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Patriarca de índios dos Andes viveu há 5.000 anos, diz DNA

20/04/2011 – 10h54

 

REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE CIÊNCIA

Pesquisadores brasileiros, junto com colegas da Bolívia, do Equador e do Peru, estão começando a usar o DNA para investigar a pré-história das poderosas civilizações dos Andes que floresceram antes de Colombo.

Em comunidades atuais habitadas por descendentes dos incas, eles flagraram a assinatura genética do que o pesquisador Fabrício Rodrigues dos Santos, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), chama de um "Adãozinho andino".

A comparação com o personagem bíblico se justifica porque a assinatura genética vem do cromossomo Y, a marca genética da masculinidade em mamíferos como nós.

Todo pai lega uma versão de seu cromossomo Y aos filhos do sexo masculino. E são justamente mutações nas "letras" químicas desse cromossomo que ajudam a diferenciar linhagens de homens ligadas a grandes eventos históricos, como migrações, expansões populacionais e guerras.

Foram dados do cromossomo Y, por exemplo, que sugeriram o brutal impacto reprodutivo do conquistador mongol Gêngis Khan (1162-1227) sobre a população do mundo: nada menos que 12 milhões de homens carregariam uma variante de seu Y.

Ivan Luiz/Arte

MODÉSTIA

O diminutivo empregado por Santos já mostra que o anônimo patriarca andino provavelmente não realizou um feito tão impactante.

Segundo cálculos dos pesquisadores, ele teria vivido há pouco mais de 5.000 anos. Pelo que os dados indicam até agora, ele possui descendentes espalhados por nove comunidades indígenas, oito delas nos Andes peruanos e uma na Bolívia. Em algumas populações estudadas, seus "filhos" chegam a ser perto de 70% dos homens.

O dado é importante porque até agora os geneticistas tinham sofrido para achar variantes do cromossomo Y que ajudassem a contar a história das populações da América do Sul.

As versões bem estudadas do cromossomo valem só para grandes divisões populacionais, que não dizem muita coisa sobre a origem de tribos ou civilizações.

A coisa começa a mudar no novo trabalho, cuja primeira autora é Marilza Jota, colega de Santos na UFMG. A assinatura genética que os cientistas identificaram é sutil, a troca de uma única "letra" química do DNA, um C (citosina) que virou um T (timina).

O momento em que essa linhagem se originou é, em si, sugestivo: trata-se da época imediatamente anterior ao avanço da agricultura do milho nos Andes. Os descendentes do portador do Y poderiam, em tese, ter se multiplicado graças a essa nova tecnologia agrícola.

"Quem sabe não achamos outro marcador que ajude a contar a história de ancestralidade e descendência dos incas? É disso que estamos atrás agora", afirma Santos, para quem os dados sugerem que a meta pode ser viável.

O estudo sobre o patriarca andino será publicado numa edição futura da revista científica "American Journal of Physical Anthropology". O trabalho integra o Projeto Genográfico, iniciativa patrocinada pela National Geographic para mapear a história humana com a ajuda dos genes de povos indígenas.

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DIETA DA BÍBLIA

 

Receita promete emagrecer até 4 Kg em 11 dias

O criador do regime é um cirurgião plástico, que buscou nas passagens bíblicas elementos e alimentos para elaborar o cardápio.

As dietas viram mania de tempos em tempos. Existe receitas de todos os tipos. O regime do limão, do chá, do líquido, da proteína… Mas uma dieta em especial chama a atenção pelo nome. Você já ouviu falar em Dieta da Bíblia? O criador é o cirurgião plástico Edson Ramuth, que buscou nas passagens bíblicas elementos e alimentos para elaborar o cardápio. O médico é judeu e, segundo ele, a religião o inspirou.

O regime é de 11 dias e a promessa é de perder até 4 Kg. Entretanto, ela só pode ser feita uma vez ao mês, começando em uma segunda-feira.

A ideia de diminuir o peso anima muita gente, mas para conseguir terminar o programa, é fundamental ter bastante disposição. No sexto dia será preciso permanecer em jejum, no café, no almoço e no lanche. Nesta data não se deve tomar medicação para emagrecer, nem praticar atividades físicas. Durante o período, é permitido ingerir uma pequena quantidade de vinho e adoçar as bebidas com mel.

O médico destaca que pessoas com algum problema de saúde não devem seguir o cardápio.

Regras

1. As carnes ingeridas devem ser somente de animais ruminantes com casco dividido em dois e unha fendida, como o boi, a ovelha, o carneiro e a cabra.

2. A carne de porco é proibida, assim como os outros animais que não ruminam.

3. A ingestão de sangue de animais é proibida; portanto as carnes não podem ser consumidas cruas ou mal passadas. Devem ser muito bem cozidas, assadas ou grelhadas.

4. O leite e seus derivados (queijo, coalhada, creme de leite, etc) são permitidos, mas nunca podem ser ingeridos na mesma refeição com derivados da carne (filé à parmegiana, estrogonofe,etc). Derivados do leite e da carne devem ser consumidos em refeições separadas.

5. As aves e os seus ovos são permitidos, desde que não estejam fecundados.

6. Frutos do mar são proibidos: camarão, marisco, lagosta, ostra, etc.

7. Os peixes com escamas são permitidos, como a pescada, a sardinha, a tainha, etc.

8. Os peixes sem escamas são proibidos, como o cação, pintado, atum, etc.

Cardápio

1º e 8º dia

Manhã – 1 fatia de pão de centeio / 1 xícara de iogurte com 1 col.(sopa) aveia

Almoço – 1 filé de peixe / 1 prato de salada de pepino com cebola com 3 col.(sopa) de milho em conserva

Lanche – 1 fatia de melão

Jantar – 1 prato de lentilha cozida

Ceia – 1 xícara de Chá de Zimbro

2º e 9º dia

Manhã – 1 fatia de pão de centeio / 1 xícara de leite com uma col.(sopa) de aveia

Almoço – 1 bife médio de carne / 1 pepino grande cru com três col.(sopa) milho em conserva

Lanche – 1 maçã

Jantar – 1 prato de fava (vagem) cozida e um ovo cozido

Ceia – 1 xícara de Chá de Zimbro

3º e 10º dia

Manhã – 1 copo de suco de melão e 2 fatias de queijo

Almoço – 1 filé de peito de ave / 1 salada de pepino com cebola e 3 col.(sopa) de milho em conserva

Lanche – 5 ameixas pretas

Jantar – 1 ovo cozido e 1 prato de lentilha cozida

Ceia – 1 xícara de chá de Zimbro

4º e 11º dia

Manhã – 1 fatia de pão de centeio / 1 xícara de leite com 1 col.(sopa) de aveia

Almoço – 1 bife bovino médio / 1 prato de fava (vagem) cozida com 3 col.(sopa) milho em conserva

Lanche – 1 cacho de uvas

Jantar – 1 prato de lentilha cozida

Ceia – 1 xícara de chá de Zimbro

5º dia

Manhã – 1 fatia de pão de centeio / 1 xícara de iogurte com 1 col.(sopa) aveia

Almoço – 1 filé de peito de ave / 1 prato de salada de pepino com cebola e três col.(sopa) milho em conserva

Lanche – 1 maçã ou/10 amêndoas / 10 azeitonas

Jantar – Jejum – somente ingerir água

6º dia

Manhã – Jejum – somente ingerir água

Almoço – Jejum – somente ingerir água

Lanche – Jejum – somente ingerir água

Jantar – 1 prato de lentilha cozida + 1 prato de salada de pepino com cebola + 3 col.(sopa) milho em conserva

Ceia – 1 xícara de chá de Zimbro

7º dia

Manhã – 1 copo de suco de melão + 2 fatias de queijo

Almoço – 1 filé de peixe grelhado + 1 prato de lentilha cozida

Lanche – 5 ameixas pretas

Jantar – 1 ovo cozido + 1 prato de fava (vagem) cozida e três col.(sopa) milho em conserva

Ceia – 1 xícara de chá de Zimbro

Data: 20/4/2011 08:40:12
Fonte: Gazeta Online

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Em artigo jornalista comenta como a tecnologia está aliada a religião

 

O texto abaixo é um artigo para o importante jornal Wall Street Journal e retrata como a tecnologia está presente em muitas igrejas americanas e outras religiões.

Na Igreja Batista Metropolitana da cidade de Newark, NJ, as orações são feitas de mãos e de vozes unidas, uma Bíblia com anotações é sinal de fé e dedicação e o pastor espera uma congregação atenta. Nesse ambiente, fazer a leitura da Bíblia Sagrada no celular e tuitar partes da mensagem do pastor pode ser um pouco chamativo.

“Minha esposa algumas vezes tira o telefone de mim e coloca-o na bolsa”, diz sorrindo Wade Harris, um dos membros da igreja. “Às vezes deixo o telefone no meio da Bíblia”, completa.

Já existem aplicativos que permitem tuitar versículos da Bíblia, o ajudam a encontrar Meca, ou lembrá-lo das bênçãos em hebraico sobre os alimentos. O fato é que alguns dos devotos estão abraçando de vez a tecnologia móvel. Porém, acabam desafiando as normas da prática religiosa convencional.

Eric Granata, designer gráfico que frequenta a Comunidade Frontline em Oklahoma City, carrega uma Bíblia eletrônica de bolso que vem com várias traduções, comentários, planos de leitura e opções para redes sociais. Mesmo assim, diz sentir-se sempre constrangido ao usá-la na igreja.

“Sinto que as pessoas podem pensar ‘Ei, olha esse cara mandando mensagens do celular durante o culto, que idiota. Mas eu estou lendo minha Bíblia, estou acompanhando vocês”, diz ele, rindo.

Para o Mr. Harris, que apresenta o programa de hip-hop cristão O Wade-O Radio Show, o leve desconforto vale a pena. Durante recente culto de domingo, Harris estava em um banco bem na frente de sua igreja, com a cabeça baixa. Ele não estava orando, estava escrevendo. E se você for um de seus 2.500 seguidores no Twitter, teria lido sobre o que ele estava aprendendo: “Muitas pessoas querem as bênçãos de Deus. Mas não querem a Deus. Busque-o em primeiro lugar e deixe que o resto se resolve – meu pastor”

Harris diz que suas contas no Facebook e Twitter são um testemunho de sua fé e parte de seu ministério. “Tenho um monte de amigos no Facebook e no Twitter, que talvez não vão à igreja”, diz ele. “Envio esse material para as pessoas talvez apenas como um incentivo.”

O rabino Zalman Goldstein, que desenvolveu o iBlessing, aplicativo para ajudar os judeus a se lembrar das orações que acompanham cada tipo de alimento, diz que a tecnologia móvel pode ajudar e ensinar judeus não-praticantes sobre as tradições religiosas sem estresse e com fácil acesso.

Para muçulmanos como Adil Pasha, da cidade de Mineola, NY, essa é uma conveniência moderna. Apesar desse consultor de TI ter aprendido a encontrar Meca baseando-se no nascer e no pôr do sol, às vezes sente-se perdido quando está viajando ou em ambiente estranho. Por isso, comprou e usa o aplicativo Islamic Compass [Bússola Islâmica].

“Foi um grande alívio. Você não precisa ficar tentando descobrir sozinho”, confessa, demonstrando alívio.

Especialista em religião e cultura, Rachel Wagner acredita que podemos esperar uma luta das religiões que desejam permanecer relevantes, mas sem abandonar suas crenças e tradições.

Embora algumas autoridades religiosas sejam rápidas em abraçar a tecnologia, outras têm suas reservas. Muitos temem que isso possa incentivar os fiéis a se desligar da sua comunidade religiosa ou olhar mais para os seus aparelhos que para seus líderes espirituais ou para Deus.

O Vaticano rapidamente negou que o iPhone poderia tomar o lugar de um sacerdote com o lançamento de um aplicativo para confissões, mesmo que tenha recebido licença da Igreja para imprimir textos religiosos. Um porta-voz esclareceu que os católicos podem usar o aplicativo a fim de se preparar para o sacramento. Porém, a absolvição requer um diálogo pessoal entre o padre e o penitente.

Ms. Wagner, autor do livro ainda inédito “Godwired: Religião, Ritual e Realidade Virtual”, diz que os aplicativos desafiam o papel dos líderes espirituais.

A tecnologia pode transformar a religião como a conhecemos? Serene Jones, presidente da Union Theological Seminary, em Nova York, diz que ela nunca eliminará as comunidade de fé ou o clero. Citando a invenção da imprensa como exemplo, ela diz: “Todo mundo achava que ela levaria as pessoas a uma experiência religiosa isolada, porque elas iriam para casa, sentariam em seus quartos e leriam suas Bíblias sozinhas”.

Pelo contrário, isso provocou uma revolução religiosa que resultou no protestantismo. “A experiência religiosa privada proporcionada pela tecnologia já vem acontecendo há muito tempo. Estamos no meio de uma transformação religiosa que pode ser positiva, quase tão grande quanto a Reforma”.

Tradução: Agência Pavanews