ele foi finalmente libertado em 2014. Ele revelou que, quando falava sobre Jesus com os norte-coreanos, eles perguntavam se Jesus mora na Coreia ou na China.

“A Coreia do Norte não é um país onde os cristãos estão sendo perseguidos; é um país [onde] o cristianismo foi eliminado, a total eliminação ocorrendo”, enfatizou. “E se você é cristão, eles matam você, matam seus pais.”

Fonte: Guia-me com informações de The Christian Post

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Psicóloga cristã mostra maneiras de identificar e ajudar um suicida

Suicídio


Luana Novaes
Guia-me

O suicídio é um tema que deve ser tratado além do Setembro Amarelo. Essa é a proposta do projeto “Da Morte Para Vida”, que promove conscientização e prevenção ao suicídio durante o ano todo.

Idealizado pela psicóloga e coach Jhessy, esposa do cantor André (da dupla com Felipe), o projeto promove palestras e conteúdos para a população, profissionais da saúde, igrejas e instituições.

“O projeto surgiu através de experiências clínicas com clientes que vinham buscar ajuda para ansiedade generalizada, depressão e principalmente ideação suicida. Logo, o desejo de ajudar outras pessoas para além da clínica começou a tomar forma neste projeto”, disse a psicóloga em entrevista ao Guiame.

Na última segunda-feira (9), Jhessy lançou em seu canal no YouTube um curta-metragem que leva o nome do projeto, relatando o sofrimento de uma jovem que, depois de ter vivido muitos conflitos em sua vida, decide escolher a morte como sua última alternativa.

“Ela escreve uma carta relatando tudo o que estava sentindo. Em seguida, quando está prestes a sair, acaba adormecendo e sonha com o fim da sua vida. É quando ela acorda, e decide se dar mais uma chance! Expressando que mesmo em meio a dor, pode escolher tentar mais uma vez”, explica Jhessy.

A psicóloga acredita que o suicídio é pouco abordado, tanto na sociedade como na igreja, por causa do estigma que “se tocar no assunto, incentivará a pessoa a suicidar-se”. Ela explica que falar sobre suicídio traz conhecimento, e consequentemente prevenção. “Muitas pessoas perecem por falta de conhecimento”, destaca.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa de suicídios a cada 100 mil habitantes aumentou 7% no Brasil. Diante do elevado número de casos, Jhessy explica como identificar um suicida:

“A identificação mais clara é a mudança de comportamento abrupta, falas frequentes de revolta, de autodepreciação, vingança. Comportamentos de isolamento, postagens em redes sociais carregadas de tristeza, frases como: ‘Eu sou um lixo!’,  ‘Sou um desgosto para minha família!’, ‘Logo vocês não irão mais sofrer por mim!’, entre outros”, esclarece a psicóloga.

Jhessy ainda aponta que a melhor maneira de acolher quem está sofrendo com pensamentos suicidas é “ouvir sem julgamentos, perguntar sobre a dor que sente e o leva escolher a morte como saída… E juntos procurarem as redes de apoio à saúde mental para um acompanhamento. O comportamento suicida nada mais é, do que uma dor psíquica insuportável, assim, o contato com amorosidade e paciência pode salvar alguém”.

A psicóloga ainda indica o número de telefone do Centro de Valorização da Vida (CVV), 188, que atende gratuitamente todas as pessoas que querem conversar, sob total sigilo. O atendimento também pode ser feito por email e chat.

Veja o curta-metragem “Da Morte Para Vida”:

Fonte: Guia-me