Arqueologia biblica: La princesa Selomit, hija de Zorobabel

 

Francisco Bernal

La princesa Selomit, hija de Zorobabel

Un sello que parece vinculado a la princesa Selomit, hija de Zorobabel, de la dinastía davídica y biznieta del último rey de Judá Joaquín, desterrado a Babilonia.

04 DE FEBRERO DE 2013

La arqueóloga israelita Eilat Mazar mostró a principios de 2008 un sello con el nombre de la familia Tema, que aparece en la Biblia en Esd 2:53 y Neh 7:55, pero una posterior lectura por diferentes epigrafistas, corrigieron esta interpretación de Mazar indicando que el nombre grabado es Selomit.
El hallazgo se realizó al restaurar una torre de las antiguas murallas de Jerusalén reconstruidas por Nehemías bajo la autorización del rey persa Artajerjes I. El sello, de piedra negra brillante, tiene grabada una escena de estilo babilónico datada entre el siglo VI y principio del V aC.
La inscripción de este sello puede relacionarse con otro catalogado con el nº 14 de la colección del arqueólogo Nahman Avigad, que forma parte de un conjunto de bulas (sellos) del periodo post-exilico publicados en 1976.
El nombre de los sellos podría estar vinculado con el de la princesa Selomit, hija de Zorobabel, descendiente de la dinastía davídica y biznieta del último rey de Judá Joaquín, desterrado por Nabucodonosor a Babilonia.
Del rey Joaquín se tienen referencias en las crónicas babilónicas ( conjunto de tablillas de arcilla con escritura cuneiforme que registran la historiografía desde aproximadamente el año 747 hasta el 280 AC ), como registra la tablilla catalogada como ABC 5 que se encuentra en el Museo Británico.

Volviendo a Selomit. El texto bíblico de 1ºCrónicas 3:19 la menciona de una forma particular, primero nombra a dos hijos de Zorobabel y después hace referencia a ella destacándola como hermana de estos . El texto no indica si ella vino con los deportados de Babilonia a Yehud ( nombre persa de la provincia de Judá ), cuando el rey persa Ciro el Grande, promulgó el edicto que permitía el retorno de los judíos a sus lugares de origen y la reconstrucción del templo de Jerusalén, o por el contrario,nació en Judá.
Lo cierto es que se encontró un sello con su nombre, asociándolo al de su esposo Elnatan, gobernador de Yehud. La datación de éste corresponde al periodo del retorno judío de Babilonia después de que se hubiera reedificado el templo de Jerusalén bajo la dirección de Zorobabel, su padre, aunque a la reconstrucción de la ciudad y sus muros aún le faltarían años, hasta el gobierno de Nehemías.
La inscripción del sello dice: “ Perteneciente a Selomit la esposa de Elnatan, el gobernador ”. Es interesante resaltar que un sello de mujer, además de ser infrecuente, declara la importancia de ella y, como diversos expertos opinan, posiblemente podría indicar la corregencia en el gobierno de Judea teniendo en cuenta entre otros factores su linaje real.
Sobre la figura del padre de Selomit, Zorobabel, algunos comentaristas opinan que la administración persa lo habría apartado del gobierno de Judá ante una posible proclamación de independencia.
En esta línea habrían estado las declaraciones de los profetas Hageo 2:23 y Zacarías 6:13, que lo mostraban como la figura restauradorade la dinastía davídica,al cumplirse las predicciones del profeta Jeremías con la vuelta del exilio y la reconstrucción del templo de Jerusalén.
Lo evidente es que Zorobabel quedó silenciado en el texto bíblico y le sucedería como gobernador Elnatan,(dato este último obtenido por la arqueología).En este orden de cosas y para mantener cierta afinidad con la nobleza judía es posible que el régimen persa hubiera dado a Selomit la corregencia con su esposo Elnatan.

La figura de Elnatan como autoridad se ve reforzada en otro sello de la misma colección de Nahman Avigad, que tiene labrada la inscripción “ Perteneciente a Elnatan el gobernador ”.
——————————————————
Bibliografía:
N. Avigad, Bullae and Seals from a Post-Exilic Judean Archive, “Qedem”, 4, Jerusalem 1976.
E.M. Meyers, The Shelomit Seal and the Judean Restoration, Some Additional Considerations.
M. Heltzer, The Women in the Hebrew Epigraphy of Biblical Times.
H.G.M. Williamson, The Governors of Judah under the Perians, “Tyndale Bulletin”.
Eilat Mazar, “The Wall That Nehemiah Built.” Biblical Archaeology Review, Mar/Apr 2009.

Autores: Francisco Bernal

©Protestante Digital 2013

Descoberta pode solucionar “enigma” bíblico

Site: Criacionismo.com

Achados arqueológicos recentes podem comprovar que a cidade de Siló, antiga capital de Israel, foi destruída por um grande incêndio. Essas descobertas na região central de Israel desvendariam o mistério envolvendo a ruína dessa cidade mencionada no Antigo Testamento. Fragmentos de um jarro de barro foram descobertos em meio a uma camada de cinzas avermelhadas. Esse é um forte indício para resolver definitivamente o enigma milenar sobre como a cidade foi destruída. Em Siló, o Tabernáculo foi colocado durante o período conhecido como “dos juízes”. O local serviu como capital de Israel e centro espiritual por 369 anos, até a sua destruição. Após ser saqueada pelos filisteus deixou de ser a capital. A área continuou sendo habitada até 722 a.C., quando a Assíria invadiu o Reino de Israel. Atualmente, na região fica a cidade de Rosh Ha’ayin.

As Escrituras não relatam como foi o fim de Siló, mas essas descobertas comprovam que um incêndio arrasou o local. A datação do jarro aponta para o ano 1.050 a.C., que coincide com a data dos eventos descritos no livro de Samuel.

Avital Selah, diretor do sitio arqueológico de Tel Siló, disse à Agência de Notícias Tazpit que as teorias levantadas durante a escavação são semelhantes ao que se cogitou 30 anos atrás, quando restos de comida descobertos no local também apontavam para o ano 1.050 a.C.

O livro bíblico de 1 Samuel narra a batalha entre filisteus e israelitas, quando a Arca da Aliança foi capturada. O livro de Jeremias e alguns Salmos confirmam que Siló foi destruída pouco depois pelos filisteus. Os estudos dos arqueólogos devem ser publicados em breve comprovando como aconteceu e pondo fim ao mistério milenar.

(Gospel Prime, com informações Huffington Post e Israel National News)

Saiba quais foram as 10 maiores descobertas em arqueologia bíblica em 2012

Por Dan Martins em 13 de janeiro de 2013

Saiba quais foram as 10 maiores descobertas em arqueologia bíblica em 2012

A cada ano dezenas de instituições realizam escavações arqueológicas nas terras citadas da Bíblia. Algumas dessas escavações chamam a atenção permitir organizar melhor informações importantes que nos ajudam a entender melhor o mundo bíblico em seu contexto social.

Em 2012 várias dessas descobertas foram feitas, e algumas delas foram listadas pelo Christian Messenger. 10 das mais importantes entre essas descobertas encontram-se listadas abaixo:

Mosaico-Sinagoga-Huqoq

1) Mosaico Huqoq Synagogue: Localizado na pequena vila de Huqoq, a oeste do Mar da Galileia, esse artefato foi encontrado pelo arqueólogo Jodi Magness, que também é professor de judaísmo na Universidade Chapel Hill, no estado norte americano da Carolina do Norte. O mosaico retrata Sansão amarando as caudas das raposas e também mostra duas faces em torno de uma inscrição. Essa sinagoga data de vários séculos depois da época de Cristo. Os estudiosos esperam que através dela possam obter mais informações sobre o desenvolvimento das sinagogas na região da Galileia.

2) Santuários de culto em Khirbet Qeiyafa: Descoberta feita em 2011, mas anunciada no início da primavera de 2012, pelo arqueólogo Yosel Garfinkel, da Hebrew University (Universidade Hebraica). Os santuários são evidências de culto antes e o Templo de Salomão. Trata-se de santuários sem imagens de culto, que são diferentes dos santuários cananeus e em conformidade com as tradições do judaísmo. Khirbet Qeiyafa fica sobre o Vale de Elah, cerca de 20 km ao sudoeste de Jerusalém

Reservatório-Primeiro-Templo

3) Reservatório de água do período do Primeiro Templo:Esta cisterna está localizada a sudoeste do Monte do Templo, em Arco de Robinson. Com sua capacidade de 66 mil litros, esta descoberta fornece novas informações sobre o consumo de água na época do Primeiro Templo de Jerusalém.

4) Belém Bullah: A impressão de selo com três linhas de script, esta é a primeira menção de Belém fora da Bíblia. Ele foi encontrado durante a peneiração de material de escavações na Cidade de Davi. Era um selo de uso fiscal, relacionado com a tributação dos embarques durante o reinado de um rei em torno do tempo de Ezequias, Manassés, ou Josias.

5) Selo de Jerusalém: Um selo real, que diz: “Pertencente a Matanyahu Ben Ho”, este selo foi encontrado perto de Arco de Robinson nas ruínas de um edifício do período do Primeiro Templo.

6) Um escaravelho egípcio: Este escaravelho foi encontrado em Jerusalém, pouco antes da Páscoa de 2012. Ele retrata a imagem de um pato, que é o nome do deus sol Amon-Ra. Ela é datada do século 13 a.C., logo após o período Amarna.

7) Kiryat Gat Hoard: Tesouro que foi encontrado perto de Ashkelon e contém 140 moedas romanas de ouro e prata que datam do século I d.C. e início do segundo. O tesouro inclui um brinco de ouro e um anel com um selo representando uma deusa alada.

8) A escultura hitita Neo, em Tel Tayinat: As inscrições da escultura registram eventos do reinado de Suppiluliuma, que provavelmente enfrentou Salmaneser III em 858 a.C. Tim Harrison, arqueólogo da Universidade de Toronto, acredita que este é o reino neo-hitita de Patina, que também pode ser Calno, citado em Isaías 10:9-10.

9) Trigo de 3.400 anos de Hazor: O trigo foi descoberto em 14 jarros de argila, queimados, mas não destruídas, há 3.400 anos. Este é uma das mais importantes escavações em curso em Israel, no local de uma das mais importantes cidades antigas do país.

10) Porto helenístico de Akko: Os arqueólogos estão escavando os restos do porto, que foi o mais importante de Israel nos séculos imediatamente antes do nascimento de Cristo.

Por Dan Martins, para o Gospel+