Categorias
Estudos

Igreja de Tiatira: A igreja comandada pelo espírito de Jezabel

Como tal igreja se deixou dominar por um espírito de rebeldia.

Por  – via Gospel Prime
Igreja com luminária de cruz

Igreja iluminada (Foto: Direitos Reservados/Deposiphotos)

A cidade de Tiatira estava posicionada num vale que ligava dois outros vales – vales do Hermo e do Caico –, como um tipo de corredor. Pouco mais de trinta e cinco quilômetros dali ficava a cidade de Pérgamo, que era a capital romana da província da Ásia.

Parece que a cidade de Tiatira foi fundada por volta do século 4 a.C. por Selêuco I, um general macedônio de Alexandre, o Grande. Desde o início Tiatira teve certa importância militar. Durante o tempo de Selêuco I, a cidade abrigava uma guarnição de fronteira que fornecia proteção nos limites com as terras governadas por Lisímaco, outro general que também herdou territórios após a morte de Alexandre.

Quando a cidade de Pérgamo passou para o domínio romano em 133 a.C., Tiatira também teve o mesmo destino.

Como a cidade ficava numa importante rota que ligava Pérgamo às províncias orientais, passando por Laodicéia, Tiatira continuou abrigando uma guarnição militar. Os romanos montavam guarda em Tiatira tanto para protegerem a cidade quanto para guardarem o caminho para Pérgamo, que era a capital da província.

Obviamente isso também serviu para fortalecer o comércio de Tiatira. A cidade tinha muito para comercializar, pois era um importante centro manufatureiro.

Em Tiatira existia uma profissão que era semelhante ao metalúrgico de hoje, que trabalhavam com bronze polido, sendo um dos mais especiais e valiosos de todas as cidades do Império Romano, além de também serem grandes artesãos e produtores de roupas! A cidade também era conhecida pela produção de púrpura, uma tinta usada em tecidos. Lídia, uma mulher convertida pela pregação do apóstolo Paulo em Filipos era natural dessa cidade e vendedora dessa tinta!

Haviam organizações de artesões e profissionais, semelhantes às associações profissionais dos dias de hoje, mas com uma mistura de influências pagãs e todo aquele que fosse contratado para trabalhar, era obrigado a participar das confraternizações com almoços e jantas, onde a comida era oferecida a ídolos e demônios antes de serem servidos!

Quem não participasse dessas festividades era rebaixado de cargo, perdia parte do salário ou era mandado embora tendo seu nome mal falado em toda a cidade!

Encontravam-se em Tiatira templos aos deuses Apolo, Tirimânios e Ártemis (a deusa Diana) e um santuário dedicado a orácula Sambate. Era muito proeminente as figuras femininas nas religiões culturais de Tiatira, facilitando que mulheres tivessem uma maior abertura para exercer posições de governo e influência!

De qualquer forma, tal Igreja também estava sob a responsabilidade do apóstolo João, que certamente a assumiu após a morte de Paulo.

Não se sabe ao certo quem seria o pastor daquela Igreja, mas o que sabemos é que ela estava dividida em 2 grupos que combatiam entre si:

  1. O primeiro grupo se mantinha fiel a Deus, as Escrituras, a liderança do apóstolo João e ao pastor designado por ele e ao combate do pecado e da idolatria na cidade.
  2. O segundo grupo se mantinha fiel a Deus, as Escrituras, a liderança do apóstolo João e ao pastor designado por ele, mas não combatia os pecados da cidade e nem os pecados de dentro da Igreja para não se indisporem e não perderem amizades.
  3. Finalmente, o terceiro grupo era composto por cristãos carnais, desobedientes e rebeldes, que eram liderados por uma mulher que se dizia profetiza, líder da Igreja em Tiatira, pois não aceitava a liderança do apóstolo João e nem do líder que ele havia designado para pastorear a comunidade. Tal grupo era rebelde, desobediente a totalidade das Escrituras, mundanos e carnais. Jesus diz que o nome de tal mulher era Jezabel, mas provavelmente era apenas um indicativo de qual espírito que a comandava, assim como aqueles que a seguiam! Jezabel foi a famosa esposa do Rei Acabe, um dos reis mais desobedientes e fracassados da história de Israel!

Jezabel foi uma princesa fenícia e era filha de Etbaal, rei dos sidônios.

Jezabel é descrita como uma sacerdotisa dominadora e potencialmente religiosa e se denominava porta-voz dos deuses. Isso a categorizava como profetisa.

Ao casar-se com o Rei de Israel, ela passou a governar de acordo com a sua cultura e religião. Como mística, ela passou a ser considerada sacerdotisa e ensinadora.

Sua influência e liderança foi autorizada pelo rei Acabe, fazendo com que ela superasse os próprios rabinos e sacerdotes, submetendo-os as suas ordens. Jezabel recebeu tanto poder, que levou toda a nação de Israel a adorar ao deus Baal, inclusive os sacerdotes judaicos que deveriam ser contra isso!

Tal profetiza e líder demoníaca, foi uma forte perseguidora dos profetas de Deus, que não se submetiam as suas ordens e manipulações! Um desses profetas foi Elias! Seu nome já era um confronto a Jezabel, pois significava (só Jeová é Deus)! Em dado momento de sua caminhada profética, eliminou mais de 400 profetas de Baal, fazendo que toda a nação de Israel novamente fizesse de Deus seu Senhor e não Baal! Porém, em um momento de medo e fraqueza, após receber ameaças de Jezabel que desejava matá-lo, o profeta Elias acabou se rendendo ao pavor, fugindo dela e se refugiando com forte depressão dentro de uma caverna! Logo depois disso, Deus teve misericórdia de Elias e o arrebatou com uma carruagem de fogo.

A história de Jezabel, se tornou um exemplo de comportamento que não deve ser aceito, tolerado e muito menos seguido, principalmente dentro da comunidade cristã.

Toda igreja possui um pastor designado por Deus para liderá-la e esse pastor escolhe e abençoa mais cristãos experientes para fazer parte de sua equipe de liderança. Aos membros da Igreja, cabe reconhecer essas pessoas como liderança sobre suas vidas e seguir suas orientações e conselhos.

Toda pessoa que se levante contra seus pastores e sua liderança e ainda tenta criar um outro grupo dentro da Igreja que não se submete ao pastoreio designado por Deus, está agindo debaixo do espírito de Jezabel e precisam ser fortemente repreendidos e corrigidos. Caso se arrependerem e receberem a correção se submetendo a seus pastores novamente, seguem sendo pessoas de confiança na comunidade, mas caso não se arrependerem e não receberem a correção, devem ser imediatamente expostos para toda a igreja e expulsos da congregação, pois uma laranja podre tem o poder de apodrecer aos outras saudáveis que ali estão.

Jesus sabia e elogiou aos cristãos de Tiatira por serem fiéis a Ele, trabalharem na obra dEle e não abandonarem por completo a , mesmo em meio a tantas perseguições e idolatrias na cidade onde moravam! PORÉM, Jesus estava os condenando por não serem íntegros em sua fé ao ponto de perderem emprego, dinheiro e prestígio por Ele.

Como a cidade possuía mais de 80 por cento empregos na área da metalurgia e artesanatos e quem fosse contratado por essas empresas deveria participar de confraternizações com comidas e bebidas consagradas a ídolos, deuses e ao imperador Romano, quase todo os cristãos de Tiatira estavam trabalhando em uma dessas empresas e recebendo seu sustento dela.

Porém, para que não fossem perseguidos ou demitidos, acabavam por tolerar e participar de tais festividades, mesmo não concordando e mesmo sabendo que tais práticas era uma contradição a sua própria fé e a vontade de Deus para eles.

O medo que eles tinham de perder seu emprego e o sustento de sua família, revelava que eles não estavam confiando 100 por cento na provisão de Deus e que também não estavam dispostos a morrer de fome por amor a Ele, caso isso fosse necessário.

Não sabemos se o nome dela era Jezabel de fato, mas tudo indica, como já estudamos aqui, que João estava se referindo ao espírito que comandava tal pessoa que se dizia irmã em Cristo, mas estava se levantando contra a própria palavra de Deus e contra os homens de Deus que pastoreavam tal congregação e o pior de tudo é que fazia isso em nome de Deus e se auto intitulando uma pessoa de Deus!

Era ela que dizia que não teria problemas adorar outros deuses e comer comidas consagradas aos ídolos, pois Deus entenderia tal situação devido a precisarem trabalhar para sobreviverem e talvez até mesmo manter as despesas da igreja em dia! Ensinava a eles que não era pecado terem relacionamento sexual antes do casamento e nem casar com pessoas de outras religiões! Dizia que adultério era algo natural e normal na sociedade humana e não deveria ser condenado.

Também afirmava que o apóstolo João e o pastor de Tiatira eram muito exagerados e injustos em suas orientações e tais ensinos estavam fazendo com que eles perdessem amizades e finanças com pessoas de destaque na sociedade. Tal mulher enfraquecia e desmerecia a liderança oficial da igreja e assim ia disseminando seus intentos malignos.

Inclusive a palavra tolerância, vem do latim tolerantĭa, um termo que define o grau de aceitação diante de um elemento contrário a uma regra moral, cultural, civil ou física.

Em outras palavras, tolerância é o ato de não concordar com algo, mas não se posicionar contrariamente por medo de  represálias ou perseguições.

Um tolerante é muitas vezes alguém bom, que enxerga o mau, mas não tem coragem de condená-lo. Bem já disse Martin Luther King quando afirmou: “Não tenho medo do grito dos maus, mas do silêncio dos bons”.

Jesus deixa claro que já a havia repreendido e dado chance para que parasse de agir daquela forma carnal e imoral! Certamente o instrumento usado por Jesus foi o próprio apóstolo João ou o próprio pastor de Tiatira que chamou sua atenção e a repreendeu severamente! Porém, ela não aceitou a repreensão e seguiu com sua prática e influência maligna em meio a Igreja.

Jesus então diz que as consequências de suas atitudes carnais e demoníacas em meio a seu povo, seria ficar doente em uma cama , junto com todos aqueles de outras religiões que cometiam adultério com ela e mataria todos os irmãos da Igreja que a seguiam em suas práticas e ideologias, para que todos que soubessem desses acontecimentos louvassem a Deus e tivessem ainda mais certeza que o verdadeiro pastor de suas Igrejas era Ele e que jamais deixaria nenhuma delas sem sua proteção.

Certamente todas as outras igrejas já tinham conhecimento que tal mulher estava causando desordem e divisões em Tiatira e era vista como um péssimo exemplo cristão, por isso, ao saberem de sua condenação louvariam ainda mais ao seu Senhor e Salvador.

De fato, assim como Jezabel foi morta de modo trágico e todos seus descendentes também pereceram, o mesmo estava prestes a acontecer para tal profetiza e seus seguidores, caso não se arrependessem.

Muitos perguntam o que uma igreja pode fazer ao se deparar com uma ou mais pessoas com espírito de Jezabel, que causam divisões, intrigas e se levantam contra o pastoreio e a liderança instituída por Deus! A resposta é simples! Expor ela e seus seguidores para o pastor da igreja, pois somente um Rei pode derrotar Jezabel, pois representa uma rainha a serviço de satanás para causar desordem e derrota em uma igreja! Por isso que Deus só pode derrotar ela, depois que ungiu Jeú para ser rei e foi ele que deu a ordem para que tal falsa profeta fosse jogada da janela e morta.

Um pastor deve primeiro identificar tal pessoa que age dessa forma errada, podendo ser ela um homem ou uma mulher, pois mesmo tal espírito sendo representado de modo feminino, não significa que só atue através de mulheres, mas também de homens. O que importa é saber que, toda pessoa com forte tendência a manipulação, rebeldia e desobediência a lideranças estão debaixo desse espírito.

Após identificar quem seria a ou as pessoas, deve ser chamado para uma conversa, mostrar seus erros e dar a chance ao arrependimento! Porém, se mesmo assim não houve mudança, deve então o pastor agir como o Rei Jeú e expulsar tais pessoas da Igreja, pois agindo assim mostra que não aceita, não tolera e não permitirá que tal espírito permaneça presente na igreja, pois o papel de um pastor é enfrentar o lobo e não fugir dele, como mercenários fazem.

Mas uma igreja saudável deve ser pastoreada por um pastor saudável que corrige, repreende e combate qualquer pessoa que esteja debaixo do espirito de Jezabel para que toda a congregação siga firme com Deus, firme na fé e firme na santidade a Ele.

Jesus promete que, toda igreja que agir de modo contrário a qualquer prática pecaminosa e satânica na cidade onde estão inseridos, quebrando o que é mau e diabólico, assim como eles quebram seus vasos quando estão trabalhando em sua profissão, terão a oportunidade de governar a sociedade através das doutrinas e princípios de Jesus Cristo, que é a estrela da manhã, trazendo a purificação completa de todas as cidades, estados e nações onde habitam.

Importante descoberta arqueológica achada em Jerusalém

Inscrição em latim é a mais importante das últimas décadas

por Jarbas Aragão

  • gospelprime

 

Importante descoberta arqueológica achada em Jerusalém
Importante descoberta arqueológica achada em Jerusalém

A história de Israel é um verdadeiro quebra-cabeças. De tempos em tempos descobertas arqueológicas confirmam relatos que antes faziam parte apenas dos relatos tradicionais judaicos e careciam de uma comprovação material.

Esta semana, uma grande pedra de mármore em forma de arco, com um texto em latim foi revelada ao mundo. A gravação traz o nome do imperador Adriano e tem quase dois mil anos. Descoberta meses atrás, foi apresentada hoje no Museu Arqueológico Rockfeller e segundo a Autoridade de Antiguidades de Israel é uma das mais importantes inscrições encontradas em Jerusalém.

Cerca de dois milênios depois, a peça foi achada durante escavações ao norte do Portão de Damasco. Riva Avner e Roie Greenwald, que comandaram a expedição, contam que ela fazia parte da cobertura de uma cisterna profunda. A doutora Avner explica que: “Na antiguidade, assim como hoje acontece, era costume reciclarem-se materiais de construção. Essa pedra com uma inscrição oficial evidentemente foi removida do seu lugar original e usada com o propósito de construir a cisterna. Além disso, para ligar a pedra à tampa, uma parte do fundo foi serrada em forma de círculo.”

O fragmento faz parte de uma peça de dimensões maiores, cujo lado esquerdo foi descoberto no século XIX e se encontra no Museu de Estudo Bíblico Franciscano. As inscrições foram lidas e traduzidas por Avner Hecker e Hannah Cotton, da Universidade Hebraica de Jerusalém. Para Hecker, “apenas um pequeno número de antigas inscrições oficiais latinas foram descobertas em escavações arqueológicas em todo o país, em Jerusalém de modo especial. Não há dúvidas de que esta é uma das mais importantes”.

A data da peça arqueológica é uma confirmação importante do relato histórico sobre a presença da décima legião romana em Jerusalém no período entre as duas revoltas judaicas contra Roma. Foi durante o reinado de Adriano que Roma alcançou a maior extensão territorial de sua história.

Segundo os historiadores, Adriano visitou Jerusalém no ano 129 ou 130. Para os arqueólogos a inscrição original foi feita na fachada de um arco do triunfo no norte da cidade. Registros judaicos dão conta que nessa época estavam em vigor os chamados “decretos adriânicos”, que impunham a perseguição e a conversão forçada de judeus.

Nesse período, o imperador deu a Jerusalém o status de “colônia”. Com isso, seus cidadãos passaram a ser considerados romanos. Mas isso trazia consigo a adoração dos seus deuses e o nome da cidade foi mudado para Aelia Capitolina e a província da Judeia passou a chamar-se Syria Palaestina, numa tentativa de aniquilar sua identidade.

Esse possivelmente foi o estopim para a chamada revolta liderada por Simão Bar Kokbha poucos anos depois, que resultou na morte de centenas de milhares de judeus. Com informações Fox News e Huffington Post