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Haverá mais um papa até o Dia do Julgamento, diz profecia medieval

 

Por Michael Gryboski | Repórter do The Christian Post tradutor Amanda Gigliotti

Enquanto o Papa Bento XVI anuncia sua renúncia, muitos olham para os escritos proféticos de um santo do século XII irlandês que diz ter previsto o número exato de papas antes do fim do mundo.

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    (Foto: Reuters)

    O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu nesta quinta-feira uma ação penal contra o deputado federal Hidekazu Takayama (PSC-PR) por crime de peculato.

 

São Malaquias de Armagh, um bispo católico romano que morreu em 1148, disse ter tido uma visão durante uma peregrinação a Roma, onde ele aprendeu o número exato de todos os papas que governaria de seu tempo para o Apocalipse.

Ao invés de dar seus nomes, Malaquias deu a cada um desses futuros pontífices lemas latinos, que os crentes em profecias do santo medieval afirmam ter uma forte semelhança com as figuras que eles descreveram.

Por exemplo, o Papa João Paulo II era o número 110 na lista e foi apelidado por Malaquias como "De Labore Solis", que significa literalmente "da labuta do Sol", mas também é traduzida como "do eclipse solar." João Paulo II nasceu em uma data que teve um eclipse solar.

De acordo com Irishcentral.com, existem conexões feitas entre a linha de papas desde o século 12 e a lista de Malaquias.

"Muitas das profecias se destacam, por exemplo, uma sobre Urbano VIII é Lilium et Rosa (o lírio e a rosa); ele era um nativo de Florença e nos braços de Florença descobriu uma flor-de-lis", escreveram os escritores da Irish Central.

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"Peregrinus apostolicus (papa peregrino), que designa Pio VI, parece ser verificada por suas muitas viagens a terras novas."

Com a renúncia do Papa Bento XVI, resta apenas um lema latino deixado na lista: Petrus Romanus, ou "Pedro, o Romano".

De acordo com os escritos de Malaquias, este será o Pontífice final: "Na perseguição final da Santa Igreja Romana reinará Pedro, o Romano, que alimentará seu rebanho em meio a muitas tribulações, após o qual a cidade das sete colinas será destruída e o juiz terrível julgará o povo. O Fim".

Tal como acontece com outros tempos de teorias finais, esta tem suas próprias disputas factuais. Por exemplo, a lista original de papas prevista por Malaquias incluiria apenas 110 nomes numerados mais "Petrus Romanus".

No entanto o número 111, identificado como Gloria Olivae ("A Glória da Oliveira") teria sido adicionado pela Ordem de São Bento após a morte de Malaquias. Papa Bento XVI é identificado como sendo o número 111.

Indivíduos também argumentaram que uma vez que "Petrus Romanus" não recebeu um número como outros papas na lista, pode haver pontífices que aparecem entre o Papa Bento XVI e o desconhecido Peter o Romano.

Em um livreto de 1950 intitulado "Profecia para Hoje", o autor católico Edward Connor notou que havia cerca de 400 anos entre quando as profecias teriam sido escritas e quando foram publicadas pela primeira vez em 1590.

"Dos 112 papas descritos na profecia, 74 já haviam reinado quando a lista foi descoberta e opositores da profecia reivindicam que as descrições destes são muito mais exatas do que as dos Pontífices posteriores", escreveu Connor.

"Não foi a lista a obra de um falsário que simplesmente usou retrospectiva para descrever os Papas dos 450 anos anteriores, e ambiguidade inteligente para os Papas do futuro?"

Enquanto o Colégio dos Cardeais, em breve se reunirá para decidir quem será o próximo bispo de Roma, não se sabe quanta influência a lista de Malaquia terá na sua tomada de decisão.

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Número dois do Vaticano, cardeal é alvo de intrigas

 

estadão.com

CLÓVIS ROSSI
ENVIADO ESPECIAL A ROMA

Sucessão PapalNa usina de intrigas e boatos em que se transformou o Vaticano nos últimos meses, o salesiano Tarcisio Bertone, 78 anos completados no dia 2 de dezembro, é sempre um dos personagens principais, em geral o principal.

É natural que seja assim: em 2006, ou seja, no ano seguinte à eleição de Joseph Ratzinger como papa, Bertone foi nomeado secretário de Estado, o segundo posto na hierarquia do Vaticano. Um ano depois, seria designado camerlengo, sempre por Bento 16, como é óbvio.

Camerlengo é a pessoa que convoca os cardeais para o conclave que elegerá o novo papa e também quem anuncia o escolhido. Uma espécie de gestor interino do Vaticano entre a morte ou, como agora, renúncia de um papa e a eleição de outro.

Com essa visibilidade, as intrigas anônimas dos últimos meses "atacaram o secretário de Estado para atingir um alvo mais elevado", escreve Paolo Griseri, que cobre Vaticano para o "La Reppublica".

O alvo mais elevado seria Bento 16, mas há outras versões para o tiroteio contra esse piemontês de Romano Canavese que fez todo o seu percurso de estudos em instituições salesianas.

Bertone teria atraído a ira da Cúria romana ao afastar os homens ligados a seu antecessor no cargo, o cardeal Angelo Sodano, hoje presidente da Conferência Episcopal italiana –outro polo de poder, dado que a Itália é o país que tem maior número de eleitores no conclave (28 em 117 contra, por exemplo, 5 do Brasil).

Há um caso concreto de afastamento que ajuda a entender a ira contra Bertone: o cardeal Carlo Maria Viganò, que chefiava o Governatorato, responsável pelas licitações e pelo abastecimento do Estado do Vaticano, escreveu carta ao papa, denunciando irregularidades e solicitando a permanência no cargo.

A carta vazou na televisão italiana e Bertone em seguida despachou Viganò para os Estados Unidos, como núncio apostólico.

Em termos ideológicos –item que não está na ordem do dia hoje no Vaticano– Bertone é definido por Griseri como líder de um "Novo Centro". À direita, o líder seria Angelo Scola, cardeal de Milão, em tese o favorito de Bento 16 para sucedê-lo.

Mas, na época de sua nomeação para a secretaria de Estado, a leitura mais disseminada foi a de que Bento 16 buscava um braço direito para ajudá-lo nas disputas internas na Cúria.

Que há divisões na igreja, o próprio Bento 16 o admitiu, na Missa de Cinzas. Que Bertone o tenha ajudado, no entanto, é uma tese polêmica, visto que o papa acabou por deixar o cargo, embora alegando apenas falta de forças para prosseguir.

Sacerdote há 53 anos, Bertone é licenciado em teologia e história da religião, pela Faculdade Salesiana de Turim, a capital piemontesa.

Ele foi reitor da Pontifícia Universidade Salesiana e é doutor em direito canônico, o que o coloca em situação privilegiada para gerir a transição, dado o ineditismo de uma renúncia papal, que exige interpretações das regras canônicas ao alcance apenas de especialistas.

Bispo em 1991, cardeal em 2003, tornou-se, em 1995, secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, a antiga Inquisição.

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Papa é uma ovelha cercada de lobos

 

LEITORA ÂNGELA LUIZA S. BONACCI
DE SÃO PAULO

Extraído do site folha.com

Com base na minha santa ingenuidade ética, alguns seres humanos atingiriam o ápice da grandeza de alma na dedicação ao desenvolvimento espiritual em retiros, conventos, monastérios etc.

Na minha pia crença, até infantil, a cada degrau da hierarquia católica os sacerdotes subiriam em iluminação e tenderiam a uma santidade quase mística. O papa seria, então, um semideus.

No entanto, tudo que é ingênuo termina sofrendo um choque de realidade arrasador. O papa é uma ovelha cercada por lobos. Cardeais que beirariam a santidade (segundo minha pura teoria) disputam no "tapetão" o poder mundano.

Martin Meissner – 25.set.2011/Associated Press

Papa Bento 16 em uma visita oficial à Alemanha

O papa Bento 16 em uma visita oficial à Alemanha, em 2011; chefe da Igreja Católica anunciou que vai renunciar

A intriga palaciana substitui a humildade e a luminosidade mística. O amar aos outros como a ti mesmo, ganha versão pop do "primeiro o meu".

O profano paira como uma nuvem negra sobre o Vaticano. Tudo tão humano, e tão rasteiro… Pouco transcendente, muito imanente; nada metafísico ou espiritual, apenas picuinhas palacianas.

As vísceras religiosas estão expostas na hipocrisia… Mas, como disse, isso tudo é apenas uma visão inocente de quem ainda crê em magnitude espiritual e pureza contemplativa.

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