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Cientista nomeado para Academia de Ciências do Vaticano confessa que é a favor da legalização do aborto

 

Matthew Cullinan Hoffman

BRASIL, 20 de janeiro de 2011 (Notícias Pró-Família) — Um cientista recentemente nomeado para a prestigiosa Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano confirmou numa entrevista que ele apoia a legalização do aborto e uniões civis para homossexuais, conforme reportagem de LifeSiteNews.com e outros sites no começo deste mês.

O Dr. Miguel Nicolelis, um neurocientista que ensina na Universidade de Duke, se queixou de que os sites estão “batendo na mesma tecla: o Papa indicou para a Academia uma pessoa que defendia a descriminalização do aborto e a união civil entre pessoas do mesmo sexo. O que é pura verdade”.

“Eu não fui abduzido por nenhum Alien nem introduziram um microchip na minha cabeça para falar o que eu falei”, Nicolelis acrescentou, rindo. As declarações foram feitas para a publicação online brasileira Vi o mundo, a mesma publicação que havia publicado os comentários originais que desencadearam a polêmica.

A entrevista vem logo depois de um artigo sobre a polêmica, publicado por Vi o Mundo, que exibiu uma imagem do artigo original de LifeSiteNews sobre Nicolelis, bem como dapostagem do blog católico tradicional Rorate Caeli, que foi o primeiro a publicar as citações feitas por Nicolelis em inglês, e uma repostagem do artigo de LifeSiteNews em português no blog do ativista pró-vida brasileiro Julio Severo. O artigo os chama de “sites da extrema direita americana”.

Além disso, em comentários atribuídos a Nicolelis sobre o blog do proeminente jornalista brasileiro Luís Nassif, o cientista afirma que ele é “ateu, pró-legalização do aborto, pró união civil dos homossexuais”.

Será que as questão da vida e família são relevantes para a Academia?

Nicolelis afirmou na entrevista de Vi o Mundo que suas opiniões e convicções políticas pessoais são irrelevantes para sua nomeação.

“Eu nunca escondi que não participo da igreja católica nem tenho crença religiosa”, disse Nicolelis. “O que o pessoal desses sites não se dá conta é que se o Vaticano visse as minhas concepções ideológicas, política e religiosa como obstáculo não teria me nomeado”.

“A questão científica é o parâmetro decisório. Tanto que ninguém pediu para eu tomar qualquer posição contrária às minhas crenças pessoais”, acrescentou Nicolelis, notando que Stephen Hawking, que diz que tem as mesmas opiniões dele, é também membro da Academia.

Contudo, Human Life International (Vida Humana Internacional), a maior organização pró-vida do mundo, discorda. O presidente em exercício da organização, monsenhor Ignacio Barreiro, expressou “choque” que alguém que tem “declarações registradas criticando aqueles que querem ver o aborto criminalizado e explicitamente apoiando as uniões homossexuais” tivesse sido nomeado para a Academia.

Uniu-se a ele Luís Fernando Pérez Bustamante, diretor do influente InfoCatolica, um site católico amplamente lido por mexicanos. Recentemente, Bustamante declarou em seu blog: “Não consigo entender que a Pontifícia Academia de Ciências não esteja fechada para não católicos. Mas não posso aceitar que gente que é instrumento da cultura da morte tenha permissão de ser membro”.

Ele acrescentou: “Não acredito que ser um bom cientista seja suficiente para se pertencer a essa Pontifícia Academia. Deveria-se exigir que os candidatos tivessem um mínimo de consenso ético e moral com a Igreja”.

O Artigo 5 da constituição da Academia diz que “os candidatos a uma vaga na Academia são escolhidos pela Academia na base de seus eminentes estudos científicos originais e sua reconhecida personalidade moral”, e acrescenta que a escolha é feita “sem nenhuma discriminação étnica ou religiosa”.

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Nova presidenta “pró-vida” do Brasil escolhe ministra pró-aborto de políticas para mulheres

 

Matthew Cullinan Hoffman

SÃO PAULO, Brasil, 7 de janeiro de 2011 (Notícias Pró-Família) — Dilma Rousseff, a presidenta do Brasil, ganhou a eleição presidencial da nação em novembro do ano passado depois de assegurar aos eleitores céticos que ela é pró-vida, apesar de seu histórico de apoio à legalização do aborto. Contudo, a ministra para Políticas das Mulheres, a qual ela nomeou recentemente, tem um ponto de vista diferente.

 

Iriny Lopes

Iriny Lopes, que no passado atuou como deputada na Câmara dos Deputados do Brasil, recentemente disse para um jornalista brasileiro que “Não vejo como obrigar alguém a ter um filho que ela não se sente em condições de ter”.

“Ninguém defende o aborto”, acrescentou ela. Estamos falando sobre “respeitar uma decisão que, individualmente, a mulher venha a tomar”.

Embora Lopes tenha reconhecido que a presidenta Rousseff tinha prometido não iniciar nenhuma legislação pró-aborto, ela acrescentou que “cabe ao Congresso definir políticas públicas”, dando a entender que tal legislação poderia no final das contas ser aceita pelo governo de Dilma.

Depois de observar seus números nas pesquisas públicas caírem devido às suas posições pró-aborto e pró-homossexualismo durante a eleição presidencial, Rousseff disse para os eleitores: “No meu projeto sou favorável à valorização da vida, e eu pessoalmente sou contra o aborto, que é uma violência contra a mulher”. Ela também anunciou um compromisso público de não iniciar nenhuma legislação pró-aborto, nem legislação que restringiria a liberdade de expressão em relação às questões homossexuais.

Contudo, organizações pró-vida e pró-família receberam as declarações de Rousseff com ceticismo. Ela havia no passado apoiado a descriminalização do aborto em termos explícitos, e o Partido dos Trabalhadores, do qual ela é membro, tem lutado vigorosamente pela mesma causa. O compromisso de Rousseff de não iniciar legislação pró-aborto não a obrigava explicitamente a vetar tal legislação se for aprovada pelo Congresso Nacional.

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A Igreja não deve fazer concessões na questão do aborto e “casamento” de mesmo sexo

 

Chuck Colson

5 de janeiro de 2011 (Breakpoint.org/Notícias Pró-Família) — 27 de julho de 1945. Londres está ainda aos poucos se recuperando de seis anos de guerra com a Alemanha. Centenas de milhares de soldados britânicos estão mortos. As cidades britânicas estão em ruínas. À medida que o noticiário dos cinemas vai expondo os recentes horrores dos campos de morte nazistas, o povo britânico fica pensando: “Será que não haverá fim para as atrocidades alemãs?”

Por isso, não foi de surpreender que muitos britânicos tivessem reagido com espanto ao ficarem sabendo que haveria um culto na Igreja da Santa Trindade de Londres: Um culto em memória, não dos mortos de guerra da Inglaterra, mas de um alemão morto. O culto seria transmitido pela BBC. Muitos ficaram pensando: Será que existiria algo tal como um bom alemão, digno de tal honra?

A resposta foi um enfático sim. O culto foi em memória do Pastor Dietrich Bonhoeffer, executado pelos nazistas três semanas antes do final da guerra. Bonhoeffer é muitas vezes lembrado por sua resistência a Hitler, aliás, por participar da conspiração para matá-lo. Mas Bonhoeffer é também celebrado por seu papel num acontecimento importante na vida da Igreja — a elaboração da Declaração de Barmen.

Depois que Hitler subiu ao poder, os nazistas tentaram cooptar as igrejas alemãs, misturando a verdade cristã com a doutrina nazista. Alguns líderes cristãos se deixaram atrair para esse acordo com o diabo. Outros, como Karl Barth e Bonhoeffer, recusaram.

Como meu amigo do passado Eric Metaxas escreve em seu recente livro inspirador “Bonhoeffer”, em maio de 1934, “os líderes da Liga de Emergência dos Pastores realizaram um sínodo em Barmen. Foi ali, à beira do rio Wupper, que eles escreveram a famosa Declaração de Barmen, que originou o que veio a ser conhecido como a Igreja Confessante”.

A Declaração ousadamente declarava independência tanto do Estado quanto da Igreja cooptada. A Declaração deixava claro que os signatários e suas igrejas não estavam se separando da igreja alemã; pelo contrário, era a igreja alemã cooptada que havia rompido com todos.

Para Bonhoeffer, escreve Metaxas, a Declaração de Barmen “repetiu o esclarecimento do que a legítima e real Igreja alemã de fato cria e defendia”. A Declaração rejeitava a “falsa doutrina” de que a Igreja podia mudar de acordo com as “posições ideológicas e políticas predominantes”.

Essa rejeição é uma parte essencial do que significa ser a Igreja. Cesar, em todos os seus disfarces, nos exortará a fazer concessões e adaptar nossa mensagem para atender à agenda dele. Nossa situação não é tão horrenda quanto à de Bonhoeffer, mas o governo hoje está tentando forçar a igreja a se prostrar aos ventos políticos do momento — como, por exemplo, o tão chamado “casamento” de mesmo sexo e as questões de vida como aborto e decisões de fim de vida.

Como Bonhoeffer e seus colegas, temos de lembrar constantemente onde repousa nossa lealdade máxima. Temos também de estar dispostos a praticar a grande virtude da coragem cívica*.

Nós, a igreja, temos de declarar onde nos situamos. É por isso que, motivados pelo exemplo de Barmen, nós escrevemos a Declaração de Manhattan — e é por isso que um milhão de crentes a assinou. Mas fazer uma declaração é uma coisa. Viver à altura do que declaramos, como Bonhoeffer fez, é outra.

E isso exigirá coragem nos anos que estão vindo. Muita coragem.

Find out more about this topic on today’s Two Minute Warning video commentary at Colson Center.org.

Este artigo foi reproduzido com a permissão dewww.breakpoint.org

* Nota do tradutor: Coragem cívica é a disposição de conversar diretamente com pessoas que ocupam cargos de autoridade.

Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com