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O que a Bíblia diz sobre o porte de armas e a autodefesa?

Pastor responde se políticas pró-armamentistas podem ser consideradas cristãs

Bíblia e armasBíblia e arma. (Foto: Steve Bronstein / Getty Images)

Yago Martins que administra o canal no Youtube “Dois Dedos de Teologia” postou um vídeo onde argumenta biblicamente que Jesus foi a favor do armamento civil.

Segundo o vlogueiro, muitas vezes, “a Bíblia traz ideias bem diferentes do que a gente imagina”. Ele defende que as nações precisam de uma cultura de paz por um mundo mais pacífico.

“Mas quando a cultura não é suficiente pra pacificar o mundo, você precisa fazer um exercício de força contra as violências que vêm contra você”, explica.

“Jesus portou uma arma”

Segundo a Bíblia “…ele fez um chicote de cordas e expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois; espalhou as moedas dos cambistas e virou as suas mesas.” (João 2.15).

“O azorrague era um tipo de chicote dos mais violentos daquela época, aquele que foi usado contra Jesus quando Ele estava sendo torturado, antes de ser crucificado”, explicou.

“Jesus não bateu em ninguém, mas ele usou essa arma pra ameaçar os cambistas que estavam na sua propriedade, que era o templo. Ele afastou essas pessoas de forma armada”, disse.

Yago justifica que “armar-se e usar essa arma de forma correta não é um ato pecaminoso, e não é um ato que ofende ao Senhor”.

 Uso de armas no Antigo Testamento

“Crente pode dar tiro por aí? Pode andar com arma na cintura?”. Yago aborda textos do Antigo Testamento (AT) onde há muitos relatos de guerra. “Se você espremer escorre sangue, porque no AT Deus se apresenta com o Deus da guerra. É o Deus que usa Israel também como uma força militar”, lembra.

A passagem que está no livro de Êxodo 22.2-3. “Se o ladrão que for pego arrombando for ferido e morrer, quem o feriu não será culpado de homicídio, mas se isso acontecer depois do nascer do sol, será culpado de homicídio.”

Quer dizer que “quando está tudo escuro (noite), e alguém invade a sua casa, colocando sua vida em risco, você usar de força até letal para proteger a sua casa e sua família, não seria considerado pecado no AT”, explica. Lembrando que no mundo do AT não existia energia elétrica.

“Se isso acontece de dia e você percebe que o cara não está ali pra matar, ou coisa assim, mas está apenas roubando, e você mata essa pessoa, aí sim você é culpado de sangue”, disse.

A justificativa para esse texto é a autodefesa. Se você ou sua família corre risco de morte, defender-se não é um erro, mesmo que o agressor morra. Mas aqui fica claro que não foi morte intencional. Já que, no meio da noite, não foi possível identificar a intenção do ladrão.

Se for durante o dia, e o ladrão for morto propositalmente por conta de um bem material, então aquele que defendeu seu bem está errado aos olhos de Deus. “A vida do ladrão é mais valiosa do que qualquer bem que ele possa tirar de você”, justifica.

 Autodefesa é defendida pela Bíblia

Se durante um roubo, a vida é colocada em risco durante o processo “se uma arma está apontada para você, o cara está dentro da sua casa e você não sabe quais são as intenções dele […] o uso comedido de violência de forma proporcional, que pode chegar a uma violência letal é completamente permitido por Deus”, defende.

Para esse tipo de caso, Yago argumenta que “Deus está aqui permitindo a autodefesa. Um uso de violência para proteger a própria vida”.

 Violência contra um agressor em casos de estupro

“A ideia não é que a violência é permitida no AT só para você se defender e defender sua casa, mas também defender aquele que está numa situação de vulnerabilidade”, disse.

Yago usou como exemplo o estupro para ilustrar como alguém faria para defender uma mulher nessa situação. “Você tem que, de alguma forma, segurar o cara, apagar o cara, dar um ‘mata-leão’ nele, dar uma pancada na cabeça dele”, exemplifica.

Não há como proteger uma mulher que está sendo atacada, sem ser de forma violenta. “Você não vai dizer ‘moço, por favor, você poderia por obséquio retirar-se deste ato forçoso contra esta jovem mulher?’ Isso não existe”, argumenta.

“Tem que tirar o cara de cima da mulher, e o modo de fazer isso vai ser violento. Não é autodefesa, mas é defesa do outro”, afirma. “Não é porque a gente ama a violência, nem porque a gente quer se vingar, mas porque a gente quer proteger”, continua.

“Toda grande ditadura começa com o desarmamento civil”

“Se alguém chega na sua casa pra matar sua família, você não entrega flores e canta ‘Imagine’ (música de John Lennon)”, cita.

Para o estudioso, no AT, desarmar um povo, era um instrumento de domínio sobre ele. “Toda grande ditadura se deu através do desarmamento civil. Foi o que Hitler fez na Alemanha, é o que a gente encontra na Venezuela”, lembra.

O direito do armamento civil, nos Estados Unidos, não existe só por causa da defesa pessoal. “Em termos políticos, existe também para que a população possa se defender do próprio governo”, menciona.

Para o teólogo, um povo armado nunca vai ser dominado politicamente por um tirano. O armamento é uma defesa diante de potências nacionais que se levantam contra o indivíduo”, disse.

“A palavra de Deus diz que a autodefesa é uma coisa boa. Defender o fraco é uma coisa maravilhosa. […] Jesus se armou e mandou se armar. E uma nação sem armas é uma nação que está debaixo da ira de Deus, que está sendo punida por Deus, e sujeita ao vilipêndio de líderes e dominações estrangeiras e cruéis contra o próprio povo”, resume.

 Estatuto do Desarmamento não resolveu

A Lei 10.826, de 22 de dezembro de 2003, conhecida como Estatuto do Desarmamento,

entrou em vigor no dia seguinte à sanção do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

A lei federal, ao que tudo indica, foi usada com o pretexto de ajudar a diminuir a taxa de homicídios no país. Depois do pico de 39,3 mil mortes em 2003, os números, num primeiro momento, caíram para aproximadamente 37 mil.

Quase 10 anos depois, em 2012, esse número subiu 42,4 mil. Mesmo considerando o crescimento da população, o índice de violência permaneceu alto demais. Ou seja, o desarmamento foi realizado, mas os conflitos seguiram. Quer dizer que o problema não foi resolvido.

 Campanha do Desarmamento foi uma farsa?

Para o jornalista Reinado de Azevedo, sim. Ele questionou, no ano passado, o porquê de 14 unidades da federação não terem apresentado uma redução de homicídios. “Deveria deixar claro que a queda de 11% no número de homicídios entre 2004 e 2010 se deve, basicamente, a São Paulo e Rio”, disse.

O jornalista mostra através de dados da segurança pública, que o número de homicídios nos demais estados brasileiros, manteve o crescimento, independente da Campanha do Desarmamento.

“Os números sobre a violência no Brasil servem justamente para desmistificar essa cascata cretina sobre a campanha do desarmamento”, protesta.

Além disso, denúncias apuradas revelaram que, em algumas ocasiões, armas entregues por cidadãos nas campanhas de desarmamento, que deveriam ser destruídas, foram desviadas indo parar em mãos criminosas.

Em 2016, o Brasil alcançou a marca histórica de 62.517 homicídios, segundo informações do Ministério da Saúde. Isso equivale a 30,3 mortes para cada 100 mil habitantes, uma das mais altas taxas de homicídios do mundo. O limite considerado como suportável pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 10 homicídios por 100 mil habitantes.

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O sábado não leva ninguém para o céu, lembra teólogo adventista

Professora de teologia entende que o sábado não foi abolido, mas ampliado

Rodrigo Silva
Rodrigo Silva

Recentemente, o apresentador do “Bate-Papo” da Rede Super, Cássio Miranda, recebeu o arqueólogo e teólogo Rodrigo Silva em seu programa. Entre alguns temas abordados, eles falaram sobre a questão de “guardar o sábado”.

Rodrigo explicou que “o sábado não leva ninguém para o céu”, deixando claro que a única maneira de se alcançar a salvação é através da graça de Cristo aceita mediante a fé. “O único processo de salvação é esse, eu não conheço outro”, declarou.

Ele também explicou o motivo pelo qual guarda os sábados. “Porque foi a essa conclusão que cheguei através da Bíblia. Eu, particularmente, acredito que é o sábado que deve ser guardado. Mas, acredito também que os meus irmãos que guardam o domingo são tão fiéis a Deus (…) como eu”, explicou.

“Onde” e “quando” adorar a Deus

“O meu papel aqui é falar da minha convicção, respeitando a espiritualidade do meu irmão”, complementou o arqueólogo. A professora do Seminário Teológico Carisma em Belo Horizonte, MG, Silvia Lima, que participou do bate-papo fez algumas observações bíblicas.

Ao se referir ao sábado como um dia “intimamente ligado à adoração”, a professora disse que entende que “no tempo da lei existia um dia exclusivo para consagração ao Senhor e também existia um lugar, que era o templo”, especificou.

“Eu entendo que esse mandamento não foi abolido (referindo-se à guarda do sábado), ele foi ampliado. Pois quando perguntaram a Jesus onde se deve adorar, ele disse ‘em espírito e em verdade’, ou seja, não tem mais uma geografia para a adoração. Em relação ao ‘quando’ eu entendo que os demais dias foram levantados”, explicou a professora.

Contradição harmoniosa

Silvia detalhou: “Se o sábado era o dia de adoração e consagração a Deus, agora em Cristo Jesus, com a presença do Espírito Santo em nós, a segunda, a terça, a quarta… todos os dias se tornaram ‘sábado’, porque todos os dias se tornaram ‘dia do Senhor’. Hoje é o dia que o Senhor fez, nos alegremos nele”, enfatiza.

A professora concluiu seu raciocínio dizendo que “Cristo trouxe a plenitude da lei”. Rodrigo ressaltou em seguida que a perspectiva da professora, apesar de ser discordante, se conecta com a maneira que ele também vê.

“Em minha opinião, todos os dias realmente são de Deus”, disse. Usando o casamento como exemplo, o teólogo explica como interpreta o sétimo dia da semana. “O sábado é como uma comemoração do casamento que eu tenho com Cristo nos outros dias da semana”, ele usa esse exemplo comparando com as comemorações de bodas que os casais fazem todo ano.

Depois de um diálogo harmonioso, deixou um “puxão de orelha”, como ele mesmo disse, para todos os adventistas: “Se eu não me relaciono com Jesus domingo, segunda, terça, quarta, quinta e sexta, no sábado eu não tenho o que comemorar. Seria legalismo”, ele conclui.

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Pastor atira mulher no chão para curar coluna e ela fica tetraplégica

Bahiaextremosul.com.br
Neuza Brizola

Foto reprodução. Mixturando

Juliana Martins Costa, 28 anos, ficou tetraplégica depois de ter sido jogada no chão pelo pastor José Raimundo da Silveira, de 42 anos, para segundo ele, curá-la de um problema na coluna.

O pastor José Raimundo da Silveira, de 42 anos, foi indiciado pela Polícia de Caruari que fica a 702 quilômetros de Manaus por lesão corporal a uma fiel da igreja evangélica.

Segundo relatos de fiéis que presenciaram a cena,  Juliana estava sentindo dores na coluna quando o pastor José Raimundo, durante o culto, resolveu jogar a jovem no chão para mostrar o poder da fé dele.

José Raimundo disse que ela seria curada se ele a jogasse no chão. Usando sua força e a sua fé o pastor elevou a mulher no alto e a tacou no chão. Juliana está tetraplégica – perdeu o movimento das pernas.

A família da vítima procurou a polícia para denunciar o pastor por lesão corporal dolosa – quando há intenção de matar, mas a polícia registrou o caso apenas como lesão corporal.

Segundo o site Mixturando, o pastor disse que está sendo vítima de conspiração, enquanto isso, a mulher está impossibilitada de caminhar.