A Bíblia usa a palavra “céu” para falar de três lugares diferentes: a atmosfera, o espaço e o Céu espiritual. A Bíblia não fala se o Céu espiritual está dividido em partes, isso é só especulação.
A Bíblia fala no terceiro céu?
Sim. O terceiro céu é o paraíso, o Céu espiritual. A expressão “terceiro céu” só aparece em 2 Coríntios 12:2, quando Paulo fala sobre uma visão que teve. O Céu espiritual é o lugar onde Deus mora, com os anjos. Os salvos, quando morrem, vão morar nesse Céu, junto de Deus por toda a eternidade. É um lugar espiritual, perfeito, que não pode ser destruído.
Dá para entender das referências ao céu que os outros dois são a atmosfera e o espaço maior do Universo em geral. A atmosfera, ou firmamento, é descrita como o lugar onde as nuvens ficam e os pássaros voam. Cobre a terra toda e é muito importante porque fornece chuva (Gênesis 1:6-8). O céu (Universo) é o lugar do sol, da lua e das estrelas. Fica acima da atmosfera e é muito maior (Salmos 8:3).
Os astrônomos dos tempos bíblicos tinham conhecimentos bastante avançados, por isso é natural que eles conseguissem fazer uma distinção entre a atmosfera e o espaço. Provavelmente pensavam no Céu espiritual como um lugar acima ou além do Universo, em uma dimensão diferente, que não podemos ver.
O Céu espiritual está dividido em partes?
A Bíblia não fala se há divisões dentro do Céu. Parece que há recompensas especiais para algumas pessoas mas é tudo muito vago. As teorias sobre diferentes níveis dentro do Céu para pessoas mais ou menos abençoadas são só mitos sem fundamento.
O mais importante na Bíblia é o fato que o Céu existe e podemos morar lá. Basta aceitar Jesus como seu senhor e salvador. A terra é apenas uma sombra da glória do Céu, que vai além daquilo que nós podemos imaginar (1 Coríntios 13:12).
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Matéria extraída do site:https://www.respostas.com.br/o-que-e-o-terceiro-ceu-quantos-ceus-existem-na-biblia/
As autoridades da cidade de Pequim proibiram o funcionamento de uma das maiores igrejas protestantes não-oficiais da cidade e confiscaram “materiais promocionais ilegais” em meio a uma repressão cada vez maior contra as igrejas “subterrâneas” da China.
A igreja de Sião operou durante anos com relativa liberdade, hospedando centenas de fiéis todo fim de semana em um amplo salão especialmente reformado no norte de Pequim.
Mas desde abril, depois que eles rejeitaram pedidos de autoridades para instalar câmeras de televisão de circuito fechado no prédio, a igreja tem enfrentado crescente pressão das autoridades e foi ameaçada de despejo.
No domingo, o departamento de assuntos civis do distrito de Chaoyang disse que organizando eventos sem se registrar, a Igreja estava quebrando regras proibindo reuniões em massa e agora seriam “legalmente proibidas” e seus “materiais promocionais ilegais” haviam sido confiscados, segundo imagens do aviso enviadas à Reuters no final do domingo e confirmado pelos membros da igreja.
“Temo que não haja maneira de resolvermos essa questão com as autoridades”, disse o pastor Jin Mingri, de Zion, à Reuters.
Os escritórios de assuntos religiosos e assuntos civis da China não responderam imediatamente aos pedidos de explicação.
A Constituição da China garante a liberdade religiosa, mas desde que o presidente Xi Jinping assumiu o cargo há seis anos, o governo restringiu as atividades religiosas vistas como um desafio à autoridade do Partido Comunista.
Igrejas em toda a China enfrentaram novas ondas de assédio e pressão para se registrardesde que um novo conjunto de regulamentações para governar os assuntos religiosos na China entrou em vigor em fevereiro e aumentou as punições para as igrejas não oficiais.
Em julho, mais de 30, das centenas de igrejas protestantes clandestinas de Pequim, deram o passo raro de divulgar uma declaração conjunta queixando-se de “interferência incessante” e do “assalto e obstrução” das atividades regulares dos crentes desde que os novos regulamentos entraram em vigor.
Os cristãos da China estão divididos entre aqueles que frequentam igrejas não-oficiais “caseiras” ou “subterrâneas” e aqueles que frequentam locais de culto sancionados pelo governo.
Os fiéis da igreja também receberam um aviso do escritório distrital de assuntos religiosos dizendo que “as grandes massas de crentes devem respeitar as regras e regulamentos e participar de eventos em lugares legalmente registrados de atividade religiosa”.
Os membros da Igreja de Sião também receberam panfletos de igrejas oficialmente sancionadas para que pudessem comparecer.
Mas para muitos fiéis e pastores, como Jin, aceitar a supervisão e autoridade final do Partido Comunista seria uma traição de sua fé.
“Nesta terra, o único em quem podemos confiar é Deus”, disse Jin.
O populista espiritual usa o púlpito para transmitir aos crentes um evangelho carrancudo, santarrão, pesado, difícil de carregar nos ombros.
por Alex Esteves
Podemos chamar de “populismo espiritual” a prática de espiritualizar tudo para exibir uma suposta piedade cristã, a fim de se autoafirmar e de angariar a simpatia da comunidade evangélica.
O termo “populismo”, quando empregado na ciência política, define a atuação de líderes demagogos, geralmente carismáticos, que dizem o que o povo quer ouvir, sem compromisso com a verdade, com as contas públicas nem com a ética governamental.
Evitando a mediação das instituições políticas, assim como a própria submissão à ordem jurídica, o político populista busca estabelecer um canal direto com a população por meio de discurso fácil, assistencialismo, apelo ao ressentimento e exploração das mazelas sociais, o que costumar “dar certo” em termos eleitorais, mas muito errado no que toca ao desenvolvimento de uma sociedade, e por uma razão simples: as promessas de um populista não têm fundamento.
Por sua vez, a espiritualização consiste num tipo de visão de mundo em que todos os eventos são explicáveis espiritualmente, desde a inflação até uma enfermidade crônica, passando pela falência da empresa ou um namoro complicado. Nessa concepção, todas as coisas tornam-se passíveis de uma avaliação “espiritual”, a qual pode indicar peremptoriamente a presença de “espíritos territoriais”, a possessão demoníaca – que existe, mas não explica tudo – ou a falta de fé.
À semelhança de Eva, que pôs a culpa na serpente, quem vive a espiritualizar todas as coisas terceiriza responsabilidades. A causa do problema sempre é vista como fruto da batalha espiritual, sem se atentar para aspectos morais, sociais, econômicos, ideológicos, axiológicos, culturais ou educacionais. Frequentemente a causa espiritual do problema reside mesmo na falta de discernimento de quem tudo espiritualiza.
Juntando, então, o populismo com a espiritualização, tem-se a figura do populista espiritual, verdadeiro entrave à maturidade de uma igreja, ao testemunho cristão e à cultura cristã.
A partir de uma teologia equivocada, de um conhecimento bíblico precário e de uma cosmovisão dualista, o populista espiritual não consegue entabular um diálogo sem citar um versículo bíblico, vê demônio alojado em todo lugar, negligencia a leitura de livros que poderiam ajudá-lo, despreza o estudo, tem prazer na divulgação da própria espiritualidade e exige que todo juízo de valor seja precedido de um relatório do que a pessoa produziu “no Reino de Deus”. Ele é muito santo, ele é muito bom, ele é muito espiritual, ele ouve a voz de Deus diariamente, ele conhece como ninguém o mundo espiritual, ele dá “bom dia” ao Espírito Santo, ele revela mistérios, e seu grito “na Terra” é um verdadeiro espanto.
O populista espiritual é muito chato, pois é um censor do pensamento alheio. Se não quiser se aborrecer, não leia perto dele um poema ou letra de música “do mundo”, e, se ele for arminiano pentecostal, não cite um calvinista cessacionista que tenha dito alguma coisa válida – ele vai te censurar duramente, porque pensa ter nas mãos a chave da verdade doutrinária e teológica, ainda que ele mesmo seja um profundo ignorante.
O populista espiritual entende que a suficiência das Escrituras significa que ele não pode ler nada mais que a Bíblia, quando, na realidade, a suficiência das Escrituras nos diz que é impossível ser salvo senão pela graça, mediante a fé no sacrifício vicário e expiatório de Jesus. De forma muito ignorante e alijada de toda sabedoria, o populista espiritual propala a falsa tese de que todas as suas proposições doutrinárias são fruto da leitura individual que faz da Bíblia, sem ter a mínima noção de que é também herdeiro de séculos de história da Igreja – embora demonstre administrar muito mal o patrimônio que recebeu.
O populista espiritual usa o púlpito para transmitir aos crentes um evangelho carrancudo, santarrão, pesado, difícil de carregar nos ombros, mas ao mesmo tempo é ele quem dedica o culto ao não convertido como se o centro das atenções devesse ser o convidado, e não a Pessoa de Cristo. O resultado disso é que para os de fora o evangelho é macio, enquanto para os de dentro o evangelho é como uma bola de chumbo segurando o pé.
Não há possibilidade de crescimento espiritual se a percepção do mundo e da Bíblia for tão bisonha como aquela sustentada pelo populista espiritual. Para afastar esse vício, porém, é preciso começar seguindo o protocolo: diagnosticando-o de modo claro e objetivo, a fim de que a igreja possa discernir quando estiver diante dos sintomas.
Ministro do Evangelho na Assembleia de Deus em Salvador/BA. Membro do Conselho de Educação e Cultura da CONFRAMADEB. Bacharel em Direito. Casado e pai de três filhos.