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Igreja Universal de Fortaleza é atacada por militantes do PSOL

Igreja diz que confrontos “expõem ódio da esquerda contra cristãos”

Manifestante ameaça religiosos
Manifestante ameaça religiosos. (Foto: R7)

Um dos guardas acabou ferido no braço pelo grupo e precisou ser levado para o hospital. Os psolistas só foram embora após a chegada das viaturas da Polícia Militar.

Segundo a igreja, “o PSOL é um partido de esquerda, de inspiração socialista, comunista e antidemocrática”.

O Bispo Guaracy Santos, líder da Universal no Ceará, lamentou o ocorrido. “Esse atentado mostra o que pretendem os extremistas de esquerda, e todo o desprezo e o desrespeito que eles têm aos valores de todas as famílias cristãs, sejam evangélicas ou católicas”, destaca.

Nos adesivos que os manifestantes tentaram colar na igreja era possível ver a figura de uma folha de maconha e o número de um candidato do PSOL ao cargo de deputado estadual. A lei vigente no Brasil estabelece que é crime fazer apologia ao uso de drogas ilícitas.

Novo ataque

Horas depois da tentativa de vandalismo, um travesti foi para a porta da sede da Universal. Ele segurava uma placa de protesto e tentou agredir os fiéis.

Em determinado momento, após confronto com os vigilantes, tomou a arma de um deles e passou a ameaçá-los com a pistola. Após os seguranças conseguirem desarmar o homem, ele foi entregue à polícia.

Ainda não foi esclarecido se o travesti tinha ligação com o grupo que atacou na noite anterior. Com informações R7

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Líder da Assembleia de Deus declara voto em Bolsonaro

“Não podemos deixar a esquerda voltar ao poder”

José WellingtonJosé Wellington. (Foto: Reprodução / Facebook)

Na reta final da campanha, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, continua ganhando apoio de lideranças evangélicas. Depois do bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, foi a vez do pastor José Wellington, presidente emérito da Assembleia de Deus (CGADB).

Bolsonaro, que lidera com folga as pesquisas de intenção de voto dentro do segmento, recebeu publicamente apoio de José Wellington.

Durante o culto que celebrava seu aniversário de 84 anos ontem (1/10), ele anunciou aos presentes que votaria no militar. “De todos os candidatos, o único que fala o idioma do evangélico é Bolsonaro. Não podemos deixar a esquerda voltar ao poder”, justificou.

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Bolsonaro atrai o apoio de aliados de Alckmin

Perto do 1º turno, líder nas pesquisas recebe adesão da Frente Parlamentar da Agropecuária

Faltando cinco dias para a votação em primeiro turno nas eleições 2018, aliados de Geraldo Alckmin, presidenciável do PSDB, passaram a manifestar apoio explícito ou velado à candidatura do deputado Jair Bolsonaro (PSL), líder nas pesquisas de intenção de voto na disputa pelo Palácio do Planalto.

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) declarou nesta terça-feira (2/10), oficialmente apoio a Bolsonaro. A responsável pela adesão foi a deputada Tereza Cristina (DEM-MS), presidente da frente. Além de ser de um partido que integra a coligação de Alckmin, a deputada foi cotada para ser vice na sua chapa.

O grupo congressista reúne ao menos 214 deputados, sendo 43% deles de partidos coligados à candidatura do presidenciável tucano, incluindo 18 parlamentares do PSDB.

Em vídeos que circulam pelas redes sociais, candidatos tucanos nos Estados apareceram ao lado de militantes da campanha do presidenciável do PSL. Durante uma gravação em Franca (SP), um apoiador de Bolsonaro pede votos para o candidato do PSL ao lado do ex-prefeito João Doria, postulante do PSDB ao governo paulista.

“Somos Bolsonaro, mas no Estado somos Doria. Galera do Bolsonaro, vamos apoiar Doria no Estado de São Paulo”, diz o militante, que se apresenta como Max enquanto caminha ao lado de Doria, que apenas sorri e faz o sinal de sua campanha com os dedos. A manifestação “bolsodoria” e o comportamento do candidato do PSDB ao Palácio dos Bandeirantes deixaram o entorno de Alckmin bastante irritado.

Procurada, a assessoria de Doria disse que o encontro com o militante de Bolsonaro foi casual e ele apenas foi educado.

Exemplo parecido ocorreu em Pernambuco. O deputado Bruno Araújo, candidato do PSDB ao Senado, gravou nesta terça-feira, 2, um vídeo com um aliado de Bolsonaro no Recife e não fez menção a Alckmin.

A decisão da frente ruralista foi considerado um “golpe duro” na campanha tucana, que perdeu respaldo de um segmento importante. Nem mesmo a senadora Ana Amélia (PP-RS), a vice de Alckmin que tem influência nesse setor, conseguiu segurar a debandada.

“Governabilidade”
Para Bolsonaro, o apoio, por outro lado, representa um argumento contra críticas recorrentes de que a candidatura do deputado federal não possui capilaridade no Congresso. “Buscamos governabilidade, através do entendimento com a bancada ruralista que trabalha de mãos dadas com homens e mulheres da agricultura familiar”, afirmou Bolsonaro em uma transmissão ao vivo de sua casa ontem a noite.

Líderes do DEM tentaram fazer com que Tereza Cristina segurasse o anúncio até o fim do primeiro turno por causa da aliança de Alckmin com o Centrão – grupo que reúne DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade.

Porém, pressões dentro da própria frente, principalmente de outro representante do DEM, o deputado federal Onyx Lorenzoni (RS), aliado de Bolsonaro, e a pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada nesta segunda (1º), que mostrou crescimento do candidato do PSL, foram decisivas para o anúncio.

A Frente Parlamentar da Agropecuária já foi presidida pelo deputado Nilson Leitão, que é hoje líder do PSDB na Câmara e já defendeu apoio a Bolsonaro num eventual segundo turno.

Em conversas reservadas, dirigentes do Centrão reclamam do “fogo amigo” e defecções nas próprias fileiras do PSDB de Alckmin, movimento que está tornando a debandada em outros partidos incontrolável.

Polarização
Bolsonaro já tinha conseguido conquistar líderes e entidades ruralistas pequenas e médias, mas a frente parlamentar ainda resistia a deixar a aliança com Alckmin.

Em carta publicada na internet e entregue a Bolsonaro em sua casa, no Rio, a FPA diz que a decisão “atende ao clamor do setor produtivo nacional, de empreendedores individuais aos pequenos agricultores e representantes dos grandes negócios”.

“As recentes pesquisas eleitorais trazem o retrato da polarização na disputa nacional, o que causa grande preocupação com o futuro do Brasil”, destaca o comunicado. “Portanto, certos de nosso compromisso com os próximos anos de uma governabilidade responsável e transparente, uniremos esforços para evitar que candidatos ligados a esquemas de corrupção e ao aprofundamento da crise econômica brasileira retornem ao comando do nosso país.”

Um dos presentes no encontro desta terça-feira, o líder ruralista Luiz Antonio Nabhan Garcia, disse que o apoio da bancada não foi uma “surpresa”. Ele observou que esse movimento enfrentava entraves da fidelidade partidária, especialmente dos parlamentares tucanos. “Esse apoio foi extremamente importante. A frente convalidou o que pensam os produtores.”

A campanha de Bolsonaro comemorou a aliança, que dá ao militar apoio de boa parte do Congresso em uma possível eleição. A avaliação dos aliados é de que a adesão ajudará na formação de uma bancada, considerada essencial para as votações e para a governabilidade, já que o candidato ao Planalto é de um partido pequeno, o PSL, e tem apoio apenas do PRTB.

Tucano diz que anúncio de ruralistas é “desrespeitoso”
O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, criticou nesta terça-feira a manifestação de apoio da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) a Jair Bolsonaro (PSL). O tucano disse que deputados e senadores da frente não foram consultados e a manifestação foi um ato “individual e extemporâneo”. “A manifestação da FPA foi até desrespeitosa. Eu também sou agricultor e não fui consultado. Deputados e senadores não foram consultados. Quem eles consultaram?”, questionou Alckmin, que participou de um encontro de lideranças convocado pela União-Geral dos Trabalhadores (UGT), em São Paulo.

Com 210 deputados e 26 senadores, muitos deles oriundos de partidos do Centrão – como sua presidente, deputada Tereza Cristina (DEM-MS) –, a FPA é um grupo forte dentro do Congresso. Em carta publicada na página da entidade na internet, a parlamentar afirmou que a decisão “atende ao clamor do setor produtivo nacional, de empreendedores individuais aos pequenos agricultores e representantes dos grandes negócios”.

Punição
Questionado sobre o anúncio feito pela deputada, o presidente do DEM, ACM Neto, afirmou que Tereza não fala em nome do partido.

“A deputada Tereza Cristina fala em nome da frente, mas não do DEM”, afirmou ACM Neto, que também é prefeito de Salvador. Segundo ele, “o DEM continua firme com Alckmin”. “A posição mencionada é a de um segmento, mas não é o retrato do partido”, disse. Questionado se Tereza Cristina seria punida, ACM Neto disse que esse assunto não está na pauta. “O objetivo maior é nos unirmos em torno da campanha de Alckmin.”