Arqueologia
Fragmento de tecido encontrados em Qumran. / Autoridade de Antiguidades de Israel
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22 de janeiro de 2014 , ISRAEL
Arqueologia
Fragmento de tecido encontrados em Qumran. / Autoridade de Antiguidades de Israel
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22 de janeiro de 2014 , ISRAEL
Localização da Arca que estava no Templo do Rei Salomão é debatido há séculos.
por Jarbas Aragão
O paradeiro da Arca da Aliança que ficava no templo do rei Salomão é debatido há séculos. Existem várias versões sobre seu paradeiro, desde a tradição dos rabinos de que ela está enterrada sob o monte do Templo até a antiga reivindicação dos cristãos ortodoxos da Etiópia que ela está na capela de cidade de Aksum.
Agora, o erudito James Davila, professor na Universidade de St. Andrews e especialista em línguas bíblicas afirma que traduziu um texto hebraico muito antigo que revela onde foram escondidos vários tesouros, incluindo a Arca. A revelação estaria no chamado “Tratado dos vasos” (Massekhet Kelim, em hebraico).
O tratado é semelhante em alguns aspectos ao conhecido “Rolo de Cobre”, que faz parte dos Manuscritos do Mar Morto. O Rolo de Cobre fala sobre a localização de tesouros escondidos por sacerdotes e levitas, embora não cite especificamente a Arca que estava no Templo de Salomão.
Embora use relatos que parecem relatos sobrenaturais, o texto é reconhecido por estudiosos e já foi parcialmente traduzido e publicado na Europa em 1648 e em 1876. Davila é o primeiro a traduzir o texto total para o inglês.
Em entrevista ao site LiveScience, Davila afirmou “O escritor recorre a métodos tradicionais de exegese bíblica [interpretação] para deduzir onde os tesouros podem ter sido escondidos”. Isso significa que o Tratado dos Vasos não oferece um mapa, apenas registra uma das tradições sobre o assunto.
Contudo, a declaração que mais chama a atenção no material é que esses tesouros (incluindo a Arca) não poderiam ser revelados antes do “dia em que vier o Messias, o filho de Davi”. Considerando que o Templo de Salomão foi destruído no ano 70 d.C. a referência é claramente sobre a Segunda Vinda de Jesus, quando, segundo a Bíblia, ele virá para reinar. Com informações IB Times.
Descoberta arqueológica pode mudar história do cristianismo do século 1
por Jarbas Aragão
O arqueólogo e historiador Ronald Stewart está divulgando uma descoberta que pode mudar a maneira como a arqueologia vê a figura de Jesus. Ele acredita ter encontrado moedas datadas entre os anos 33 e 47 d.C. que trazem imagens da vida de Cristo.
O doutor Stewart explica que esse tipo de moedas cunhadas a mão eram parte de uma forma de arte popular, que teve início no tempo dos imperadores gregos, entre 336 e 300 a.C. O objetivo era fazer homenagens a pessoas importantes. Em geral, retratavam acontecimentos na vida de uma pessoa, com uma imagem do homenageado de um lado e o evento do outro. Esse tipo de objeto continuou sendo feito até o século 14.
As moedas encontradas por ele são de origem judaica. As imagens retratam uma série de eventos bem conhecidos da vida em Jesus, incluindo seus milagres e o julgamento perante Pôncio Pilatos. Portanto, de acordo com ele, são parte de uma série que ilustra “a vida, os milagres, a prisão, o julgamento, a execução e o sepultamento” de Jesus, conforme registrados nos Evangelhos. Calcula que seriam 50 moedas ao todo, por isso continua sua busca pelas que ainda faltam.
Ronald Stewart também é inventor. Para estudar essas moedas, usa um instrumento criado por ele mesmo para analisar desenhos macroscópicos. O aparelho fornece uma imagem 3D da moeda, que revela detalhes invisíveis ao olho humano.
Inicialmente, pensava-se que as moedas retratavam a vida de algum judeu importante, mas usando esse equipamento de alta tecnologia, Stewart foi capaz de obter mais detalhes sobre as ilustrações. Ele explica que só quem conhecia o relato dos Evangelhos pode entender as imagens. Como na época em que foram feitas, era grande a perseguição aos cristãos, possivelmente o artesão desenhou as moedas de tal maneira que só quem estava familiarizado com a vida de Jesus entenderia.
Trata-se de uma grande descoberta, pois a primeira imagem conhecida de Jesus foi encontrada na cidade síria de Dura Europos. Feita no ano de 235, retrata Jesus curando um paralítico. A primeira moeda conhecida que retratava Jesus era de ouro e só foi feita por volta de 692.
Stewart pretende colocar as que encontrou em exibição no ano que vem. Acredita-se que, se confirmada, sua descoberta será a primeira imagem de Cristo já retratada artisticamente. Não se tem notícia de qualquer desenho, pintura, ou escultura retratando Jesus feita nos primeiros dois séculos após a sua morte. Em grande parte por que os primeiros convertidos eram judeus e eles mantiveram a tradição religiosa de não fazer imagem alguma de Deus. Com informações Christian Telegraph.