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Igreja católica sofre perda recorde de fiéis na Alemanha

A igreja não consegue compreender o que afastou 280 mil membros de suas congregações

por Leiliane Roberta Lopes-gospelprime-

 

Igreja católica sofre perda recorde de fiéis na Alemanha
Igreja católica sofre perda recorde de fiéis na Alemanha

A Conferência Episcopal da Alemanha divulgou recentemente que só em 2014 a igreja católica perdeu mais de 280 mil fiéis. O número é um recorde bastante negativo para a igreja que tem perdido membros todos os anos.

Ainda de acordo com a instituição, o número de 2014 tem 39 mil dissidentes a mais do que o ano de 2013 e o número é ainda maior se comprar à perda de 2010 quando escândalos de pedofilia afastaram 181.193 católicos das igrejas alemãs.

Hoje o número de alemães que se declaram católicos é de 24 milhões, o que representa 29,5% da população do país. Os números fazem com que o cardeal Reinhard Marx, presidente da Conferência Episcopal Alemã, lamente profundamente pela diminuição de seguidores.

A queda de fiéis é um fenômeno que as autoridades católicas não conseguem explicar, pois ao contrário do que aconteceu em 2010, o ano passado não apresentou nenhum fato marcante que pudesse afugentar os membros da Igreja Católica.

Na Alemanha todos os contribuintes deve se declarar católicos, protestantes ou sem religião e por isso é possível acompanhar a quantidade de pessoas que deixam de se afirmar como católicos. Com informações O Povo

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“A Igreja não pode esquecer de Israel”, defende estudioso

Norberth Lieth acredita que interesse pelas profecias é essencial

por Jarbas Aragão -gospelprime-

 

“A Igreja não pode esquecer de Israel”, defende estudioso
“A Igreja não pode esquecer de Israel”, defende estudioso

Norberth Lieth é o diretor da Chamada da Meia-noite Internacional. Autor de vários livros publicados em alemão, português e espanhol,  como conferencista internacional, viaja para diversos países exortando a Igreja para que não se esqueça de Israel.

Nascido na Suíça, foi missionário no Uruguai. Erudito, ele se especializou nas profecias relacionadas com os eventos que antecedem a volta de Cristo e o papel de Israel no plano eterno de Deus. Para Lieth, não há como os cristãos não amarem Israel.

Em entrevista exclusiva ao Gospel Prime, ele explica os motivos. Primeiramente lembra que “Jesus Cristo veio como judeu, ensinou que a salvação vem dos judeus, subiu ao céu como judeu e voltará como judeu (Ap 22:16)”.

Como a Igreja está baseada nele, não pode ignorar esse fato. Ressalta ainda que Deus não se esqueceu das promessas que fez para esta terra e este povo. Por fim, lembra que o apóstolo Paulo fala através dos judeus para as nações (Rm 9:11) e ele ensina que fomos enxertados na Oliveira (símbolo de Israel), portanto somos “parentes espirituais” dos judeus.

Reconhece que, de diferentes maneiras, muitas igrejas não amam Israel. Essa “teologia da substituição” é popular em muitos meios eclesiásticos. Contudo, Lieth ressalta que se olharmos para todo o plano de salvação, não há como ignorar a importância fundamental de Israel. O estudioso é categórico: “Só quem não estuda a profecia bíblica ignora Israel”.

Questionado sobre o argumento popular de que o Israel moderno não é o Israel bíblico, Norbert reconhece que o Israel atual não é “espiritualmente o Israel que devia ser”. Não tem dúvidas que cada judeu precisa do Salvador Jesus, mas isso não invalida as profecias que mostram como Deus iria fazer o seu povo retornar à sua terra prometida (vide Ezequiel, Jeremias e Salmos 102).

“Mesmo não sendo ainda salvo o Estado de Israel foi dado aos judeus… Eles terão de passar pela grande tribulação para se converterem a Jesus”, assevera.

Analisando as sucessivas “ondas” da teologia, admite que hoje em dia, falar sobre as questões de escatologia (estudo do final dos tempos) parecer ter “saído de moda”. Contudo, isso não diminui a vocação de ministérios que existem com esse propósito.

Para Lieth, embora de um modo geral na Igreja o interesse diminuiu, a procura pelo material produzido pela Chamada e a presença nos eventos mostra que o interesse continua existindo.

Conta ainda, que muitos cristãos sentem falta dessa pregação na Igreja. Por fim, ressalta que tanto no Antigo quanto no Novo Testamento existem profecias que ainda não foram cumpridas e que a maioria delas diz respeito ao que acontece e ainda vai acontecer em Israel. Portanto, o estudo das profecias é parte essencial do aprofundamento de qualquer cristão nas escrituras.

O trabalho do ministério Chamada da Meia-noite tem como um de seus objetivos desde a fundação lembrar a Igreja da importância de Israel e das profecias relacionadas ao Estado judeu. Iniciada na Europa, a Chamada atua no Brasil há 47 anos no Brasil, imprimindo anualmente mais de 100 mil livros e revistas. Além do trabalho de evangelização, a Chamada tornou-se conhecida pelos Congressos sobre Palavra Profética, realizados anualmente no Brasil e em Israel. Além disso promove viagens a Israel como a que o Gospel Prime acompanhou.

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Edir Macedo presta um desserviço à igreja evangélica brasileira

Edir Macedo presta um desserviço à igreja evangélica brasileira

Líder da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), o bispo e empresário Edir Macedo presta um desserviço à igreja evangélica brasileira. Suas declarações – ao jornalista Roberto Cabrini, do programa Conexão Repórter – são evidências mais do que suficientes de suas manobras e formas de entendimento da sociedade. De fato, sua entrevista – a primeira em dimensão, concedida a um veículo de comunicação independente – serve como base de análise de sua história e distorções.

Ao mesmo tempo em que revela uma personalidade agressiva, demonstra um completo preconceito com as camadas menos privilegiadas da sociedade ao chamar de “buraco” o local em que crianças atendidas por um de seus projetos filantrópicos residem com suas famílias. Também é preocupante a forma como Macedo se refere – apesar de reiteradas negativas – a outras denominações evangélicas, a exemplo das tradicionais. Suas declarações são feitas a partir de uma ótica isolacionista, sem comprometimento com um movimento que passa de 42,5 milhões de evangélicos.

De forma contrária a sua auto-intitulação – de que é “um grande ganhador de almas” -, sua postura agressiva, preconceituosa e desrespeitosa o desqualifica como líder evangélico, como parte de uma corrente que ultrapassa os muros de sua denominação. Entende o mundo como um campo de batalha, de guerra, onde “você mata ou morre”. Questionado sobre seus inimigos e sobre os que se demonstram contrários as suas práticas e ensinos controversos, declara “estar se lixando” com o que as pessoas falam ou pensam sobre ele, que seus “inimigos o procurem para derrotá-lo”.

Ao dar a sua fala e declaração autenticidade, e dizer que a denúncia o tornou conhecido, Macedo reassume sua antiga posição e contextualiza sua fala. O Estado Democrático de Direito é incisivo no sentido em que assegura a liberdade de expressão religiosa, mas com referência à Igreja Universal há mais do que evidência de seus objetivos e percepções da sociedade, tornando-se urgente uma resposta legal. Questionado sobre as denúncias e a uma prisão de 11 dias em uma delegacia de São Paulo, Macedo se compara ao apóstolo Paulo e utiliza o termo “país miserável” ao responder que seria natural não ser investigado no Brasil por charlatanismo, mas sim em países desenvolvidos, como Estados Unidos e Inglaterra. Com a comparação, Macedo se diz inculpável.

“As opiniões ditas pelos colunistas são de inteira e única responsabilidade dos mesmos, as mesmas não representam a opinião do Gospel+ e demais colaboradores.”

Por

é pesquisador, jornalista, colaborador de diversos meios de comunicação e licenciando em Ciências Sociais pela Universidade Metodista de São Paulo. Há mais de dez anos dedica-se ao estudo de religiões e crenças, sendo um dos campos de atuação a religiosidade brasileira e movimentos destrutivos. Contato: [email protected]